VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ - BORTOLA (PP): Senhor presidente, senhoras e senhores vereadores. Primeiramente, quero fazer um voto de pesar, com muita tristeza, pelo falecimento do soldado Alberto Luiz Ghisleni Kroth, ocorrido no dia sete de maio. Meus mais sinceros sentimentos aos familiares, amigos do militar, principalmente aos colegas, Tenente Cristiano. Mas em especial mesmo ao seu sogro, colega progressista, Sargento Cruz, também militar. Também quero fazer um voto de congratulações aqui, relembrando os ex-combatentes da Força Expedicionária Brasileira, por meio da Associação de Familiares e Amigos da Força Expedicionária Brasileira, pelos 80 anos do Dia da Vitória, comemorado no dia de hoje. Aproveito e convido a todos para visitar a exposição no Espaço Cultural Mário Crosa, o qual conta com objetos e fotos cedidas temporariamente pelo Museu da Força Expedicionária Brasileira. Aqueles que tanto lutaram pela nossa liberdade contra o nazifascismo, nada mais justo do que nós estarmos comemorando, no dia de hoje, relembrando a luta incessante deles, que nesse dia foi comemorado o fim da Segunda Guerra Mundial. Muito obrigado, presidente.
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VEREADOR PEDRO RODRIGUES (PL): Obrigado, presidente. Eu quero, hoje que é o dia 8 de maio, que é o Dia Nacional do Turismo, eu quero parabenizar o nosso Poder Executivo pelo lançamento que foi feito ontem, ali, do primeiro festival de balonismo que nós teremos em Caxias. Um grande feito para Caxias do Sul, para o nosso turismo, para o desenvolvimento econômico, social e cultural do nosso município. Também quero fazer votos aqui. Desejo que Deus guarde em segurança todos os meus amigos, irmãos, conterrâneos que estejam em viagem, seja a turismo, a trabalho ou qualquer outra função no dia de hoje. Que o nosso Deus guarde em segurança. Obrigado, presidente.
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VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Bom dia. Bom dia a todos que nos acompanham, a quem está aqui presente. Quero saudar especialmente o pessoal da APAC, as outras pessoas também que estão aqui. A APAC é um projeto que eu tenho orgulho de dizer que faço esse debate há muito tempo aqui na Câmara. A gente, juntos, construiu uma proposta aqui para a cidade. Vai ser explicada e comentada aqui a questão da APAC, que é a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados. Mas também quero parabenizar hoje, pelo Dia Municipal dos Clubes de Mães, todos os clubes de mães de Caxias do Sul. Hoje tem 71, nós já tivemos quase 100. Muitos fecharam em função da pandemia e também da emergência da questão climática do ano passado. Ontem teve uma homenagem aqui à ACMCS , que é a Associação desses clubes de mães, proposta pela vereadora Sandra. Mas todas as mães, todas as pessoas que participam desses clubes merecem o nosso parabéns, porque é uma atividade muito importante para aquelas que participam daquele espaço e também para quem quer construir coisas importantes na sua região a partir desses clubes. Obrigada.
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VEREADOR EDSON DA ROSA (REPUBLICANOS): Senhor presidente, hoje tem tantas datas, dia da vitória, dia 8 de maio, e também tem a avó Nina, que é avó da Valeria Wormann, que muitos conhecem, é servidora pública. Hoje está fazendo 101 anos. É uma benção chegar a essa idade lúcida. Mas também parabenizar V. Exa. por essa iniciativa de homenagear as mães aqui da Casa. E também, se alguém mais aqui, que está presente, for mãe, parabéns pelo dia das mães. Tem uma expressão em hebraico que se chama ha-ha-mi: ser mãe é um amor visceral. Então, eu tenho certeza que as mães que desempenham essa função que é dada, missão dada por Deus, têm uma grande tarefa de conduzir essa humanidade através desta candura. Então, um abraço a todas as mães neste domingo. Eu, que tenho a oportunidade de ter a minha mãe viva, com as bênçãos de Deus, também vou curtir ela domingo. Espero que os que têm também façam isso. É muito importante ter as mães do lado, porque não adianta valorizar depois que não estão mais aí. Parabéns, presidente.
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VEREADOR CAPITÃO RAMON (PL): Senhor presidente; nobres colegas; você que nos acompanha aqui, presencialmente. Hoje, eu gostaria de fazer um voto de congratulações ao Dr. Giancarlo Fontoura Donato pela indicação à lista sêxtupla para ser desembargador do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul. Esse feito demarca a sua trajetória de conduta com ética, comprometimento e conduta ilibada. Estimo aqui, ao doutor Giancarlo, que ele possa conquistar esse êxito. Isso vai ser muito importante para a nossa cidade, visto que ele é oriundo de Caxias do Sul. Parabéns, Dr. Giancarlo. Ressaltando também o Dia da Vitória, hoje é o dia que marca a vitória contra o nazifascismo, contra aqueles que querem e quiseram imperar na nossa sociedade. Nós, como Força Expedicionária Brasileira, e aqui vos fala um capitão do Exército Brasileiro, que tem muito orgulho de pertencer a essa força, nós vencemos o nazifascismo. Obrigado.
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VEREADOR TENENTE CRISTIANO BECKER DA SILVA (PRD): Senhor presidente, nobres colegas vereadores, quem está nos assistindo aqui no nosso plenário, quem está nas redes sociais, quero me solidarizar, então, ao voto do vereador Bortola, Alexandre Bortoluz. Então, com profundo respeito, nós estamos registrando este voto de pesar pelo falecimento de Alberto Luiz Ghisleni Kroth, o soldado Kroth. Ombreou comigo na Brigada Militar, na Companhia de Operações Especiais, na Força Tática. Irmão de farda, guerreiro incansável. Kroth lutou bravamente até o fim, deixando um legado de coragem, lealdade e dedicação à segurança pública e à nossa Caxias. Sua trajetória honrou a Brigada Militar e inspirou todos aqueles que tiveram o privilégio de caminhar ao seu lado, e eu fui um deles. Neste momento de dor, manifesto então minha solidariedade aos familiares, amigos e a todos os irmãos de farda, rogando a Deus que conforte seus corações e que a memória do nosso irmão permaneça viva como exemplo de compromisso, honra e amor ao próximo. Descanse em paz, irmão. Tua missão foi cumprida com honra. Combateu o bom combate, terminou a corrida e guardou a fé. Era isso, senhor presidente.
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VEREADORA DAIANE MELLO (PL): Senhor presidente, senhores vereadores, pessoal que nos acompanha aqui no plenário e também através da TV Câmara. Primeiramente, eu queria agradecer a homenagem, presidente, à assessoria, que organizou tudo. Realmente fiquei muito emocionada de ver a Yasmin ali falando essas coisas maravilhosas para a gente, que eu me sinto muito completa neste mundo por eu ser mãe e ser mãe da Yasmin. Então, eu que estava grávida e estava aqui, na Câmara de Vereadores, lá em 2015, vêm muitas coisas à lembrança. Muito obrigado por essa homenagem. E juntamente, homenagear todas as mães da nossa cidade, do nosso estado, do nosso país, especialmente a minha, tanto ela quanto a minha avó. Domingo estaremos todas juntas comemorando. Agradecer, então, ao pessoal da Cooperativa Paz e Bem que está aí, tanto o Tiago, a Tânia e o pessoal, para também falar um pouquinho sobre esse trabalho que a cooperativa presta para a nossa cidade aqui em Caxias do Sul. Muito obrigada.
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VEREADOR HIAGO MORANDI (PL): Bom dia a todos. Só reforçar. O vereador Bortola falou aqui, o vereador Cristiano. Também desejar os meus sentimentos para a família do Kroth, um grande soldado da Brigada Militar. Cumpriu seu papel. Fazia um tempinho que não via ele, mas de serviço, mesmo em serviço no Natal, vereador Cristiano, ele acabou, dois anos atrás, jantando, foi a última vez que eu vi ele, jantando na nossa casa no Natal. Mesmo estando de serviço ali, ele deu uma paradinha. Então, aqui ficam os nossos sentimentos. Acredito que parece que a vida passa muito rápido, e as pessoas vão muito rápido. Essa é a impressão que a gente tem. Então, meus sentimentos à família. Desejo força. O que precisar, a gente coloca o gabinete à disposição. Muito obrigado.
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VEREADORA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Obrigada, senhor presidente. Nobres colegas vereadores, vereadoras. Aproveitando a questão da fala em homenagem muito justa ao dia das mães, vou relembrar aqui, convidar para a caminhada que a gente vai ter sábado de manhã do Maio Furta-Cor, um movimento que a gente vem fazendo ações conjuntas na Procuradoria Especial da Mulher. Então, a partir das nove horas, vai sair aqui da prefeitura uma caminhada dessa importante organização que vem chamando atenção para a questão da saúde mental materna. Vou aproveitar que eu puxei uma pauta em relação às mulheres e divulgar o projeto da deputada federal Denise Pessôa, que abriu um canal para que a gente possa, para que a sociedade possa propor projetos que combatam a violência contra a mulher. Então esse canal vai ficar aberto até o dia 9. Está se chamando Participa Mais Mulher. É importante que a gente possa enviar sugestões de projetos de lei que podem virar lei nacional, lei federal, para a gente poder colaborar com a nossa cidade. Aproveitar e fazer um voto para a nossa deputada. Seguindo o exemplo ali do nosso vereador Ramon Teles, acho que o gesto, inclusive foi matéria no jornal, é de que a união de esforços faz a diferença. Então a deputada Denise tem feito a diferença, o prefeito Adiló reconheceu o papel dela em relação ao aeroporto, e acho que é importante a gente fazer esse tipo de ação na nossa cidade. Seria isso, senhor presidente. Obrigada.
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VEREADOR CLAUDIO LIBARDI (PCdoB): Muito obrigado pela gentileza, presidente. Cumprimentar o senhor, cumprimentar os demais vereadores. Parabenizar o senhor pela homenagem realizada à vereadora Rosa e à vereadora Daiane. Queria tratar de um voto de congratulações ao Rafael Iotti, professor de letras da Rede Estadual, que domingo estará promovendo um Café Literário, nomeado Poesia numa hora dessas, especial dos Dias das Mães. No dia 10/05, às 10 da manhã, na Cafeteria Sesc, em Caxias do Sul. Então parabéns ao Rafael e também ao Sesc, que vão estar realizando esse evento no próximo dia 10/05, às 10 horas da manhã. Obrigado, presidente.
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VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Bom dia, colegas vereadores e quem nos acompanha no plenário e de casa. Quero fazer um voto de congratulações à Sorvelândia, que está completando agora, em 2025, 55 anos de fundação. Ela foi criada pelo seu Arnos Zadra, lá em 1970, hoje tem à frente o conhecido amigo de muitos aqui, o Taylor, o Clayton e a Alessandra; o Taylor e a Alessandra mais na Sorvelândia; a dona Eneida sempre presente, ela foi homenageada essa semana com o mérito empreendedora na CIC, e a gente pôde conhecer um pouco mais da história dessa empresa que a gente pode imaginar o quanto teve dificuldades no início, porque lá em 70, quando ela começou a trajetória, com a produção dos picolés artesanais, sequer havia forma de armazenamento efetivo, né. Então tinha que ser produzido para ser comercializado de uma forma muito rápida, porque não havia armazenamento adequado. Então, a essa empresa, fundada lá atrás pelo seu Arno Zadra e pela dona Eneida, que está aqui conosco ainda, firme e forte, inspirando tanta gente, e aos filhos do casal Taylor, Clayton e Alessandra, parabéns por esses 55 anos.
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VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Obrigado, vereadora Andressa Marques. Bom dia, colegas vereadores e vereadoras. Usar esse Grande Expediente, quero tratar de três temas, se for possível, dois com foco especial. Primeiro deles, eu quero começar tratando da situação, um tema que é uma chaga da sociedade brasileira, que é o racismo. Todos nós sabemos e nos deparamos, seja pelas notícias de jornal, da TV, de fatos, de pessoas que promovem o racismo. Recentemente, o meu gabinete recebeu dois casos que aconteceram em Caxias do Sul, um envolvendo forças policiais e outro na relação de convívio, um caso que tem racismo e intolerância religiosa. Eu, quando estava em sala de aula e a partir da minha pesquisa de doutorado e mestrado, eu estava muitas vezes com formação de colegas professores em muitos municípios do estado e de outros estados também. Questionava os colegas professores sobre o racismo, se as pessoas achavam que o Brasil era um país racista, e a imensa maioria dizia que sim, as pessoas entendem que o racismo existe. E aí, quando eu fazia o questionamento de quem era racista, ninguém erguia a mão, e isso é uma reflexão importante para a gente pensar, de um estado que viveu mais de 350 anos de escravidão, em um estado em que, por exemplo, o índice de analfabetismo diminui, na média geral, a população branca tem o analfabetismo entre os seus diminuindo, e entre a população negra aumentando. Quando a gente fala no índice de mortalidade infantil, quem mais morre são os negros. Jovens de 18 a 29 anos que mais morrem são os negros. Então, isso demonstra que nós temos um problema de racismo estrutural, mas uma dificuldade na sociedade entender o que é racismo, reconhecer o racismo em práticas cotidianas ou das instituições e tentar vencê-lo. Então, acho que essa é uma pauta importante de toda a sociedade, como eu acho que a pauta do machismo não é só das mulheres, a pauta de combate à homofobia não é só da comunidade LGBTQIA+. Enfim, o combate à discriminação e às discriminações precisa ser uma pauta de todas as pessoas, inclusive que transcenda as questões ideológicas. Ou seja, um racismo vai atingir igualmente um homem negro e uma mulher negra, independente se for de direita, de esquerda, político, candomblé, evangélico. E isso precisa ser pensado e nós precisamos do Poder Legislativo fiscalizando para que o Poder Executivo proponha políticas públicas para que a polícia, por exemplo, no registro das ocorrências, e aqui eu tenho vários colegas que discutem políticas públicas, nós temos vários relatos de pessoas que sofrem racismo ou injúria racial e quando se dirigem para fazer o registro dessa ocorrência - eu estou falando de forma genérica, isso não é um problema de Caxias, é um problema geral. - aquele profissional da segurança que vai fazer o registro, muitas vezes, não entende que aquele ato é um ato de racismo e nós sabemos que do ponto de vista da legislação e do código penal, um ato de racismo é encarado de outra forma, inclusive se condenado, ele é um crime inafiançável e imprescritível, da mesma forma como o machismo. O machismo, nós avançamos um pouco mais enquanto sociedade em função da Lei Maria da Penha, temos delegacias específicas da mulher. Uma luta nossa, desta Casa, é para que nós tenhamos uma delegacia de combate às intolerâncias, como existe em Porto Alegre, para que as pessoas possam registrar casos de machismo, aliás, casos de racismo, de homofobia, de intolerância religiosa e todas as outras discriminações, com os profissionais da segurança habilitados, como nós temos na delegacia da mulher, a receber isso e a dar o destino correto. Então, eu queria fazer esse alerta, nós somos três vereadores negros nesta casa, eu, o vereador Edson e a vereadora Estela Balardin e temos o compromisso de tratar desse tema, como eu sei que os senhores e senhoras vereadores também têm, não só por ser lei, porque nós temos uma lei, a Lei Afonso Arinos, é a primeira lei, a década de 50, que estabelece tipificação penal para o racismo no Brasil e isso foi avançando, na Constituição de 88, o racismo se torna crime inafiançável e imprescritível, mas nós temos muito a avançar. Também, e aqui eu destaco o racismo religioso, que é outra coisa que a gente tem, a discriminação religiosa, e conversava com o prefeito Adiló há um mês mais ou menos atrás, acho que não falei aqui na tribuna, na entrada da cidade, na BR-116 com a Avenida São Leopoldo, nós temos uma Santa Terezinha, que é a padroeira...
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Um aparte, vereador.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Já lhe concedo. Que é a padroeira do Município de Caxias do Sul. E a Santa Terezinha, a imagem de Santa Terezinha foi pichada.
VEREADOR PEDRO RODRIGUES (PL): Um aparte, vereador.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Já lhe concedo vereador Pedro. Foi pichada de forma afrontosa. Desrespeitando aos católicos, mas muito mais que só aos católicos, mas a todas as pessoas que professam a sua fé e precisam ter a sua fé respeitada. Um caso de racismo religioso que chegou até mim esses dias, em um condomínio, uma pessoa, na entrada da sua casa tinha ervas e Espada de São Jorge, vereador Rafael Bueno, o senhor deve ter provavelmente em casa, muitas pessoas têm. Tinha um vaso com Espada de São Jorge e outras ervas, alguém com credo religioso diferente foi lá, tirou aquele vaso e tratou com racismo e discriminação religiosa aquela pessoa. Então, nós precisamos tratar desse assunto. E construir uma sociedade com respeito. E eu não tenho mais gostado de usar a palavra tolerância, porque tolerância é algo que a gente fala com as crianças na educação infantil e no ensino fundamental. Nós temos que nos respeitar do ponto de vista das escolhas e da diversidade da sociedade, a diversidade religiosa, a diversidade de identidade e de todas as características que as pessoas possam ter. Seu aparte, vereadora Rose Frigeri.
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Vereador Lucas, muito importante esse tema. Acho que é um tema que toda a sociedade, realmente, precisa discutir e quanto mais nós rompermos com esses preconceitos, não é nem preconceito, essas discriminações, essas discriminações, essa afronta, é bom para toda a sociedade porque é bom para a democracia, é bom para o respeito e eu ainda acho que quanto mais respeito em uma sociedade, melhor aquela sociedade. E queria, também, me solidarizar com essa professora, aqui, de Caxias que teve essa situação, mas estava hoje mesmo, cedo, vendo quando se fala que não tem classe social, não tem nada, a deputada, enfermeira, Rejane, na Câmara dos Deputados, diz aqui que toda vez que ela entra na Câmara, com ou sem broche de deputada, perguntam se ela é deputada, porque ela não pode entrar por aquele espaço, por aquele elevador e tal, aí ela diz: “Bom, deve ser por causa da minha cor, deve ser porque eu sou negra”. Então para a gente ver o quanto esse racismo estrutural está, realmente, impregnado, não tem classe social, não tem partido político e é muito grave. Então, muito importante esse debate.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Peço um aparte, vereador.
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Só para concluir, agora, na próxima terça-feira, entre aspas, comemora-se o dia da abolição e a gente sabe que é uma abolição que não trouxe nada, não mudou nada para os negros naquela situação, então também é o momento de fazer esse debate. Obrigada.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Obrigado, vereadora Rose. Aqui, no momento oportuno, eu gostaria de pedir para minha líder uma Declaração de Líder da bancada do PT.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Uma Declaração de Líder da bancada do PT.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Mas só aqui, para nós... Colegas... Colegas vereadores e vereadoras, na questão do racismo e eu ouço isso muitas vezes: “Ah, isso é mimimi”. A vereadora Rejane, uma vereadora, desculpe, uma deputada federal do PCdoB, do Rio de Janeiro, fez um relato ontem na Câmara dos Deputados sobre isso. E para a gente entender a questão do machismo, do racismo ou de qualquer preconceito, eu gosto de fazer uma analogia em relação às mulheres, ao machismo. Nós homens, vereadores, jamais vamos entender, por exemplo, nós jamais vamos entender o machismo, baseado no seguinte exemplo: quando nós vamos escolher a roupa para nos vestir, para vir aqui na Câmara de Vereadores, em uma sessão ordinária ou em uma sessão extraordinária, nós vamos pensar se está frio ou se está calor, se é uma Sessão Solene, se eu preciso estar mais arrumado, menos arrumado, se a camisa é branca, amarela ou qualquer coisa do gênero. No geral, nós homens vamos ter esse pensamento. As colegas vereadoras, além dessa questão, elas vão ter que pensar se a roupa que elas vão vestir vai estar adequada para que outros homens não se autorizem a mexer com elas ou a ter uma atitude inadequada porque a roupa é curta, porque o decote é curto. Nós homens nunca vamos saber isso, mas as mulheres a cada dia. O racismo é da mesma forma, nós nunca vamos saber o que é entrar em um grande supermercado de mochila, por exemplo, vocês nunca saberão, e ter um guarda atrás de ti ao longo do mercado. Isso nunca vai acontecer. Então, são questões importantes de empatia também, da gente se colocar no lugar do outro. Vereador Pedro Rodrigues, seu aparte.
VEREADOR PEDRO RODRIGUES (PL): Obrigado pela gentileza, presidente Lucas. Eu lhe parabenizo... Lhe dou os parabéns pelo tema trazido aqui. Vamos trocar a palavra, já que o aparelho me dificulta. E sou solidário a essa causa, a essa luta contra o racismo. E também queria aqui abrir um parêntese para falar que não é só contra negro, mas tantos adjetivos que a gente ouve. Alemão, loira, isso, aquilo. Então, isso é uma coisa que eu acho que deveria ser banido da boca das pessoas usando da raça, da cor das pessoas, da cor da pele. Porque o interior são pessoas muito boas, às vezes, e que são pré-julgadas. Então, sou solidário à sua causa, ao tema trazido. Parabéns. E também sobre essa parte da questão da intolerância religiosa, presidente Lucas, eu queria deixar aqui uma observação que enquanto se tem uma intolerância assim falada, flagrada, alguém falou tal coisa, é uma coisa. Mas e quando a gente vê isso em forma, em colocação, publicamente, sendo colocada pelos meios de comunicação, pelos meios de transmissão e, muitas vezes, como cultura, como aconteceu aqui em Caxias do Sul. Como que fica essa situação? Isso é indignante, isso tem que ser mudado e com urgência. Não pode essa intolerância, esse vilipêndio religioso colocado como cultura na Casa da Cultura do nosso município. Muito obrigado, presidente.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Obrigado, vereador Pedro. Eu, o senhor sabe, não é? Os colegas evangélicos aqui da nossa Legislatura, especialmente me referindo ao senhor, vereador Calebe, vereadora Daiane Mello, eu tenho extremo respeito, acho que o nosso país é bonito, é rico culturalmente pela diversidade, todas as religiões precisam ser respeitadas. Às vezes, não é simples e não é fácil por aquilo que a gente é, por aquilo que a gente professa, mas a gente precisa ser coerente. Então, eu respeito a todas e acho que a gente precisa fazer movimentos por sermos homens e mulheres públicas a fim de também demonstrar a importância desse processo. Vereadora Estela Balardin, seu aparte.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Muito obrigada, vereador Lucas. Parabéns pela importância do tema. Inclusive pela data que a vereadora Rose fala que é a falsa abolição da escravatura, eu acho que esse é um ponto importante para a gente entender o que é a diferença do racismo estrutural para outras intolerâncias, para outras formas de desrespeito. Os negros e negras quando tiveram a sua falsa abolição, não tiveram o direito de estudar, não tiveram o direito de trabalhar, não tiveram o direito garantido de terem as suas terras, mesmo que, com muito custo, eles conquistassem elas. E isso é algo que durou 300 anos no nosso país e que dura até os dias atuais. Nós, negros e negras, a gente se sente desconfortável nos espaços. A gente se sente perseguido nos espaços e é muito bem colocado por ti que infelizmente é sabendo, vivendo na pele, que a gente consegue entender a importância de nós lutarmos todos os dias contra essa questão. De nós falarmos todos os dias que o racismo é estrutural, que, portanto, é uma luta e uma necessidade de políticas públicas intensivas para que a gente desconstrua essa construção social que nós temos que coloca os negros e negras, “a música do negro é a música ruim”; “a religião do negro é a religião ruim” e a gente infelizmente vai crescendo com essas ideias. Eu penso por quanto tempo eu fiquei, na minha vida, tendo vergonha do meu próprio cabelo e como hoje em dia é significativo para mim, poder ir lá arrumar meu cabelo, vir aqui de cabeça erguida e me sentir bonita, porque por muito tempo a gente não se enxerga nas mídias, nas marcas, nas propagandas, nas novelas e por isso e por muitos outros motivos a gente não se sente pertencente a essa sociedade. Por isso que é tão importante nós olharmos para essas questões e olharmos a importância e a seriedade delas. Quando a gente fala do racismo, a gente está falando da diferença de outras intolerâncias, a gente está falando de algo estrutural e que ocorre com os negros e negras.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Obrigado, vereadora Estela. Parabéns pela sua fala, a contextualização sociológica e histórica do processo. Mas eu acho que é isso, todas as discriminações precisam ser abolidas, precisam ser suprimidas das nossas relações. E na sociedade, infelizmente nós também nos constituímos, enquanto gente, com pré-conceitos, nós temos muitos pré-conceitos. O pré-conceito é um conceito prévio, mas nós precisamos nos despir disso, reconhecer os nossos preconceitos e ir avançando enquanto sociedade. Para a gente pensar em Caxias, e a vereadora Estela foi cirúrgica, a nossa cidade se forma por uma decisão do Estado no final do Segundo Império para atrair imigrantes europeus para mão de obra livre, para trabalhar no minifúndio e na policultura. Vocês sabem que na mesma época a escravidão estava ruindo ponto de vista econômico e eu cito dois lugares que são emblemáticos para nós pensarmos no racismo estrutural. Enquanto os meus antepassados adotivos, Caregnato, por parte do meu pai, e Peruzzatto, por parte da minha avó materna, estavam ganhando seus lotes de terra pela política de Estado de reforma agrária do Segundo Império, a minha família biológica, na abolição da escravatura, não tinha direito a terra no Brasil. É isso. As décadas de 60, de 70 e de 80 do século XIX. Os dois primeiros bolsões de pobreza em Caxias surgem à primeira década do século XX. A “África Caxiense” como era conhecida, o complexo Jardelino Ramos conhecido por nós como “Burgo” e no outro extremo do centro da cidade o Beltrão de Queiroz, posteriormente vai receber o cemitério conhecido como “Vila”. É disso que nós estamos falando, ou seja, de não se dar o mesmo acesso àquela época. Que bom que nós avançamos enquanto sociedade, mas precisamos avançar muito mais. E nós só avançamos enquanto sociedade, mas precisamos avançar muito mais. E nós só avançamos com a construção de uma sociedade melhor por todos e por todas, sejamos brancos ou negros, ou de qualquer outra diversidade étnica, de orientação sexual, de origem nacional. Enfim, eu não gosto, e concluo a minha fala sobre esse tema, eu não gosto, me incomoda muito quando as pessoas dizem assim: “Caxias é a cidade mais racista do Brasil.” Eu não gosto desse tema. Eu amo Caxias, escolho viver nesta cidade a cada dia e melhorá-la. O problema do racismo não é um problema de Caxias, não é um problema de Feliz, quando a gente pensa nas cidades de imigração europeia. O problema do racismo é um problema nacional, é um problema estrutural. Não há uma cidade mais ou menos racista. E é compromisso nosso, especialmente como homens e mulheres públicas, para melhorar essa situação.
VEREADOR CALEBE GARBIN (PP): Permite um aparte?
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Rapidamente, que eu só quero concluir a fala.
VEREADOR CALEBE GARBIN (PP): Fiz questão de deixar para o fim, até para não tomar o seu tempo. Mas parabenizar pelo tema, colega Caregnato. E enfatizar o que foi dito já aqui pelo vereador Pedro Rodrigues. Eu acho que discriminação e preconceito existem de diversas formas. Eu já fui desrespeitado por ser um cristão evangélico, por exemplo. Sei que o senhor já foi por frequentar umbanda, outros já foram por serem católicos ou espíritas. Aos mesmos moldes também o que acontece por sermos imigrantes italianos. Um dia alguém questionou: “Você é imigrante italiano fake, porque você tem o cabelo preto.” Então, veja, é um tipo de preconceito que eu sofri. Mas, enfim, acho que não é isso que vai determinar quem eu sou. E quando o senhor fala de maneira corajosa de não generalizar e não dizer que Caxias é preconceituosa, eu lhe parabenizo, porque esta cidade recebeu, no último ano, 40 e tantas nacionalidades. Nós temos uma Central do Imigrante na nossa cidade. Caxias do Sul deu um belo exemplo agora, por meio do prefeito Adiló, vice Néspolo e secretário Bressan, em toda uma articulação que foi feita com o Caxias Plaza, onde foram acomodados ali vendedores ambulantes, haitianos, senegaleses, venezuelanos, peruanos e brasileiros. Estão juntos em um mesmo lugar. Então, colega Ceregnato, parabéns pelo enfrentamento. Acho que toda discriminação precisa ser combatida de fato, o preconceito, a discriminação racial, a intolerância religiosa. Esta semana eu vi, inclusive uma vereadora da cidade de Porto Alegre, dizendo que as igrejas não pagavam impostos porque estavam explorando a fé dos fiéis. Na verdade não é a igreja que não paga imposto, qualquer instituição religiosa é isenta de imposto, uma vez que a sua contribuição social é muito maior do que aquilo que ela pagaria ao Estado. Então, o desconhecimento leva as pessoas a proferirem palavras de ignorância. Mas lhe parabenizar pelo tema. Acho que é importante nós enfrentarmos isso juntos aqui na Câmara.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Obrigado, vereador Calebe. Temos que tratar desse assunto, temos que avançar. Destaco uma fala, no dia do Plaza, do Rodrigo Lazzarotto, chefe da fiscalização, que fez um desabafo e uma fala muito comprometida enquanto sociedade. E concluo, vereadora Andressa Marques, dizendo que uma das instituições mais antigas, consolidadas e importantes do nosso município é o Poder Legislativo, que precisa ser respeitado, valorizado na função constitucional que nos é garantida. Este presidente, enquanto ocupar essa função, ou enquanto vereador, seguirei sempre defendendo o Poder Legislativo e o espaço fundamental que cabe a cada um de nós, seja em qualquer espaço ou com qualquer pessoa. Muito obrigado, vereadora Andressa Marques.
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VEREADORA SANDRA BONETTO (NOVO): Bom dia, presidente. Bom dia, colegas vereadores, a quem está conosco aqui e a quem nos assiste de casa. Hoje, no Dia Nacional do Turismo, eu quero falar de turismo, mas eu quero apresentar para vocês o Vale Trentino, que se localiza em Forqueta, uma região administrativa. O Vale Trentino tem a divisão religiosa e não territorial; por isso, o Vale Trentino está também em Farroupilha. Peço para a minha assessoria, por favor, para a gente ver o vídeo número 1, para vocês entenderem o que é o Vale Trentino. (Exibição de vídeo.) Então, o Vale Trentino tem como símbolo o quero-quero. O quero-quero é o acolhedor, é quem avisa, no campo, que existe alguma coisa acontecendo. Então, por isso que ele foi colocado como símbolo do Vale Trentino. E a gente gostaria que as pessoas começassem a frequentar o Vale Trentino e tantos outros roteiros turísticos que temos na cidade. Se a gente quisesse ir para todos os empreendimentos do Vale Trentino, são 33. Então, a gente teria 33 lugares para desfrutar. E o turismo é isso, é experiência, é experimentar coisas novas. E lá a gente tem desde a cantina antiga até a mais moderna, a gente tem os casarios que foram construídos na época da imigração italiana, mas também a gente tem a modernidade que acompanha. Porque ninguém é uma ilha, né? A gente precisa se modernizar, mas a gente precisa também que as nossas raízes sejam perpetuadas. Então, por isso no Vale Trentino é onde a fé encontra a tradição, porque nós temos 15 comunidades, 15 capelas no nosso interior. E o vinho celebra a vida. Sim, porque Forqueta iniciou com a produção de vinhos. E, hoje, ainda se mantém como a maior produtora de vinhos do interior de Caxias do Sul. E a natureza encanta. Então, esse é o lema do Vale Trentino. E o que a gente faz também é um apelo para que as autoridades do município nos ajudem com infraestrutura. Porque o turista só vai procurar o turismo se tiver uma boa estrada, se tiver coleta de lixo. Porque, no interior, a gente sabe que não tem. Esses empreendimentos, hoje, estão recebendo em torno de 500 pessoas por final de semana. E o lixo é muito grande; e lá a gente não tem a coleta semanal, ela é feita mensal. Então, a gente pede que também olhem para isso. O secretário de Turismo Felipe esteve comigo visitando vários empreendimentos.
VEREADOR CLAUDIO LIBARDI (PCdoB): Vou lhe pedir um aparte, vereadora.
VEREADORA SANDRA BONETTO (NOVO): E está nos ajudando. Porque os empreendimentos precisam também terem esse acesso à infraestrutura, esse acesso à questão da Codeca, do lixo e tantas outras coisas. É interior, eles têm poço. Também, eu acredito que é necessário que o Samae chegue lá. Em conversas que a gente teve também com o diretor do Samae, há a possibilidade de chegar água lá. Então, a gente precisa, para que eles continuem empreendendo, que também seja feito a nossa parte. Por isso eu preciso que passe o outro vídeo. Já lhe concedo aparte. (Exibição de vídeo.) Então, no Vale Trentino, a gente tem a experiência de se encontrar com a natureza, mas ao mesmo tempo a gente tem empreendimentos que oferecem de tudo um pouco, hospedarias, cantinas, gastronomia. Então a gente pode fazer um roteiro particular, mas também reservar algumas coisas que daí vocês podem fazer a reserva através do site oficial, que é o Vale Trentino Oficial. Então, é bem interessante que a gente comece a prestar atenção, que em Caxias do Sul a gente tem muita coisa para fazer.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Um aparte, vereadora.
VEREADORA SANDRA BONETTO (NOVO): A gente não precisa ir para as cidades vizinhas, a gente tem uma natureza encantadora, a gente tem empreendimentos que estão empreendendo para fazer o melhor possível na questão turística, e a gente sabe que futuramente o turismo será muito pujante, porque tem muita gente acreditando nisso.
VEREADOR ALDONEI MACHADO (PSDB): Um aparte, vereadora Sandra.
VEREADORA SANDRA BONETTO (NOVO): Eu lembro muito bem de quando o Vale Trentino começou tímido, e que algumas pessoas da região de Salete, alguns empreendimentos é que acreditaram, da região de Farroupilha. Em seguida veio a região da Segunda Légua pedindo: “Sandra, a gente quer fazer um roteiro.” Mas dois roteiros turísticos em Forqueta não havia sentido, então a gente conseguiu unir os dois, e hoje o Vale Trentino está sendo todo esse sucesso, e os empreendimentos a cada pouco inaugurando, abrindo, e casa lotada. O seu aparte, Libardi.
VEREADOR CLAUDIO LIBARDI (PCdoB): Obrigado pela gentileza, vereadora Sandra. De início, eu gostaria de reiterar o respeito e a admiração que eu tenho pela senhora. Tenho certeza que a comunidade...
VEREADORA SANDRA BONETTO (NOVO): Declaração de Líder, por favor.
VEREADOR CLAUDIO LIBARDI (PCdoB): foi uma antes da senhora ser eleita vereadora, e será outra com a senhora eleita vereadora. Enquanto a senhora comentava, regionalmente o Vale Trentino tem suas diferenças, em razão de comportar duas cidades. E uma coisa que eu destaco é que a Represa do Samuara também compõe o Vale Trentino, é algo importante. Com certeza a água devia ser levada para o local através dessa represa que deveria voltar a ser utilizada. E mais do que isso, como o Trento é tão diferente da Itália, parece que o Vale Trentino é tão diferente de Caxias e de Farroupilha, né. Parece um local independente, como o Trento pretendia ser na Itália. Então, parabéns para a senhora, e uma coincidência do destino, que com certeza tem muito a ver com a cultura de quem construiu os dois locais ser muito próxima. Parabéns, vereadora Sandra.
PRESIDENTE LUCAS CAREGNATO (PT): Segue em Declaração de Líder da bancada do Novo, vereadora Sandra Bonetto, da Forqueta, alta e baixa.
VEREADORA SANDRA BONETTO (NOVO): (Risos) Muito obrigada, presidente. Realmente, o trem chegou antes em Forqueta, 1908, do que em Caxias. Caxias, aqui, o centro da cidade, 1910. Rafael Bueno, vereador, o seu aparte.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Obrigado, vereadora Sandra. Que bonito conhecer o interior da nossa cidade, que muitas vezes a gente passa para ir a alguma festa do interior, para ir visitar alguma pessoa, mas a gente não tem um olhar diferenciado como a gente vê em um vídeo desses.
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Um aparte, vereadora.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Eu fico feliz por saber que a senhora tem dado voz a essas comunidades do interior não somente mostrando as belezas, mas ajudar no desenvolvimento social e econômico dessa região, principalmente. Muitas vezes os nossos colonos que ficam debaixo da chuva, do sol, para produzir os nossos alimentos, agora estão sendo vistos. Mas, presidente, eu peço ao senhor, com toda a gentileza, se o senhor, já que a Sandra fez tanta propaganda desse lugar, que ela pudesse então nos levar até lá, né. Pagar um almoço, pagar um coquetel para nós, que é muita propaganda, então se é propaganda agora vai ter que... Eu quero ver pessoalmente se isso daí tudo é verdade, né. Então agora, à vereadora Sandra, eu quero que o senhor faça ela se comprometer aqui publicamente para nos levar lá, ser nossa guia...
PRESIDENTE LUCAS CAREGNATO (PT): Deferida a solicitação. Segue em Declaração de Líder, vereadora Sandra.
VEREADORA SANDRA BONETTO (NOVO): Vereador Rafael, levar a gente leva, mas não existe almoço grátis, lembra disso. Em a parte, vereador Aldonei... (Manifestação sem uso do microfone.) Aparte, Hiago.
VEREADOR HIAGO MORANDI (PL): Não, só parabenizar, eu vejo que tu valoriza muito a questão da cultura e defende muito essas questões do interior e turismo local, que contribuem muito para que a economia gire. Eu sou muito defensor do turismo nessas questões, parcerias público-privadas, o Estado, a Prefeitura. O Estado como um todo, eu digo, não atrapalhando o empresário ou as pessoas que vão investir, fazer uma pousada, já ajuda muito, né. E lembrando que anos atrás, antigamente, Ana Rech era conhecida pelas questões do Natal que levava o pessoal até lá, eu ia lá quando era pequeno. E também pela questão do chocolate, começou lá em Ana Rech. Até o vereador Rafael Bueno, nós estávamos comentando aqui. Logo depois, hoje, Gramado é conhecida como a capital do chocolate. Por quê? Porque sobre explorar o marketing, junto com os empresários lá, então eles exploraram melhor essa forma e acabaram roubando essa pauta, que talvez poderia ser do Município de Caxias do Sul. Então, eu costumo dizer que quem pode mais, chora menos, né. Infelizmente, se a gente largou, abandona alguma coisa por parte do poder público, a gente vai perder para outras cidades que hoje se tornaram referência. Então, valorizar Caxias do Sul ou a nossa cidade é uma coisa muito genuína. Então, parabéns por vocês estarem fazendo esse papel tão importante lá no interior. Muito obrigado.
VEREADORA SANDRA BONETTO (NOVO): Obrigada, vereador Hiago. É, na verdade, pelo que eu sei, a Secretaria de Turismo foi criada antes em Caxias do Sul do que as outras cidades vizinhas. Então, tinha tudo para ser muito pujante aqui, e a gente ter o turismo também como um fator econômico bem desenvolvido. Mas a gente está conseguindo agora, porque as pessoas, os empreendedores, estão fazendo a parte deles. E a gente precisa que, sim, o poder público nos ajude, porque os empreendedores estão fazendo tudo, estão acreditando no turismo da nossa região. Agora, então, é o momento do poder público também auxiliar. Vereador Aldonei.
VEREADOR ALDONEI MACHADO (PSDB): Bom dia, colega Sandra. Parabéns pelo tema, um tema muito importante. Eu, como do interior, lá do outro lado da cidade, lá da Criúva, também gosto muito dessa questão do turismo, porque no interior existem belezas naturais que muita gente da cidade não conhece. E algo que a senhora citou foi a união, a união desses empresários, desses empreendedores para fazer o turismo se desenvolver naquela região. É isso que eu bato, que é isso que eu puxo lá para a Criúva também. Que os empreendedores que estão lá se unam, e eles unidos serão mais fortes. Não adianta um puxar para um lado, outro para o outro, que não vai funcionar. Não adianta ter dois roteiros turísticos com um grupo aqui e outro grupo ali, que não funciona. Então, eu sempre digo para o pessoal em Criúva: Se unam todos juntos, que nós vamos fortalecer o nosso distrito, vamos fortalecer o turismo, vai vir clientes cada vez mais e todos vão ganhar. Então, todos unidos somos mais fortes. E parabéns, vereadora Sandra, pelo tema, com certeza muito importante para a nossa cidade.
VEREADORA SANDRA BONETTO (NOVO): Obrigada, vereador Aldonei. Realmente, lá foi criada uma associação onde todos os empreendimentos são associados. Eles fazem uma contribuição mensal, que é insignificante, mas com essa contribuição a associação cria os mecanismos de comunicação, consegue contratar alguém para trabalhar só em cima da questão do Vale Trentino, e consequentemente, a gente está colhendo bons frutos em Forqueta. Então, que sirva de exemplo para os demais roteiros, porque realmente, se as pessoas não estiverem juntas, unidas, e pensando no bem comum, não se consegue nada individualmente. Individualmente é muito mais difícil, mas se estivermos juntos, certamente chegaremos lá. Vereadora Rose.
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Vereadora Sandra, esse tema, sim, é fundamental. Acho que esses dias nacionais, municipais, são importantes para fazer esse debate mesmo. O nosso interior aqui é riquíssimo. Já teve épocas em que esses roteiros rurais foram muito mais visitados, teve muito mais propagandas, mas sempre aquém do que merece e do que é a beleza da nossa cidade. Quando o vereador Hiago fala de Gramado, eu lembro de uma vez, quando eu, há algum tempo, fazia parte da rede urbal, que trabalhava bem isso, o turismo, principalmente rural, e era o pessoal: Brasil, Itália e França, essa rede. E quando as pessoas da Itália e da França vinham pra cá, visitavam o nosso interior, a nossa cidade, eu ouvi uma vez, os gramadenses, que me desculpem, (Risos) disso que eu vou falar, mas eles comentaram assim: “Nossa, Caxias precisa muito mais valorizar o turismo.” Porque o turismo daqui, a região daqui, ela se assemelha ao norte da Itália, por exemplo, a toda a região do Vêneto, que tem belezas naturais. Já gramado, faz muito bem isso, mas tem muita... Os roteiros de lá, são belezas construídas.
VEREADORA SANDRA BONETTO (NOVO): Sim.
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): E é tipo uma Disney, que não é... É um turismo diferente. Mas que nós aqui, com as nossas belezas, e às vezes, eu vejo assim nas redes, principalmente as pessoas que viajam e fazem foto daqui e dali, e não percebem o que é a nossa região. E não é porque as pessoas não queiram, é porque eu acho que é isso, falta, e não é desse governo, não é do anterior, é uma cultura de Caxias que tem que ser mudada, porque a nossa cultura é bastante baseada no trabalho, na economia, né? Mas se dá conta que turismo é importante, e que também é economia. Então, parabéns por essa fala e por trazer pra nós esse debate.
VEREADORA SANDRA BONETTO (NOVO): Muito obrigada, vereadora. E realmente, a gente tem os vales bordados por parreirais, a gente tem colinas, montes, cascatas, a gente tem tudo, e é natural. A gente não precisa fazer nada, a não ser desenvolver a questão turística, mas para isso a gente precisa acreditar. E foi isso que aconteceu com esse grupo de empreendedores liderados pelo presidente Rodrigo Gajardo, que começaram a acreditar que sim, valia a pena investir na nossa região, além do fator agrícola. Sim, a gente tem a agricultura lá, a gente tem muitas outras coisas lá, mas também, a gente pode possibilitar aos turistas, às pessoas que vão lá, uma experiência. Porque é isso que o turista quer, ele quer experimentar coisas novas, coisas diferentes. E sim, todo turista que vai lá, ele acredita estar na Europa, porque a nossa localidade é muito semelhante, realmente, a gente tem uma geografia encantadora. Então, precisamos, sim, apoiar mais aqueles empreendedores, que eles só pedem o básico do básico, o resto eles estão fazendo. Então, eu também queria agradecer ao secretário de turismo, que entendeu isso e está tentando fazer o possível para esses empreendimentos. E que bom que Caxias do Sul comece a investir mais em turismo, porque é isso que vai desenvolver a nossa cidade. Eu pediria para a assessoria, agora, a gente passar o último vídeo. (Manifestação com recurso audiovisual) E o Vale Trentino é isso, gente. O Vale Trentino é onde a fé encontra a tradição, o vinho celebra a vida e a natureza encanta. Muito obrigada.
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VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Muitos temas para falar, só para pegar essa questão que o vereador Libardi fala. Eu acho que os responsáveis têm que ser presos, mas também as questões das fakes, das notícias falsas. Não dá mais para aguentar essas notícias falsas. Isso, olha, tem que ter, também, responsabilizar com multa, com prisão, com o que for. Porque a gente, muitas vezes, aqui, se desgasta mais desmentindo as mentiras do que fazendo um debate, realmente, importante para a sociedade. Então, essa questão do INSS é típico disso. Mas eu queria aproveitar esse momento, nós tivemos essa homenagem da questão das mães, então, quero agradecer muito à Mesa, ao presidente Lucas, toda a assessoria que foi atrás. Para mim, realmente, foi uma surpresa. Para mim, o meu filho sabe o quanto ele é a coisa mais importante da minha vida, e eu acho que todas as mães podem dizer isso e talvez digam isso. E eu agradeço muito, que eu ainda nem sei como foi feita essa gravação, porque ele não é de se expor tanto assim. Ele está fazendo a faculdade de Direito, mas ele é uma pessoa mais reservada. Ao contrário de mim, ele não gosta de redes. Então, eu achei até que ele não ia gravar, porque eu não sabia, quando eu vi a filhinha da Daiane. Eu disse: “Não, Vitório Augusto não vai falar.” Mas falou. Então, foi muito lindo mesmo. E eu quero aproveitar, também, por iniciativa da vereadora Andressa, mas tanto eu, como a vereadora Estela e a vereadora Andressa Mallmann, protocolamos hoje, um projeto de lei que fala sobre a questão das mães. E a base é bem assim, né? Não adianta a gente só dar parabéns para o Dia das Mães e não dar direitos, não valorizar isso, e de certa forma até romantizar essa função de ser mãe. Então, nós protocolamos um projeto de lei, que é em respeito à mãe trabalhadora, e isso será debatido em outros momentos aqui nesta Casa, mas era importante registrar, porque é um evento nacional, é um projeto de lei nacional, que está sendo protocolado em mais de 100 cidades brasileiras nesse mesmo dia, então, é bastante importante. E eu queria, então, reforçar o convite falando da questão das mães, da caminhada desse sábado, às 9 horas, saindo da prefeitura, do Maio Furta-Cor, e da questão da saúde mental materna.
VEREADORA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Um aparte, vereadora?
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Seu aparte. Rapidinho, que eu tenho mais um convite.
VEREADORA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Reforçando a questão do projeto de lei, então, o movimento que está sendo feito pelo Brasil inteiro, que relaciona o Dia do Trabalhador e da trabalhadora e o Dia das Mães. Então, a gente, as mulheres, e o movimento de mulheres tem chamado atenção para essa questão da política de cuidados. Então, o movimento que a gente está realizando é para que a nossa cidade faça parte dessa rede nacional também. Obrigada, vereadora.
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Obrigada, vereadora Andressa. Eu queria fazer um convite, aqui, para a sessão solene de hoje à noite, para a entrega do título de Cidadã à Maria Helena Catan, cidadã caxiense. Nós escolhemos uma data próxima ao Dia da Mulher Caxiense, que é no próximo dia 11 de maio. Coincidentemente, esse ano é no mesmo dia do Dia das Mães, mas o Dia da Mulher Caxiense, nós também teremos a oportunidade de falar sobre isso. Nós vamos dar esse título a Maria Helena, que é uma médica e escritora, faz parte da Academia Caxiense de Letras, e ela foi uma das, ela foi muito... Hoje, ela tem mais de 90 anos, mas ela foi muito corajosa. Ela rompeu barreiras em Caxias enquanto médica. Ela introduziu questões de cuidado, além do seu consultório, de acolhimento para as mulheres, e como mulher médica, imagina na década de 60. É uma pessoa que precisa sim, há muito tempo, ela já poderia ser chamada de caxiense. Então, gostaria de fazer esse convite aos colegas vereadores, vereadoras que puderem se fazer presente, hoje, a partir das 19 horas nessa sessão. Tão importante para mim, para Maria Helena, mas eu acredito que para a cidade como um todo. Obrigada.
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VEREADOR CLAUDIO LIBARDI (PCdoB): Obrigado, presidente. Cumprimentar novamente o senhor e os demais vereadores. Queria trazer três temas específicos e começar pelo tema que, para mim, é o tema mais caro do Brasil e mais caro para quem quer desenvolver nesse país. Ontem, o COPOM aumentou a Selic para 14,75, a maior taxa de juros do Brasil nos últimos 19 anos. Queria me somar a Confederação Nacional da Indústria, aos sindicatos de trabalhadores e àqueles que ainda acreditam nesse país, para atacar o presidente Gabriel Galípolo. É um ataque e um desserviço ao Brasil o que o COPOM tem feito no último período. E isso, obviamente, é resultado de uma política de transformar o Banco Central em independente. O presidente Gabriel Galípolo está saindo pior que a encomenda. O mal, o atraso e pitadas de psicopatia acabando com a indústria desse país. Trata ainda, presidente, de um tema que já foi tratado terça, quarta e quinta, que é relativo à falta das pessoas nas consultas médicas. Eu procurei algumas situações parecidas neste país para que eu pudesse fazer uma sugestão ao prefeito Adiló Didomenico. Encontrei alguns artigos científicos e encontrei um caso muito similar que apresentei aos vereadores da oposição. Então, eu queria fazer um agradecimento público à vereadora Andressa Marques, à vereadora Rose Frigeri, à vereadora Estela, ao vereador Ramon, à vereadora Sandra Bonetto e ainda aos demais vereadores do PL, que vão verificar se assinarão ou não assinarão a nossa proposta, que é um artigo científico que estuda como reduzir o absenteísmo nas consultas médicas na rede pública municipal. Então, a reestruturação do processo de agendamento com o agendamento no máximo de três dias; o fortalecimento e acolhimento da avaliação de risco; integração de tecnologias e comunicação para que as pessoas possam agendar e também desmarcar por meio de aplicativo, WhatsApp e também telefone; campanha de educação e conscientização; gestão eficiente das vagas de acolhimento e comunicação recíproca entre os profissionais e pacientes. Vou entregar a indicação, posteriormente eu protocolo à V. Exa., líder do governo, e também entregarei esse artigo científico que foi produzido pela Universidade Estadual de São Paulo e pode ser implementado aqui no nosso município. Ribeirão Preto hoje tem 690 mil habitantes, uma realidade muito parecida com a de Caxias e, obviamente, a saída se encontra sempre na ciência. Por fim, presidente, mas não tão importante... Quer dizer, até mais importante! (Manifestação sem uso do microfone) Não menos importante, obrigado, vereador. Queria tratar sobre a investigação promovida na CGU relacionada com o INSS. Eu tenho uma posição firme, os vereadores tiveram a oportunidade de me conhecer, nós, do PCdoB, defendemos que quem cometeu qualquer tipo de crime, que pague na cadeia. Se alguém roubou um aposentado, que pague na cadeia. Não sou, aqui, advogado de quem rouba. Mas eu tive a oportunidade de ouvir a entrevista do ministro da CGU, ontem à noite, em especial os esclarecimentos que ele apresentou para a Folha e também apresentou na Voz do Brasil. Eu gostaria de destacar essa frase do ministro da CGU:
 
“É importante dizer que essas entidades fraudadoras fizeram acordos de cooperação com o INSS para começar esses descontos antes de 2023. E muitas delas em 2021 e 2022. Então foi uma espécie de ovo de serpente que foi chocado em 2021 e 2022, e antes também, e que gerou esse problema e nós não identificamos, apuramos e coibimos com muita firmeza.”
 
(Fonte: https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202505/2018identificamos-apuramos-e-coibimos-com-muita-firmeza2019-diz-ministro-da-cgu-sobre-fraude-do-inss)
 
Obviamente, com período tardio, nós entendemos que isso aqui devia ser sido coibido em janeiro de 2023, que bom que foi coibido agora. E uma voz uníssona, eu tenho certeza, desta Câmara de Vereadores é o combate à corrupção. Então, aqueles que roubaram que sejam presos e mais do que isso, que a alteração legal de 2017, que efetiva a possibilidade do desconto sem a renovação e com falsificação de assinatura, seja revista pelo Congresso Nacional do Brasil. Obrigado, presidente.
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VEREADORA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Obrigada, senhor presidente. Então, gostaria de citar e reforçar a proposição apresentada pelo vereador Libardi. É uma alternativa em relação aos problemas que o prefeito tem dito, que é uma questão importante na nossa cidade. A gente concorda nesse sentido, que precisamos olhar os motivos que fazem com que as pessoas faltem as consultas, por isso estamos apresentando essa indicação. O governo federal já faz apontamentos em relação a isso, e tem orientações também, para a gente poder prevenir as faltas. A vereadora Rose já falou sobre o projeto que protocolamos hoje, eu, ela, a vereadora Estela e a vereadora Andressa, importante movimento ligado a outras parlamentares do Brasil inteiro. Mas eu queria falar também, sobre as questões do INSS. Nós vivemos um momento onde é muito complicado ter acesso à informação, que a gente consiga confiar na informação, entender, e que a população também possa. Eu fico me colocando, às vezes, no lugar das pessoas que não são envolvidas na política como nós. Como que chegam as informações para elas? Nós precisamos pensar nisso, nós que somos pessoas públicas, por isso também, nós precisamos pensar em como regulamentar as redes sociais, porque qualquer um faz um vídeo sobre qualquer coisa e esse vídeo muitas vezes se torna verdade. Isso é um problema, por isso, nós trabalhamos para regulamentar as redes sociais. Mas é importante dizer, nobres colegas, que essa questão do INSS foi enfrentada pelo governo federal. Talvez poderia ter sido enfrentada de forma mais rápida, como disse o vereador Libardi. Mas a verdade é que a Controladoria Geral da União, que é um órgão do governo federal junto da Polícia Federal, fez uma ação coordenada pelo governo federal. Quem decidiu combater a corrupção no INSS foi o atual governo federal. Isso precisa ser dito, porque senão... E aí eu faço uma crítica ao governo Lula, que é a questão da comunicação com as pessoas. O governo combate a corrupção e agora parece que o governo fez a corrupção. E aí, nobres colegas: “Ah, mas tem pessoas do governo envolvidas.” Sim, que vão ser punidas e responsabilizadas. Assim como pode ser que tenha aqui. E aí tu vai jogar todo o governo Adiló fora? Vai jogar todo o governo Leite fora? Vai jogar todo mundo que não teve envolvimento? O governo federal tomou uma decisão. A gente vai punir esse crime que está acontecendo contra os aposentados. E foi isso que fizeram. Mas foi uma decisão do governo Lula. Antes isso não tinha sido enfrentado, nobres colegas. Nós vamos fazer isso na bancada do PCdoB, vamos falar sobre essas informações. Foram milhões de reais. E aí não importa o partido, qual pessoa. Corrupção para mim, no nosso ponto de vista, a gente é duro em relação a isso. Eu acho que as leis, inclusive, deveriam ser mais duras com quem usa do dinheiro público e dos serviços públicos para se beneficiar. Isso nós não toleramos. Nós, do PCdoB, não toleramos corrupção. E qualquer caso, seja aqui, em qualquer outro lugar, que seja visto que as pessoas descumpriram lei e lesaram a administração pública, elas devem ser responsabilizadas. Por mim, que apodrecessem na cadeia. Só não peço mais pena por isso porque nós temos que seguir o Estado Democrático de Direito. Mas aí, nesse sentido, a gente tem exemplos em outros países, que eles são rígidos em relação a isso. Eu, particularmente, acho que corrupto não tem que ter espaço nunca mais na vida pública. Não tem que ter espaço. A gente tem que ter tolerância zero para a corrupção. Mas é isso. É importante que as informações sejam ditas para a nossa população. E aí tem ali sindicatos, associações, instituições, pessoas que eram ligadas ao INSS. Aí a gente pode olhar para trás e lembrar da Lava Jato, por exemplo. Hoje já tem estudos que falam sobre isso, artigos que apresentam sobre a Lava Jato, que iniciou com essa bandeira de combate à corrupção, mas ela também ajudou a criminalizar a política, acabou com empresas importantes no Brasil. Porque quando tu descobre corrupção, gente, nobres colegas e população que está acompanhando, tem que punir as pessoas. É que nem aqui na Câmara de Vereadores. Se a gente verificar que algum colega está tendo uma atitude inadequada, ele precisa ser punido. Mas tu não vai colocar todo o Legislativo na mesma vala. Então, muitas vezes as operações de combate à corrupção jogam as informações ao vento: “Os políticos são corruptos. As instituições são corruptas. O Estado é corrupto.” E a gente não pode fomentar esse discurso. Porque as pessoas corruptas tem que ser punidas, mas as instituições existem para poder cumprir o seu papel. Então, eu queria poder trazer essa reflexão aqui para a gente não começar a criminalizar a política. E que seja feito justiça em relação ao governo federal. O presidente Lula já deu o seu recado: quem foi envolvido na corrupção do INSS vai ser punido. E foi punido no governo dele os governos anteriores, inclusive, que corroboraram com esse crime que está acontecendo no INSS hoje. Obrigada, senhor presidente.
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