Câmara de Vereadores de Caxias do Sul

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Situação do trânsito provoca pedido de informações do Legislativo caxiense

Questionamentos ao Executivo foram elaborados pelo vereador Capitão Ramon/PL e acolhidos pela unanimidade do plenário nesta quinta-feira (29/05)

Dificuldade de fluxo no trânsito caxiense, causada, principalmente, por obras e pela falta de sincronia entre as sinaleiras da área central e dos bairros do entorno, resultou num pedido de informações ao Executivo aprovado na plenária desta quinta-feira (29/05). O requerimento 58/2025 é de autoria do vereador Capitão Ramon/PL e contou com a concordância de todos os parlamentares presentes.

O documento lista seis indagações direcionadas à Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMTTM) e que tratam de estudos e medidas de mitigação de impactos no trânsito em razão de obras nas vias do município. A partir da acolhida parlamentar, de acordo com a Lei Orgânica, o prefeito Adiló Didomenico/PSDB tem 30 dias para providenciar as respostas.

No texto, Capitão Ramon observa que diversas obras de infraestrutura estão sendo realizadas em diferentes pontos do município de Caxias do Sul. No entanto, em decorrência das intervenções, o legislador constata impactos significativos na mobilidade urbana, como congestionamentos, alterações nos trajetos de linhas de transporte público e dificuldades de acesso enfrentadas por moradores e comerciantes das áreas afetadas.

Diante desse cenário e, considerando o dever de transparência da administração pública e o interesse público envolvido na garantia da mobilidade urbana e da segurança viária, o parlamentar faz as seguintes perguntas, as quais são relativas a obras executadas pelo Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) e pela Secretaria Municipal de Obras:

1) Existe algum estudo técnico ou projeto que avalie os impactos dessas intervenções sobre o tráfego urbano em Caxias do Sul?

2) Há planejamento de ações para mitigar os transtornos causados ao tráfego local, como a definição de rotas alternativas devidamente sinalizadas, reforço na sinalização provisória ou medidas de orientação à população?

3) Foi realizada alguma consulta ou articulação prévia com os órgãos competentes de trânsito, visando à coordenação e ao acompanhamento das intervenções de modo a minimizar seus impactos sobre a circulação viária?

4) A população foi informada das obras, em jornal de ampla relevância, dentro do prazo de 48 horas que antecedem a obra?

5) Houve alguma mudança no sentido nas ruas adjacentes às obras, para evitar transtornos?

6) É considerada a remoção de vagas de estacionamento nas rotas alternativas às obras, para viabilizar o fluxo do trânsito?

Capitão Ramon explica que tais questionamentos fundamentam-se em queixas da população sobre congestionamentos recorrentes, ausência de sinalização adequada e dificuldades de deslocamento em áreas diretamente afetadas pelas obras. “Tais questões têm interferido, significativamente, na rotina de moradores, comerciantes, trabalhadores e motoristas da cidade”, pontua o liberal.

Por fim, o vereador cita que, no dia 5 de maio de 2025, encaminhou ofício ao secretário municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMTTM), solicitando apoio de pessoal e material para a realização de testes práticos voltados à melhoria do fluxo viário no acesso a bairros da Zona Leste, especificamente na região do viaduto da BR-116, no bairro Bela Vista, abrangendo comunidades como Bela Vista, Cruzeiro, São Virgílio, São Victor, Planalto, De Zorzi, Diamantino, São Luis, entre outras. Contudo, a resposta obtida indicou a impossibilidade de atendimento à solicitação, sob a justificativa de ausência de estudos de impacto de trânsito na região, informa o vereador.

“Obras são sinais de progresso de uma cidade, mas, quando se inicia uma obra, é preciso avaliar o impacto no trânsito”, alerta o parlamentar, citando alguns pontos que, na sua ótica, precisariam de providências imediatas, como as Ruas Visconde de Pelotas e Sinimbu. No caso da Visconde, recebeu intervenções que acabaram provocando lentidão em vias próximas. Já a Sinimbu, segundo o legislador, é um exemplo em que os semáforos se encontram distantes de uma regularidade, ou seja, as sinaleiras não mantêm um tempo sincronizado entre si, para que os motoristas possam concluir a travessia. Acabam tendo que parar e arrancar diversas vezes, percebe o vereador.

No debate da matéria, a petista Rose Frigeri considerou necessário debater a mobilidade urbana de Caxias como um todo. O parlamentar Claudio Libardi/PCdoB também solicitou sincronia entre as sinaleiras na área central, mencionando mais especificamente Alfredo Chaves e Visconde de Pelotas, que são vias que conduzem à zona norte da cidade. Em termos de necessidade de melhor planejamento e organização da execução e obras, o comunista reivindicou alternativas de trânsito em dois trechos: entroncamentos da Perimetral Sul com Avenida São Leopoldo; e da Dr. Montaury com Herculles Galló.

O vereador Hiago Morandi/PL reclamou das dificuldades de trânsito na frente do Centro Especializado de Saúde (CES), na Rua Sinimbu, para onde sugere a criação de um recuo, tendo em vista que muitos motoristas acabam parando para deixar pessoas em busca de atendimento ou medicação.

DELIBERAÇÃO SOBR EREQUERIMENTO nº 58/2025

Vereador - Partido - Voto

ALDONEI MACHADO PSDB Sim

ALEXANDRE BORTOLUZ PP Ausente

ANDRESSA CAMPANHER MARQUES PCdoB Ausente

ANDRESSA MALLMANN PDT Sim

CALEBE GARBIN PP Sim

CLAUDIO LIBARDI JUNIOR PCdoB Sim

DAIANE MELLO PL Sim

DANIEL SANTOS REPUB Sim

EDIO ELÓI FRIZZO PSB Sim

EDSON DA ROSA REPUB Sim