VEREADOR ARLINDO BANDEIRA (PP): Senhor presidente, senhoras e senhores vereadores. Estamos encaminhando um voto de pesar da Anieze Zanol Munaretto, que foi velada na sexta-feira, à tarde. Participei. O pessoal, muitos conhecidos que a gente tem na região de São Luiz da 6ª Légua. Uma pessoa querida entre nós que, infelizmente, partiu. Mas, pedir que Deus console os amigos, os familiares dessa família enlutada. E a morte não marca o dia, nem hora. Nós temos que estar preparados, como a gente fala aqui, cada um de nós estar preparados. E com certeza ele continua amando, senhor presidente, a nós, amigos, familiares como amava lá no céu. Era isso, senhor presidente. Meu muito obrigado.
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VEREADOR ARLINDO BANDEIRA (PP): Senhor presidente, senhoras vereadoras e senhores vereadores, cumprimentar a todos que estão aqui no plenário, bem-vindos sempre; a todos que nos assistem pela TV Câmara, canal 16. Senhor presidente, ocupo este plenário, no espaço do dia de hoje, falarmos mais um pouquinho sobre o trabalho da nossa Comissão Temporária da Telefonia, que é presidida por este vereador e conta com a ajuda da vereadora também, pelo qual a gente agradece pelo apoio sempre, companheira junto, Gladis Frizzo e do vereador Alceu Thomé. Obrigado pela parceria. Lutamos muito, sempre, pelos consumidores da telefonia em Caxias do Sul já faz anos. Desde nosso primeiro mandato em 2009 que estamos enfrentando essa batalha. Em todos esses anos, senhor presidente, conseguimos evoluir bastante e tivemos várias vitórias sim. Mas, talvez, não o suficiente. E a mais importante de todas tenha sido a instalação da antena em Criúva, onde trabalhamos intensamente, e com a ajuda de todos os colegas vereadores, para que a antena não fosse levada para outra cidade. Como conseguimos também, com muito custo, incluir nossas demandas no Termo de Ajuste de Conduta emitido pela CPI da Telefonia da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.  Encaminhamos diversas denúncias ao Ministério Público para a Doutora Janaína De Carli. Enfrentamos os problemas dos apagões da telefonia fixa no interior, que ainda continua desassistido.  Resolvemos a grave situação do cabeamento caído ao longo da estrada em Vila Oliva. Publicamos também uma cartilha informativa para que as pessoas se informem sobre seus direitos. Também encaminhamos à justiça centenas de pedidos de pessoas que nos procuram diretamente como também realizamos uma grande audiência pública em Santa Lúcia do Piaí, lá no nosso distrito em parceria com a Comissão Participativa e Comunitária, então na época era presidida pelo vereador Rodrigo Beltrão, que contou com quase quatrocentos moradores do interior. Trabalhamos em conjunto com o PROCON e realizamos abaixo-assinados enormes, que foram enviados para a Câmara Federal e para o Senado. Enfim, poderíamos ficar horas aqui falando sobre todo o trabalho que já realizamos pela telefonia e sobre todas as incontáveis conquistas que já tivemos. Embora ainda tenha muito o que fazer, graças ao trabalho da Comissão de Telefonia diversos problemas sim graves foram solucionados e conseguimos melhorar a vida de muitas pessoas. Tudo perfeitamente documentado nos relatórios anuais da Comissão.Então, nobres colegas, no dia de hoje venho a este plenário relatar sobre outro grande passo que daremos. Ao longo do ano de 2017, a Comissão então fez um trabalho de levantamento de diversas demandas. Nos reunimos então com algumas empresas que prestam serviços de Internet banda larga em nossa Cidade, como a E2 Network e a Bitcom. Para que dessem as suas opiniões sobre a legislação municipal que regula a instalação dos dispositivos que eles precisam para trabalhar. E no dia 08 de novembro, tivemos uma excelente reunião com os representantes das operadoras de telefonia fixa e móvel. A Senhora Laiana Souza, representando a operadora Vivo; o Senhor Marcelo Larri, representando a operadora Claro; o Senhor Álvaro Nascimento e Jaime Borim representando a operadora OI e o senhor Cléber Afanio representando a operadora TIM. Graças a esses encontros, nobres colegas, a Comissão elaborou uma proposta de modernização da legislação municipal no que se refere à instalação de novas antenas. Segundo as empresas, a lei municipal que regula o trabalho das operadoras precisa de alguns ajustes. Para que as operadoras tenham mais segurança jurídica e possam investir mais dinheiro na estrutura e melhoria do serviço. De imediato, colegas, a Comissão então encaminhou ao Poder Executivo Municipal uma proposta de modernização da legislação municipal que vai beneficiar muito a nossa cidade de Caxias do Sul. Através da redução da burocracia exigida das operadoras e da facilitação da implantação de novas antenas. Em contrapartida ao pedido das operadoras, a Comissão de Telefonia solicitou então, que,
 
se alterada a legislação municipal, a definição dos locais para a instalação de novas antenas seja então discutida com o município, Prefeitura e a Câmara de Vereadores, de forma a atender da melhor forma possível às necessidades da população. E não levar exclusivamente em conta os critérios econômicos das operadoras.
O pedido, vereadora Gladis Frizzo, foi aceito na mesma hora. As operadoras concordaram em incluir o município nas decisões de instalação de novas antenas. Boa notícia! Sem dúvida, uma grande vitória para a nossa cidade e nossa, podemos dizer. 
Dessa forma então, temos trabalhado no acompanhamento desta importante demanda junto ao Poder Executivo Municipal da nossa cidade de Caxias do Sul, com o qual tivemos recentemente reuniões com o pessoal da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, no qual o Sr. Jorge Andreazza nos informou que o projeto da nova lei está tramitando em conjunto com outros projetos de melhoria da telefonia e com o Secretário de Governo Luis Caetano, que se dispôs a acompanhar pessoalmente o projeto. Que bom, a gente fica contente com essa parceria.
Informamos que trabalharemos bastante nessa construção. Acreditamos, sim, que essa mudança na legislação municipal será de grande importância para a melhoria da qualidade do sinal, sobretudo no interior. Já que a Prefeitura participará diretamente da escolha dos locais de instalação das antenas. 
Temos certeza absoluta que poderemos contar com o apoio de todos nessa empreitada, que será um grande passo dado em direção ao futuro. 
 
VEREADOR RODRIGO BELTRÃO (PT): Declaração de Líder à bancada, senhor presidente.
VEREADOR ARLINDO BANDEIRA (PP):
 
Com isso, certamente teremos uma grande melhoria no atendimento de toda a nossa cidade de Caxias do Sul. E quem ganha, repetimos, é a nossa cidade de Caxias que sairá ganhando.
                                                                                                              (Texto fornecido pelo orador.)
 
Então, senhor presidente, para concluir, podemos dizer que é uma grande vitória, sim, caso isso saia do papel, porque sempre a gente diz aqui: reuniões, reuniões, e nada sai do papel. Mas se isso for resolvido junto com o nosso município de Caxias do Sul, com certeza, quem ganha é a nossa população, inclusive o nosso interior que está abandonado. Eles falam em 4G, nós estamos em meio G, vereador Beltrão, em meio G e não 4G. Nós estamos completamente no escuro em vários locais aí. (Esgotado o tempo regimental) O próprio Samu muitas vezes não tem como ocupar essa tecnologia, não tem como se beneficiar. Isso é um absurdo, em pleno século XXI, não dá mais para aceitar. Inclusive, para concluir, senhor presidente, a nossa telefonia fixa vem dando problema ainda, como está dando lá atrás. Muitos ficam um mês, dois, três sem uma telefonia fixa muitas vezes de qualidade, porque demora o atendimento no conserto de um telefone. E isso é um absurdo. Nós iremos acompanhar de perto para que isso seja resolvido, e a população fique beneficiada. Era isso, senhor presidente. Muito obrigado.
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VEREADOR WAGNER PETRINI (PSB): Bom dia, presidente, senhoras vereadoras e senhores vereadores. Pessoal que nos assiste pela TV Câmara, pessoal que nos assiste pelo facebook, pessoal do plenário, pessoal da saúde, do Conselho Municipal da Saúde. Presidente da Associação Caxiense de Som Automotivo, Leonardo Nascimento, que nos acompanha. Pessoal da Jamir Eventos e alguns lojistas. Senhores vereadores, hoje eu quero entrar num assunto, em alguns assuntos. Quero fazer uma breve introdução para entrar num assunto que vem crescendo em nível de Caxias e região. Nossa cidade passa por diversas dificuldades, inclusive, citada há pouco pelo Conselho Municipal da Saúde que é a saúde em Caxias do Sul. A gente sabe que o problema é grande, há falta de médicos, há grande demanda da população e agora veio o caso das férias dos médicos. Outro assunto acompanhado ontem no Jornal Nacional é a taxa de desemprego que aumenta a cada dia: 13 milhões de desempregados aqui no Brasil. Mais de 5 mil pessoas na fila ontem em busca de 1.800 vagas. Isso é um problema, problemas que se agravam a cada dia em nossa cidade. Outro problema que foi manchete de jornal ontem é uma demanda antiga da cidade de Caxias do Sul que é baseada nos jovens, que é uma bandeira minha em cima da juventude caxiense. É um problema que migra de ano a ano e de lugar a lugar, que são os postos de gasolina, lazer nos espaços noturnos onde tem pessoas que se infiltram nos movimentos. E isso é em qualquer lugar. Tirando... Não podemos ver também só os problemas. Temos que estar aqui para dar uma solução. Peço ao prefeito que, com o poder que ele tem da caneta, reveja a postura das férias dos médicos e dizer que já estou apoiando uma possível negociação entre o poder público, Secretaria de Desenvolvimento, Câmara de Vereadores para que se use os Pavilhões da Festa da Uva em prol do desenvolvimento de Caxias do Sul baseado na feira de negócios, carros, usando esses espaços que vem de bem comum à comunidade de Caxias. Aqui hoje eu apresento um movimento que eu estou apoiando, que é o Movimento Sobre Rodas – Rio Grande do Sul. Esse movimento se baseia numa bandeira minha que envolve tudo que envolve carro: carro baixo, venda de bateria, mecânicas, rodas, limpador de para-brisa, lavagem, estética automotiva, som automotivo, tudo que envolve um carro em Caxias do Sul e na região. Se quiser passar, Igor. Esse Movimento Sobre Rodas tem uma visão social. Ele se baseia muito em arrecadação de alimentos, campanha do agasalho, carro rebaixado, a Feira de Negócios, oportunizando a integração entre empresários, apreciadores, juventude e economia de Caxias do Sul. Aqui tem algumas imagens. Foi realizado na Estação Férrea. Nessa ocasião até o vereador Bandeira esteve presente apoiando, teve até o lançamento de uma campanha Conscientiza Som, na época, foi na estação férrea uma arrecadação de agasalhos. Pode passar, Igor. Aqui está o presidente da Associação do Som, que ontem mesmo se manifestou separando os infiltrados que se aproveitam de lugares onde pessoas poderiam estar de forma respeitosa tomando o seu chimarrão, ocupando como forma de lazer, mas que acabam até estragando o movimento em frente aos órgãos públicos. No momento oportuno, já passo. Passo o aparte. Aqui, em agosto, eu já vou mostrar o exemplo de um evento que teve em 2016 envolvendo o Sobre Rodas, e citar algumas cidades aqui que, menores que Caxias do Sul, já possuem centros de eventos, como Guaporé, Nova Santa Rita, Antônio Prado, São Marcos. Vai passar o vídeozinho? Aqui está passando um vídeo enquanto eu vou explorando. Esse vídeo é dos Pavilhões da Festa da Uva em 2016. Esse evento teve, aproximadamente, 6 mil pessoas aqui em Caxias do Sul, muitas pessoas vindas de cidades da região como Bento Gonçalves, até propriamente a região metropolitana, Gravataí, Santo Antônio da Patrulha, da região de Gramado, Canela, Torres, Passo Fundo. Mais ou menos tinha 50 cidades representadas nesse evento nos Pavilhões da Festa da Uva, que é um evento que muitas vezes é discriminado por órgãos ou pessoas que não têm o conhecimento do que é o movimento. Todo movimento, independente de qual seja ele, tem infiltrados, pessoas que não são próprias para o movimento, que têm outra visão. Mas aqui, nos Pavilhões da Festa da Uva, um encontro de rebaixados, competição de rebaixados, onde a ideia é quem rebaixar mais, deixar o carro bonito e o que acontece? Por que isso acontece? Nós temos as lojas de suspensão em Caxias do Sul, e eu já vou passar os números, isso atrai o cliente para a loja. A loja que melhor fizer o seu carro, que melhor preparar... Olha o fluxo de pessoas. Mais vai atrair o seu cliente, fazendo, transformando em forma de renda. Esse evento também acontece nele o tal do Mercado de Pulgas onde pessoas comercializam produtos em nível de carro e até em forma de artesanatos e aqui esse movimento, espaço kids, atraindo a família. Então, é um evento bem bacana. Vai passando o vídeo.
VEREADOR PAULO PÉRICO (MDB): Um aparte.
VEREADOR WAGNER PETRINI (PSB): Eu quero falar da forma... Um aparte, então, vereador Périco.
VEREADOR PAULO PÉRICO (MDB): Eu acho muito importante você mostrar isso daqui para a Câmara e para os cidadãos. Eu não tinha ideia do envolvimento profissional quando tive um grupo dos meus alunos na UCS de uma empresa de rebaixe de automóveis, que a gente fez um trabalho de planejamento com essa empresa. Aí eu vi os números e eu realmente fiquei impressionado do que movimenta financeiramente o Município de Caxias do Sul, não só com profissionais, com negócios, com compra e revendas de material automotivo e, principalmente, a questão do turismo também. Que muitos cidadãos não têm absolutamente nenhuma ideia. Eu era um que não tinha ideia dos valores do investimento que isso traz e que continua sendo mantido em Caxias do Sul. Então é importante que V. Exa. tenha trazido essas imagens, porque, quando eu descobri e fiquei sabendo, fiquei muito feliz por Caxias ter esse centro ou ser esse centro. Eu acho que de uma forma bem racional, bem inteligente, nós podemos dar continuidade a esses eventos que não prejudiquem o município e, pelo contrário, incentive mais ainda esse tipo de negócio que é de extreme importância. Parabéns, vereador.
VEREADOR WAGNER PETRINI (PSB): Obrigado pelo aparte, vereador Périco. Um aparte, vereador Rafael Bueno.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Vereador Wagner, o senhor lembra-se muito bem, na legislatura passada, que teve um projeto aqui na Câmara de Vereadores protagonizado por um vereador, por dois vereadores, querendo penalizar a questão do som automotivo e que englobava os carros. O senhor se lembra de quem que foi esse projeto? O senhor se lembra de quem foi? (Manifestações sem uso do microfone) Bom, que bom que o senhor se lembra. E eu aqui, vereador, fui rotulado pela população, parte da população, pela imprensa, porque eu não conhecia o som automotivo. Eu nunca tinha participado de nenhum evento. Mas eu defendo o lazer e o entretenimento das pessoas, família. Tinha uma cidadã que ela mandou uma carta para o Jornal Pioneiro falando de mim, que ela diz que, de segunda a sexta, ela podia caminhar em volta da Lagoa e, sábado e domingo, ela não podia, na Lagoa do Rizzo. Daí eu disse: “Quer dizer que, de segunda a sexta, tu pode caminhar na Lagoa do Rizzo; sábado e domingo, aquele jovem que trabalha dentro de uma metalúrgica que acorda às seis da manhã para trabalhar e sai às 17h30 da tarde e, depois, tem que ir para a faculdade estudar, ele não tem direito ao seu lazer no final de semana? Um jovem não tem direito ao seu lazer?”. Daí ontem o jornal Pioneiro, anteontem, o jornal Pioneira fez uma matéria, para concluir, vereador. Fez uma matéria sobre a questão do som automotivo. Têm as pessoas de má índole que atrapalham realmente o sossego público nas perimetrais, nos locais inadequados, mas para isso, para penalizar as pessoas de má índole, tem que criar espaços e oportunizar para que essas pessoas possam estar presentes. E isso não preciso o poder público...
VEREADOR WAGNER PETRINI (PSB): Uma Declaração de Líder à bancada do PSB.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Mas uma parceria público-privada, vereador. E eu continuarei defendendo isso. Eu espero que o prefeito que outrora, na legislatura passada, mobilizou a comunidade para penalizar as pessoas que gostam de carros rebaixados, de som automotivo, agora, mude de ideia. Mas o senhor lembra-se que quem causou toda a confusão foi justamente ele.
VEREADOR EDI CARLOS (PSB): Uma declaração de líder da bancada do PSB.
PRESIDENTE ALBERTO MENEGUZZI (PSB): Uma Declaração de Líder à bancada do PSB. Segue com a palavra o vereador Wagner Petrini.
VEREADOR WAGNER PETRINI (PSB): Vereador Adiló, já lhe concedo a palavra.
VEREADOR ADILÓ DIDOMENICO (PTB): Obrigado, vereador Wagner. V. Exa. traz um dos tantos eventos que se perdeu em Caxias. E sábado casualmente passei ali por uma das rotas do Vale dos Vinhedos e a gente se sente minúsculo vendo o que Bento Gonçalves já conseguiu desenvolver no turismo. Impressionante a quantidade de veículos, de pessoas em todas as vinícolas. Tem 15 vinícolas só naquela rótula que sai do Vale dos Vinhedos e sobe ali para Bento Gonçalves. Os restaurantes lotados. Estava um dia maravilhoso e aí tu volta para Caxias nós estamos atirado às moscas. Aí eu pergunto: para que Secretaria do Turismo? Melhor seria fechar ela para economizar esse dinheiro.  Então... Ou nós retomamos eventos e damos algum apoio, porque de uma forma ou de outra são eventos que trazem público para Caxias. O que nós precisamos é montar a questão da organização para que tenha uma convivência harmônica com as demais pessoas. Obrigado pelo aparte.
VEREADOR WAGNER PETRINI (PSB): Obrigado pelo aparte, vereador Adiló. Vereador Bandeira o seu aparte.
VEREADOR ARLINDO BANDEIRA (PP): Wagner, obrigado pelo aparte. Eu também me associo nessa parte, como bem você falou eu já participei nesses eventos e já falei aqui nesse plenário. Inclusive também, vereador Rafael, também foi criticado, os colegas, muita gente na época, a imprensa e no final quem estava defendendo o som o automotivo. Já falei muitas vezes aqui nesse plenário, mas eu sempre digo. Som automotivo tem que separar o joio do trigo, podemos dizer. Os baderneiros como pessoas do bem que querem se divertir, querem fazer o melhor, se apresentar, é outra coisa. Então, eu quero dizer que nós temos que dar atenção sim, nós, vereadores, todos, tudo aquilo que vem de bom para a nossa cidade, que vem ajudar, nós temos que dar suporte. Inclusive começando pela nossa cidade, o nosso Executivo, enfim, as secretarias que competem, isso é esporte, é lazer, não outra saída. E quando você tem um espaço adequado, dentro da fiscalização, seja ação, seja racha, tudo fiscalizado, com normas, adequações, isso não é errado. Precisamos então em eventos fiscalizar, com regras, isso é bonito de ver. Quem não se apresenta? Todo mundo se apresenta. Como bem você falou de outras cidades. O pessoal vem de fora, longe, isso aí... Então, parabéns pelo assunto, sou parceiro, seja som automotivo, sejam esses rachas. Inclusive irá tirar muitos rachas da cidade, podemos dizer, evitar acidentes graves que acontecem na nossa cidade de Caxias do Sul. Então sou parceiro dentro da legalidade, dentro de uma fiscalização, sou parceiro sempre. Obrigado.
VEREADOR WAGNER PETRINI (PSB): Obrigado pelo aparte, Bandeira. Já lhe concedo, tá, Neri. Só um minutinho. Só para continuar aqui o meu assunto à questão dos pavilhões. E a gente sabe diferenciar. O pessoal que organiza, que eu apoio, os pavilhões não é lugar para som automotivo. A gente engloba é mais a feira de negócio, o carro baixo. O cara coloca o seu sonzinho ambiente e aqui sábado à tarde, agora, em Nova Brasília, interior de Flores da Cunha, fui prestigiar um evento de alguns amigos meus. Foi sábado à tarde. O evento funcionava, de  som automotivo, interior de Flores da Cunha,  Nova Brasília, da uma da tarde, às seis da tarde. Não precisou ir lá uma viatura da Brigada Militar, um guarda municipal, alguém para nos pedir. O evento era da uma e seis horas da tarde acabou o evento. Todo mundo recolheu seus carros e foi embora. Foi mais ou menos 800 pessoas em um sábado à tarde. Lá encontrei alguns amigos meus de Flores da Cunha, pessoas que trabalham dia de semana e final de semana querem um momento de lazer. Essa é uma área que eu indico até o Executivo, Prefeitura de Caxias do Sul que procure uma área, assim, por exemplo, temos a antiga pedreira do Samae. É um lugar afastado que poderia lá funcionar no sábado à tarde de alguma forma ou que regulamente alguns lugares já  particulares que tem, que regulamente a forma de se fazer um evento para o pessoal da associação e nós defensores do movimento que a gente possa cobrar e destinar esse público para esses lugares. Aparte, vereador Neri.
VEREADOR NERI, O CARTEIRO (SD): Obrigado, vereador Wagner. Apenas para lhe cumprimentar  por esse importante tema e com certeza é um tema que eu acho esses encontros eles movimentam muito a economia do nosso município onde que vem gente praticamente de todo o Brasil, os apaixonados nos mais diversos temas, seja carro antigo, seja nos rachas e  a gente tem que incentivar esse tipo de ação para poder movimentar sim a economia do nosso município. Eu acho que muitos municípios vizinhos já fazem isso e Caxias, a segunda maior cidade do Estado, deixa a desejar. Os caxienses tem que sair daqui para ir gastar o seu dinheiro em outros municípios. E a questão do lazer, eu vou além. Eu digo que não é um lazer apenas para os jovens, que é importante também, mas sim para as famílias. Geralmente, nesses encontros, a gente vê desde aquela criança, aquele bebê de colo até aquele senhor mais idoso. Então, com certeza, é um atrativo muito grande para as famílias. Caxias, que é um lugar que não tem tantos atrativos, então, que a gente possa trazer essas ações também para a nossa cidade. E os Pavilhões da Festa da Uva, eu acho que é um grande espaço em nossa cidade, ele tem que ser utilizado. E aí tem essa sessão das boas ações, desses encontros de carros antigos, enfim, tantas ações promovidas por esse pessoal, e que a gente possa usar esse espaço em favor desse pessoal que tanto gosta. Um hobby para quem curte essas ações e também, com certeza, vai favorecer o nosso município. Então dizer que sou favorável, e o senhor tem o meu apoio para a gente lutar junto para mais ações em nosso município. Obrigado, vereador.
VEREADOR WAGNER PETRINI (PSB): Obrigado, vereador Neri, pelo apoio e pela contribuição. Aqui mostrar aos senhores vereadores, ao pessoal que nos assiste a parte econômica do movimento. Aqui são números de Caxias do Sul. Quem é que imaginou que aqui em Caxias do Sul se tem 176 lojas de som automotivo, 120 lavagens de carros. Muitos daqui usam lavagem de carros e não se dão por conta. Lojas de pneus, borracharia, geometria, estéticas automotivas, 279 mecânicas credenciadas, o pessoal que faz os ajustes com média de quatro funcionários por empresa. Isso no final do mês... Aqui os workshop realizados, que o pessoal do movimento usa feiras. Esse aqui foi um evento aqui em Caxias do Sul. O pessoal de Osório, de uma distribuidora de materiais e acessórios como módulos, autofalantes, que tem empregados aqui em Caxias do Sul, até cito aqui um representante da distribuidora Treme Treme, que está aqui, o Willy. Obrigado pela presença também, Willy, que nos acompanha. Algumas pessoas, o Fritz, o lojista, o Emerson. Tem pessoas do nosso ramo. Pode passar. E aqui é o Mercado de Pulgas que se tem. Quando tem eventos, o pessoal leva alguns acessórios. Lá no canto, mais acima, tem um exemplo, todas as peças que formam um carro. Eu tenho absolutamente certeza que muitas pessoas não se têm a noção de tudo o que vai num carro. E Caxias do Sul, pelo polo industrial que tem, tem a capacidade de começar da primeira peça e finalizar o carro aqui em Caxias do Sul mesmo. Então esse é um polo num mercado que tem muito a crescer. Já estou quase encerrando o meu tempo, eu quero dizer que estou, sim, apoiando e mediando a conversa entre Prefeitura e apoiadores do movimento para que se faça um evento nos Pavilhões da Festa da Uva, englobando a feira de negócios. Fazendo uma ação com arrecadação de um litro de leite para que se possa passar ao Banco de Alimentos de Caxias do Sul. O secretário de governo, Caetano, está aceitando a ideia, e a gente vai tentar fazer tudo dentro da lei para que se possa fazer um evento bacana em prol da comunidade. E quero deixar o convite aqui, Gustavo Toigo, à Comissão de Desenvolvimento, para que, se houver esse evento nos Pavilhões da Festa da Uva, possa estar presente. Aqui eu dou um exemplo que o vereador divulga muito a questão do turismo na região da uva e do vinho através do produto que é o vinho. Eu faço esse mesmo papel, só que o meu produto é o carro, é o jovem. Então fica essa minha explanação. Eu acho que eu já estou encerrando... Encerro a minha fala aqui com a imagem dos Pavilhões da Festa da Uva e a imagem de Caxias do Sul, que é uma baita cidade, segunda cidade maior do Rio Grande do Sul, que tem um potencial enorme. Eu acho que era isso. Agradeço a todos que nos assistem pela TV Câmara, pelo facebook, que nos acompanharam, a todos os apreciadores do movimento do som, aos vereadores. E um bom dia a todos.
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VEREADOR RODRIGO BELTRÃO (PT): Pois não, vereador Bandeira.
VEREADOR ARLINDO BANDEIRA (PP): Obrigado, vereador, meu colega sempre...
VEREADOR RODRIGO BELTRÃO (PT): Privilégio ser seu colega.
VEREADOR ARLINDO BANDEIRA (PP): Obrigado. É só para ajudar o nosso amigo Wagner, meu colega vereador Wagner Petrini sobre o espaço. Quando se fala aqui em espaço, inclusive, nós estamos articulando, nós estamos junto com o Executivo, junto com a minha comissão que eu faço parte com os meus colegas que me acompanham, vereador Renato Nunes inclusive está junto nessa parceria, e nós estamos conseguindo, nós estamos indo atrás para conseguir um espaço. Dentro desse espaço que a gente irá conseguir, com certeza irá encaixar aí esse espaço. Então logo, logo nós poderemos ter notícias em breve para que esse evento possa ser integrado junto nesse espaço desse nosso autódromo, que é um espaço que é um espaço multiuso. Obrigado, vereador.
VEREADOR RODRIGO BELTRÃO (PT): De nada, vereador Bandeira. Bom dia, senhores e senhoras aqui presentes. Bom dia, nobres pares. Eu quero aqui tratar do assunto da saúde pública no município. Quero, ao fazer aqui o preâmbulo, saudar a todos os trabalhadores, militantes da área da saúde aqui presentes, na pessoa da Fernanda, que fez um excelente, um importante o uso aqui da tribuna, saudar o colega vereador Renato Oliveira, atento às questões da saúde. Na data de ontem, protocolamos um pedido de informações pela comissão, capitaneados pelo vereador, e, na sequência, faremos uma abordagem mais específica sobre essa infeliz notícia da morte do menino Taylor. Senhor presidente, superada essa fase de trazer à sociedade caxiense o entendimento de que o processo eleitoral de 2016 foi uma grande falácia, foi um grande engodo, superada essa fase e indo direto para o assunto da saúde, nós precisamos no dia de hoje abordar esse tema que é a maior preocupação da cidade. A expectativa gerada pelo prefeito Daniel Guerra gerou até uma certa confusão na sociedade e talvez até entre nós vereadores de que, de fato, o prefeito e sua equipe teriam alguma capacidade de gerir a saúde de Caxias com o histórico que tem, com a complexidade que tem. Talvez o prefeito tivesse conseguido fazer uma gestão eficiente da saúde se tivesse reconhecido o seu histórico. As mulheres, os homens que há muitos anos vêm construindo a saúde e não é um prefeito dito gestor que, num passe de mágicas, iria simplesmente fazer mais pela saúde. Infelizmente, o prefeito não conseguiu deixar a saúde estagnada. Ele piorou a saúde. Num primeiro momento, ele induz a sociedade caxiense num erro, num grande erro, um erro histórico, que é colocar o povo contra os médicos fazendo uma guerra política que era desnecessária, porque o foco era melhorar a saúde e nós precisamos da população, dos usuários, e precisamos dos médicos. Não se faz saúde sem técnico de enfermagem, sem enfermeiro, enfermeira, mas também não se faz sem médico. É importante, e esse dado trazido pela Fernanda de que o prefeito anuiu com as férias de 43 profissionais no momento mais nevrálgico, mais problemático da cidade, demonstra o nível de gestão. Mas a reflexão que eu quero trazer aqui sobre esse caso do menino Taylor que infelizmente perdeu a vida e, vai se investigar, vai se identificar se de fato foi erro de sistema, eu tenho a minha opinião, mas isso tem que ser evidenciado sem nenhum populismo. Se fosse o então vereador Guerra nesta Casa, que fez curso de sapateado aqui, imaginem o que seria a sessão de hoje: “O prefeito está sujo com as mãos de sangue; Eu faria o céu na terra”, e todas aquelas coisas que nós conhecemos o repertório. Mas o prefeito precisa se dar conta de que mesmo que a saúde tenha responsabilidade federal, estadual e municipal, do ponto de vista legal, quem é o chefe da saúde? É o secretário? É a Delegacia de Saúde? Não. É o prefeito. Isso desde 97, 98 que Caxias do Sul assumiu a municipalização da saúde e o prefeito passou a ser o chefe da saúde e da gestão. O prefeito sim precisa reconhecer a sua incapacidade e precisa buscar auxílio. Infelizmente nós vivemos em tempos tão difíceis que nós temos um governo estadual ineficiente, um governo federal impopular e ineficiente, porque senão nós teríamos que estar tratando esse assunto do ponto de vista de uma intervenção aqui no município. Igual anos atrás aconteceu no Rio, quando o então prefeito Cesar Maia fez populismo com a saúde e o governo federal teve que intervir, teve que tirar ele de cena e fazer uma intervenção na saúde porque era necessário. O prefeito não dá uma escolta. Este governo, embora tenha prometido a nova política, só pensa em eleição. Este governo que se dizia ser a nova, não. É a velha que só está pensando em eleição, em eleger a sua irmã candidata, em eleger representação federal dentro da sua coligação, e só vive disso. Porque o que nós precisamos são medidas efetivas. Se o prefeito não reconhecer que não é um gestor que só conhece a seara do privado, não vai vir um extraterrestre lá do privado, vai cair no setor público, tem toda uma complexidade, tem uma história, e vai resolver. Então ele precisa fazer alianças e precisa ter a capacidade de investigar de uma forma clara e transparente essa morte que ocorreu. Porque tudo leva a se evidenciar que foi uma falta de leito. Então nós estamos falando de uma falta de leito não no município muito distante de algum centro mais urbano, que demorou o atendimento, não, Caxias do Sul, Hospital Geral. Então isso precisa ser evidenciado. Como é que nós podemos falar de um Postão ou de uma UPA superlotada enquanto o prefeito não olhar lá para a Atenção Básica que está faltando pediatra e está faltando clínico geral lá nas Unidades Básicas de Saúde. E, quando se traz uma informação aqui para a tribuna de que falta sabão para fazer a higiene dos profissionais, é por que realmente o prefeito não dá mais conta. E isso não é feio. Ele tem que ter humildade, reconhecer que achava que ia fazer mais pela saúde, que demoliu boa parte do que já era construído e agora precisa de ajuda. Então esta Comissão de Saúde, reitero, muito bem capitaneada pelo vereador Renato, tem feito a sua parte, mas nós não temos o poder da caneta. Nós fiscalizamos, nós denunciamos como necessário, mas quem tem o poder da caneta neste momento é o prefeito. Então é o tipo de postura que ele tem que parar tudo que está fazendo, se dedicar à saúde, ir a Porto Alegre buscar ajuda do secretário Estadual de Saúde, ir a Brasília, e reconhecer que tem problema. A saúde de Caxias do Sul está na UTI. E nós estamos falando hoje de uma morte de uma criança de 10 meses que teria toda uma vida pela frente, de uma família hoje enlutada, mas que este fato que precisa ser esclarecido sirva para que não aconteçam outros. Nós estamos apenas, a gente viveu apenas um terço de inverno, faltam dois terços e viveremos o momento mais agudo do inverno caxiense, onde, é obvio, com todas essas epidemias que estão voltando, com essa questão que nosso clima traz e todos esses problemas respiratórios, é uma saúde sim ineficiente. E essa obsessão de terceirizar o Postão fez com que o prefeito perdesse muito tempo porque ele foge do foco correto que era fazer mais com o Postão. Agora só pensa em tirar o seu problema do seu colo e largar para a iniciativa privada para que novamente traga alguma solução mágica. Então eu quero aqui externar uma grande preocupação que tenho na questão da saúde e entendo que, se o Ministério Público não fizer o seu trabalho de uma forma diligente, apurada, célere, talvez esta Casa tenha que pensar em abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar os desmandos da saúde. (Palmas) Não com todos os pedidos de impeachment porque eles são democráticos, e eu aqui não quero aqui acusar cidadão que exerce a sua cidadania, mas entendo que nós perdemos um certo tempo com alguns dos pedidos. Acho que o segundo que foi admitido nesta Casa foi correto porque acabou se fazendo o jogo do prefeito, que ele, para desviar a sua responsabilidade na saúde, também na educação, na segurança, fica fazendo esse proselitismo, tanto que o nobre líder do governo, semana passada, estava fazendo disputa com o passado. Um governo que perde tempo para ficar disputando com o seu antecessor, fazendo do seu governo sim, trazendo um terceiro turno. Então tem que acordar de uma vez por todas. Dizer que aquele proselitismo de lava jato na Visate, de médicos, aquilo passou. Agora tem que governar e nós não podemos admitir que mais nenhuma vida seja perdida por omissão na saúde. E pior de tudo e creio que isso é um ingrediente também por vaidade de um gestor que faz a sua disputa política, tem as suas convicções de terceirização, de privatização e não ouve quem conhece a saúde que, de fato, precisa ser ouvido neste momento. Então, senhor presidente, estamos atentos a este assunto. Parabenizar os profissionais e, no momento oportuno... (Esgotado o tempo regimental.)
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VEREADORA PAULA IORIS (PSDB): Bom dia colegas, bom dia presidente, bom dia pessoal da saúde. Quero saudá-los de forma especial. Também saudar a quem nos assiste na TV Câmara. Não tem como não dar continuidade a esse tema, não é, vereador Rodrigo? Eu estava antes da sessão falando com o vereador Renato que eu ia pedir uma Declaração de Líder para falar um pouquinho a respeito da questão dos leitos de UTI pediátricos, que é uma coisa muito grave que a gente precisa entender o que de fato acontece e a população também. Eu quero começar parabenizando a Fernanda pela forma como ela colocou o tema aqui, porque a situação da saúde ele é tão caótica que às vezes como falou o vereador Rodrigo confunde um pouco, porque dias atrás nós estávamos aqui falando da falta de atualização da tabela do SUS, que isso é em nível nacional, isso é um problema. O que a Fernanda pontuou aqui são todas questões de gestão local. De fato, férias para médicos neste momento, é  inadmissível, não dá para entender. A questão de faltar sabão para lavagem de mãos me reporto a nossa, na época, Dra. Georgia Torresini lá do  Hospital do Círculo, que ela dizia: bactéria não voa. Ela anda de mãos e mãos. Então a lavagem de mãos sempre é fundamental. (Palmas) e faltar sabonete é inadmissível. Então, Fernanda, parabéns pela forma didática que tu pontuou, que nada seja acusado como coisas políticas. São coisas de trabalho, do dia a dia e que está faltando para vocês poderem fazer um bom trabalho. Uma outra questão que a Fernanda trouxe. Já havia me chamado atenção na leitura do jornal onde para fazer um exame do Arthur, do menino Arthur, de promografia foi dito que precisaria internar. Não consigo entender. O  diagnóstico a gente faz justamente para tratar a pessoa e evitar que ela adoeça. Então tomografia precisa  internar para fazer ... Não dá para entender. Aí tu traz o exemplo de ecografia. Então amplia, piora ainda mais. O que foi citado em relação aos médicos especialistas, a quanto o ano passado tratamos desse assunto?  Especialmente em relação aos especialistas que faltam na cidade e pediatra falta em todo o país. Desde 2007, 2008 eu vivo essa situação. E para focar na questão da UTI pediátrica existe uma RDC 07 que em meados de 2013 eu encontrei a doutora  Dilma, enquanto secretária da Saúde, mais os diversos dirigentes de hospitais aqui de Caxias e da Serra preocupadíssimos com a implantação dessa RDC. o que que ela diz? As UTIs neopediátricas  não poderia mais ser mistas. Por que, gente, historicamente adulto doença bastante? E tem também a questão da violência. Então historicamente faltam leitos de UTI adulto como. Mas como eram estruturadas as UTI neo pediátricas? Sete leitos... No Hospital do Círculo eram sete leitos de UTI neo e três de pediátrico. No Pompéia, se eu não me engano, eram oito de neo e dois  pediátricos, porque as crianças felizmente adoecem menos. É quando ocorre virose, é quando ocorrem situações de pneumonia no inverno, ou trauma, acidentes, senão elas não adoecem, agora neo sempre é necessário, porque cada vez mais a gente vê a gravidez precoce, pela idade das mulheres, pelas questões de inseminação artificial. Então às vezes nascem crianças prematuras. Sempre faltam leitos neo. É comum que os leitos neo pediátricos, os neo se transformassem em pediátricos por causa dessa realidade. O que o RDC 07 trouxe? Tínhamos que separar, então a cada 10 leitos precisa ter uma equipe própria de médicos, de enfermeiros, de técnicos e assim por diante. Então ter uma UTI pediátrica com 10 leitos é rasgar dinheiro. E, durante anos, vinham as UTIs mistas. Com exceção, claro, do Hospital Geral que tem demanda, porque atende uma região. Na época, quando eles vieram com esse assunto, nós ficamos apavorados: Mas o quê vocês querem fazer com isso? “Não, é para qualificar a saúde.” Gente, já faltavam pediatras, imaginem pediatras com especialização em neonatal. Porque, para trabalhar nas UTIs, precisa ter especialização. Então na época, fecharam leitos no Hospital Pompeia, fecharam leitos no Hospital Saúde e fecharam leitos na região de pediatria. Nós ficamos por um momento, inclusive, teve uma greve no Hospital Geral, reforma, que tinham três leitos na cidade para atender a pediatria, que eram os leitos lá nosso. Hoje tem somente seis leitos pediátricos, de UTIs pediátricas no privado, porque nesse aspecto o privado e o público conversam o tempo todo. Quando falta num, um acode o outro. Então, no momento, no privado só tem seis leitos enquanto não abrirem os leitos do Hospital da Unimed e no Geral, como foi dito pela Fernanda, nove. Agora, quando esses leitos são ocupados por crianças que têm uso permanente por trauma, no inverno não pode, tem que montar uma UTI em casa dessas crianças para poder liberar esses leitos no hospital, porque isso é ocasional, é no inverno que isso ocorre. Entendem? Então a situação, de fato, se nós tivéssemos uma pilha de dinheiro na mão, se nós tivéssemos o Postão 24 Horas, agora, com atendimento pediátrico, ainda assim estariam faltando os leitos. Então nós temos que ter uma ação emergencial de resolver esses assuntos do Hospital Geral, que eu não sabia que tinham quatro leitos para crianças dependentes. E também tem um protocolo de contingência, nós temos que mapear os leitos da região e contar, inclusive, com helicóptero da Brigada. Porque, na situação do Teylor, eu não sei o que aconteceu, se foi dificuldades na compra de leito, porque tem relatos dessa natureza também que não é fácil a parte atualmente para comprar leitos. Então eu não sei se foi uma questão de processo ou se foi falta de leito. Então é muito importante que a gente entenda a complexidade que já era histórica desde 2013, tu implantares uma legislação sem estrutura, porque não tinham pediatras para montar. E sem falar que não é necessário. Então vamos botar dinheiro onde é necessário. Gente, o que dizer para a mãe do Teylor? Todos aqui podem se colocar no lugar dela, porque todos temos filhos. Poucos de nós não têm filhos. O que dizer para a Maiara, mãe do Teylor? Sucessivas coisas a gente lê no jornal: o aparelho de oxigênio não estava funcionando. Não sei se aqui entrou a questão de antibiótico. Mas a mãe dizia: “Ele precisa ser entubado.” E eu pensei: se essa mãe está dizendo isso é porque ele é um crônico, ela já viveu isso anteriormente. Então resta reflexão para todos. Para essas questões apontadas pela Fernanda, que está na mão dos gestores que estão na saúde, o nosso pedido de informação, vereador Renato, quer esclarecer isso. Mas também resta informação, assim, para quem ouviu aquela mãe dizendo que tem que entubar, não podia ter feito isso de imediato? O Teylor não está mais aí, e a gente não pode deixar de ter aprendizagem com essa situação. É muito triste. E o Teylor não foi o único. Então não é momento de a gente pegar e anunciar um PA 24 Horas numa situação tão grave como essa, para... Quem não quer um PA pediátrico 24 Horas? Mas com que médico? Aonde? E quando? Não vamos disfarçar uma situação gravíssima como a que aconteceu na nossa cidade. (Esgotado o tempo regimental.) Vereador Toigo, eu lhe peço desculpas de não ter dado o aparte. Era isso, presidente. Obrigada. (Palmas)
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VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Senhor presidente, bom dia a todos os servidores que estão aqui presente, que nos acompanham pelo canal 16 da TV Câmara. Eu, desde o início do ano passado, venho avisando e alertando o sucateamento da saúde pública em Caxias do Sul. Muitos duvidaram, muitos silenciaram, muitos servidores inclusive que estão aqui duvidavam da minha palavra quando eu ia no Postão fazer a fiscalização e hoje está aí: crianças morrendo, cidadãos morrendo, leitos sendo negados. Presidente da Comissão de Saúde, Renato Oliveira, as capas dos jornais, as intermináveis capas, eu posso falar só desta semana, o noticiário para mim não é novidade: entre julho e agosto, 29 UBSs terão menos médicos atendendo. Fora as UBSs que já não têm médicos para atender. Vinte e nove UBSs. Aqui tem o exemplo da UBS do Bela Vista, que não tem médico, que tem que ir até a UBS do Bairro Cruzeiro, que a mais próxima, e lá só tem um pediatra e um ginecologista. Ora,  o que vai fazer o meu avô que tem 89 anos? Vai se consultar com ginecologista, com pediatra um senhor de 89 anos? Se precisar, vereador Edi Carlos, ali na UBS do Cristo Operário não tem médico, mas não. Ainda em março do ano passado, o prefeito Daniel Guerra diz o seguinte, diz que o município está pronto para convocar mais 70 médicos em Caxias do Sul: Anúncio é uma resposta contra a greve da categoria e pedido de exoneração. Aonde estão esses médicos? Aonde estão esses 70 médicos que a gente não vê? Mais de 150 se exoneraram da rede pública de saúde ou se aposentaram. Estão trabalhando ali em Picada Café, que paga um valor justo. Agora, mais recentemente eu quero crer, colegas vereadores e população, que, no desespero, na ansiedade: Daniel Guerra quer criar novo plantão pediátrico em Caxias do Sul. Quero anunciar para a população de Caxias também que eu vou construir um prédio. Vou construir um prédio, só não sei quando, não sei onde, não sei em que lugar e eu não tenho projeto, nem com que dinheiro. É o que está na capa do jornal Pioneiro dessa final de semana: Daniel Guerra quer criar novo plantão pediátrico em Caxias. Prefeito fez o anúncio durante entrevista coletiva sobre atendimento a crianças da cidade, porém, não há definição de local e precisa de autorização do Conselho Municipal de Saúde. Quando eu abro a página 15 do jornal Pioneiro diz o seguinte: Modelo do Postão se esgotou. O modelo do Postão 24 horas é um ciclo que se esgotou. Olha, colegas vereadores, quando ele fala que é um ciclo que se esgotou, eu recorro à história. Nós, enquanto professores de história, vereador Périco, a gente tem que separar também na histórica. Vou lá num livro que conta a história da saúde pública em Caxias do Sul, na página 187 diz o seguinte: Em 2008, inaugurado o novo Complexo Centro à Vida, com 7 mil metros quadrados de área construída, distribuídos em seis andares que abrigam o Postão 24 horas, o Samu, as centrais de veículos e de ambulâncias, Cerest Regional, enfim, toda a rede de atendimento. Como é que um prédio que foi construído e inaugurado em 2008 já está com o sistema esgotado? Quer dizer que a UBS do Bairro Cristo Redentor, que está pronta há 1 ano e 7 meses e não é inaugurada, já tem que demolir porque ela já está esgotada; ou a UBS do Bairro Reolon e do São Vicente que o prefeito Alceu entregou quase pronta e só faltava terminar, que não foi ainda finalizada porque ele quer ganhar a fama de que ele construiu, já tem que demolir também porque já está esgotada. O prefeito prefere sair para o embate com o Conselho Municipal de Saúde, com a Fernanda, que eu acho que ele nem chamou ela para um diálogo, e diz o seguinte no jornal: Quero crer que haverá maturidade e responsabilidade do Conselho, se não houvesse a implicação de ouvir o conselho, já estaríamos apresentando os custos, o local, o edital. Temos pressa. Olha, ele está falando com uma mulher, uma servidora pública. Isso é uma falta de respeito, uma afronta. Há pessoas que foram eleitas legitimamente pelo voto (Palmas), a não ser talvez aqueles dois, três conselheiros que foram puxados por vans e por ônibus, patrocinados por pessoas que apoiam este governo. Agora, é uma falta de respeito não ter o diálogo. O seu aparte, vereador Toigo.
VEREADOR GUSTAVO TOIGO (PDT): Muito obrigado, vereador Rafael. Olha, vereador Rafael, são anúncios que realmente são lançados ao vento, sem base nenhuma. Hoje, o caos da saúde que se percebe no município de Caxias do Sul não é somente pela ineficácia ou pela falta de gestão, mas também pela falta de continuidade dos programas e ações que vêm sendo desenvolvidos há muito tempo. (Palmas) Cito como exemplo, e nós vamos precisar, eu faço uma postulação à Comissão de Saúde aqui que retome o assunto da construção do hospital materno-infantil. Nós temos já um prédio em construção de seis andares, anexo ao Hospital Geral. Uma obra fundamental e estratégica para desafogar inclusive a questão da traumato-ortopedia no Pompéia, aproveitando toda a questão dos técnicos, aproveitando os equipamentos, aproveitando a questão dos médicos, da expertise do Hospital Geral. Uma obra que teve diálogo, que teve a conversa, que teve o entendimento que teve 12 milhões aportados, vereador Rafael, quatro milhões do município, quatro milhões do Governo do Estado do Rio Grande do Sul e mais quatro milhões da Fundação Universidade de Caxias do Sul, através da consulta popular. Então nós não podemos torrar dinheiro, é preciso dar continuidade nessas obras que são fundamentais porque nós estamos perdendo vidas e isso realmente é uma lástima, é muito grave o que está correndo com a saúde em Caxias do Sul. Então eu faço aqui minha postulação. Eu rogo a esta Comissão de Saúde que faça uma reunião, uma audiência pública, buscando uma solução para a continuidade deste equipamento de saúde, porque realmente é muito vital para a saúde das nossas crianças. E a falta de comunicação, vereador Rafael, fica muito evidente. Enquanto que o Conselho de Saúde, que é um órgão de deliberação, de consultivo, ele precisa ser chamado para participar sendo ouvido. Temos aí toda representação no controle social da sociedade, não é deixado de lado. Então é extremamente grave. Nós poderíamos ter mais 137 leitos.  Possivelmente, essa obra estaria concluída se o Governo Daniel Guerra desse continuidade com 20 leitos de UTI, resolvendo essa demanda tão necessária para o município. Muito obrigado, vereador.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Obrigado, vereador. Mas o senhor se lembra muito bem que em época de campanha quem prometeu que saúde seria prioridade, que o problema não era dinheiro, o problema era gestão. Vocês se lembram, colegas, vocês que votaram, que o problema não era dinheiro. O problema era gestão. Agora o que ele fala na entrevista, está aqui no jornal Folha de Caxias do Sul este final de semana: O prefeito Daniel Guerra sustentou que a gestão compartilhada é a única forma de viabilizar atendimento de qualidade tendo em vista as dificuldades enfrentadas pelo município para gerir de forma própria com eficiência e resolução. Ele falou com a própria palavra dele, que ele tem dificuldade para gerir. Então, se não tem gestão, terceiriza a cadeira do prefeito também ou pede para sair. (Manifestação na plateia) (Palmas) Terceiriza o prefeito. Ou agora como foi está lançado um edital, e aqui eu quero dizer para o prefeito Alceu que eu acho que ele não tinha criatividade, nem o prefeito Sartori, nem o prefeito Pepe, de criar editais com o nome agora: outsourcing. Como é que é a palavra? Outsourcing. Criou até palavra inglesa agora para lançar um edital para ludibriar a população. Porque agora ele quer quarterizar o Postão. Que prefeito mais criativo! Olha... Sinto muito, mas os outros perfeitos sabiam mal e mal acho que o português, porque o nosso inventou até uma palavra para ludibriar o povo. Não, essa se superou, gente. Mas o que eu quero dizer para vocês, colegas vereadores, que a UPA também enfrenta sérios problemas, sérios problemas e daí o frio movimenta... Aqui diz o seguinte: O problema se repete. E o secretário da Saúde afirma o seguinte: De acordo com o secretário Geraldo da Rocha, a falta de pediatras é frequente devido a dificuldade de preencher a escala dos médicos para o plantão. E ele anuncia no Jornal Pioneiro de ontem também: Secretário da Saúde admite falta de 19 pediatras. Como é que o secretário, aliás, o prefeito quer criar um novo plantão se já tem dois e esses dois não funcionam? Como é que tu vai querer um terceiro se os dois não funcionam? Se aqui uma servidora, presidente do Conselho de Saúde, diz que falta sabão no Postão para lavar as mãos, falta sabão. O que falta que tem na parede também lá do Postão, que eu estive lá? Falta tesoura, falta Folha de Evolução, falta clipes, falta caneta, falta cateter neonatal, falta luva, falta tubo, falta medicamentos – Clonidina, Azitromicina, Dipirona, Amoxilina –, falta mais de 20 exames. Este, vereador Chico Guerra, é o dinheiro que vocês gastaram em outdoor para dizer que investiram e que não tem mais falta de medicamento? Gastaram mais de um milhão em publicidade e não tem medicamento no Postão. Aliás, não tem sabão para higienizar as mãos. Quantas doenças essas pessoas podem adquirir por não ter um sabão para lavar as mãos. Olha é preciso investir na saúde básica das famílias, garantir médicos, pediatras, ginecologistas para que essas pessoas tenham um atendimento básico da saúde da família para que eles não venham ocupar o atendimento de urgência e emergência, que é o Postão. Porque, se eles chegarem no Postão, daí já era. Eles vão ter que ocupar o quê? Os leitos dos hospitais. Só que nós temos 34 mil pessoas esperando consulta com especialistas. Nós temos 13 mil pessoas aguardando exames. Nós temos seis mil pessoas já com cirurgias autorizadas. Aquelas cinco mil pessoas que estão aguardando uma simples consulta... (Esgotado o tempo regimental.) Que estão aguardando ortopedistas, talvez com problema no joelho, vai se agravar a saúde dessa pessoa e daí não vai adiantar uma simples consulta.  Sabe o que vai acontecer? Essa pessoa vai ficar internada 10, 20 dias lá no Hospital Geral, no Hospital Pompeia para tirar leito dessas pessoas, enquanto um governo que não dialoga, não dialoga, vereador Toigo, com o Hospital Geral sabe por quê? Ele é  inimigo do diretor do Hospital Geral. Ele já fez até moção contra o diretor... Aliás, de quem ele é amigo? Então nós precisamos dialogar. Presidente da Comissão de Saúde, vamos fazer uma audiência pública o quanto antes para ouvir a população, porque cinco minutos são insuficientes para a presidente do conselho de saúde.  Muito obrigado. (Palmas)
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VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Senhor presidente, senhoras vereadoras, senhores vereadores, público aqui presente. Para nós, infelizmente, falar de novo no dia seguinte, sempre no dia seguinte, sobre a saúde pública de Caxias é o que vem nos entristecendo, porque quando o vereador Beltrão fala do Taylor, que   faleceu, vereador Beltrão, vereadora Paula, então assim... Para nós, porque para o prefeito, para o prefeito Daniel Guerra é mais um, é mais um. Isso é mais um que morreu. Para ele é mais um. Para ele é mais um, porque ele está se lixando para isso. Ele está se lixando para isso. Se fosse um prefeito, no mínimo, que gostasse dessa cidade, ele fazia o mínimo por essa cidade, o mínimo. Esse sucateamento que ele está fazendo com a saúde ele não estaria fazendo isso, porque isso aí... Quando morreu assassinada a menina Naiara. O que o prefeito foi fazer populismo lá no velório? Por que ele não vai lá no Postão dizer: nós vamos aqui contratar mais médicos. Nós vamos contratar profissionais. Nós vamos por sabonete. Ora, o que esse prefeito... Nós precisamos de um prefeito de verdade, por que chega de gestor.  Onde está o gestor?  Já passou um ano e meio. Já passou um ano e meio e o gestor ainda não veio para Caxias. O gestor não veio, não veio, não está aí, porque não veio para fazer nada. Veio para...  Para fazer nada não, para piorar a saúde pública de Caxias. Quando ele ainda tirou os médicos, deu férias em dezembro, janeiro, fevereiro, nós achamos que era um caos. Nós achamos que era um caos quando ele deu férias para os médicos. Dezembro,  janeiro e fevereiro é isso? Nós achamos que era um caos. Agora ele fez em julho e agosto, quando outros prefeitos faziam hospital de campana. Os prefeitos faziam, o inverso. Faziam o inverso. (Palmas)  Outros prefeitos se preparavam para o frio, para o inverno, para o clima, não, esse prefeito faz o inverso: férias. Então a gente sabendo dessa situação, porque sábado, sábado, eu quero dizer que dia triste para nós. Essa passeata do menino. Passamos no Postão superlotado. Fomos no Hospital Geral, quando a gente foi... Eu estou dizendo, porque eu fui, porque parece... Tem gente às vezes, não, não foi.  Lá no hospital Geral os nove leitos de UTI. Falei com a médica lá dentro. Fui lá entrei, os nove leitos lotados, a pediatria lotada. Quando se vê no jornal o exemplo é a terceirização. A UPA, o vereador Périco sempre falava a questão da UPA. Pega o jornal de hoje, prefeito. A UPA, isso aqui é a UPA, o exemplo que o senhor dá que a UPA resolve o problema da saúde, está aqui superlotado as pessoas... Domingo aquele caos que foi lá. Então assim, quando o vereador Toigo fala sobre a  continuação do Hospital Geral, o hospital pediátrico, infantil, lá continuação, quero dizer, vereador Toigo, que representa nesta Casa. Na quarta-feira  passada lá dentro do conselho foi um dos temas  que levantei. Uma das minhas falas foi isso que eu falei, porque era a continuação desse trabalho, porque  estava lá grande parte do Conselho que está aqui, estava presente também lá, quarta-feira passada lá em Porto Alegre. Então quando estamos fazendo essa luta nossa, é uma luta com esse prefeito, a gente sabe das dificuldades que nós estamos passando, porque nós não sabemos onde ele quer chegar. Ele quer montar um [ininteligível] alguma coisa, porque não pode um prefeito... Falta medicamento em toda a cidade. Porque o que ele falava aqui na tribuna, porque eu fui membro da Comissão de Saúde junto com ele, eu fui várias vezes com ele lá no PA. E ele tinha a varinha mágica para tudo. Ele tinha a varinha mágica para tudo. Os servidores que estão aqui presentes sabem disso. Ele tinha a varinha mágica para tudo. Resolveria tudo isso. Mas isso se mostrou que ele não quer resolver. Porque se às vezes tu não sabes, é uma pessoa que não sabe... Não, ele está entregando a saúde pública a qualquer custo, a qualquer preço para as pessoas que...
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Um aparte, vereador?
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Então, infelizmente. Já lhe concedo, vereador. Então, assim, terceirizar. Agora quer terceirizar também a pediatria. Ora, se ele não contrata médicos, se ele não contrata médicos para as UBSs, para as UBSs. Em 70% das UBSs falta médico, porque o quê disse a Fernanda aqui? E todos nós sabemos, mesmo quem não é do ramo, que é o meu caso, onde é que se atende, se as pessoas evitam? Se foram bem atendidos lá na Unidade Básica evita de ir ao PA, evita de ir à UPA, evita de se... Trinta mil pessoas esperando por consultas especializadas? Mais de dez mil esperando por cirurgias? Olha, onde é que tem um prefeito que vai fazer isso? Esse recorde negativo? Já marcou agora para o dia 24 a terceirização, explicar a terceirização do plantão pediátrico. Ora, o Conselho está aí presente, em nome da Fernanda, falou. O quê ele vai fazer mesmo para que seja feito na saúde pública? Nós, se não continuarmos com essa luta, com essa dificuldade de um prefeito que não quer. Ele não quer resolver o problema da saúde; ele quer, ele quer... Porque parece que ele vê na TV, lê no jornal, parece que ele faz uma farra de ver as famílias chorando lá naquele velório. Se tivesse... Aquela criança lá que foi morta, se estivesse estudando próxima de casa, talvez não tivesse resolvido isso, não tivesse acontecido isso. Aquela que foi morta lá atrás, que ele foi ao velório. Depois fizeram um grande teatro em cima de um carro dos Bombeiros. Será que tantas outras vidas foram perdidas por causa disso? Por causa de uma administração... Ineficiência! Porque se não às vezes o momento é de crise, a gente entende, agora não, não, não. É só andar para trás, só quer andar para trás. O prefeito precisa dialogar, com certeza, com os outros Poderes senão isso não tem jeito. Não tem como nós fazermos alguma coisa. Quem pediu um aparte? Vereador Rafael, seu aparte.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Vereador Renato, acabou meu tempo na tribuna e eu não pude falar. Sábado, à noite, vereador, e eu tenho aqui o que eu estou falando, eu tenho se os vereadores quiserem, tinha pediatra no Postão. Tinham dois pediatras, à noite, no Postão. E eles estavam proibidos de atender. O que eu estou falando é gravíssimo, colegas vereadores. Tinham pediatras, e eles estavam proibidos de atender. Funcionários, eu não vou citar nomes de servidores aqui, chorando, chorando pediram: “Por favor, atende.” Então quatro, cinco foram atendidos. Mas eles tinham recomendação que eles não podiam atender. Está aqui na escala. É só solicitar a folha ponto. O que eu estou falando está aqui, colegas vereadores, não é mentira. Tem a folha. É só solicitar a folha ponto dos pediatras. Eles estavam lá e eles não atenderam, porque eles estavam recomendados que não podiam atender no final de semana. Estão aqui os servidores, estão aqui todos os servidores, eles não estão mentindo. Estão dando sinal de ok, que tinham pediatras. Então isso aqui é gravíssimo. Essa denúncia que eu estou fazendo aqui, vereador, porque se isso proceder, realmente o que eu estou fazendo, tem que ser aberta uma CPI imediatamente por negligência, colegas vereadores. (Palmas) Obrigado.
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Obrigado, vereador Rafael. Plantão pediátrico, gestão compartilhada, nos últimos três meses, atendeu 7.326 atendimentos. Atendimentos no PA, 7.211 na UPA. Então, assim, a gente sabe, se deixarem as pessoas trabalharem, se esse prefeito deixar, tivesse deixado só as pessoas da saúde trabalharem, o que mudaria. O que o vereador Rafael está dizendo é exatamente isso: deixa os profissionais trabalharem. Só isso, se tivesse feito. Então, assim, logo ali nós vamos ter o debate sobre a questão que nós pedimos do nosso pedido de informações, sobre a questão do Taylor. Mas a saúde, a gente sabe que acabaram falecendo dois adultos por causa da gripe A, mas se um prefeito... Qual medicamento? Se falta sabão, imagina medicamentos, ataduras. Então, assim, nós sabemos que tem, este prefeito (Esgotado o tempo regimental.) Para trabalhar por Caxias. Ele veio trabalhar por outros, para essas terceirizações. Não veio trabalhar por Caxias. Muito obrigado, presidente.
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VEREADOR PAULO PÉRICO (PMDB): Bom dia, senhor presidente. Bom dia, senhoras e senhores vereadores. Bom dia a todos os colegas da área da saúde que aqui se fazem presentes, a todos aqueles que nos assistem na TV Câmara. A bancada do MDB não poderia se ausentar de também aqui dispor a sua indignação pelos fatos que estão ocorrendo em nosso município. O pior agora é ficar calado e nesse momento, onde deveríamos ouvir aqui o município estar dando as suas razões, nós não estamos ouvindo. Então, deixe a oposição? Não. Nós não somos oposição. Nós somos cidadãos. É diferente. Essa é uma visão política que o outro lado aqui do Passo não está percebendo. Nós somos cidadãos, representamos cidadãos aqui e falamos em nome dos cidadãos, que infelizmente não nos ouvem do outro lado. Antes que eu passe a palavra à colega Gladis, é importante que nós aqui reproduzimos... Devemos reproduzir as palavras do eminente senhor prefeito. Vejam que é um discurso político que dizem aqui que não saiu ainda do palanque. Portanto, vejam a profundidade: Estamos vendo o problema grave da falta de atendimento. Só ele viu até agora. Ninguém daqui viu, o que nos leva a ter medidas ainda maiores em respostas para a nossa população. Muito bem, quais medidas? Nós estamos aqui há mais de um ano pedindo: vá trabalhar, vá tomar medidas. E aqui vem com esse discurso muito bonito onde ele afirma: Segundo o prefeito, a unidade da UPA Zona Norte ultrapassou o número de atendimentos pediátricos do Postão em junho e o local nunca teve problema de falta de médicos. Muito bem. Senhoras e senhores, quando lá foi fazer a licitação para o IGH, todas as outras empresas apresentaram um valor de mais de 2 milhões como um mínimo, como um mínimo do mínimo do serviço, e foi 1.800 milhão, foi colocado pelo município na licitação. Quando ele está tentando e apresentando para o Postão que se a UPA é bem menor e que se as outras organizações pediam mais de 2 milhões para a UPA e ele colocou 1.800 milhão, na licitação do Postão ele está colocando dois milhões e meio, que é muito maior que a UPA da zona norte, que lá deveria ter dois milhões e meio. Então imagine aqui no Postão. O que se quer com isso aqui? Estamos vendo um problema grave da falta de atendimento. Se ele estivesse vendo isso, o prefeito deveria ir lá e ter a coragem de ir lá no Postão sem segurança, (Palmas)  porque um prefeito que é prefeito de uma cidade tem que andar no meio do povo, tem que conversar com a população, e não ficar preso dentro de um gabinete, que nós nem sabemos se ali está. Se ele sai e viaja 15 dias, como ninguém desta Casa sabe a sua agenda, e ninguém sabe quando ele entra e quando ele sai, é capaz de que ele também já tenha viajado 15 dias e nós nem estamos sabendo. Ou será que algum colega aqui sabe qual é a agenda do senhor prefeito? Algum colega aqui sabe quando ele está ali ou não? Ninguém sabe. Venha e responda para nós e mostre a sua agenda e tantas reuniões que o senhor está fazendo. E não me façam, senhor prefeito, essas colocações inúteis. Isso não traz a vida de ninguém. Não trarei ninguém aqui para derramar sangue como já foi feito em outros momentos que colegas meus me colocaram. Vereadora Gladis, por favor.
VEREADORA GLADIS FRIZZO (MDB): Obrigada, vereador Périco. Eu quero, primeiramente, cumprimentar aqui a Fernanda Borckhart, presidente do Conselho da Saúde; a todos os profissionais da área da saúde aqui presentes. (Palmas) Eu fico analisando, vereador Périco, que quando um servidor vem aqui, usa a tribuna e se expõe juntamente com seus colegas é porque a situação está no poço. Estão pedindo socorro. É socorro que o servidor vem aqui e dá a cara para bater. Eu quero dizer, vou na mesma linha de perguntas e questionamentos, como se dá férias a 43 profissionais médicos, os médicos na área da saúde, no momento em que nós, bem disse o vereador Beltrão, nós só passamos um terço do rigoroso inverno. É agora que nós vamos ter maiores incidências e procura de médicos por causa do inverno. E, quando disse aqui a Fernanda que não havia sabão, nós sabemos que não havia... Quando eu me dirigi a UBS lá do Rizzo e as enfermeiras diziam: “Gladis, nós não temos papel; nós não temos caneta... Nós não temos lápis. Nós temos que comprar. Nós não temos...”. Quando já não tinha copo d'água, já era um sinal... (Manifestação na plateia) Na medicação, então, nem se fala.
VEREADOR PAULO PÉRICO (MDB): Eu já lhe passo a palavra, para o Felipe e para o...
VEREADORA GLADIS FRIZZO (MDB): Medicação e falta de médico. Eu imagino a pressão de vocês servidores porque a população quer ser atendida, ela não quer saber o que está faltando. Ela diz que a culpa é do servidor, ela quer ser atendida.
VEREADOR PAULO PÉRICO (MDB): O Felipe quer falar também.
VEREADORA GLADIS FRIZZO (MDB): É! Eu já vou, só vou encerrar aqui um pouquinho. Eu quero dizer assim que, para mim, para esta vereadora a perda do Teylor, de 10 meses, é crime, é uma vida. Isso não pode acontecer. Aí o prefeito vem falar em um Postão pediátrico, primeiro abrir... Seria um sonho. Quem não gostaria. Mas primeiro equipa, deixa em condições o que nós já temos, o 24 Horas, a UPA e as Unidades Básicas de Saúde, aí, sim, nós podemos abrir esse Postão 24 Horas. Eu vou dar um depoimento aqui também que a gente, nós que convivemos com as pessoas, que conversamos com as pessoas, eu tive um relato esse final de semana também de que o pai levou o seu filho na UPA e lá ele foi informado de que ele deveria retornar na manhã seguinte, às 8 horas da manhã, que daí teria pediatra. Qual é o pai e a mãe que vai levar um filho para ser atendido e vai aguardar o dia seguinte? Isso não existe. Bem, eu quero dizer também, nobres colegas e para quem nos assiste, quem prometeu escolas verticais? Nós ainda temos muitas crianças fora da escola. (Manifestação na plateia) É! Então assim quero dizer que vocês, servidores da saúde, eu fico muito triste. Eu me sensibilizo porque eu imagino que daqui um tempo quem estará precisando de psiquiatra, psicólogo, são vocês. Obrigada. (Palmas)
VEREADOR PAULO PÉRICO (MDB): Obrigado, vereadora Gladis. Vereador Felipe e depois vereador Edson.
VEREADOR FELIPE GREMELMAIER (PMDB): De uma forma bem breve. Eu fico apavorado a cada final de semana até porque o prefeito não assume responsabilidade e quando ele dá uma entrevista colocando toda a culpa do que pode vir no Conselho Municipal de Saúde dizendo maturidade e responsabilidade, fale isso olhando para o espelho. Assuma, tenha maturidade, tenha a responsabilidade de assumir a saúde de Caxias do Sul. (Palmas) Não teve a capacidade sentar com o governador do Estado até o momento. Quem foi sentar  no Estado foi a Comissão de Saúde e conseguiu recursos para Caxias. Lançar essa cortina de fumaça no plantão pediátrico, no meio de uma crise que a  saúde vive em Caxias para ficar pronto sabe lá Deus quando. Quantas pessoas vão ter que morrer até ficar pronto esse plantão pediátrico sendo que concordo com o vereador Toigo. O hospital materno infantil encaminhado com recursos empenhados e gastos na construção que poderia ser a solução para isso. Não, Caxias desapareceu do que existia antigamente é só agora. Quem vai pagar esse preço? E não vou falar em vidas aqui, porque quem era acostumado a fazer discurso em cima das pessoas era ele, que vinha aqui usava as pessoas e está lá e hoje não tem a capacidade de gerir sequer aquilo que ele mais defendia e mais batia que era a saúde de Caxias do Sul. Então maturidade e responsabilidade que parta dele.
VEREADOR PAULO PÉRICO (PMDB): Obrigado, vereador Felipe. Presidente, eu só gostaria de fazer uma pequena citação em que o vereador  Toigo falou sobre o hospital materno Infantil, eu gostaria que vocês ouvissem com atenção as palavras. Palavras não, mas a citação que ele fez e o jornal Pioneiro reproduziu. Guerra adiantou apenas: que a futura licitação desse plantão pediátrico... Futura licitação determinará que o plantão pediátrico esteja localizado em área central de Caxias. Exigiremos – palavras do prefeito – que se faça em área de grande fluxo de pessoas e facilidade de acesso. Vereador Toigo, ele não vai querer inaugurar o plantão, porque não foi ele que começou o materno-infantil. Ele quer criar uma outra coisa para botar o nome dele, porque aquilo que está lá é o ideal estratégico, mas não é ele que fez.
PRESIDENTE ALBERTO MENEGUZZI (PSB): Obrigado, vereador.
VEREADOR PAULO PÉRICO (PMDB): Então imagina ele inaugurar e ter que convidar quem o fez. Não, ele quer criar um, novo, e não abre nenhuma  UBS que já está pronta. Obrigado, senhor presidente.
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VEREADOR ADILÓ DIDOMENICO (PTB): Senhor presidente, senhoras e senhores vereadores, pessoal que nos acompanhe aqui do plenário, também através da TV Câmara. Nós, antes de adentrar o assunto que nos... Que nós pedimos a Declaração de Líder. Eu quero dizer que ontem se comemorou o dia do comerciante. Essa categoria tão importante da qual eu faço parte. Então cumprimentos a todos os comerciantes pelo dia 16 de julho, dia do comerciante. De imediato, vereador Edson, eu lhe concedo um aparte que depois eu vou entrar em outro assunto. Vereador Adiló.
VEREADOR EDSON DA ROSA (PMDB): Vereador  Adiló.  O futuro revela experiências que foram feitas ou passadas no presente ou no passado, por que eu digo isso? Procedimentos para se fazer. A Gripe H1 N1 ela mudou inclusive culturalmente, eu lembro culturalmente algumas ações. Eu lembro quando estava como secretário da Educação em que nós tivemos aquele surto muito forte da Gripe H1 N1 e à época nós falamos com a secretária Maria Antoniazzi e suspendemos e até tivemos uma briga muito forte à época também com o prefeito  numa decisão, suspendemos às aulas, vereador Toigo, por causa do surto, que todos os grupos...  O que nós fizemos? Todos os grupos de convivência, todos, porque mudou a cultura e  nós tivemos que tomar uma medida drástica através de procedimentos e protocolos. O que nós temos que fazer, vereador, acho que o vereador Renato Oliveira disse uma coisa aqui. Nós montamos hospital de campanha, à época a secretária montou um hospital de campanha, porque foi muito grande o surto. Benditas férias neste momento! Benditas férias que estão acontecendo. Benditas férias  escolares, porque evita aglomeração, evita com que as pessoas transmitam. Como disse a vereadora Paula Ioris, o vírus não voa, eles vão passando de pessoas para pessoas e, quando tem grupos convivendo, acontece isso. Falo e procuro fazer, assim, uma introdução agora à situação, porque falar aqui de vidas, vereadora Denise, é complicado. A saúde, nós sabemos que é uma necessidade básica do ser humano. Como é que nós temos que aprender? Com as experiências vividas. Nada se inventa. Aproveito que está aí, o vereador Toigo foi muito feliz quando ele fala do hospital materno-infantil, para que criar um novo plantão pediátrico? Utilizem as estruturas existentes, conversem. Nós conversávamos com a Secretaria de Saúde, nós conversávamos com a iniciativa privada. Os fluxos, quem está aqui sabe que são os mesmos de sempre. Talvez exista uma ação mais imediata que tem que se tomar por conta de uma incidência muito grande. Então o que eu peço, neste momento, é que nós tenhamos atitudes nobres de reconhecer que precisamos de todos para que a saúde de Caxias do Sul funcione. Muito obrigado.
VEREADOR ADILÓ DIDOMENICO (PTB): Obrigado, vereador Edson. No ano passado, quando nós pedimos um pacto por Caxias, teve gente que disse: “Mas só agora, no final do ano, por que não viram antes?” Volto a repetir pela quarta, quinta, sexta vez: se queremos sair dessa situação, nós precisamos um encontro, prefeitos, secretários e vereadores, porque o que é visível é a desconexão entre os órgãos desse governo. Eles não se entendem entre si, e o reflexo está aí na população. Então saúde é um tema difícil? Muito difícil, o Sistema Único de Saúde nacional, da forma como ele está concebido, eu o vejo um sistema falido. Não vai ter conserto, porque tudo de graça para todo mundo sem critério não vai ter conserto, mas dá para fazer muito melhor e vinha sendo feito melhor. Nós estamos destruindo o pouco que se tinha. Então, pena que o vereador Renato Nunes não está aí, mas quando ele insiste em dizer que o Alceu foi o pior prefeito da história, eu acho que é o segundo pior, porque já tem um pior, pelo menos na saúde. (Palmas) O governo Alceu teve seus equívocos, cometemos as nossas falhas, mas no quesito saúde tem que tirar o chapéu. Tirar o chapéu para a secretária Dilma, o esforço que foi feito e o sacrifício imposto a outras secretarias para priorizar a saúde. Mas da forma como está, nós estamos caminhando para o precipício. Então, urgente, um pacto por Caxias! O prefeito tem que vir, reunir esses secretários que não se entendem entre si, que um desmente o outro. Eu lhe concedo depois na sequência um aparte, vereador Rafael. E eu quero aqui me referir à questão do Samae ontem, que nós vimos aqui de novo comparado com a Codeca, trazem uma resposta escrita, terminou de ler o script e não tem mais argumento, não responde aos vereadores. E nós pedimos a questão da água, as bicas de São Pelegrino, Capuchinhos e o Tronco. Está faltando água, o Samae não tem condições de atender. Daqui a pouco, nós vamos ter água de procedência duvidosa, porque a população, no desespero, vai buscar água onde pode.  Isso é um risco para a saúde pública. E aí a gente faz uma pergunta ao presidente do Samae e ele não responde. Agora chega para nós uma denúncia aqui, vereador Chico Guerra, e isso tem que ser investigado, porque os caminhões do Samae têm rastreador. Sexta-feira faltou água na Rua Professor Marcos Martini, e das 16h50 às 18h15 o caminhão do Samae abasteceu o prédio onde mora o Yuri. O único prédio abastecido naquela rua, os outros moradores ficaram reclamando e não tem para quem reclamar. Então, ou o Yuri dá o seu celular para as pessoas ligarem para ele, para entender como é que se consegue água. (Manifestação sem uso de microfone.) O Yuri é o diretor lá do Samae. O caminhão pipa chegou lá, segundo denúncia, às 16h50 e saiu às 18h15. Abasteceu o prédio onde mora o Yuri. Então o que nós estamos assistindo? Nós estamos assistindo um desespero. Na falta d’água, o Samae não tem condições de atender, e o presidente do Samae não diz o que pode fazer o Samae para prover essa questão da falta d’água. A outra pergunta que não foi respondida: qual o efetivo de pessoal que estava de plantão na hora do rompimento da adutora. Ao que se sabe, tinha apenas engenheiros, não tinham técnicos. Então, de qualquer maneira, nós não vamos estar aqui criticando por criticar. O problema é sério em todas as áreas. A dessintonia é muito forte do governo. A cidade está parando em todas as áreas: na liberação de projetos, na questão de alvará, na questão do turismo, na questão do desenvolvimento econômico e a saúde está na UTI, como bem foi dito aqui tanto pela vereadora Paula quanto pelo vereador Rodrigo Beltrão. Então, senhoras e senhores, eu acho que já vai tarde de nós reunirmos todos os entes públicos. Nós queremos ajudar, mas nós precisamos ter a oportunidade do diálogo. A gente anda pela cidade e andava a meses atrás e tinha gente: “Esse prefeito que tem capacidade, brigou com os médicos, está enfrentando os médicos, vai botar eles a trabalhar.” Gente, não é assim. Não é dessa forma, é através do diálogo, é através de uma construção coletiva. Brigar não resolve em lugar nenhum. Os médicos não têm condições de trabalho se não tiver diálogo, se não tiver condições claras, regras claras. Faltando sabão, faltando material não tem médico que faça um milagre. Agora, a denúncia trazida pelo vereador Rafael Bueno é caso de polícia, caso gravíssimo. Tem que investigar quem deu a ordem para não atender. Isso provavelmente não é o prefeito. Provavelmente não é, mas tem que saber quem deu essa ordem. Esse é um caso seríssimo. Isso é um crime contra a vida. Isso não pode passar impune. Essa denúncia é muito grave. Então, vereador Rafael, lhe concedo o aparte de imediato.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Quem deu a ordem eu não sei. Só o que eu sei é que o Postão novamente está sem diretor-técnico. Não tem diretor-técnico. O Carlos Minotto, que era o diretor, que foi de última hora posto no cargo, pediu para sair porque era justamente a denúncia do Cremers que ele disse que tem que ter um diretor-técnico e está sem diretor o Postão. Então, não tem diretor. Nós temos a Magda aqui, uma competente servidora pública, que era diretora da enfermagem, estava organizando o Postão e saquearam ela do cargo. Ela não está mais no cargo. Está aqui a Magda, uma servidora competente. (Palmas) O que falta, vereador? Falta planejamento. Quatro secretários em um ano e sete meses saíram já da Secretaria. Então, ao invés – a vereadora Gladis falou – de sucatear o nosso Postão, tem que valorizar esses servidores, porque, querendo ou não, nós dependemos deles. Uma saúde mental de qualidade, e eles não têm... Muitos deles estão pegando laudo, porque eles não conseguem mais trabalhar. A pressão que eles sofrem diariamente... Vereador Adiló, realmente eu não sei de quem saiu a ordem porque não tem diretor-técnico. Obrigado.
VEREADOR ADILÓ DIDOMENICO (PTB): Obrigado, vereador Rafael. Eu volto a insistir, nós queremos ajudar e esse é o momento de a gente se despir das questões político-partidárias e todo mundo ajudar. Agora, para isso, o prefeito tem que querer ser ajudado. Nós precisamos... (Esgotado o tempo regimental.) Já concluo, senhor presidente. Saber para onde que este governo quer caminhar, porque até agora não deu para entender. Obrigado, senhor presidente. (Palmas)
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VEREADOR ADILÓ DIDOMENICO (PTB): Só para contrariar o pessoal. Pessoal, bem rapidamente dizer que nós aguardamos uma solução do Samae, porque os telefonemas que começam  achegar das pessoas desesperadas atrás de água e a resposta do Samae muito simples: não temos estrutura  para atender. Então, agora a pouco o vereador Velocino Uez também foi demandado por uma cantina que está parada precisando de água para trabalhar e o Samae tem todas as condições de viabilizar através do tronco que tem uma frota de caminhões e que pode fazer uma parceria na emergência, porque a informação que nós temos é que o Samae está com dois caminhões na oficina. Então vamos usar a criatividade, gente. O pessoal está precisando de água e nós temos medo que nesse desespero de buscar água daqui a pouco venha uma água de péssima qualidade e que nós venhamos a ter um problema de saúde pública. Então o Samae que se mexa, que saia da zona de conforto e busque atender essa população. Dizer não temos estrutura para atender é a última coisa que o povo quer ouvir do Samae. Água não falta. Pelo que me consta as barragens estão todas elas lotadas e a população de Caxias espera uma resposta rápida e urgente do serviço municipal de água e esgoto que é quem tem a competência para resolver isso. Dizer ao telefone para os vereadores e para a população não temos estrutura para atender é a última coisa que se espera. Seu aparte, vereador Uez.
VEREADOR VELOCINO UEZ (PDT): Obrigado, vereador Adiló. Senhor presidente, é que eu me ausentei, estava atrás disso. Cantiga Hugo Pietro, além de trocar toda a estrutura da cantina naquele poço fornece 14 famílias mais a cantina. Então estava sendo solicitado aqui que um caminhão seria suficiente para todas aquelas famílias ali como o senhor bem relatou. Se privilegia um prédio, porque lá na agricultura, porque no interior não é a mesma coisa? Eu, enquanto subprefeito de Galópolis, várias vezes solicitei que, na época de seca, no verão, na época de confecção do suco, o excesso de água que precisa é muito maior. Em nenhuma vez teve esse resposta. Nenhuma. Não foi má vontade de quem nos atendeu no Samae. Tem muito boa vontade, mas está com as mãos presas. Não tem uma estrutura para atender. É muito lamentável. Talvez a única demanda que aquelas famílias, vereador Bandeira, vão pedir durante quatro anos. Talvez a única, e não temos como. É muito lamentável. Obrigado, vereador.
VEREADOR ADILÓ DIDOMENICO (PTB): Obrigado, vereador Uez. Seu aparte, vereador Felipe.
VEREADOR FELIPE GREMELMAIER (PMDB): Vereador Adiló, o senhor bem falou que a população espera respostas, não é? Mas não as respostas que o Samae trouxe aqui ontem. Senão não tem por que dar respostas. E sobre a manhã de ontem, até conversava com o vereador Périco durante a apresentação aqui, que ele falasse em nome da bancada do PMDB, porque a gente sentiu no início já que nada mudaria, que eram respostas prontas, leitura de algo passado de forma oficial pelo gabinete e que nada ia mudar dos questionamentos feitos aqui por esta Casa. Então eu estou pensando em seriamente em, nas próximas convocações, inclusive não vir assistir às convocações, porque não acrescenta nada. O que a gente quer ouvir não acrescenta. Alguma situação que outra que eles se contradizem, porque não tem um diálogo interno de uma situação. Essa da Codeca já saber que não iria manter a contratação e o outro dizer que estava em análise, enfim. Questões que a gente sabe, de um governo que não conversa entre si e que não tem essa capacidade, até porque, quem é o chefe maior, não tem a capacidade do diálogo. Então, eu espero que as respostas que a população espera do Samae não sejam as respostas dadas aqui no dia de ontem.
VEREADOR ADILÓ DIDOMENICO (PTB): Obrigado, vereador Felipe. Se o Samae não tem condições de atender, não tem estrutura de caminhão, que credencie algumas empresas, dê alguma solução. A população não pode é ficar sem o atendimento. Então, urgente. Por favor! Nós aguardamos que o Samae dê uma solução para essas pessoas, para esses prédios, para essas empresas que estão sem água e que, tradicionalmente, tinham abastecimento através do Tronco Água. É isso, senhor presidente. Muito obrigado.
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