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Pedro Rodrigues defende a autonomia da família perante a obrigatoriedade da vacinação de crianças e adolescentes contra a Covid

Uma audiência pública sobre o tema está marcada para o dia 16 de junho, na Câmara Municipal


Se depender do vereador Pedro Rodrigues/PL, a obrigatoriedade da vacina contra a Covid-19 para crianças e adolescentes no Brasil deve ser revogada, pois, de acordo com ele, fere o direito à liberdade. Em declaração, na sessão ordinária desta quarta-feira (04/06), compartilhou que propôs à Comissão de Saúde da Câmara que fosse realizada uma audiência pública contra essa obrigatoriedade, a qual, segundo ele, fere o direito à liberdade dos pais, na criação dos filhos, e ao próprio Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Acatada a ideia, o encontro está previsto para as 19h30 do próximo dia 16 de junho, no plenário da Casa.

Apoiado na ideia de que cada família deve decidir por conta própria o que é melhor para suas crianças e adolescentes, incluindo o que diz respeito à saúde, Rodrigues contou que convidou profissionais da saúde, incluindo médicos, para debater sobre o tema. Embora desconfie dos efeitos da vacina contra a Covid-19, ele reiterou que não é contra a vacinação, aproveitando o espaço para alertar sobre o aumento de casos de gripe nas unidades de saúde do município, em decorrência da baixa procura pela vacina da Influenza.

Além da interferência na autonomia familiar, o liberal teceu críticas às multas aplicadas para quem não vacina os filhos. Citou que há casos em que o valor pago passou do equivalente a três salários mínimos. Ele questiona a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), de aplicar multas tão altas, sugerindo que a necessidade de vacinar deve ser avaliada individualmente por um médico.

O presidente da Comissão de Saúde, Rafael Bueno/PDT, aceitou a proposta de montar a audiência pública porque acredita que, em se tratando de saúde, todas as considerações devem ser ouvidas. Lembrou que, em outros períodos, chegou a ser recusada uma audiência pública sobre o uso medicinal da Cannabis. Quanto ao tema, compartilhou que mantém todas as vacinas da filha em dia, exceto a da Covid-19.

Parafraseando Friedrich Hayek, o vereador Hiago Morandi/PL acredita que a decisão precede um futuro cada vez menos livre, e que essa é a primeira fatia de autonomia tomada pelo Estado. No mesmo embalo, Sandro Fantinel/PL declarou ter sido o único vereador da última Legislatura que não tomou nenhuma dose da vacina contra a Covid-19. Ele acredita que, diferentemente de outros imunizantes, como o da Influenza, este é muito recente para ser devidamente comprovado.

Os vereadores Juliano Valim/PSD e Wagner Petrini/PSB demonstraram interesse em acompanhar a audiência pública, mas alertaram sobre a utilização da pauta para favorecer um viés político. Wagner ainda relacionou que a contrariedade à vacina da Covid pode incentivar a desinformação sobre outros imunizantes. Andressa Marques/PCdoB reforçou que o único viés favorecido na discussão deve ser o da ciência, acrescentando que, além de proteger individualmente, as vacinas têm como objetivo a erradicação das doenças.

04/06/2025 - 14:19
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a): Fábio Rausch - MTE 13.707
Redator(a): Vitor Augusto Silveira Lo

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