O presidente da Câmara Municipal, vereador Lucas Caregnato/PT, voltou a tratar sobre a criação de um protocolo de condutas antirracistas para a Casa Legislativa, por meio de uma resolução de mesa. Durante a sessão desta terça-feira (30/09), o parlamentar repercutiu casos recentes de racismo em Caxias do Sul, que inspiraram a decisão da criação do código para orientar sobre procedimentos a serem adotados e prevenir situações parecidas no contexto da Câmara.

Quatro casos foram citados pelo parlamentar, e ocorreram em esferas públicas e privadas. Dois deles foram contra crianças. Segundo Caregnato, em uma escola de futebol, um menino negro foi vítima de ofensas racistas, com anuência do treinador do time. No instante em que os pais defenderam o filho, foram atacados pelos pais das crianças que ofenderam o garoto. Já em uma escola municipal, ainda de acordo com o vereador, um caso de racismo foi apenas registrado em ata, sem haver contato com os pais da vítima.

Outra ocorrência envolveu um servidor público da Secretaria Municipal do Urbanismo (SMU) que sofreu racismo ao ser barrado de entrar em uma escola privada, onde faria uma fiscalização. Além do inconveniente, sofreu denuncia por parte da equipe da escola. Caregnato também lembrou de um caso, já citado na tribuna, em que a vítima estava em um leito de hospital privado. O acompanhante da pessoa internada ao lado da vítima utilizou de injúrias raciais para manifestar incomodo com a presença do paciente negro.

Em aparte, o vereador Edson da Rosa/Republicanos demonstrou apoio à sugestão do colega parlamentar, reiterando que são necessárias mais mobilizações que desnaturalizem o racismo do comportamento das pessoas.