O uso dos controladores de velocidade (pardais) anunciados pela prefeitura de Caxias do Sul foi defendido pelo líder de governo, vereador Daniel Santos/Republicanos, na sessão ordinária desta quarta-feira (30/07). O parlamentar esclareceu como os mecanismos vão funcionar no sentido de coibir acidentes já que, na sessão ordinária de ontem (29/07), o assunto repercutiu e gerou polêmica.

O republicano anunciou que, nesta quinta-feira (31/07), o titular da Secretaria de Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMTTM), Alfonso Willembring Júnior, deverá estar na Câmara para tratar do assunto. Segundo Daniel Santos, o prefeito Adiló Didomenico/PSDB disse que a intenção dos radares não é multar, e a colocação de pardais em locais bem sinalizados não vai ser para criar uma máquina de arrecadação. O vereador acrescentou que lombadas não resolveriam os perigos na Avenida Perimetral Bruno Segalla, por exemplo. Os quebra-molas, explica o vereador, causariam lentidão no trânsito, uma vez que os carros teriam que diminuir a velocidade para seguir no percurso.

Nos apartes, o vereador Sandro Fantinel/PL deu destaque para a questão do excesso de velocidade de alguns motoqueiros. Afirmou que é necessário um estudo da situação, para que, se preciso, seja criado um corredor central somente para as motos.

Calebe Garbin/PP sugeriu ao Executivo uma coletiva de imprensa devido à magnitude do assunto. Entende que precisam ser apresentados dados técnicos nessa coletiva e que a Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana (CTMU) da Câmara participe. Daniel Santos ainda mencionou que surgiu uma informação equivocada em um documento sobre colocação de pardais portáteis em certos pontos. De acordo com ele, esse tipo de pardal é um mecanismo antiquado e nem mais utilizado.

Na opinião do parlamentar Cláudio Libardi/PCdoB, o problema foi o modelo de comunicação, pelo fato de o prefeito ter falado que não haveria radares, e agora diz o contrário. Daniel fez correção, lembrando que o prefeito havia anunciado que só seriam colocados radares com as vias sinalizadas.

Por fim, o republicano discorreu sobre o projeto de lei 168/2025, do vereador Hiago Morandi/PL, que busca proibir autuação de infração de trânsito por meio de imagens de videomonitoramento. A proposição, observa Santos, só excluiria as autuações já previstas com radares e medidores de velocidade.

Segundo o líder de governo, as câmeras de monitoramento não serão utilizadas para multas, mas ele observa que o projeto passa a impressão oposta. O republicano ressalta que as câmeras de videomonitoramento somente podem ser usadas como evidência em casos de acidentes e não para multar motoristas em caso de infração.

Hiago rebateu a manifestação de Daniel Santos. Disse que ficou preocupado com o aumento de declarações sobre autuações por parte da Secretaria de Trânsito, e vai tentar coibir as cobranças em pardais, videomonitoramento e câmeras do Centro Integrado de Operações (CIOp).

Veja também o resumo da TV Câmara Caxias: