Na sessão ordinária desta quarta-feira (17/09), a vereadora Andressa Marques/PCdoB usou o espaço do grande expediente para discorrer sobre a habitação e a saúde pública em Caxias do Sul, cobrando manifestações do governo municipal.

A legisladora pontuou que a discussão a respeito da saúde pública tem sido alvo de um debate que está trazendo desgaste ao governo municipal, necessitando de maior aprofundamento e reflexão. “Vivemos, de fato, uma crise da saúde em nossa cidade” afirmou. Ela cobrou manifestação da base do governo municipal a respeito da posição da secretária-adjunta da Saúde, Daniele Meneguzzi. De acordo com Andressa, Daniele publicou um vídeo nas redes sociais, por meio do qual culpou a fiscalização dos parlamentares pela exoneração de médicos no município.

Representando a bancada do PCdoB, Andressa destacou que, mesmo concordando que os vereadores devam sim fiscalizar, há uma discordância do partido na maneira como isso é feito, pois pode causar a impressão de que os trabalhadores são os responsáveis pelos atuais problemas na área da saúde do município. “Sabemos que, mesmo se os trabalhadores atuassem dia e noite, não conseguiriam solucionar a questão, porque o problema é a gestão pública”, apontou. De acordo com ela, não é necessário investir mais dinheiro em Caxias do Sul, mas, sim, trocar os modos como é realizada a gestão.

A parlamentar também contou que, a partir de 6 de outubro, abrirá o prazo de inscrição do Programa Minha Casa, Minha Vida. Expressou que irá propor que as inscrições fiquem abertas, já que, segundo ela, não faz sentido a população ter o acesso a uma moradia e, depois, o prazo acabar. “A pessoa deixará de ter a necessidade de uma moradia apenas após possuir uma”, comunicou, discorrendo que não há motivo para o fechamento do período de inscrições, na participação do programa.

Além disso, Andressa cobrou uma posição do Executivo a respeito de um projeto apresentado por ela que propõe que 3% do orçamento municipal seja encaminhado ao Fundo da Casa Popular (FUNCAP). A proposição busca retomar uma obrigatoriedade que constava na Lei Orgânica do Município até 2011, sendo de 5% na época. Durante uma revisão legislativa, o percentual foi retirado. Ela afirmou que ainda não obteve retorno do governo municipal a respeito da medida, que declarou se retroalimentar e ser urgente para amenizar os problemas de habitação da cidade.

Em apartes, participaram da discussão os vereadores Cláudio Libardi/PCdoB e Estela Balardin/PT. A petista manifestou que a atual gestão não prioriza a saúde pública o suficiente, sendo preciso rever a questão das ocupações das unidades básicas de saúde (UBSs), por exemplo, que não atendem à demanda da comunidade, que acaba por ir às unidades de pronto atendimento (UPAs).

Veja também o resumo da TV Câmara Caxias: