Voltar para a tela anterior.

Feminicídio e violência contra a mulher voltam a ser debatidos por Andressa Marques

A parlamentar se solidarizou com a vereadora do município de Formigueiro, Elisane Rodrigues dos Santos, encontrada morta a facadas na manhã de terça-feira


A vereadora Andressa Marques/PCdoB voltou a falar sobre violência contra a mulher e feminicídio, na Câmara caxiense, após a repercussão das notícias sobre a única vereadora mulher do município gaúcho de Formigueiro, Elisane Rodrigues dos Santos/PT, que ontem foi morta a facadas. Andressa se solidarizou com o caso durante a sessão ordinária desta quarta-feira (18/06).

Incomodada com a ausência de um posicionamento dos governos estadual e federal em relação ao caso, Andressa cobrou por políticas públicas de proteção à mulher mais efetivas, incluindo a criação de uma Secretaria da Mulher no Rio Grande do Sul. Ela acredita que a falta de medidas efetivas tem naturalizado a violência contra as mulheres no país, especialmente quando essas mulheres ocupam espaços de poder e responsabilidade, como foi o caso da vereadora de Formigueiro.

Para somar à fala da colega, o vereador Calebe Garbin/PP aponta que o obstáculo se encontra na ausência de punições mais severas para os crimes de violência, estupro e feminicídio no código penal. No que concordou, Andressa também comentou que há casos em que a pena para estupro e agressão são menores que a de furtos simples. “Nesse país, as coisas têm mais valor do que a vida das mulheres”, disse a parlamentar.

Com uma posição mais radical, Daniel Santos/Republicanos defendeu que, se fosse concedido às mulheres o direito de comprar e usar armas, muitos casos de feminicídio teriam sido evitados. Apesar de defender que assuntos polêmicos devem, sim, ser debatidos e que as mulheres devem ter o direito de se defenderem, Andressa discordou da suposição. Para ela, a liberação armaria também os agressores e não resolveria o problema que, para além dos casos individuais, necessita de mobilizações coletivas.

Em relação à defesa pessoal, Andressa Mallmann/PDT falou sobre a experiência de praticar o Krav Maga por sete anos. O Krav Maga é um sistema de defesa pessoal que utiliza técnicas de resposta direta contra ameaças e agressões. A pedetista sugere que a técnica seja incentivada pela Procuradoria Especial da Mulher da Câmara, para ensinar a autodefesa a mais mulheres.

Estela Balardin/PT, Marisol Santos/PSDB e Rafael Bueno/PDT reforçaram a necessidade de respeitar mulheres em posições de autoridade, especialmente na política. Bueno citou o desrespeito e ameaças sofridos pela Ministra Marina Silva; ainda segundo ele, após uma declaração em sessão do Legislativo caxiense, a líder comunitária Tânia Menezes foi alvo de moções de repúdio que questionavam a sua luta.

18/06/2025 - 14:14
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a): Fábio Rausch - MTE 13.707
Redator(a): Vitor Augusto Silveira Lo

Ir para o topo