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Na sessão ordinária desta quarta-feira (29/10), o vereador Hiago Morandi/PL ocupou a tribuna para comentar sobre a recente operação policial contra o Comando Vermelho, considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro. Na ótica do parlamentar, a situação evidencia que a cidade carioca vive uma guerra ao terrorismo e à bandidagem.
Realizada na última terça-feira (28/10), a ação vitimou mais de 130 pessoas e resultou na apreensão de mais de 100 fuzis que eram utilizados pela facção criminosa, segundo Hiago. Ele parabenizou o trabalho da Polícia Civil e da Polícia Militar do estado do RJ, que participaram da operação. Contrariando comentários de que se trata de uma Chacina, Hiago enxerga os resultados como uma “faxina”.
O liberal teceu críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, de acordo com ele, não ofereceu ajuda à capital carioca com equipes do exército e da marinha, solicitadas pelo governo do estado. Hiago sugere que além da ajuda, também é necessário que o presidente peça uma garantia da lei e da ordem (GLO). Ele quer ver no Brasil o que foi feito para impedir a criminalidade em El Salvador.
Em apartes, Alexandre Bortoluz/PP questionou a eficácia da lei do desarmamento, argumentando que, mesmo sem o acesso legal às armas, facções ainda têm fácil acesso aos equipamentos. A liberação legal para a autodefesa seria uma resposta ao crime, acredita. Hiago acrescentou a fala do colega mencionando que, nos Estados Unidos, o porte de armas, além de servir para a defesa, é uma garantia da liberdade.
Se opondo aos comentários dos vereadores, Estela Balardin/PT aponta, baseada em um levantamento do Ministério da Justiça, que o Rio de Janeiro recebeu, de 2016 a 2024, mais de R$ 143 milhões do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), mas utilizou apenas R$ 39 milhões, não fazendo bom uso do recurso para conter o crime. Andressa Marques/PCdoB comentou que não houve pedido de ajuda ao presidente, mas foi rebatida por Sandro Fantinel, que afirmou a existência de três pedidos.