VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Senhora presidenta, nobres colegas. Eu faço um voto de pesar ao meu vizinho, meu amigo Joninhas, o Jones da Silva, ativista do movimento hip hop, representou a zona norte na música, foi um dos fundadores da família UZN[1], vendia CD na rua, participou de muitas gravações com outros do hip hop, com Mano Natu e tantos outros, com muito trabalho social. Em muitos mutirões de Natal o Joninhas estava levando a sua mensagem. Então, eu estive no velório ontem, a zona norte está de luto, o mutirão de Natal está de luto com a perda do Joninhas. Ele fazia xis ali na Venâncio Guarese, aqui no Pôr do Sol, e levava a pé lá em casa. Levava os cachorros para dar banho no pet shop. Então nós perdemos o Joninhas. Quero lamentar a morte desse representante do hip hop, da família UZN, que deixou a nossa zona norte de luto. Seu aparte, nobre colega Lucas.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Obrigado, vereador Dambrós. Em nome da bancada do Partido dos Trabalhadores, quero me somar a esse voto de pesar para o Joninhas nesse fato injustificável. Infelizmente, nós vivemos tempos em que a barbárie toma conta da nossa sociedade, e o que aconteceu com ele foi isso.
VEREADOR CLOVIS XUXA (PTB): Peço a palavra, senhora presidente.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Conhecia ele desde o nosso governo ainda, do governo Pepe Vargas, as atividades da assessoria do Juventude à época. Enfim, um grande batalhador da nossa cidade. Obrigado, vereador Dambrós.
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Era isso, senhora presidenta. Muito obrigado.
VEREADOR RICARDO DANELUZ (PDT): Peço um aparte, vereador.
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Pois não, nobre colega.
VEREADOR RICARDO DANELUZ (PDT): Vereador Dambrós, também quando vi a notícia ficamos muito tristes. Fui lá por algumas vezes comer o xis, lá onde o Joninhas fazia. E também olhamos várias demandas ao longo desde período enquanto estou aqui como vereador, fui apresentado a ele por um outro amigo. De fato, perdemos uma pessoa do bem, não é? Pessoa do bem e que fazia um trabalho social bastante interessante. Então, me somo ao voto. Ficam os nossos sentimentos aos familiares.
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Era isso, senhora presidenta. Muito obrigado.
 

[1] União Zona Norte
 
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VEREADOR WAGNER PETRINI (PSB): Senhora presidente, colegas vereadoras, colegas vereadores.
Eu quero fazer um voto de congratulações ao atleta mirim Cássio Fontana. Filho de um amigo nosso, Cassiano Fontana. Foi campeão, no último sábado, na categoria peso-pena faixa cinza no Campeonato Sul Brasileiro de Jiu-Jitsu lá em Garibaldi, no município vizinho da nossa cidade. Então quero desejar, através desse voto, boa sorte e que seja o início de sua carreira no esporte, porque o esporte ajuda aí muitas pessoas. Quero também aproveitar este momento aqui, que a gente consiga cobrir agora as ruas, as nossas casas, nossas famílias de verde-amarelo, consiga unir as famílias e os amigos que se desentenderam nessas eleições. E quero deixar meu palpite aqui para o jogo hoje de início da seleção brasileira, que vai dar 4x0 aí para a nossa seleção. E começar com o pé direito. E, se possível, não sei se é o momento, presidenta, a questão de nós... Se tem alguma decisão de nós podermos liberar os servidores meia hora antes e fazer voltar meia hora antes, aqui desta Casa.
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VEREADOR CLOVIS XUXA (PTB): Obrigado, presidente. Obrigado, colegas vereadores. Eu faço um voto de congratulações ao Grupo RSCOM, na pessoa do Fábio Carnesella, essa pessoa que faz a notícia certa, faz o amanhecer de várias pessoas que veem o Leouve, que leem o Leouve. Ontem ele colaborou muito com a sociedade caxiense colocando no Leouve a notícia que vai acontecer a Feira de Artesanato nos pavilhões da Festa da Uva. Então, um voto de congratulações ao Grupo RSCOM, na pessoa do Fábio Carnesella, que colaborou muito com a sociedade caxiense, ontem, divulgando o artesanato. O pessoal do artesanato, o pessoal da UAB agradece ele. Em meu nome quero agradecer ao Fábio Carnesella, que está colaborando com a nossa sociedade. Obrigado.
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VEREADORA TATIANE FRIZZO (PSDB): Bom dia, senhora presidenta, nobres pares e colegas vereadores. Quero iniciar falando a respeito de um tema que é de fundamental importância e que, sem dúvida alguma, a gente precisa falar sobre esse assunto, precisa fazer ações a respeito, propor projetos, políticas públicas, campanhas. E é algo que a Procuradoria Especial da Mulher, assim como o meu gabinete, vem fazendo. Inicio a minha fala então agradecendo à vereadora Estela pela cedência do espaço. Vou pedir então para o pessoal da TV Câmara mostrar, para quem está acompanhando a gente em casa, o nosso tema de hoje. Então quero falar sobre a Semana de Combate ao Feminicídio. Essa é uma proposição, é uma legislação feita por mim, enquanto vereadora, justamente porque a gente acredita e verifica que, de fato, os casos de feminicídio ainda são muito altos e que a gente precisa trabalhar, lutar para mudar essa realidade. Então, para quem está nos acompanhando, pode assistir que nós tivemos um aumento na quantidade de feminicídios que foram consumados. Ou seja, que foram de fato efetivados. E também houve um aumento nas tentativas de feminicídios, o que faz com que a gente tenha um alerta, que a gente se dê conta do quanto é importante que a gente faça ações, faça campanhas, faça discursos, faça legislações. E aqui a gente está hoje no dia 24 de novembro, a data que antecede também os 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher, que se inicia junto com a Semana de Combate ao Feminicídio, amanhã, dia 25. Então, em razão disso, nós teremos diversas atividades em parceria com a Coordenadoria da Mulher, da Prefeitura Municipal de Caxias do Sul. Mas eu quero me ater a alguns dados. Dados trazidos recentemente pelo GZH demonstram que já tivemos, em Caxias do Sul, sete feminicídios. E aqui eu quero relembrar os últimos deles. Daiana da Luz, de 38 anos, que foi assassinada a tiros em 16 de novembro, por volta das 10 horas da noite, dentro da sua casa, no Bairro Cruzeiro. O autor, então, foi o Paulo Fernando, companheiro da vítima, e que acabou atirando contra ele próprio após cometer esse crime. Em 14 de maio, nós tivemos também Marivane Geraldina Cavalheiro de Oliveira, de 49 anos, encontrada morta, lá em Galópolis, junto com marido, que acabou cometendo suicídio. Em 3 de abril nós tivemos a Jéssica de Paula Rodrigues, de 25 anos, encontrada morta com golpes de faca no Bairro Belo Horizonte.  O suspeito se apresentou à polícia e acabou sendo preso. Esses são alguns dados. E, mais importante do que números, são pessoas reais, pessoas que estavam na nossa comunidade, que têm família, filhos. Muitas dessas crianças, infelizmente, inclusive presenciam essas cenas, o que traz uma dificuldade enorme para o futuro e nos traz um problema muito real, que são os órfãos do feminicídio. De que forma a gente vai tratar essa pauta e os impactos que isso traz na vida dessas crianças? Então, eu preciso falar que, em março de 2022, nós tivemos então a criação da Lei nº 8.783, que instituiu a Semana Municipal de Conscientização e Combate ao Feminicídio. Essa lei então é de minha autoria e ela tem como objetivo principal fomentar diálogo sobre o assunto, que a gente leve conhecimento, que a gente fale do papel de homens e de mulheres, mas principalmente que a gente pense em ações práticas para combater esse tipo de situação. Por isso, levei então para a Procuradoria Especial da Mulher, que é composta por cinco vereadoras aqui desta Casa, para a gente fazer uma série de ações em que estaremos conversando com a população, entregando material, trazendo os números de pedido de auxílio, Delegacia da Mulher, coordenadoria, onde as mulheres podem buscar auxílio. E principalmente, vereador Sandro Fantinel, que acho que é algo bem importante, existe um projeto pioneiro, em Caxias do Sul, que ele trabalha com os homens que cometem violência contra as mulheres: o Projeto Hora. Então, tão importante quanto pensar em ações...
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Peço um aparte, vereadora.
VEREADORA TATIANE FRIZZO (PSDB): Para a gente combater a violência doméstica é a gente reabilitar aquele homem que cometeu essa violência contra a mulher, porque ele vai ter outros relacionamentos e, muitas vezes, ele acaba repetindo aquilo que ele fazia com a sua companheira, repetindo em outros relacionamentos. Então a gente tem dados muito importantes da Elaene Tubino, que é a psicóloga que trabalha esse projeto, com relação aos homens que acompanham esses encontros. São 10 encontros promovidos. Quase nenhum... Se eu não me engano, teve um só que voltou a reincidir, mas a maioria não voltou. Então a importância de os homens participarem. A gente pensa sempre na política pública de proteção às mulheres, mas a gente precisa pensar em ações voltadas para os homens e, mais do que isso – a gente acaba se repetindo nas palavras –, a gente precisa dos homens junto conosco nessa pauta. Por vezes, a gente... Nós, mulheres, estamos sempre falando disso. Falando, pedindo apoio, engajamento nas campanhas. Essa não é uma luta das mulheres. Essa tem que ser uma luta de toda a sociedade. Nós estamos falando de mães, de irmãs, de primas, vizinhas. Várias mulheres que estão nessas situações. Eu gostaria agora de exibir um vídeo que traz um pouco dessas realidades e que é bem interessante para a gente ter uma ideia de como está a situação de violência aqui na nossa cidade e também no estado. (Apresentação de vídeo).
PRESIDENTA DENISE PESSÔA (PT): Apenas só para informar que está seguindo em Declaração de Líder, vereadora.
VEREADORA TATIANE FRIZZO (PSDB): Obrigada, vereadora.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Permite-me um aparte, vereadora, em momento oportuno?
VEREADORA TATIANE FRIZZO (PSDB): Então a gente vê o quanto nós precisamos avançar ainda nas políticas públicas. Eu costumo dizer “bom seria se não precisássemos estar aqui levantando esse tema, pensando em ações, fazendo projetos de lei, porque não existiria a violência.” Isso seria o nosso ideal. O seu aparte, vereador Sandro Fantinel.
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Obrigado, vereadora Tati. Eu acho bastante importante o que a senhora traz, isso. É algo muito triste na nossa sociedade. Mas acredito eu que, no primeiro ano desta legislação, eu não lembro se foi a vereadora Marisol, se foi a senhora que levantou esse mesmo tema no nosso primeiro ano de legislação, e eu fiz um comentário. A senhora mesma apresentou aqui que os feminicídios vêm aumentando, correto? Se nós voltarmos no tempo 10, 12, 15 anos atrás, a gente vai ver que, em cidades do tamanho que Caxias tem hoje, os feminicídios eram um percentual 10 vezes mais inferior do que está tendo hoje. Onde é que eu quero chegar com a minha fala? Que quanto mais estão endurecendo as leis em cima do agressor, mais está piorando a situação, e tende a piorar mais. A Lei Maria da Penha já provou que é um fracasso, porque não protege ninguém. Porque a mulher... Quantas mulheres que encontraram assassinadas com a folha no bolso da Maria da Penha. Adiantou o quê? Nada. Entende? Então eu acho que esse trabalho, vereadora – é uma posição minha, uma visão minha –, esse trabalho que estão fazendo com os homens tem que fazer com as mulheres também. Sabe por quê? Porque a minha mulher e as que estiveram do meu lado até hoje, sempre me fizeram fazer o que elas quiseram, sempre. Elas me convenceram a fazer o que elas queriam. Então esse trabalho ele tem que ser dos dois lados para que a coisa funcione. Eu acho que esse é o caminho correto. Caso contrário, desculpa me estender um pouco, daqui um ano, a senhora vai vir aqui e vai dizer: “Olha, os números aumentaram”. Obrigado, vereadora.
VEREADORA TATIANE FRIZZO (PSDB): Vereador, eu discordo do senhor. Eu acho que a Legislação Maria da Penha veio para auxiliar as mulheres, para dar proteção. E muitas vezes as mulheres... Aliás, o próprio termo feminicídio é muito novo. Não existia feminicídio até a Legislação Federal de 2015. Passou a existir a partir disso. Até então, as mulheres entravam nas estatísticas comuns. Então não tem como a gente dizer que antigamente se tinha menos, se não existia uma legislação específica. Entrava como homicídio, como assassinato, como... Agora não. Agora a gente tem um controle desses dados. E a Lei Maria da Penha foi muito importante porque, a partir disso, as mulheres passaram a ter proteção, passaram a ter como denunciar esse crime. Se o senhor observou o vídeo que eu passei, 86% das mulheres que sofreram feminicídios não tinham medida protetiva. E a medida protetiva é um instrumento muito importante. Aqui o Estado fez uma política que é imprescindível e que era uma reivindicação da Rede de Proteção à Mulher, a qual eu integrei muitos anos, que é com relação às tornozeleiras. Hoje, o Estado investiu em duas mil tornozeleiras, num projeto piloto que começou em Porto Alegre e Canoas, para fazer esse monitoramento dos agressores. Ou seja, quando a mulher está... Quando o companheiro está próximo a ela, menos de 200 metros, soa um alarme que a mulher recebe e que também a delegacia recebe. Ou seja, a Patrulha Maria da Penha é avisada que aquele agressor está descumprindo o que diz em lei. Só que, se a mulher não pede a medida protetiva, ela não tem esse recurso. Então, o que nós precisamos é, primeiro, trabalhar sempre na prevenção. Por isso que eu acredito o quanto é importante o trabalho que a PMP faz indo a escolas, indo às Unidades Básicas de Saúde. Como nós vamos começar esta semana, a partir dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher, ir à rua, entregar material, conversar com as pessoas. Porque essas ações de prevenção são fundamentais, eu não tenho dúvida. E tratar o agressor, concordo com o senhor, é fundamental também. Mas a Lei Maria da Penha foi um avanço muito importante para as mulheres. Eu tenho certeza que salvou muitas vidas. Por vezes, as mulheres ainda têm aquele recreio...
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Um aparte, vereadora.
VEREADORA TATIANE FRIZZO (PSDB): Aquele medo de pedir a medida protetiva, e não deveriam. Porque a medida protetiva é uma segurança a mais para essa mulher. E esse projeto piloto, que inicia em Porto Alegre e Canoas, a gente vai lutar para que Caxias do Sul também tenha esse monitoramento. Porque a gente sabe, sim, que eles descumprem as medidas, e que a Patrulha Maria da Penha tem sido extremamente efetiva. Por quê? Porque, antigamente, eles se aproximavam da mulher para tentar reatar ou para intimidar a mulher, e nada acontecia. Agora, se eles descumprem, eles podem ser presos em flagrante. A Patrulha Maria da Penha inibiu muito esse tipo de comportamento. Seu aparte, vereadora Marisol. Estela, primeiro.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Enfim, a gente tem tanto a falar sobre esse tema, mas eu vou me ater a uma questão que fala para os nossos colegas, vereadores homens que estão aqui. No dia 6 de dezembro, a gente tem a Lei do Laço Branco, que é o dia da mobilização dos homens pelo fim da violência contra as mulheres. Então, no dia 29, no dia 30 e no dia primeiro, durante as sessões, a TV Câmara estará à disposição para gravar com todos vocês que quiserem gravar os relatos de vocês sendo parceiros dessa luta, que não é apenas nossa. Nós lutamos por temer as nossas vidas; mas ter vocês ao nosso lado é fundamental para que a gente avance e para que a gente, algum dia, possa alcançar o objetivo de não ter mais esses dados, não ter mais essa realidade que é a violência. Então dia 29, dia 30 e dia primeiro vocês serão notificados no gabinete. Mas eu deixo esse convite, esse pedido para que vocês façam parte dessa luta pelo fim da violência contra a mulher. Muito obrigada.
VEREADORA TATIANE FRIZZO (PSDB): Vereadora Marisol.
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Rapidinho, vereadora Tatiane. Só para lhe parabenizar pelo tema, por trazer essa reportagem muito bem feita, aliás, pelo Josmar, pelo colega Josmar Leite. Há um trabalho importante que vem sendo realizado; a gente acompanhava isso há bastante tempo aqui, pela justiça também em Caxias, em relação a esse acompanhamento dos homens agressores. Eu tenho certeza absoluta de que essa questão de que os números aumentaram é muito relativa, não é? O que aumentou foi a possibilidade de efetivamente eles serem divulgados, eles serem investigados e os agressores serem punidos, que é o que a gente espera.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Declaração de Líder, presidente.
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Então, que bom que a senhora fala um pouquinho. Eu tenho certeza que a gente ainda vai falar bastante sobre as ações dos próximos dias, a caminhada, os bate-papos, as palestras. (Esgotado o tempo regimental.) Porque é importante demais que a gente discuta esse tema, e ainda obviamente não é a situação ideal, a gente ainda sofre muito a violência, mas a gente já caminhou muito para melhorias. Isso é muito importante que a gente avalie.
VEREADORA TATIANE FRIZZO (PSDB): Com certeza, vereadora Marisol. Então vou pedir para o pessoal da TV Câmara mostrar rapidinho os telefones. Nós temos o 180, que é um telefone nacional da Secretaria da Mulher; nós temos o 190 para casos de agressões que precisem da Brigada Militar; temos o telefone do Centro de Referência da Mulher, que é o 3220 9280, e também o da Delegacia da Mulher. Então é muito importante que as mulheres não se calem, que elas busquem auxílio, que elas compreendam o que é violência, porque, por vezes, as mulheres entendem a violência apenas como a física, e a gente sabe que não é isso. E dizer que eu tenho muito orgulho de ser autora dessa legislação, da Semana de Combate ao Feminicídio e de estar há tantos anos lutando em prol das nossas mulheres, da segurança da nossa sociedade e sabendo que, de fato, essas ações fazem, sim, a diferença na nossa comunidade. Muito obrigada.
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VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Senhora presidente, queridos colegas, eu trago aqui uma fala e uma apresentação referente a um pensamento coletivo de grande indignação. Eu gostaria de começar a minha fala dizendo que a gente está vendo ali um recorte de jornal a respeito das manifestações em frente ao quartel.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Uma Declaração de Líder à bancada do PT, presidenta.
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Onde um suplente de vereador, aqui da Câmara de Vereadores, fez um protocolo no Ministério Público pedindo que as barraquinhas lá do quartel fossem retiradas, o acampamento e tal, porque estão atrapalhando a passagem das pessoas e dos veículos. Bom, então eu peço que apresente aqui o vídeo que vai passar agora para que as pessoas tenham mais facilidade em compreender qual é a situação real que está acontecendo. (Procede-se à execução do vídeo.) Vejam que é um jornalista que está fazendo. (Falha no vídeo) Nossa, está bem boa a internet. (Vídeo) (Falha no vídeo) Nossa senhora! (Apresentação do vídeo.) Bom, gente, eu quis mostrar esse vídeo aqui e, na realidade, no fundo, no fundo da questão, não é o que vocês pensam. A minha fala é por um outro motivo. Não é o que vocês pensam. O que eu quero dizer é que tanto essa pessoa, esse... Agora me fugiu a palavra. (Manifestação sem o uso do microfone) Suplente. Obrigado, vereador. Esse suplente de vereador... Não só ele. Não, não só o suplente, quatro promotores do Ministério Público Federal também intimaram a PGM para a liberação de vagas de estacionamento e passeio público, e a retirada dos banheiros do passeio público em frente ao quartel, porque tem que deixar livre a passagem de pedestres e veículos. Quatro promotores federais e um suplente de vereador fizeram isso, por uma situação que nem essa que vocês viram. Agora, por favor, passe os demais, que é onde eu quero chegar. (Manifestação com auxílio de apresentação do vídeo.) Onde é que estão os quatro promotores do Ministério Público Federal? Onde é que está o suplente do vereador? Para um lado sim e para o outro nada? Ou aqui o negócio aperta? Ou aqui tem medo? E as pessoas que vivem nesse lugar, que precisam passar todo dia, onde é que está a calçada? Onde é que está o passeio público? Mostra o outro, por favor. Onde é que está o passeio público para aquelas pessoas que vivem naquela região ali? Onde que está? Onde que está a liberdade dos veículos irem e virem naquela região ali? Cadê os quatro promotores públicos? Eu desafio vocês, promotores federais. Vocês não têm coragem. É por isso que vocês não mandam aqui um documento pedindo para que seja liberada essa área. Ali não tem passeio público? Tem sim. Ali não tem que ter liberdade dos veículos passarem para frente e para trás? Tem sim. Ali é uma coisa que dura 15 dias? Não, dura dois anos. Onde é que está a coragem de vocês, suplentes de vereadores, promotores públicos que vêm aqui intimar a Prefeitura, o prefeito, dizendo que tem que liberar na frente do quartel porque não dá para passar? Como não dá para passar? O vídeo mostrou que tem espaço de sobra para passar. Atacar pessoas honestas, pessoas que jamais levantariam a mão para atacar alguém é fácil. Qualquer covarde faz. Qualquer covarde. Eu quero ver vocês terem a coragem de emitir, vocês quatro promotores e suplente de vereador, vocês irem ao Ministério Público e mandarem a Prefeitura abrir isso aí. Eu quero que liberem esse espaço aí. Ou falta coragem? Por que falta coragem? Porque ali o bicho pega, não é? Ali o bicho pega. Lá na frente do quartel, o bicho não pega. Agora, aqui o bicho pega.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Um aparte, vereador.
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Experimentem ir ali tirar esse pessoal, senhores promotores federais. Mostrem que vocês são os caras! Vocês atacam as pessoas que não têm como se defender, aquelas que vocês sabem que não vão agredir ninguém, aquelas que quando recebem uma nota da lei dizendo “oh, tu tens que sair”, o que elas fazem? Elas saem, porque elas vêm de famílias que sabem respeitar o próximo. Por que vocês não emitem? Eu deixo aqui a minha indignação. Mostrem a coragem. Tirem ali, limpem essa área. Ou será que todos aqueles moradores ali, pessoas humildes e pessoas que trabalham, que têm direito de caminhar na calçada que foi feita para esse fim, e até hoje não conseguem. Nem veículo não consegue mais passar, e está aí para quem quiser ver. Falta coragem? Por que falta coragem? Porque atacar os fracos é fácil. Agora, atacar aqueles que tu sabe que repetem o que tu faz, daqueles vocês têm medo. Seu aparte, vereador.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Vereador Fantinel, eu gostaria de... Esses dois pesos e duas medidas que a gente vê na justiça, enfim, é uma coisa que a gente falou hoje, inclusive, de manhã, sobre a questão do Alexandre de Moraes e tal. Mas eu queria lembrar que tem um lugar, em Caxias, onde caiu um muro, que teve deputado que prometeu que ia resolver, enfim, faz três anos que tem até árvore em cima da calçada e ninguém passa, e até agora os promotores também não se mostraram preocupados com o passeio lá das pessoas, crianças lá de um colégio, de passar. Então a gente vê realmente é uma perseguição às pessoas que estão se manifestando. É só isso, não existe nada de legislação, de lei. Eles querem só que as pessoas saiam de lá, é só isso que eles querem. Agora, caiu terra lá, que caiu muro, prometido para o governo resolver, nem um ponto. Está chovendo dentro de escola também estadual, e também não vi os promotores preocupados. Essa situação que é perto ali de casa, também um silêncio absoluto. Mas, como o senhor muito bem falou, quando é para atacar pessoas de bem que, aliás, produzem, enfim, aí...
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Peço uma Declaração de Líder, senhora presidente.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Aí a medida é outra. Então a gente vê... É triste o que acontece na justiça brasileira, vereador Fantinel, porque a gente vê que a justiça é usada politicamente.  Hoje o Brasil virou isso e a gente vai ver a degradação da própria justiça nos próximos anos e o quanto isso vai custar para o nosso país, infelizmente. Obrigado.
PRESIDENTA DENISE PESSÔA (PT): Segue o vereador em Declaração de Líder, da bancada do Patriota.
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Obrigado, senhora presidente. Eu quero também me manifestar numa outra situação que demonstra para todos os colegas e para todos os que nos veem o quanto este vereador aqui não defende “a” ou “b”, mas sim a democracia, onde todos têm que ter a mesma liberdade, onde todos têm que ter os mesmos direitos. Por exemplo, houve um fato, e foi noticiado nos jornais, que lá no Mato Grosso trancaram uma rua, os manifestantes, e tal e coisa, e passou um pai com o filho que precisava fazer uma cirurgia no olho e os manifestantes não deixaram passar o pai. Ele teve que passar pelo meio do mato para fazer hora, fazer a cirurgia para o filho. Eu repudio esse tipo de coisa. Esse cara que impediu o pai de passar tem que ir para a cadeia, não me interessa se é bolsonarista, se é lulista ou quem seja. Esse tem que ir para a cadeia. Porque eu estou aqui para defender a democracia e não o lado “a” ou o lado “b”. E essa questão que estou trazendo para vocês hoje, aqui, não tem lado, é a questão que a lei, ultimamente, e aqueles que representam a lei, que deveriam ser os nossos exemplos, eles olham apenas para um lado e não para o outro. E a nossa sociedade tem dois lados. Então eu quero deixar bem claro aqui a minha mensagem, eu quero ver se esses quatro promotores aqui... Gostaria muito que esse vídeo meu tivesse bastante repercussão para que chegasse aos ouvidos dessas quatro excelências, inclusive a suplente de vereadora também, que se manifestem no Ministério Público e que mandem uma ordem para que seja liberado o passeio público nessa área, inclusive o transitar dos automóveis. Porque, se não fizerem isso, estão declarando claramente para o povo e para todo mundo que eles têm um lado. É só um lado que não presta, o resto pode fazer o que quiser. Obrigado, senhora presidente.
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VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Presidenta, nesta quinta-feira venho aqui trazer um assunto de extrema importância e lamentar. Pois ontem fui marcado em uma publicação e depois foi baixado junto às minhas redes sociais, e hoje é destaque em nível nacional a população com uma certa mobilização, sobre um senhor que cometeu um crime em relação a alguns cachorros, filhotes que foram abandonados aqui em Caxias do Sul, em Ana Rech, no interior, comunidade de Santa Bárbara. Por gentileza, a minha assessoria vai exibir um vídeo agora. (Manifestação com auxilio de apresentação de vídeo). Prestem atenção aos detalhes. Não tem áudio, então prestem atenção aos detalhes. Esse senhor vai pegar um pedaço de pau. Tem uma cadela, tem os filhotes. Ele vai jogá-los em via pública. Vai ter um dos filhotes que vai ficar embaixo do carro. Quando ele arranca, que ele sai com o veículo, um dos filhotes é morto, atropelado. A cadela, mais um cachorrinho. Olhem, isso é Caxias do Sul. Olha a situação. Foi jogada a caixa. Já tem um filhote no chão. Olha ali, foi jogado pelo... Joga como se fosse um lixo no chão. Ali o cachorrinho. Olha lá, outro jogado. Mais um filhote. Olha que situação deplorável. Um traste! Um infame! Olha o cachorrinho embaixo da roda lá. Ele vai passar por cima agora. Ele vai arrancar o carro e vai matar. Só vai ver o cachorrinho esticando as suas patinhas lá. Um criminoso, um cafajeste. Olha lá, oh o cachorrinho lá. Jogando as patinhas, lá atropelado. Esse infame! Está já em processo de investigação esse caso. Peço a você que está nos acompanhando pelas redes sociais: entre em contato com este vereador, com a minha assessoria, junto ao meu gabinete. Só ir lá, tem Instagram, Facebook, Twitter e LinkedIn. Vai lá, acessa “vereador Juliano Valim”. Se descobrirem, ajudem nas investigações. Então é um infame, um crápula, um incompetente, uma pessoa sem caráter, totalmente fora da realidade. Então você que defende a causa animal, isso aí é saúde pública. Tem que ser punido. Ressaltando que foi aprovada em 2020 uma lei federal que aumentou a pena, que agora é de dois a cinco anos de prisão para esses tipos de crimes. Então temos que denunciá-los, temos que cobrar, porque os animais têm direito à vida, sim. Não é jogando em via pública, abandonando que nós vamos solucionar ou resolver os problemas de Caxias do Sul. Isso é crime, e crime tem que ser punido. Então, mais uma vez reforço o pedido a você que está nos acompanhando através das redes sociais. Desde já, parabenizo as pessoas que estão compartilhando, divulgando. Eu acho que só assim nós vamos poder ter leis rígidas. Muitas vezes há um certo posicionamento, até de preconceito, que esses crimes são realizados por pessoas de baixa renda. Não, esse vídeo mostra que é uma caminhonete que tem um valor elevado. Não é pobre; é classe média alta que está cometendo esses crimes. Deixo essa reflexão. Você que tem ONGs, os que representam a causa animal. Eu, como presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Causa Animal, não iremos deixar barato. Esse senhor tem que ser punido, sim. Já está sendo realizado o BO. Estaremos in loco visitando o local. Não foi ainda localizada a cadela, a cachorra, mas os filhotes que sobreviveram já foram resgatados por moradores do entorno lá da comunidade de Santa Bárbara, de Ana Rech, e estarão, sim, em prontidão para quem quiser adotá-los.
VEREADOR ELISANDRO FIUZA (REPUBLICANOS): Um aparte, vereador.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Inclusive já recebi outras denúncias daquela região, onde quatro filhotes foram resgatados, que também foram abandonados no mesmo dia de ontem. Também será investigado. Vai saber se não foi esse mesmo crápula, esse cafajeste? Isso não é um humano. Imagina o comportamento junto da sua família? Porque se ele já faz esses maus-tratos, esse criminoso, imagina como deve ser a educação perante, eu diria, a família. Se é que tem esposa, filhos. Olha que exemplo sujo para a sociedade. Para ver que nós estamos caminhando para o final dos tempos. Porque eu diria assim... Ates eu falava só “Jesus na causa’, agora me preocupo, porque está feia a situação em Caxias do Sul. Os problemas são diversos, e aqui é questão de educação humana. Onde está a reeducação desse infame? Por gentileza, seu aparte, vereador Fiuza.
VEREADOR ELISANDRO FIUZA (REPUBLICANOS): Obrigado, vereador Valim. Faltam adjetivos. Pessoas que, psicologicamente, não sei o que dizer. Ele, para tentar resolver um problema, arruma problema a uma sociedade. Há pessoas que moram nas proximidades desse local. Se a pessoa acha que o cãozinho, enfim, está lhe trazendo algum problema, faça uma doação. Mas não de uma forma como essa, agressiva, e até de uma certa forma um atropelamento. Então são situações que, realmente, se não houver uma punição diante dessas pessoas, nós vamos ter aí precedentes inúmeros diante da sociedade. Mas, no momento em que haver punição a essas pessoas ou a algumas dessas pessoas, vai fazer com que outras que tenham o mesmo gesto ou desejam ter o mesmo gesto venham pensar bem certinho a respeito dessa situação. Obrigado.
VEREADOR GILFREDO DE CAMILLIS (PSB): Um aparte, colega.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Seu aparte, vereador Camillis.
VEREADOR GILFREDO DE CAMILLIS (PSB): Obrigado, colega Valim. Cenas chocantes. Acho que talvez com algum especialista consiga identificar a placa desse veículo. De repente na polícia e tudo. Isso não se faz para ninguém isso aí. Isso aí é chocante. E gostaria de ter esse vídeo para também divulgar nas redes sociais. Muito obrigado.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Vereador Camillis e vereador Fiuza, concordo com as suas palavras. Tem que haver punição, sim. Hoje, tem as campanhas de adoções. A pessoa tem que ter consciência quando adquire, quando pega um cachorro para fazer parte do seu lar, os cuidados, ser zeloso. Então, a responsabilidade humana. Então, assim, reforço. Peço o apoio da comunidade caxiense. Temos que fazer uma mobilização. Já está tendo alta repercussão. Então ajude essa causa. Nós temos a Frente Parlamentar em defesa da causa animal. Estamos engajados todos os vereadores. Vamos cobrar punição. Esse senhor tem que pagar, tem que ir para o xilindró, porque, se existe lei, ela tem que ser cumprida. Não pode ficar simplesmente no papel. A gente tentou aproximar as imagens, não conseguimos ainda identificar a placa, como o vereador Camillis já relatou, mas a polícia civil irá, sim, se aprofundar nessa causa até a gente achar, sim, esse criminoso. Estará sendo visitada essa localidade, porque, como mostra na imagem, passa um motoqueiro naquele momento, tem outras residências no entorno que têm câmera de monitoramento e vamos, sim. Pode ter certeza, criminoso, você vai pagar, porque a lei está aí e ela vai ser cumprida, ela tem que valer para todos, independente das causas que envolvem a sociedade. Tem que ser punido. Meu muito obrigado.
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VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Obrigado, presidenta. Vou ser breve e objetivo. E começo apresentando um problema. Que bom que a vereadora Marisol, vice-líder do governo, está aqui, para a gente vislumbrar a solução. Uma questão específica e que trata da alteração de designação dos colegas professores. Para quem nos acompanha pela TV e os colegas vereadores, anualmente, os colegas professores são lotados na Secretaria Municipal da Educação e designados para uma das nossas 85 escolas. Nessas escolas, os professores escolhem as turmas em que eles ministrarão as aulas no ano seguinte. E, nessa escolha de turma, às vezes, sobram vagas nessas escolas, por vários motivos: profes pedem para ir para outras escolas, enfim. E as vagas todas que sobram, da rede municipal, elas vão para um processo que a gente chama de alteração de designação. Então, hipoteticamente, eu sou professor do Guerino Zugno e eu quero dar aula em outra escola. Então, eu vou para essa lista da alteração de designação escolher uma escola e uma vaga a que eu esteja apto. Ocorre que as escolas todas já fizeram as suas escolhas de turma, onde os profes escolhem as turmas que vão atuar no ano seguinte; nas escolas, o período para alteração de designação deve estar em fase de conclusão. Então, os colegas que querem trocar de escola tem uma lista em que eles se cadastram para novas vagas em outras escolas. Nessa lista, constavam as vagas de coordenação pedagógica, que é uma vaga muito importante, que auxilia no coração das escolas, e a vaga de apoio pedagógico. Apoio pedagógico, para quem não sabe, são os colegas que substituem os professores na sua ausência. As escolas, em relação ao número de alunos, têm um apoio pedagógico. Bom, as escolhas de turma já aconteceram, a alteração de designação está em fase de conclusão. Os professores viram a lista com as vagas e se candidataram. Ocorre que, no ofício circular de ontem e no e-mail que as escolas receberam, consta que o apoio pedagógico e a coordenação pedagógica são vagas que os diretores podem indicar. Então, qual é o questionamento dos professores? Nesse exemplo hipotético que eu dei, eu era um professor da Guerino Zugno que se candidatou, por exemplo, para uma vaga de apoio pedagógico na Luciano Corsetti. Ele se candidatou a essa vaga, ele tinha esse interesse. Mas agora, pela nova orientação da Secretaria da Educação, a direção pode indicar alguém do quadro. Então, na verdade, muda toda essa logística de uma escolha de turma que já aconteceu, de uma alteração de designação que está quase na fase de conclusão. O primeiro questionamento é: Por que isso não foi feito antes? Isso gera dúvida e incerteza nos colegas que se inscreveram e que pretendiam essas vagas legitimamente, que estavam disponíveis lá. Então eu gostaria de explicações acerca disso. Recebi várias mensagens de vários colegas professores. E se nós vamos ter uma nova alteração de designação ou se isso vai influenciar na escolha de turmas, já que as escolhas de turma já aconteceram e a primeira fase da alteração de designação está quase em fase de conclusão. Então gostaria de saber informações e por que isso não foi realizado antes. Por fim, algo que me preocupa muito, vereador Renato. Tenho recebido várias reclamações, especialmente de trabalhadores que foram desligados de uma empresa metalúrgica bastante conhecida na cidade, muito famosa, e que têm sido desligados no momento em que as suas chefias justificam o desligamento em face da situação política no Brasil e porque o presidente Lula ganhou a eleição. Nós estamos recolhendo as informações. Eu sei que essas pessoas já têm recorrido. São da base, são da categoria dos metalúrgicos, as que conversaram comigo. Quatro pessoas conversaram comigo. E eu sei que têm sido orientadas pelo jurídico. Agora, eu não vou dizer o nome dessa empresa, mas nunca antes na história deste país essa empresa vendeu tanto ônibus do que nos programas do governo do PT. Eu espero que a direção dessa empresa não esteja dando guarida e que essas atitudes sejam isoladas, que não esteja se arrochando o número de pessoal em razão de atitudes ilegais, de assédio moral, de perseguição política de funcionário que votou no Lula, de funcionário... Porque nós não vivemos na ditadura, não é? Eu acho engraçado. Falaram tanto que o Brasil ia virar uma Venezuela, que ia virar Cuba. Mas quem defende a intervenção militar não somos nós. E as atitudes de perseguir um trabalhador, ir para a rede do trabalhador verificar se o trabalhador tem uma manifestação política ou não e demiti-lo com a justificativa de que a situação econômica, em face do novo governo, faz ou contribui, é de uma covardia sem tamanho, porque se fosse um trabalhador... E foram inúmeros, não é? O sindicato deve estar recebendo essas informações. Conversei com outros colegas vereadores que isso corre à boca pequena que tem acontecido. E nós... Eu já me manifestei na campanha eleitoral sobre isso. E nós, juntamente com o Sindicato dos Metalúrgicos, se necessário, recorreremos ao Ministério do Trabalho, ao Ministério Público, porque é inadmissível esse tipo de atitude. Deixem as pessoas trabalharem. Não sejam covardes. Especialmente uma empresa que se valeu e vendeu pencas nos governos do PT. Sejam competentes! E eu torno a dizer: eu espero que seja atitude isolada de encarregado de quarto escalão. Porque, se a diretoria da empresa for anuente com esse tipo de atitude, as medidas cabíveis deverão ser tomadas a fim de atentar contra o Estado Democrático de Direito, porque as pessoas têm liberdade de se expressar, de votar nas suas redes, onde elas quiserem. E uma empresa com tamanha notoriedade e com tantos anos de história não pode jogar no lixo a sua marca em face de teses conspiratórias. Até porque essa empresa, logo mais, presidenta e futura deputada federal Denise Pessôa, vai estar em Brasília querendo vender o seu produto para os programas que, certamente, o presidente Lula fará de transporte escolar, de ônibus para escola. Então não adianta querer demitir peão que votou no Lula e depois querer vender produto. E vai vender, certamente. Nós vamos induzir o crescimento. Vamos comprar produto e não vamos restringir a compra de produto a quem o dono da empresa votou. Agora o que não dá é para atacar os trabalhadores dessa forma vil e infame. Então queria deixar aqui o meu rechaço. E que, averiguando e comprovando essas situações, vamos cobrar que as medidas cabíveis sejam tomadas. Era isso, presidenta. Muito obrigado.
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Não houve manifestação

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