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Plano de mobilidade é detalhado ao público no Legislativo caxiense

Explanação ocorreu durante a audiência pública coordenada pela Comissão de Desenvolvimento Urbano, Transporte e Habitação (CDUTH), presidida pelo vereador Gilfredo De Camillis


Um Plano de Mobilidade para Caxias do Sul que está sendo pensado para os próximos 10 anos chegou ao conhecimento da comunidade na audiência pública que a Comissão de Desenvolvimento Urbano, Transporte e Habitação (CDUTH) promoveu na noite desta terça-feira (14/11). O encontro foi aberto pelo presidente do grupo parlamentar, Gilfredo de Camillis/PSB, com colaboração da vereadora Tatiane Frizzo/PSDB, que também integra a comissão, juntamente com  Adriano Bressan/PTB, Gladis Frizzo/MDB e Lucas Diel/PDT. Ainda acompanharam o encontro os parlamentares Olmir Cadore/PSDB, Rose Frigeri/PT e Elisandro Fiuza/REPUBLICANOS.

“Esta audiência quer proporcionar espaço à comunidade. Precisamos ter uma construção coletiva proveitosa orientada pelo planejamento, pois seremos todos responsáveis pelo futuro”, afirmou Camillis, no começo do encontro. Também utilizaram a tribuna para manifestar-se os legisladores Tatiane, Cadore e Rose Frigeri.

Na sequência, o secretário municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMTTM), Alfonso Willenbring Júnior, explicou que o plano foi elaborado e formatado pela empresa Urbtec e tem contado com o empenho de toda a equipe da pasta. Informou que a comunidade foi consultada por meio de diferentes mecanismos, reuniões e oficinas. “Eu participei de algumas dezenas de reuniões públicas e técnicas. O que está sendo apresentado é resultado de muito esforço e eu me orgulho por estar participando disso. Tudo pode ser bem maior do que é e estamos construindo uma perspectiva de futuro que até então não tinha”, frisou o titular da SMTTM.  

Diretor da Urbtec, de Curitiba/PR, o engenheiro civil Gustavo Taniguchi, junto com a arquiteta e urbanista Mariana Andreotti e o engenheiro de tráfego Alceu Dal Bosco, explanou sobre o plano de mobilidade. “A cidade é um grande organismo que tem de ter uma integração. E a mobilidade envolve a organização sobre como acontece a locomoção das pessoas nessa cidade”, contextualizou Taniguchi.

Ao detalhar as ações desenvolvidas para compor o plano, delineado em nove etapas e 18 meses, o engenheiro civil mencionou que foram aplicadas diversos levantamentos e tudo culminará no projeto de lei que será remetido à Câmara, com as diretrizes para o segmento. Entre os levantamentos feitos, pesquisa em 3.646 domicílios e 6.815 entrevistas no transporte público. Também foi acompanhado o comportamento do trânsito motorizado e dos motoristas, para fins de diagnóstico e observação. Para ter uma ideia, Taniguchi e Willenbring Júnior se impressionaram com os registros no cruzamento da Rua Do Guia Lopes com Sinimbu. Em quatro meses, foram contabilizadas 30 mil condutas não aceitas pelo Código Brasileiro de Trânsito.

No caso da metodologia adotada, o diretor da Urbtec informou que abrange plano municipal, plano de gestão da demanda e plano de melhoria da oferta. O engenheiro civil relata que, quando se planeja a mobilidade, são priorizados alguns aspectos. No caso de Caxias do Sul, ele informou que estão no rol de prioridades os modos não motorizados (pedestres, bicicletas, carroças, entre outros), que são mais sustentáveis e visam deslocamentos curtos. Depois, vêm o transporte coletivo.

Mariana tratou sobre o plano municipal, o qual abarca: plano de pedestrianizacão, plano de acessibilidade e plano cicloviário. Ao todo, mobilizam 11 diretrizes, 35 propostas e 306 ações nessa parte.  

Pontualmente a respeito da malha cicloviária, a arquiteta salienta que a proposta teve muita participação popular. Disse que parcela do público consultado tem bicicleta, mas não a usa por falta de infraestrutura e de segurança. E o maior fluxo com esse modal é registrado nas ruas centrais, nas perimetrais e na BR-116. Nesse sentido, a proposição é conectar o centro com os bairros e priorizar ciclovias em rotas de maiores fluxos, comunicou a arquiteta. Para ilustrar, mostrou uma previsão de ciclofaixa unidirecional na Rua Ernesto Alves e uma ciclovia bidirecional na Perimetral Norte. Também há desenho de ciclovia para as ruas Os 18 do Forte e Moreira César.

Ao discorrer a respeito da gestão de demanda, o engenheiro de tráfego Alceu Dal Bosco considerou a compatibilização do uso do solo com mobilidade. Disse que aprimorar a segurança viária é tema transversal e que há previsão de construção de mais três estações principais de integração (EPIs) e de adequação do transporte coletivo com veículos elétricos.

Ao voltar à tribuna, o diretor da Urbtec, Gustavo Taniguchi, sublinhou a relevância da adesão da comunidade em relação ao plano.

No espaço aberto ao povo, durante a audiência, os ciclistas estiveram mobilizados e receberam os cumprimentos do titular da SMTTM por abraçarem a causa e marcarem presença nas audiências sobre o assunto. O presidente da União dos Ciclistas Caxienses  (Unicca), André Busnello, cobrou ciclovias em vias municipais. Tiago Guerra, da Massa Crítica, também defendeu espaços para ciclistas e pediu mais conscientização e fiscalização no trânsito, especialmente diante dos casos de bebida ao volante.

Entre outras manifestações, do MobiCaxias, Rogério Rodrigues indagou a respeito do modal ferroviário na cidade. Já o presidente da União das Associações de Bairros (UAB), Valdir Walter, desejou saber da terceira perimetral, pediu ao poder público para projetar elevadas e informar a população antes e durante as mudanças que forem implantadas na parte viária.

15/11/2023 - 01:01
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Vania Espeiorin - MTE 9.861

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