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Está arquivada, no Legislativo caxiense, a moção 16/2025, por meio da qual o vereador Hiago Morandi/PL e outros sete parlamentares da Casa tentavam apoiar um pedido de impeachment contra o governador Eduardo Leite. Na sessão ordinária desta terça-feira (1º/07), com o voto de desempate do presidente da Câmara, vereador Lucas Caregnato/PT, a moção foi rejeitada por 9 votos a 8. A solicitação de abertura de processo de impedimento contra o gestor estadual partiu do deputado Capitão Martim/REPUBLICANOS, no âmbito da Assembleia Legislativa do RS.
Os autores da moção elencaram argumentos de Martim, para eventual impeachment, tais como: gastos excessivos com autopromoção; uso de publicidade oficial para promoção pessoal; desperdícios de verbas públicas; engavetamento de planos preventivos. No primeiro item, alegam que teria havido aumento de 84% nos gastos em publicidade. Referiram que, no primeiro ano de Leite, em 2019, a cota publicitária alcançou a aplicação de R$ 40,2 milhões, sendo que, em 2015, no início da gestão do ex-governador José Ivo Sartori, o valor era de R$ 21,8 milhões.
As críticas dos vereadores se estenderam à utilização de recursos públicos, para o que entenderam como promoção pessoal do governador a partir do documentário “Todos Nós por Todos Nós”. Produzida pela equipe de Comunicação Social do governo e veiculada em 2024/2025, a película retrata Leite como o protagonista da reconstrução do Estado após as enchentes. O custo do documentário teria alcançado R$ 500 mil.
A referida moção enfrentou a resistência de diversos vereadores. A petista Rose Frigeri concordou que faltam planos preventivos diante da possibilidade de novas catástrofes climáticas, sobretudo no Vale do Taquari. Criticou a flexibilidade da legislação ambiental. Na mesma linha, manifestaram-se os vereadores Andressa Marques/PCdoB e Lucas Caregnato/PT (presidente da Câmara), reiterando que, sem crime de responsabilidade, não faria sentido uma abertura de processo disciplinar contra aquele governante.
Em defesa do governador, a vereadora Marisol Santos/PSDB apontou que a Administração Estadual já registra o maior índice de investimentos nos últimos 25 anos. Sustentou haver equilíbrio fiscal. Para o vereador Elói Frizzo/PSB, a moção estaria focada em debater o cenário político antes das eleições de 2026.
Idealizada pelo vereador Hiago Morandi/PL, a moção também contou com as assinaturas dos vereadores Alexandre Bortoluz/PP, Andressa Mallmann/PDT, Calebe Garbin/PP, Capitão Ramon/PL, Daiane Mello/PL, Pedro Rodrigues/PL e Sandra Bonetto/NOVO.
MOÇÃO nº 16/2025 (votação)
ALDONEI MACHADO PSDB Não Votou
ALEXANDRE BORTOLUZ PP Sim
ANDRESSA CAMPANHER MARQUES PCdoB Não
ANDRESSA MALLMANN PDT Sim
CALEBE GARBIN PP Sim
DAIANE MELLO PL Sim
DANIEL SANTOS REPUB Ausente
EDIO ELÓI FRIZZO PSB Não Votou
EDSON DA ROSA REPUB Não
ESTELA BALARDIN PT Não
HIAGO STOCK MORANDI PL Sim
JULIANO VALIM PSD Não
LUCAS CAREGNATO PT Não
MARISOL SANTOS PSDB Não
PEDRO RODRIGUES PL Sim
RAFAEL BUENO PDT Em representação
RAMON DE OLIVEIRA TELES PL Sim
RENATO JOSÉ FERREIRA DE OLIVEIRA PCdoB Não
ROSELAINE FRIGERI PT Não
SANDRA BONETTO NOVO Sim
SANDRO FANTINEL PL Em representação
TENENTE CRISTIANO BECKER PRD Não
WAGNER PETRINI PSB Não Votou