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As atividades de educação inclusiva, na Escola Dr. Henrique Ordovás Filho, que é mantida pela APAE (Associação de Pais e Amigos Excepcionais) de Caxias do Sul, foram apresentadas pela direção da instituição, representada pela diretora da escola, Glaucia Helena Gomes, no espaço de visita ilustre, na sessão ordinária desta terça-feira (26/08). A representante contou que o órgão possui três eixos de atuação: Assistência Social, para serviço de proteção social especial para pessoas com deficiência e suas famílias; Educação, na Escola Especial Dr. Henrique Ordovás Filho; Saúde, com o serviço de fisioterapia e fonoaudiologia.
A representante contou que a Escola Especial Dr. Henrique Ordovás foi criada em 1962 e atende pessoas com deficiência intelectual, transtorno do espectro autista (TEA), paralisia cerebral e outras comorbidades. Elucidou que a Escola Henrique Ordovás tem regimento próprio e legislação que a torna uma escola especial, diferente de escolas comuns, porém, pelas características parecidas, também regular.
A diretora contou que a instituição tem o regimento aprovado pelo Conselho Estadual de Educação (CEED/RS). Explicitou que as instituições filantrópicas de Caxias do Sul pertencem à rede estadual. Segundo ela, escolas especiais podem oferecer apenas os anos iniciais do ensino fundamental, que vão do 1º ao 5º ano. Citou que são feitos três ciclos nos anos iniciais, agrupados por idade, sendo eles: ciclo I – 6 a 8 anos – com 2.400 horas, ciclo II – 9 a 11 anos – com 2.400 horas e ciclo III – 12 a 14 anos – com 2.400 horas. Cumpridos os anos, os alunos com 15 anos podem ingressar na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA), que tem cinco etapas, todas com 800 horas.
Glaucia explicou que, durante os períodos da manhã e tarde, a escola conta com professores, monitores e professores especializados em Educação Física, Movimento, Percussão e Informática. Compondo o quadro também secretaria, coordenadoria, direção, área de psicologia, assistência social e higienização. Sobre as dependências da escola, citou que, no total, são cinco salas de aula, sendo que quatro contêm tela interativa para desenvolvimento da escrita. Indicou que há também salas específicas, como uma sala de atividades diárias que reproduz uma casa, com banheiro, sala, cozinha e quarto para os estudantes aprenderem utilidades do cotidiano, como cozinhar e arrumar a cama. Tendo ainda na escola: salas de beleza, de movimento, biblioteca/jogos, sala criativa, de informática, de cinema, de fantasias, pátio com grama e brinquedos e quadra coberta.
Por fim, apresentou o currículo da escola, que é baseado na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e é adaptado conforme as necessidades. “Quando nós recebemos estudantes que vêm de outras escolas, a gente percebe que as famílias ficam encantadas justamente porque em outras escolas não existe essa flexibilização do tempo, nem do conteúdo, nem da forma de avaliação. Os alunos com deficiência que estão incluídos em escolas comuns têm que prestar o mesmo tempo, são aprovados automaticamente de um ano para o outro sem terem adquirido habilidades básicas. A gente recebe muita procura de estudantes que já estão no sétimo ou oitavo ano, que as famílias percebem que ainda não sabem nem ler, nem escrever e socializar com os colegas”, relatou.
A Escola Especial Dr. Henrique Ordovás Filho é localizada na Rua Profa. Maria D’Avilla Pinto, 55, no bairro Cinquentenário. Para ajudar a instituição, o contato pode ser feito pelo telefone: 3013 4900.
Veja também o resumo da TV Câmara Caxias: