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Durante a sessão ordinária desta terça-feira (12/08), foi apreciado o projeto de decreto legislativo 13/2025, para conceder o título de Cidadão Emérito a Saul Claudio Maschio. Tendo como idealizadora a vereadora Sandra Bonetto/NOVO e com as assinaturas de outros parlamentares da Casa, a proposta é de que a honraria seja entregue em cerimônia no plenário, em 2 de setembro de 2025. A matéria deverá retornar à pauta, para segunda discussão e votação.
De acordo com o ofício, lido por Alexandre Bortoluz/PP, o senhor se trata de uma pessoa humilde que, sem medir esforços, sempre procura amenizar os problemas e dificuldades enfrentadas por todos que o procuram, sendo um exemplo de ser humano. Maschio nasceu em 24 de abril de 1948, em Caxias do Sul, no distrito de Forqueta, onde teve uma curta infância, pois precisou trabalhar desde cedo. Morou em um local sem luz elétrica, e trabalhou com o plantio e a lida de animais para auxiliar sua família.
No ano de 1955, iniciou os estudos no Grupo Escolar José Generosi, seguindo para as escolas Clemente Pinto, Independência e Cristóvão de Mendonça. Estudava meio turno e, no outro, trabalhava em diversas atividades: descascava vimes, empalhava garrafões, fazia caixas para embalar uvas, ordenhava vacas, cuidava de animais, plantava pastagens e vendia leite de porta em porta.
Com 12 anos de idade, saía da escola na hora do recreio para pegar malas na estação férrea e as conduzia até a agência postal de Forqueta, onde, aos 18 anos, foi efetivado e trabalhou por treze anos sem tirar um único período de férias ou ser remunerado por elas. Trabalhou gratuitamente com corte de cabelo e barba, aceitando valores espontâneos como pagamento após seis meses na função. Outra atividade realizada de maneira voluntária foi a aplicação de injeções, pois, segundo Maschio, não havia outra pessoa que a fizesse.
Em 1974, cursou Supervisão Postal em Porto Alegre e foi transferido para Rio Pardo, onde atuou como gerente até 1975, ano em que se casou com Maria Odete Radaelli Maschio. Tiveram três filhos: Liliam Beatriz, Samuel e Ismael. Por conta de sua mãe, que estava com a saúde fragilizada, exerceu o cargo de gerente em Farroupila, onde permaneceu até 1984. A partir de 1986, retornou à Caxias do Sul e atuou na Vinícola Casa Perini até sua aposentadoria, no ano de 1993, quando também fundou com a esposa a Loja Radamaschi Comércio de Vestuário Ltda.
Sempre envolvido com a vida comunitária, foi presidente da Associação de Moradores do Bairro Forqueta, integrou a diretoria do Esporte Clube União Forquetense, ajudou na fundação do Cemitério Jardim da Paz de Forqueta, do qual foi membro até 2016 e foi membro ativo da Campanha Nacional de Escolas da Comunidade (CNEC). Na vida religiosa, foi catequista em Farroupilha e, desde 1986, atua na Paróquia Santo Antônio de Forqueta. Com incentivo do padre Darci Bortolini, pároco na época, tornou-se Ministro Extraordinário da Sagrada Eucaristia, função que exerce até os dias de hoje. Participa também da Pastoral Litúrgica e da Pastoral da Esperança, acompanhando despedidas e sepultamentos. Em 1998, concluiu o Curso de Teologia na Catedral Diocesana de Caxias do Sul.
Veja também o resumo da TV Câmara Caxias: