VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Senhora presidente e nobres colegas, não poderia deixar passar em branco o Dia do Radialista que foi ontem. Parabenizar especialmente o nosso colega do PSB, Alberto Meneguzzi, que foi presidente desta Casa, que fez história no rádio; o ex-vereador desta Casa também Zoraido Silva; o pai da Maytê, nossa colega não é, o Corlatti; o Alaor de Oliveira também que fez muitos mandatos aqui nesta Casa. Lembrar o Dante Andreis – “futebol é bola na rede”; Abelino Cardoso; Homero Duarte e tantos que fizeram história no rádio. Do Marcos, radialista que trabalha lá nas Obras; do filho do nosso colega aqui Clóvis, o Edinho, mas especialmente dos radialistas voluntários, aqueles que prestam serviços de forma voluntária, levando música, informação, alegria às pessoas. O rádio não ocupa espaço, o rádio é muito importante na vida das pessoas. Então quero parabenizar todos os colegas, especialmente da Rádio Legal: o Gobetti, o Robinho, o Cedenir, o Wagner, o Zé da Mata, o Márcio Prado o Lauro, o Brandão, o Gilmar, o Guilherme, o Aldori de Oliveira e os que não lembrei aqui também. Quero parabenizar todos os radialistas que levam alegria, que levam mensagens de otimismo a todas as pessoas. Era isso, senhora presidente.

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VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Bom dia, senhora presidente, senhoras e senhores vereadores. Hoje gostaria de fazer dois votos de congratulações. Estamos numa cidade empreendedora e acho que os vereadores desta Casa aqui, que trabalham tanto para a renda, trabalho e emprego, gostaria hoje de fazer um voto de congratulação, em nome da Câmara, para o Super Crisan, pela inauguração da recente loja, sua quarta filial, localizado no Bairro Interlagos. Foi sexta-feira a inauguração, reunindo mais de 60 contratações, 60 famílias, 60 funcionários, num momento tão difícil. Uma loja de 3.600 m². Em nome da Ângela, do Cristiano e do Ivo, a gente parabeniza por essa coragem de empreender em nossa cidade. Então gostaria de parabenizar o Super Crisan e também parabenizar aqui a PanTrufas, um exemplo a ser seguido. Um casal de pessoas que, no momento de pandemia, o marido precisa se formar, começaram a fazer trufas, vereador Felipe, e hoje estão com oito funcionários, abriram uma loja na Júlio de Castilhos, e é o que a gente traz do sangue empreendedor para Caxias do Sul, onde a nossa cidade é campeã de CNPJ, e a gente não pode deixar aqui de exaltar e parabenizar essas pessoas que lutam e com coragem de empreender. Então meus parabéns a PanTrufas, que está inaugurando a sua loja aqui na Júlio de Castilhos. Obrigado, senhora presidente, senhoras e senhores vereadores.

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VEREADOR CLÓVIS XUXA (PTB): Obrigado, presidente. Cumprimento a Mesa, cumprimento a presidente, cumprimento a todos os vereadores, de forma especial cumprimento você que está em casa através da TV Câmara assistindo a gente. Hoje faço um voto de congratulação ao Dia do Radialista. Acompanho aqui o meu amigo Zé Dambrós. Tive oportunidade de trabalhar em frente ao rádio, foi um momento muito especial da minha vida, a gente tem um carinho muito bom com os nossos ouvintes. Fazia programa cedo, “Amanhecendo na Querência”, e tive essa oportunidade de fazer esse programa onde o qual foi um momento importante da minha vida. Mas eu quero fazer um voto de congratulação àqueles radialistas que já se foram, aqueles radialistas que hoje estão junto ao papai do céu. Eu me lembro do Homero Duarte, que tive oportunidade também de trabalhar com o Homero Duarte, que ele ia aos bairros de Caxias do Sul. Fazia um programa à noite, no sábado, onde dava superlotação, dava oportunidade aos artistas locais para se apresentar naquele programa...
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Um aparte, vereador.
VEREADOR CLÓVIS XUXA (PTB): E foi um momento bem especial do Homero Duarte. Depois quero lembrar também do Cabeleira, o saudoso Cabeleira que o qual estive nos bairros com ele trabalhando. Ele tinha aquele circo que ele girava nos bairros, levava a Rádio Caxias, a Rádio Difusora. Também dava oportunidade às comunidades mais carentes de ter aquela parte artística, lembrando, então, desse grande radialista Cabeleira que tem já... Lembro o Marçal também, Marçal Rodrigues que vivia aqui na Câmara de Vereadores, ele batia ponto aqui, vinha todo dia, a gente conversava, trocava ideia. Tenho muita saudade do Marçal, o qual me representa o Marçal uma pessoa muito querida. E também quero cumprimentar o Paim, da Rádio Viva. Eu o escuto cedo, eu saio bem informado, aquela maneira de ele informar, aquela maneira descontraída, que ele descontrai as pessoas e vai infiltrando a notícia da forma dele, da forma do jeito que ele faz. Também quero cumprimentar o Corlatti, que hoje estava sintonizando o rádio e apareceu lá o Corlatti, estive uns minutos com o Corlatti. O Corlatti faz um programa até muito bom, muito lindo e tem um padre que vem com o Corlatti, já tomamos uma benção cedo, Maytê, já tomei uma benção cedo daquele padre que estava junto com o seu pai, que agora esqueci o nome. Então quero cumprimentar todos os radialistas de forma carinhosa e me representam os radialistas e estamos aí para servir. Estou com o meu gabinete aberto, quando aparecer um radialista e outras pessoas, serão bem recebidas. Seu aparte, vereador Cadore.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Vereador Xuxa, brevemente já foram citados profissionais renomados que já partiram e outros que estão em atividade. Eu também gostaria de parabenizar todos os profissionais da rádio. O Zé Dambrós tem uma rádio, enfim, muitos profissionais trabalham para a rádio. O que me impressiona é o número e a forma voluntária que os profissionais exercem essa função. E o número é muito expressivo. Eu, particularmente, tive o meu irmão que partiu há poucos dias, era radialista. Nas horas de lazer, tinha um programa na rádio, um programa tradicionalista, e ele gostava muito e se realizava muito com isso. Então parabenizar todos. Esta data é muito importante. O rádio é um meio de comunicação ainda muito usado e muito sintonizado por todos nós. Era isso. Meu muito obrigado.
VEREADOR CLOVIS XUXA (PTB): Só para terminar, presidente. Quero relatar que os radialistas não colocam fake, fake news. A notícia sai do jeito que é. Eles não têm uma colocação de fake news. Eu lembro que quando tinha rádio, um radialista ligava para o outro: “Aqui é fake. Aqui não pode estar anunciando; aqui você faz essa notícia certa”. Então parabenizo o Dia do Radialista por mais essa conquista que hoje estão completando aí no Dia do Radialista. Obrigado. Obrigado, presidente.
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VEREADOR FELIPE GREMELMAIER (MDB): Senhora presidente e senhores vereadores. Eu não poderia deixar passar aqui a convocação do caxiense Alex Telles para a seleção. Vai disputar a maior competição de futebol do mundo. Filho desta terra, eu conheço o Alex Telles, eu tive a alegria de homenageá-lo aqui, em 2019, com o Prêmio Caxias. Formado aqui na Top Sport, uma escolinha de futsal de Caxias. Descoberto pelo seu treinador Leandro Luciano. E hoje chega e atinge o maior nível que um jogador pode atingir que é a convocação para disputar uma Copa do Mundo. Então deixar aqui os nossos cumprimentos ao Alex Telles e a toda a família dele. E também desejar muito sucesso a ele, ao Matheus e o Tite, que estarão lá representando o Brasil no Mundial do Catar agora dia 20 de novembro. Então, nossos cumprimentos ao Alex Telles por tão bem representar Caxias do Sul. Faz um trabalho social muito importante na cidade – tem uma escolinha que atende crianças no Bairro Pioneiro. E a gente tem certeza do trabalho que ele faz, não só o social, mas também dessa referência esportiva que é o Alex Telles para Caxias do Sul. Então deixar aqui a nossa homenagem a esse grande caxiense que atinge o maior nível do futebol mundial. Obrigado, senhora presidente.

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VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Senhora presidente e caros colegas. Eu queria fazer um voto de pesar, na última quinta-feira, ao sair da sessão, perdi uma amiga atropelada ali perto da Casa de Pedra, a Beatriz Carra. Uma pessoa que foi minha eleitora desde a... Uma das 1.181 pessoas que votaram mim em 2016. Uma amiga de longuíssima data e, por uma fatalidade do destino, acabou morrendo fazendo uma das coisas que ela mais gostava que era caminhar. Eu estive no velório. A família bastante triste. Muito jovem ainda, 55 anos. Iria fazer 40 anos de casada. Casou com 15 anos. Então foi uma tristeza para a família. A gente ainda está sentindo bastante a perda dela, porque era uma pessoa que emanava alegria por onde passava. Obrigado, presidente.

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VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Bom dia, presidenta Tatiane. Primeiro, lamentar o episódio do início da sessão agora. O que aconteceu no início da sessão é lamentável e mostra o acirramento que nós estamos vivendo no Brasil de ambos os lados, dos que ganharam e dos que perderam. Essa animosidade está entrando não somente nos espaços políticos, mas nas igrejas – padre abandonando missa – nas famílias. Eu tenho acompanhado famílias próximas a mim brigando, se desentendendo pai e filhos, sobrinhos, mães, escolas. Nós estamos vivendo uma animosidade desnecessária num país com o nosso, porque a gente deveria reconstruir um país. Cada um tem interesse, agora essa desunião não vai para lugar nenhum. As pessoas estão aqui, eu tenho certeza que estão passando por um momento talvez de conturbação quem mora no entorno ali do quartel, mas eu me criei fazendo protestos. Eu trancava BR-116, e alguém me financiava, instituições me financiavam, os movimentos sociais me financiavam para a gente poder fazer os protestos, e foi aí que eu consegui a passarela, foi aí que eu consegui uma UBS no meu bairro, foi assim que eu consegui estar aqui, tendo voz para representar essas pessoas as quais eu fazia o protesto. Então eu me criei fazendo protesto, trancando rua, fazendo panelaço em frente à Prefeitura. Então eu acho que o protesto, qualquer tipo de manifestação, ela é legítima até que não faça qualquer maldade contra outro ser humano, que não torne para uma fatalidade, para um certo tipo de canibalismo, como a gente está vendo moral, mas eu digo na prática. Então eu acho que qualquer tipo de manifestação, ela é válida. Se as pessoas quiserem ficar acampadas rezando o terço, erguendo luzinha, se fantasiando, façam o que querem. Cada um faz o que quer na sua vida. Agora vão proibir a pessoa? Eu acho que assim, realmente, tem banheiro lá. Vamos fazer onde? Vamos fazer na rua? Daí é pior ainda, vão estar falando. Então, gente, acho que a gente tem que aceitar. Eu acho que posso não concordar com o teor do protesto, posso não concordar em nada, mas eu acho que a gente tem que respeitar a forma de protesto, até porque, meus colegas vereadores, eu falei que eu fui criado fazendo protesto para conseguir as coisas. Em outros momentos, o grupo de esquerda se fundamentou fazendo protestos, trancando ruas, queimando pneus, fazendo as coisas para conseguir seus direitos, para conseguir terra, para conseguir um alimento no prato, para conseguir direito a uma escola. Então as pessoas foram moldadas através da luta, se forjaram através da luta. Então eu não vejo essa necessidade de estar aqui guerreando entre irmãos. Vir aqui num espaço se guerreando.
VEREADOR MAURÍCIO SCALCO (NOVO): Tempo de líder da bancada do Novo.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Um arrancando o celular do outro, um filmando o outro. Eu não estou entrando o mérito, só estou... (Manifestação da plateia)
PRESIDENTA TATIANE FRIZZO (PSDB): Por gentileza, vamos suspender a sessão. Gente, por gentileza, para que a gente possa dar seguimento aos trabalhos da Câmara de Vereadores. Por gentileza! Gente, por gentileza, a gente precisa retomar os trabalhos da Câmara. Por gentileza! (sessão suspensa) Vereador Rafael, com a palavra.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Tem que voltar um minutinho. Bom, obrigado, presidenta. Essa animosidade é o que a gente está vendo em nosso país. Eu comecei a rezar um Pai-Nosso aqui para ver se acalmava, e as pessoas se pegaram no soco aqui no plenário. As pessoas não estão respeitando nem Deus no momento de oração. Uns começaram a rezar comigo, outros se pegaram no soco. Gente, que momento nós estamos vivendo em nosso país! Isso é o que nós estaremos vendo nos próximos dias, meses, anos. Ninguém merece isso, gente! Volto a falar, nas escolas, nas famílias, nas igrejas, padre abandonando missa. Gente, eu vou mudar até de assunto porque... Mas eu vou falar de um problema hoje que afetou milhares de pessoas na nossa cidade. Eu fiquei sabendo, ontem, por volta das sete da noite, onde um grupo de trabalhadores da Visate, esse grupo me procurou para falar da situação da empresa que iria boicotar o pagamento do salário desses trabalhadores. Eu fiquei preocupado com essa situação até por que nós tivemos uma reunião, colegas vereadores, de vereadores junto com o prefeito na tarde de ontem. Nós estávamos cerca de 14, 15 vereadores. Quem estava lá, ou por assessores representados, em nenhum momento foi falado sobre esse tema na reunião de ontem com o prefeito Adiló Didomenico. Mas, pelo que me falaram, e aqui eu cobro do líder do governo, vereador Velocino Uez, este tema já estava sendo tratado durante todo dia ontem com o prefeito Adiló Didomenico. Segundo relatos dos trabalhadores e do próprio pessoal do sindicato, estavam tratando juntamente com o prefeito Adiló, e não foi lançado nenhum aviso para a população frente ao caos que se avizinhava na manhã de hoje. O que a empresa está fazendo é não pagar o salário dos trabalhadores para barganhar junto ao Executivo mais um repasse para companhia? Para saquear mais um valor, vamos dizer assim, dos cofres que poderia ir para a saúde, para os nossos hospitais, para as nossas escolas. Eles querem barganhar mais um valor. E pior não pagando o salário dos trabalhadores da Visate. Cerca de 800 trabalhadores, pessoas que me procuravam ontem e hoje de manhã, trabalhadores que estavam vencendo boletos dos medicamentos, das fraldas que têm que comprar para os filhos. E aí não pagaram na totalidade e ameaçaram que, se a Prefeitura não repassar, eles não vão pagar férias, não vão pagar 13º, não vão pagar o salário do mês. Olha, gente, é preocupante essa situação. É a mesma coisa eu que tenho uma filha: se tu deres um pirulito para ela e, depois que ela provou o pirulito, tu tiras, ela chora. Foi assim que aconteceu com a Visate. Nós fizemos um repasse aqui na Câmara e foi avisado isso que, dando um repasse, seriam intermináveis repasses que a Prefeitura teria que fazer, porque senão ia acontecer isso: paralisação em cima de paralisação, barganhar salário, barganhar dinheiro em cima dos salários dos trabalhadores da Viação Santa Tereza.
VEREADOR ELISANDRO FIUZA (REPUBLICANOS): Um aparte, vereador.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Infelizmente, o que nós vimos hoje na manhã foi um caos. Pessoas que tinham que trabalhar, crianças estudarem. UBSs estão fechadas ou sem médicos e sem enfermeiros por causa desse caos todo aí que já acometeu várias instituições públicas e setores privados na nossa cidade. As pessoas não puderam deslocar, ter essa mobilidade, em função, então, dessa barganha que a Visate fez em cima do salário dos trabalhadores em virtude de um repasse da Prefeitura. Eu fico aqui preocupado, porque se a Prefeitura já estava negociando com a Viação Santa Tereza durante o dia de ontem, por que não fez um anúncio? As redes sociais, a imprensa de Caxias do Sul poderia pelo menos avisar para essas pessoas se programarem. Seu aparte, vereador Fiuza.
VEREADOR ELISANDRO FIUZA (REPUBLICANOS): Obrigado, vereador Rafael. Primeiramente que essa companhia não respeita o contrato licitatório, não respeita a sociedade caxiense e quer empurrar – esta que é a palavra, me perdoa – aqui para dentro do Parlamento mais um repasse. E aí a sociedade agoniada, angustiada, revoltada com os trabalhos prestados por essa companhia de transporte, que não estão sendo feito da maneira mais adequada. Não respeitam horários, queimam horários, tiram linhas de muitos bairros, que muitos munícipes têm nos procurado. E quer, com argumento, usar um recurso federal, o qual muitos prefeitos de muitas cidades, através das suas secretárias, dos seus secretários responsáveis, conquistaram este subsídio para subsidiar os aposentados. Eles querem usar esse recurso para resolver um problema de caixa, de fluxo de caixa deles, de pagamento dos seus funcionários. E a pergunta que fica: até quando nós vamos aceitar isso? Por isso que eu concordo e sou a favor de que o Município busque todo meio jurídico e tenha alguma sanção para que essa empresa pare de começar a cometer esse tipo de patifaria. Muito obrigado, vereador.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Obrigado, vereador. Eu já falei na primeira discussão: aprovei o repasse e não aprovo mais. Não terá mais nenhum voto meu para repassar dinheiro para a Visate. Primeiro, porque, desde que eu estou aqui, só foram saqueados direito das pessoas, dos estudantes, dos idosos, o passe livre, de diversas categorias, com a promessa da redução da passagem do ônibus e nada foi feito, nada foi feito. Então eu quero deixar um alerta aqui: que a empresa não venha barganhar recursos públicos em cima dos salários de cerca de 800 trabalhadores, impactando na vida de milhares de pessoas que precisam do ônibus, do transporte coletivo para ir para escola e para o trabalho. Obrigado, presidenta.
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VEREADOR CLOVIS XUXA (PTB): Bom dia, presidente. Bom dia aos colegas vereadores. Bom dia a você que nos assiste através da TV Câmara. Você que está na rede social, muito bom dia. Desde que eu assumi esta Casa, fui eleito e assumi esta Casa, eu assumi a BR-116. Sempre trouxe pautas da BR-116 para dentro desta Casa, onde os vereadores, colegas vereadores me ajudaram muito a conversar e discutir o que seria melhor para a BR-116. E devido aos protocolos que eu fazia e muitos foram feitos, muito trabalhos realizados na BR-116, eu fui procurado por um grupo de pessoas, devido a vários pedidos, para eu começar a trabalhar na Rota do Sol, que tem muita necessidade. E assim, a partir de hoje, vou começar a trabalhar na Rota do Sol. Vou protocolar, vou pedir...
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): No momento oportuno, um aparte, vereador.
VEREADOR CLOVIS XUXA (PTB): Vou protocolar, vou começar a pedir, através dos órgãos competentes da Rota do Sol; vou começar a trabalhar em cima. Prometo que trabalharei intensamente. Aposto que a gente consiga algo que venha ajudar esses moradores, esses bairros que estão próximos à Rota do Sol. Ontem, eu tirei para visitar a Rota do Sol. Fui até Vila Seca, analisei a Rota do Sol, conversei com os moradores de Vila Seca. Vila Seca possui em torno de umas 300 casas por ali, possui um parque de rodeios, que está sempre levando muitas pessoas para lá, e tem uma necessidade, sim, de acesso à Rota do Sol. Fica bem dificultosa a saída de Vila Seca. Estive olhando, há necessidade de nós fazermos um pedido de uma grande rotatória ali em Vila Seca. Depois, vim mais à frente. Mais à frente, a gente já tem a entrada de Fazenda Souza. A gente viu a entrada de Fazenda Souza. Do jeito que estava, vários acidentes, morreram bastantes pessoas. E ali foi feita uma rotatória que deu certo. Eu creio que os acidentes pararam. As pessoas de Fazenda Souza que vão vir a Caxias do Sul, ficou um acesso bem bom à Rota do Sol, e assim estão usando a Rota do Sol. Mais abaixo, tem Santo Homo Bom. Também já foi feito algo para o pessoal de Santo Homo Bom, devido dali é mais agricultura que sai ali de Santo Homo Bom. Saem mais agricultores com cargas de frutas e verduras. Ali já está feita uma rotatória que já está sendo de forma legal, está substituindo. Não precisa fazer mais quase outra maior, porque ali ela está servindo bem, porque poucas pessoas estão passando naquela rotatória. Mais em cima, pessoal, mais em cima, assim, tem ali o Bairro Jardim das Hortênsias. Quem não conhece o Bairro Jardim das Hortênsias, não é? Ali tem uma rotatória pequena, um acesso para a Rota do Sol bem difícil, bem difícil. Estarei protocolando ali, pedindo, levando ao conhecimento das autoridades aquela grande necessidade, porque ali tem um bairro grande, uma quantidade de pessoas grande ali. Um bairro grande, que saem todos para trabalhar. Eu estive olhando ali, na hora que eles saem para trabalhar, eu chego em casa. É bem dificultosa a entrada aí para o Jardim das Hortênsias, e bem difícil a saída. Conversando com os moradores, já tiveram diversas mortes ali por causa daquele cesso à Rota do Sol. Estarei levando ao conhecimento dos órgãos competentes. Que venham dar uma olhadinha então ali para o Bairro Jardim das Hortênsias. Pessoal, nós temos uma dificuldade grande...
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Um aparte, senhor vereador.
VEREADOR CLOVIS XUXA (PTB): Uma dificuldade grande. Essa é a entrada do Bairro Serrano. Quando o prefeito era o Alceu Barbosa Velho, ele determinou abrir o Travessão Leopoldina através de uma pavimentação asfáltica que sai ali na BR-116, que está sendo usado pelo Bairro Serrano, pela região do Serrano. A região do Serrano é muito grande. Nós calculamos 60 mil pessoas naquela região. E ali, então, é um acesso sempre cheio e tem muita dificuldade esse acesso, ali na entrada do bife. Não sei se vocês conhecem a entrada do bife, tem muita dificuldade. Claro que nós, preocupados, devido às pessoas que morreram bastantes ali, nós, eu e o meu assessor, o Samuel, e o Seu Edemar Cagliari, na vinda do governador Eduardo Leite, quando ele veio à Caxias do Sul, em um sábado, nós o convidamos para um café, um café à tarde, e conseguimos levá-lo à casa do seu Edemar. Sentamos lá, chegamos a conversar com ele, olhar nos olhos dele, e mostramos a necessidade que tem ali na Rota do Sol, saindo ali pelo bife, saindo esse pessoal do Bairro Serrano. O Eduardo Leite é uma pessoa muito querida, uma pessoa sensível, não é? Eu senti que ele tomou atenção quando nós falamos nessa Rota do Sol, nessa saída ali. Ele olhou para nós. Eu senti que ele vai dar um olhar para aquela rotatória que será feita ali na Rota do Sol. Conversando com a minha assessoria, hoje pela manhã, nós já até combinamos de pegar os nossos assessores, essas pessoas aliadas, e as pessoas que têm necessidade dessa rotatória ali na Rota do Sol, nós, agora em janeiro, nós subirmos lá, assim que o Eduardo Leite assumir, nós chegar e conversar com ele, trocar ideia do que nós poderemos fazer para a Rota do Sol, ali na saída do bife. Também temos... Outro problema que a gente tem que todo dia eu passo ali, eu venho pela Atílio Andreazza, quando eu venho trabalhar, todo dia, eu sinto é dificuldade de acessar a Rota do Sol e depois sair da Rota do Sol e acessar a Atílio Andreazza. Também queremos levar ao conhecimento aqui do prefeito Municipal ou talvez aí do Eduardo Leite, o futuro, o próximo governador, uma pessoa querida, uma pessoa sensível, o que nós poderíamos fazer então ali naquela entrada do Atílio Andreazza. Então comprometo a todos que, a partir de agora, estarei trabalhando em cima da Rota do Sol, conversando, trocando ideia, respeitando cada um e respeitando a lei que diz respeito à Rota do Sol. Mais na frente, tem a entrada, melhor dizendo, ali na RS-122, mais na frente, passando o posto São Luiz, a RS-122 que vem de Flores da Cunha acessar a Rota do Sol está sendo feita uma alça de acesso que vai ajudar muito o povo de Flores da Cunha. Liguei ali para o pessoal de Flores da Cunha, claro, os meus amigos de Flores da Cunha, eles estão muito felizes que agora eles vão poder sair de Flores da Cunha, pegar a alça de acesso e sair na Rota do Sol. Falando agora, então, ali no trevo de Monte Bérico, todo mundo sabe que no trevo de Monte Bérico era muito acessado ali e estava dando muito acidente, foi colocada uma sinaleira ali no trevo de Monte Bérico, onde trouxe uma solução ali para aquela região. Podem ver que agora pararam os acidentes, o pessoal chega ali de Monte Bérico para na sinaleira, aguarda e passa na Rota do Sol. Pessoal, com certeza, estarei agora fazendo levantamento de tudo isso que eu falei aqui, protocolando, levando ao conhecimento dos órgãos competentes, do pessoal responsável pela Rota do Sol. E, depois, ficarei cobrando para que possa sair uma melhora nessa zona urbana aqui de Caxias do Sul que é a Rota do Sol, que ela atravessa a nossa cidade aqui na zona norte. Ela faz uma travessia mais ou menos de 20 km, onde prejudica muito e muito aí a Rota do Sol, a saída dos nossos trabalhadores. Vereador Lucas, desculpa.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Vereador Clovis Xuxa, parabéns pelo seu trabalho. O senhor falava da BR-116, eu acho que uma informação importante que a gente precisa repassar à comunidade de Caxias. Ontem, eu tive reunião com o prefeito para tratar, dentre outros assuntos, sobre o acesso do Bairro Planalto. Houve uma mudança no projeto original e, pela informação do prefeito, o projeto está em fase... o projeto já está concluído, aprovado pelo Dnit e logo mais, logo mais, nós teremos o início da obra de acesso ao Bairro Planalto. É uma conquista histórica de muitos anos que vai beneficiar a população, reduzir o número de acidentes, e Oxalá que reduza o número de mortes, principalmente, de alunos que vêm da Vila Ipiranga e acessam a Escola Melvin Jones. Obrigado, vereador Clovis Xuxa.
VEREADOR CLOVIS XUXA (PTB): Para terminar, presidente, que boa essa notícia que ali vai ser feito algo, então, que vem ajudar aquela comunidade do Bairro Planalto, aqueles bairros entorno ali, que é grande aquele pessoal. Parabéns, vereador Lucas! O senhor está sempre lutando e sempre me ajudou a discutir pauta da BR-116. Assim está ficando melhor para as nossas comunidades. Obrigado, presidente.
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VEREADOR MAURÍCIO SCALCO (NOVO): Senhora presidente, caros colegas, agora que o pessoal do ódio do bem se ausenta da sessão, a gente pode transcorrer o assunto com um pouco de paz. Esse pessoal que se diz de liberdade, que entra na Câmara para agredir vereadores, isso aí está passando dos limites. Vamos lá. Vereador Lucas, eu vou direcionar um pouco ao senhor porque ontem eu assisti um vídeo do senhor, que o senhor gravou aqui na frente da prefeitura. E o nosso povo e a nossa gente merece respeito. Entendo que o senhor deve estar um pouco assustado com esse movimento ordeiro tão grande dentro das regras constitucionais que está acontecendo no Brasil e aqui em Caxias. A liberdade de reunião é fundamental para organização de uma sociedade democrática. A liberdade de reunião está garantida pela Constituição Federal no seu art. 5º, inciso XVI. Este conceito se refere às manifestações, ou seja, um conjunto de pessoas que se reúnem em lugar público com o objetivo de defender ou tornar conhecidas as suas opiniões.  O art. 5º da Constituição Federal deixa bem claro que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes do país a inviolabilidade do seu direito a vida, a liberdade, a igualdade, a segurança e a propriedade, nos seguintes termos, daí eu pego o inciso XVI: Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público...
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Um aparte, vereador? Um aparte.
VEREADOR MAURÍCIO SCALCO (NOVO): ... independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente. As pessoas que lotam as ruas em frente ao quartel, eles são trabalhadores, aposentados, famílias, crianças, pessoas do bem que pagam os seus impostos e que estão muito preocupados com o Brasil, com o risco de perderem a sua liberdade ou também serem censuradas. Essas pessoas... eles não são baderneiros, como o senhor os chama, eles estão reunidos exercendo o seu direito constitucional a manifestação e a expressão de suas ideias. Essa turma do “mimimi”, como o senhor o chama, pagam os impostos que servem, inclusive, para pagar o seu salário, vereador Lucas, o nosso, exatamente, e nós temos que respeitá-los. Essa turma ela reconhece a importância das forças de segurança, muito diferente das alas radicais do PT. Essa turma presa pelo respeito à família, respeito à pátria, à ordem e à liberdade. Essa turma aí merece muito respeito. Vereador Lucas, eu convido o senhor para ir lá conversar com esses manifestantes, quem sabe o senhor aprende um pouco sobre civilidade, amor à pátria e sobre o povo trabalhador da nossa cidade. (Palmas)
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Um aparte, vereador.
VEREADOR MAURÍCIO SCALCO (NOVO): Seu aparte, vereador Marcon.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Vereador Scalco, eu acho que a gente tem que ter coerência na vida. Uma das coisas que movem as pessoas de bem é a coerência. Eu acho que a gente tem que sempre defender que manifestações e principalmente a Constituição seja respeitada. Não há nada de errado em se manifestar. Aliás, errado foi quando soltaram um bandido por segunda, condenado em três instâncias... (Manifestação da plateia)
PRESIDENTE TATIANE FRIZZO (PSDB): Por gentileza, vamos manter a ordem.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): A gente vê que a educação não é o forte de algumas pessoas, a dificuldade de ouvir, respeitar e entender é uma coisa que passa longe de quem defende o socialismo, até porque se fossem educados não defenderiam uma aberração como essa. Mas voltando a falar, vereador Scalco, o que... (Manifestação da plateia)
PRESIDENTE TATIANE FRIZZO (PSDB): Vamos suspender a sessão. O seu tempo estará assegurado, vereador. (sessão suspensa) Gente, por gentileza, podemos retomar a sessão? Retomando os trabalhos então.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Obrigado, vereadora Tati. Realmente, quando a educação não é o forte, a gente tem dificuldade de dialogar. Bom, voltando, tentando voltar aí, tudo isso começou quando um Supremo aparelhado libertou, então, alguém que deveria estar preso. Depois, não subsequente, quando se disse aqui, vereador Rafael Bueno, que o voto impresso auditável traria segurança às urnas, toda essa manifestação talvez não existisse se essa democracia fosse mais fortalecida com o voto impresso. O senhor sabia que só no Butão existem urnas que não são auditáveis como as nossas. Então isso traz insegurança. Democracia precisa que as pessoas acreditem nos meios democráticos. E é isso que eu sempre defendi. Eu acho que todo mundo que defende a democracia deveria defender. Sobre as manifestações, eu fico me perguntando: Boulos no Ministério; Stédile no Ministério... Duas pessoas que invadiram, agrediram. Bom, o MST a gente não precisa nem falar. E ter que ver vereador do PT dizer que uma manifestação ordeira é “mimimi” e “baderneiro”, a gente fica se perguntando em que mundo essas pessoas vivem. Então, vereador Scalco, parabéns pela manifestação! Eu acho que eu sempre vou defender manifestações ordeiras. Quando tem, por exemplo, sindicalista trancando rua e agredindo mulher grávida, eu não vi ninguém se manifestar. Quando tem pessoas organizadas, que inclusive colocaram banheiro para não sujar as ruas, defecar nas ruas, e ter algo organizado, aí vem vereador querendo se aparecer. Então a gente tem que ter coerência na vida, e é isso que a gente espera de todo mundo que se elege. Obrigado, vereador Scalco. (Palmas)
VEREADOR MAURÍCIO SCALCO (NOVO): Seu aparte, vereador Cadore.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Vereador Scalco, eu acho que o... Eu tenho certeza, aliás, o vereador Lucas foi infeliz na manifestação dele ontem. Infeliz, porque ele está colocando mais lenha na fogueira. Eu acho que se ele pensou em ajudar, eu acho que ele agiu de uma forma errada. A democracia permite a manifestação, a democracia permite que as pessoas se manifestem, é uma das formas de serem ouvidos. Especialmente como está sendo feito em frente ao quartel de uma forma ordeira, organizada. Eu não ouvi nenhum incidente oriundo em consequência do que está acontecendo, do movimento que está sendo colocado. Então nós temos que dar liberdade às pessoas. Se o eleitor, se o cidadão está insatisfeito, especialmente do cidadão caxiense...
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Peço um aparte.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): ... que paga os seus impostos, que defende os seus direitos e se entende que não está sendo ouvido e não está sendo representado tem que se manifestar. Então a manifestação deve, é importante que aconteça e deve continuar acontecendo. O que o Lucas, o vereador Lucas colocou é inoportuno, é impróprio. Então valorizamos, sim, essas manifestações. Eu, como vereador, apoio, votei no Bolsonaro, mas é por isso, eu votei defendendo a manifestação. E o cidadão caxiense, e não só caxiense, especialmente do sul do país, está tendo uma voz forte no sentido de que não aceitam o resultado das urnas, é uma posição e deve ser respeitada. Então boa pauta e parabéns pela manifestação, vereador Scalco. (Palmas)
VEREADOR MAURÍCIO SCALCO (NOVO): Obrigado, vereador Cadore. (Palmas) Como vinha dizendo, este povo que está nas ruas é um povo ordeiro, eles não deixam sujeira nas ruas, eles são organizados e eles estão muito preocupados que cerceiem a sua liberdade de expressão. A liberdade é inviolável. A gente nunca vai abrir mão da nossa liberdade e nem do nosso país. Por isso, eu trago aqui esse assunto. Eu sei que ainda vamos continuar seguindo nele, agora no próximo tempo de líder, porque o meu já está acabando. Muito obrigado. (Palmas)
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VEREADORA GLADIS FRIZZO (MDB): Senhora presidente, senhoras e senhores vereadores. Eu quero dizer que foi lamentável o que aconteceu aqui hoje de manhã. As pessoas chegaram aqui com agressões. Eu conheço algumas pessoas do Partido Trabalhista que não agem dessa forma. Eu espero que essas batatas podres que estavam aqui hoje não representem o partido que ganhou as eleições, porque nem ganhando eleição estão conformadas. É porque gostam de baderna, de bagunça, de confusão. Eu estive lá no quartel, senhora presente, eu acompanhei a manifestação: ordeira, pais com seus filhos, pessoas idosas, pessoas que vinham fazer doações, chegavam alimentos, pessoas que deixaram de trabalhar para poder estar lá, porque estavam preocupados, sim, com o destino do nosso país. Isso é permitido para quem não sabe. Vereador Lucas, com todo respeito que eu tenho, o senhor foi meu mestre, o senhor é do Partido dos Trabalhadores e que muitas manifestações fizeram, inclusive, aqui na frente da Câmara de Vereadores. Então eu não entendo por que vocês têm dois pesos e duas medidas. Vocês podem, e o outro lado não pode. Eu quero dizer que quem deu o golpe, porque gritaram aqui que é golpe o que vocês estão fazendo, quem deu o golpe foi o Supremo Tribunal Federal. Porque o Supremo Tribunal Federal deveria ter apenas uma lei e, entre eles, votam diferente. Como é que vai votar diferente se a lei é uma só? É porque tem “interésses”, não é assim? É porque não se confia mais no Supremo Tribunal. Eu quero dizer esse pessoal trabalhador, esse pessoal que votou no Bolsonaro e não votou no Lula está manifestando, está se manifestando que é contrário. Não pode? Pode! Claro que pode. Receberam denúncias até de vereadores aqui. Fizeram denúncias no Conselho Tutelar que lá viam crianças sendo maltratadas. Ora, pessoal, vamos falar a verdade, por favor. Era pai cuidando do seu filho, os filhos subindo aqui em cima na garupa do pai, com as suas bandeiras, e é assim que é a democracia. Então me perdoem. Cantando o hino, era emocionante. Eu estive lá. Foi emocionante, foi ordeiro, foi... Quero parabenizar todos vocês e dizer que estou com vocês. A manifestação... (Palmas) continua. Isso aí, continua. Estou junto com vocês. Podem contar com esta vereadora.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Um aparte, vereadora.
VEREADORA GLADIS FRIZZO (MDB): Seu aparte, vereador Bressan.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Obrigado pelo aparte, vereadora Gladis. Concordo plenamente com as suas palavras. Eu estive também na data do feriado, Finados, lá na frente do quartel. Jamais pedi intervenção militar ou intervenção federal. Estava lá, como representante da comunidade, para apoiar essas pessoas que estão, infelizmente, inseguras sobre as questões das urnas eletrônicas. Tem diversas e diversas situações que estão acontecendo no nosso país e fora dele com manifestação, porque aqui quem manda é o “Xandão”, não é? E aí, fora do país, colocando em dúvida a situação, onde o STF, a partir de um ministro, vestiu, sim, durante toda a campanha o vermelho e esteve do outro lado. Isso que estamos manifestando, a segurança. E, vereador Lucas, o senhor sabe que o senhor subiu naquela tribuna por diversas vezes antes da eleição e o senhor dizia dos ataques e das ameaças que o senhor estava recebendo. Eu me lembro muito bem. E aí, ontem, na frente da prefeitura, o senhor chama essas pessoas que estão aí de arruaceiros. Está no seu vídeo: arruaceiros. Então, por favor! Acho que tem que ter um pouquinho de respeito. Aí eu vi aqui na plateia o pessoal dizer “Quem é que está pagando os banheiros?” Mas o que interessa quem é que está pagando?
VEREADOR WAGNER PETRINI (PSB): Um aparte, vereador.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Graças a Deus, alguém está colocando esses banheiros lá para dar suporte a essas pessoas do bem, a essas pessoas que estão preocupadas com o nosso país. Porque as outras ali não estão. Mas essas estão. Então, arruaceiros? Muito cuidado com as palavras. São famílias, muitas e muitas famílias, inclusive, das pessoas próximas a mim que estavam lá. Então, tem todo o meu apoio. Estarei junto em toda manifestação que for ordeira, pacífica e bem organizada. Parabéns a vocês! Obrigado, vereadora. (Palmas)
VEREADORA GLADIS FRIZZO (MDB): Obrigado, vereador. Eu quero dizer também, pessoal, que o vereador Rafael Bueno foi cirúrgico. Nós, que viemos do movimento comunitário, nós sabemos a importância que é a união do povo. Nós fizemos muitas manifestações ordeiras lá na nossa região para conseguir escola, para conseguir posto de saúde. Então, o que o senhor falou aqui hoje é verdadeiro. Isso é o povo antenado; isso é o povo acompanhando o seu país; isso é o povo acordando. Chega de votar em quem apenas é amigo ou não. Então eu quero dizer assim, pessoal: Parabéns! Continuem! Seu aparte. Desculpa, vereador Muleke. Esqueci.
VEREADOR WAGNER PETRINI (PSB): Obrigado, vereadora Gladis. Se tratando de manifestação, o que a gente está tendo e teve nesta Casa hoje, não posso deixar de me pronunciar. Eu, que tenho alguns amigos aqui também presentes, eu sempre fui favorável às manifestações. Quem conhece meu trabalho de tempo, participei muito das manifestações em 2015, 2014, 2013, quando tiveram aqueles movimentos em todo o país. Participei da greve dos caminhoneiros, ajudei muito nas paralizações. Na época da pandemia, eu fui um dos vereadores que mais atuou em relação ao fechamento dos estabelecimentos comerciais, protestei na praça, recebi muitas críticas. Mas o que eu vejo desse protesto, dessa manifestação, que é limpa – estou neutro, não me manifesto nem a favor nem contra –, eu vejo que tem muito impasse. Tem algumas pessoas ali que defendem o Brasil, outras defendem a intervenção federal, uns a intervenção militar. Isso acaba dando um transtorno na cabeça de algumas pessoas. E digo pelos próprios aqui, alguns colegas vereadores que se manifestaram favorável a vocês. O vereador deputado Marcon, na rede, ele diz sobre os protestos que não pode estar participando, porque é antidemocrático, é fora da Constituição. Hoje, aqui em plenário, ele diz que é favorável. Eu tenho alguns amigos meus, que votaram e elegeram o Marcon, que estão cobrando: Cadê a presença do deputado eleito pelos bolsonaristas no quartel? Se é legal, se é limpo, cadê a presença do deputado eleito para defender vossas pessoas? Então, eu sou um defensor das manifestações, só que a gente tem que ser coerente. A gente tem que atuar e defender; mas, na prática, tem que estar lá no meio. Eu, se fosse minha bandeira, eu estaria lá levantando essa questão. Então quero deixar aqui minha fala. Muito obrigado.
VEREADORA GLADIS FRIZZO (MDB): Obrigada, vereador. Obrigada.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Um aparte, vereadora.
VEREADORA GLADIS FRIZZO (MDB): Vereador Marcon.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Obrigado. Olha, vereador Muleke, se cada um cuidar da sua vida, eu acho que a vida é muito mais bem cuidada, não é? Em vez de ficar atacando vereador aqui para usar as pessoas de escudo para isso. Eu não entendi a tua posição. Pedir intervenção militar, eu sou contra; defender o Brasil, eu sou a favor. Estive duas vezes lá, depois que o movimento mudou de intervenção militar para defender maior transparência das urnas. Então, se precisa ser esclarecido, tem que vir e ligar. Como outras vezes o senhor não fez. Me liga, conversa comigo. A gente sempre se entendeu. Agora, vir me colocar contra as pessoas? Sempre a favor de manifestação, desde que esteja dentro das quatro linhas da Constituição. Esse é o meu ponto. Então, sempre muito claro, vereador Muleke. Obrigado, vereadora Gladis. (Palmas)
VEREADORA GLADIS FRIZZO (MDB): Obrigado, vereador. Para encerrar então, senhora presidente, eu queria aqui só ler o art. 1º da Lei 5.250, de 9 de fevereiro de 1967. É livre a manifestação do pensamento e a procura, o recebimento e a difusão de informações ou ideias, por qualquer meio, e sem dependência de censura, respondendo cada um, nos termos da lei, pelos abusos que cometer. Era isso, senhora presidente. Muito obrigada. (Palmas)
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VEREADOR WAGNER PETRINI (PSB): Vereador Fantinel, um pequeno aparte se possível.
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Já de imediato, vereador.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Uma Declaração de Líder da bancada do PT, presidente.
VEREADOR WAGNER PETRINI (PSB): Obrigado, vereador Fantinel. Então bem rapidamente, Marcon, nada contra a sua pessoa. Como você é um deputado eleito e vai nos representar, porque agora você representa o Rio Grande do Sul, vai me representar também, por isso que eu sei que o pessoal tem que saber se está fazendo manifestação a favor da intervenção militar, intervenção federal ou pelo Brasil. Depende a manifestação, o pessoal não sabe o que está fazendo. Tem muitas pessoas que estão misturando as manifestações. Isso que eu quis dizer.
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Obrigado, vereador. Senhora presidente, queridos colegas, queridos patriotas aqui presente. Talvez muitos aqui não estavam, não tinham nem nascido quando eu participei com a cara pintada de verde e amarelo nas ruas, pedindo Diretas Já, onde a gente ainda não tinha direito de escolher um presidente, porque os presidentes eram escolhidos pelo próprio Senado e Congresso. E nós conquistamos. E, no passar dos anos, as manifestações fizeram com que o Brasil fosse mudando, mudando para melhor, mudando para alcançar os direitos que a gente não tinha, direitos que não eram permitidos, direitos que não eram alcançados. E assim a gente foi crescendo. Participando das grandes manifestações, a gente mostrou para os corruptos que estavam no que governo que nós não estávamos mais dormindo, que nós estávamos acordados e que nós estávamos acompanhando o que estava acontecendo no nosso país. É com grande orgulho que estamos há 10 dias, 10 ou 15 dias que seja de uma Copa do Mundo em se perguntar para a maioria na rua quem são os jogadores, a maioria não sabe o nome deles. Isso é um orgulho. Agora se perguntar o nome do senador, do deputado e os ministros do Supremo, a maioria sabe. E é assim que tem que ser, porque não é jogo de futebol que define a vida do cidadão nesse país e na nossa cidade. O que define a nossa vida são os políticos que estão lá dentro e que muitas vezes assumissem sem o nosso voto, porque são puxados por outros. Nós temos que acompanhar, sim, a política. É só acompanhando ela que nós vamos conseguir mudar o nosso país. E as manifestações estão dando um recado, um recado claro e explícito. Se este governo que as urnas proclamaram vencedor assumir e nos gerir durante 4 anos, nós estaremos de olhos abertos dia após dia. E por que eu pedi nos grupos para que todos os patriotas da nossa cidade, da nossa região e do nosso estado e país permaneçam unidos, não saiam dos grupos depois que tudo isso passar? Continuem unidos, continuem conversando entre si, porque é desta forma que, se acontecer aquilo que nós não queremos que aconteça, nós poderemos chamar uns aos outros e voltarmos às ruas e, sim, então parar o país. Nós temos essa força. Nós podemos fazer isso. E nós faremos se for necessário. Eu queria parabenizar todos os patriotas, como eu, que estão fazendo a manifestação de forma pacífica, de forma ordeira, preocupados com o futuro dos seus filhos, preocupados com o futuro das suas empresas e preocupados com o futuro da nossa nação. Continuem se manifestando o quanto quiserem e onde quiserem, desde que seja da forma que foi até o presente momento, de forma ordeira, de forma pacífica. E quero responder para aquele senhor lá que perguntou quem paga os banheiros. É sinal que a gente tem quem pague, a gente não precisa do dinheiro público como vocês sempre precisaram. (Palmas) Se tem banheiro foi pago com dinheiro do bolso dos nossos cidadãos e não com dinheiro público, e não com dinheiro público. Empresário e a pessoa privada não é público. Agora, vocês esperam, vocês estão esperando para quê?  Para fazer manifestações, como fizeram no passado, usando dinheiro público. Não é o nosso caso. Nós continuaremos, sim, bancando o que nós fazemos, assumindo o que nós fazemos com responsabilidade, com segurança, sem violência, sem atacar ninguém, mas mostrando que estamos acordados e que nunca mais voltaremos a dormir. (Palmas) Se o que está acontecendo, se as auditorias que estão acontecendo disserem, “Não, a vitória foi legítima”, nós a entenderemos, mas nós continuaremos acompanhando passo a passo tudo o que acontecer, como se fôssemos um governo paralelo. E o povo sabe, tanto da direita como da esquerda como do centro, que nós temos a força de parar o país se for preciso. Isso fica gravado, fica marcado e fica explícito. Queremos ver um país em paz, queremos ver um país que cresce, queremos ver um país que segue dentro da moral, dentro do patriotismo, dentro do amor à família, dentro do amor à Deus, cada um na sua religião, com todo respeito. Mas que isso perdure, porque, quando o trem simplesmente descarrilhar, nós estaremos lá para colocar ele de volta nos trilhos. E eu duvido que as forças de segurança que existem no nosso país hoje se levantarão contra o povo de bem, porque com certeza cada policial, cada militar que hoje serve o nosso país tem um pai e uma mãe em casa que, hoje, estão na rua com a bandeira verde e amarela e eles não vão se levantar contra este povo. Eu sinto muito que aquela senhora que estava aqui no começo tenha saído, quando ela disse que passou lá no quartel e quebraram o vidro do carro dela, vereador Lucas, o espelho. Pois bem, eu vou dizer uma coisa para vocês, no dia 29, num sábado, antes da eleição, que foi no domingo, de manhã, o PT fez a sua manifestação na Praça Dante e, de tarde, nós fizemos a nossa. Eu não sabia que tinha a manifestação do PT, não sei, não me informei, eu não sabia, e eu passei, inclusive, falei para o vereador Lucas sobre isso, falei para a vereadora Estela também, eu passei na frente da igreja, porque eu fui no Projeto Agrofraterno e não volta passei pela igreja, está ali embaixo o meu carro para quem quiser ver, eu passei e porque eu tinha o adesivo do Bolsonaro no vidro traseiro, eles me correm atrás com as bandeiras dando varada no carro. E aí agora ela vem... Estão ali as marcas no carro. Se disser que é mentira pode pagar para mim que eu agradeço muito. Então é o seguinte: vem aqui dizer que a gente... que vocês quebraram o vidro... Aconteceu dos dois lados, e é isso que a gente não quer. A gente quer fazer a nossa manifestação. Quando vier uma ordem superior dizendo “Foi desse jeito ou foi daquele” a gente vai acatar, mas enquanto isso não acontecer, nós vamos nos manifestar. Mas eu quero encerrar a minha fala dizendo o seguinte: voltando de novo ao mesmo assunto de antes, pessoal da direita, pessoal patriota, não se espalhem depois de tudo isso passar, continuem juntos, continuem nos grupos, porque é só dessa forma que nós poderemos acompanhar esse tal governo e ver o que ele vai fazer. A partir do momento que qualquer coisa fora daquilo que a gente defende for feito, então, sim, estaremos unidos novamente para fazer o que precisa ser feito. Deus, pátria, família e liberdade sempre! (Palmas)
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VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Bom dia, presidente Tatiane Frizzo, colegas vereadoras, colegas vereadores. Dizer que me orgulho muito de ser líder da bancada do Partido dos Trabalhadores e manifestar neste momento. E antes... (Manifestação da plateia) Só garantir meu tempo.
PRESIDENTE TATIANE FRIZZO (PSDB): Por gentileza, gente! (Manifestação da plateia) Vamos suspender a sessão. Por gentileza, a sessão está suspensa. (sessão suspensa) Vamos retomar a sessão. Vamos só aguardar a TV reiniciar. Voltamos. Com a palavra, então, vereador Lucas Caregnato.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Retomando a minha fala. Antes de tratar do tema que eu destacar, eu queria deixar meu abraço fraterno, em nome desta Casa, ao nosso colega Ricardo Daneluz, pelo passamento do seu pai. Força e coragem! Eu não consegui estar lá em Ana Rech em função de outros compromissos, mas receba o nosso fraterno abraço neste momento de dor que o senhor passa. Receba a nossa solidariedade da bancada do PT e de todas as bancadas. Eu dizia anteriormente que me orgulho muito de ser líder do Partido dos Trabalhadores nesta Casa Legislativa. E não me espanto e não demorou absolutamente nada para que, após uma manifestação democrática de um edil eleito nesta Casa, que eu fosse atacado, que a minha família fosse atacada, que o meu endereço fosse exposto e que as pessoas cometessem crimes me ameaçando, me injuriando e me caluniando. Isso parte dos cidadãos de bem que responderão à justiça pelos atos criminosos cometidos contra um vereador democraticamente eleito. (Palmas) Eu me forjei na militância não de hoje; há muitos anos. Defendo e respeito às manifestações na democracia, mas, no Estado Democrático de Direito, o que tangencia a nossa ação, como parlamentares e principalmente a todos, como cidadãos, é a defesa da democracia.
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Declaração de Líder do Progressista.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): E o que está posto hoje no Brasil é um grupo de pessoas que não reconhece a derrota eleitoral e muitas dessas pessoas, ilegalmente, pedem a intervenção militar. E já que foi citada aqui a Constituição, da qual eu conheço, vereador Scalco, o senhor que é um prefeiturável, como já se lançou... Inclusive, achei que o senhor ia falar sobre a questão da Visate e de muitas pessoas que não conseguiram trabalhar em razão desse problema. E o vereador Cadore falou que eu fui infeliz. Infeliz o senhor que é da base do governo e não usou um minuto do seu tempo para falar sobre esse problema, que é o povo não ter direito a andar de ônibus. Infeliz é o seu silêncio. (Manifestação da plateia) Seguindo, a minha manifestação, e eu respeito todas as manifestações, mas tenho direito de me manifestar e assim o farei. Ninguém vai dizer a este vereador de que forma ou como eu devo agir. E não adianta divulgar meu WhatsApp, me injuriar e me ofender, porque essas pessoas vão responder na justiça. Eu tinha visto o delegado Paulo. O WhatsApp está carregado de mensagens e, se necessário, nós vamos encaminhar todas essas mensagens de agressão e de possíveis agressões à Mesa Diretora, porque estamos na iminência de um parlamentar desta Casa ser agredido, já que as pessoas dizem que se eu andar na rua vão cometer atos de justiça. Seguindo, seguindo. Ainda sobre a questão das manifestações no Bairro Rio Branco, eu recebi dezenas de ligações. E a assessoria pode passar aqui algumas delas. Ontem, conversava com o prefeito Adiló. Alguém vá e questione o Alô Caxias. Claro que tem a questão do sigilo, mas são inúmeras as reclamações das pessoas que moram na Avenida Rio Branco. E olha, eu digo para vocês, eu não tenho nenhum eleitor, ou seja, o Bairro Rio Branco não é um bairro de eleitorado potencialmente da esquerda e nem do Lula. Mas as pessoas têm dificuldade de entrar na sua casa, de dormir em razão do barulho, de acesso a sua residência, do fechamento das vias. Ou isso não está acontecendo há dias? Digam que não. Os vereadores... (Manifestação na plateia)
PRESIDENTE TATIANE FRIZZO (PSDB): Por gentileza, pessoal.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Só segura meu tempo, porque está rodando. Não está passando no telão, na verdade, no telão da TV Câmara. Ainda: ao que eu me referia e sigo me referindo é às pessoas que são moradores desse bairro. (Manifestação com auxílio de recurso visual) Pode ir passando. São várias as mensagens que a gente recebe e que todos os vereadores recebem sobre a possibilidade de viver ali no entorno de uma forma minimamente digna, conseguir dormir, chegar à sua residência. Falem sobre isso. A minha manifestação é nesse sentido. Eu não vou coadunar com nenhuma manifestação que peça intervenção militar. E aqui eu ouvi a vereadora Gladis, por exemplo, me criticando e saudando os manifestantes. Cada um saúda e faz o que faz. Acho que falava de contradição e hipocrisia. Contradição e hipocrisia, vereadora, foi a senhora ter concorrido à presidenta da Câmara em outra chapa falando em troca de cargos e a senhora ter querido ser presidenta da Comissão de Agricultura, já que a crítica era que tinha cargos. Se é para falar de contradição, vamos falar disso. Porque aí vamos ser sérios. Senão a contradição é só para uma parte.
VEREADORA GLADIS FRIZZO (MDB): Um aparte, vereador.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Ainda se fala em fraude no processo eleitoral. Eu pergunto: Com o governador Tarcísio, do PL, em São Paulo, teve fraude? Com o Zema, do Novo? Com o Cláudio Castro, do Rio de Janeiro? Aí a fraude, ela é no resquício do terraplanismo de quem não aceita o resultado das eleições. (Palmas) Nós precisamos ser sérios. Eu não tenho medo de ameaça. Fui eleito para estar aqui na Câmara de Vereadores e defender as minhas ideias, as ideias do partido que eu represento, que é o Partido dos Trabalhadores. Ninguém vai me dizer que eu não vou andar na rua ou que o meu direito de ir e vir vai ser cerceado por qualquer tipo de pessoa. Aliás, se fala tanto no Brasil, na defesa do Brasil, e eu não vejo as pessoas destacarem aqui, por exemplo, a interferência do atual governo na Procuradoria Geral da República. Tinha lista tríplice, e o presidente indicou uma pessoa que lhe convinha. Aliás, eu não vejo cidadãos de bem falarem da interferência na Polícia Federal. O então, hoje, ex-juiz e senador Moro saiu do governo em função disso. E vocês querem um novo Brasil parcializando? A memória seletiva ou a hipocrisia e o terraplanismo reinam. Mas isso não vai se manter.
VEREADORA GLADIS FRIZZO (MDB): Um aparte, vereador.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Um aparte, vereador.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Nós, do campo democrático e popular, vamos garantir o Estado Democrático de Direito. Porque eu ouvi aqui, em vários momentos, ideias de golpe. Porque se fala “Porque não, porque isso, porque vamos fazer acontecer.” No Estado Democrático de Direito, o que nos tangencia é a democracia, e a democracia precisa ser respeitada. É óbvio que qualquer manifestação pode acontecer. A contradição é uma manifestação acontecer contrária à democracia, não aceitando o resultado das eleições. Porque, do contrário, nós faríamos isso em outros momentos, e o PT nunca fez, o PT nunca fez. Então aceitem o resultado. Se manifestem respeitando as pessoas. Tem inúmeros casos, vereador Fantinel, já que o senhor me citou, de pessoas que passaram por ali e que foram hostilizadas, tiveram o seu carro quebrado. E o que tem que fazer é procurar a justiça, é procurar a justiça e fazer um Boletim de Ocorrência. Seu aparte, vereadora Estela.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Muito obrigada, vereador Lucas.
VEREADORA GLADIS FRIZZO (MDB): Eu pedi primeiro.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Eu quero aqui dizer que eu me orgulho muito de ser fruto do movimento estudantil. E se aqui só se sabe lutar por intervenção militar, só se sabe dizer que é patriota e, mesmo assim, querer que o Brasil continue no mapa da fome, e mesmo assim querer que a gente continue não tendo recursos para a educação, para a saúde, eu fui às ruas para lutar por vacina, fui às ruas para lutar pelo fim da fome junto com o senhor, junto com brasileiros e brasileiras que querem o melhor para o Brasil. Quero dizer aqui que, sim, concordo, acho algo importantíssimo da nossa Constituição Federal a liberdade de expressão, a liberdade de poder fazer atos, mas que esses atos sejam democráticos. Quando as manifestações passam a atingir algo que é considerado ilícito, tipo apologia ao nazismo, intervenção militar, violam bens jurídicos que são tutelados pelo Estado e que devem ser preservados. Então isso é ilegal. Pedir a volta da ditadura militar é ilegal. Por isso que nós estamos aqui nos manifestando.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Obrigado, vereadora Estela. Desta Casa Legislativa, já foi arrancado um vereador, Percy Vargas de Abreu e Lima, no golpe militar. Certamente nós não voltaremos a isso. A nossa defesa é a democracia, o Estado Democrático de Direito e o respeito ao resultado das eleições. Obrigado, presidente Tatiane Frizzo.
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VEREADORA GLADIS FRIZZO (MDB): Um aparte, vereador.
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): De imediato, vereadora Gladis.
VEREADORA GLADIS FRIZZO (MDB): Vereador, eu queria falar com o vereador Lucas. Poxa vida, vereador Lucas, o senhor sabe muito bem por que eu perdi as eleições da Mesa. Porque eu não ofereci cargos. Foi por isso. O PT ofereceu cargo para todo mundo, inclusive para mim. E outra, o meu partido tem direito a uma comissão. Muito obrigada. Mas então não dizer que eu me vendi por uma comissão. Não!
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Vereadora Gladis.
VEREADORA GLADIS FRIZZO (MDB): Nós, o MDB tem direito a uma comissão. O meu... (Manifestação da plateia)
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Vereadora Gladis, obrigado.
VEREADORA GLADIS FRIZZO (MDB): O meu colega Felipe cedeu para mim. Algo errado nisso? Não. Então vamos falar a verdade.
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Obrigado, vereadora Gladis. Senhora presidente, senhoras e senhores vereadores, os patriotas que nos acompanham aqui na tribuna, bom dia a todos. Falam em democracia, falam em Estado Democrático de Direito, mas não respeitam as manifestações pacíficas. Não respeitam e chamam (Palmas da plateia), chamam de manifestações antidemocráticas. Ah, democrática é a Marcha da Maconha, não é? Democrático é protesto, passeata a favor da legalização do aborto, não é? Isso é manifestação criminosa de um bando de sem-vergonha que não tem o que fazer. Manifestação pacífica é o que foi feito desde quando as eleições terminaram não é? Terminaram, porque ainda não terminou, ainda não terminou. Vamos com calma. Vamos com calma. Eu sou um ardo defensor das Forças Armadas e da Segurança Pública. Eu acompanhei na quarta-feira, o dia inteiro, as manifestações pacíficas na frente do quartel. O vereador Fantinel e o vereador Bressan estavam lá. A vereadora Gladis deu uma passada lá também.
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Um aparte, vereador.
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Acompanhei. Acompanhei, neste final de semana, crianças pequenas entoando o Hino Nacional, entoando o Hino Rio-Grandense. Isso nos dá orgulho, vereador Fantinel, quer dizer que nossas crianças estão no caminho certo. Estão sendo criados com respeito, com dignidade, com educação. Essa é a diferença do que gente que pega e depois adolescente vira adulto sobe nos monumentos para pichar, arranca as placas da cidade de trânsito.
 VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Declaração de Líder bancada do PTB.
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): É isso que a esquerda faz, que já foi acompanhado por diversas e diversas vezes. Seu aparte, vereador Fantinel.
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Obrigado, vereador Bortola. O meu tempo na tribuna era curto, porque eu queria ter dito também que a esquerda fala muito do Estado Democrático de Direito, mas aqui tanto um lado quanto o outro acompanhou as eleições e sabe que, para cada vez que Bolsonaro falava, Lula foi três. Então já não estamos mais no Estado Democrático de Direito. Começamos por ali, tá? Segundo lugar, toda vez que Luiz Inácio Lula da Silva pedia direito de resposta, ele ganhava; Bolsonaro não. E nós estamos no Estado Democrático de Direito. Então, vereador Bortola, isso cai por terra, essa eleição foi uma farsa, uma farsa onde que o Supremo Tribunal Federal apoiou o tempo todo e o TSE apenas um candidato. Se não tivesse tido essa parcialidade por parte do Supremo Tribunal Federal e do TSE, eu tenho 99% de certeza que as manifestações, hoje, não estariam acontecendo. É por isso que estamos aqui. Obrigado. (Palmas da plateia)
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Obrigado, vereador Fantinel. Duas falas do vereador Lucas me saltam aos olhos. Ele comenta das quantas prejudicadas, dezenas de pessoas prejudicadas no Bairro Rio Branco, não é? Mas quando o MST invade as terras e faz o tendel, tranca as BRs e RSs, aí pode aí. Aí é legal. Aí tudo certo, não é? Que nem foi falado aqui na tribuna, dois pesos e duas medidas, não é? Só a esquerda pode fazer o tendel. Arruaça que a esquerda faz. Não é a direita que faz arruaça. A direita faz manifestação pacífica. É só ir lá acompanhar. É só ir lá acompanhar. Vão acompanhar em vez de ficar gritando aí. Vão acompanhar. Vocês têm medo, vocês têm medo de ir lá. (Manifestação da plateia) Vocês têm medo de ser tratado bem. Vocês têm medo de ser tratado bem pela população de bem. (Manifestação da plateia) É isso. É isso que vocês têm, tá? Vereador Lucas, na iminência de um vereador ser agredido? O vereador foi agredido aqui, está filmado. O vereador Scalco foi agredido aqui. Eu quero ver a atitude que a Mesa vai tomar perante essas agressões. Eu quero ver que atitude esta Casa vai tomar perante as agressões que o vereador Scalco recebeu. É isso que eu quero ver. Tem que ser registrado Boletim de Ocorrência, vereador Scalco. Tem que parar com essa palhaçada, que eles acham que vão vir nos ameaçar aqui. Não vão. São frouxos, são frouxos, frouxos. (Manifestação da plateia) Ando com orgulho, porque eu tenho direito constitucional para isso. Eu tenho direito, está na lei. Eu cumpro a lei, eu cumpro a lei.
VEREADOR WAGNER PETRINI (PSB): Questão de Ordem.
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Questão de Ordem, presidente. Eu peço que retire o cidadão de azul. Questão de Ordem. Está aqui. Segura o meu tempo e Questão de Ordem.
PRESIDENTA TATIANE FRIZZO (PSDB): Por gentileza. Gente, vamos manter o silêncio, a ordem aqui dentro. O seu tempo está assegurado, vereador. (Pausa) Pessoal, por gentileza, vamos manter o respeito e deixar o vereador concluir a sua fala. Então restando três minutos e cinquenta e cinco segundos. Um minutinho apenas para a gente retomar a sessão. Sessão retomada.
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Obrigado, vereadora presidente. Então, vereador Scalco, eu me solidarizo com o senhor. Se o senhor precisar de testemunha para registrar esse Boletim de Ocorrência, tenho certeza que mais vereadores vão testemunhar. Está gravado, o senhor pode ficar tranquilo. O senhor tem que registrar, porque o senhor foi, além de ameaçado, agredido, e isso não pode acontecer dentro desta Casa. Prezam tanto pela democracia, mas tem que respeitar, tem que respeitar. Então eu quero deixar essa fala registrada que é muito importante. Parabéns aos manifestantes! De forma ordeira, de forma pacífica, estão se posicionando na frente do quartel com todo respeito à população que lá está aos redores e quem passa por lá, inclusive, mesmo por diversas vezes sendo oposição. Seu aparte, vereador Scalco.
VEREADOR MAURÍCIO SCALCO (NOVO): Gostaria até de pedir ao pessoal do PT que converse com aquele morador que mora na subida, na lateral do quartel, porque têm crianças, famílias e idosos e ele fica na janela com objeto sinalizando o pessoal e sabe, as crianças ficam pedindo o que é aquela arma lá, aquele negócio lá. Então só pedir mais respeito às famílias, pedir respeito às famílias que estão transitando da rua e tudo mais. Muito obrigado. (Manifestação da plateia)
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Assegura o tempo, presidente.
PRESIDENTE TATIANE FRIZZO (PSDB): Por gentileza, por favor.
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Pode continuar, vereador Scalco.
VEREADOR MAURÍCIO SCALCO (NOVO): Era só isso, era um pouquinho de sensibilidade e respeito às famílias e às crianças que estão ali, porque ficam deturpando um pouco da moral. Então é só isso. Muito obrigado.
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Obrigado, vereador Scalco. Exatamente isso, nós só pedimos um pouco de respeito. Não é nada demais. Pedir que seja livre a manifestação e essas manifestações, como eu estava dizendo antes, que são pacíficas e ordeiras, elas devem ser respeitadas, sim, porque uma grande parte da população caxiense estava lá com seus avós, com seus pais, com seus filhos e com seus netos. Nós pudemos presenciar isso e presenciamos, vereador Bressan, vereador Scalco esteve lá, vereador Marcon, vereador Fantinel, vereadora Gladis e se teve mais algum vereador desculpa, vereador Olmir Cadore estava lá também, enfim, os vereadores que fizeram presente lá, meus parabéns. Eu acho que nós temos que estar onde a população caxiense está clamando, que nem diz o vereador Marcon e nosso presidente Jair Messias Bolsonaro, é jogar dentro das quatro linhas constitucionalmente. Obrigado, presidente. (Palmas)
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VEREADOR VELOCINO UEZ (PTB): Bom dia, colega presidente Tatiane Frizzo, colegas vereadores, público aqui presente, que estão na legitimidade, porque os colegas já mostraram aqui... Não se discute legitimidade e garantia na Constituição. Coisa que eu também concorri a uma vaga para talvez ir para Brasília que, sinceramente, não se vê lá em cima. Hoje, se perguntar para os brasileiros quem é que manda no nosso país, talvez, não tenha resposta. O que a gente vê lá em cima é muito triste. E isso se transfere, já foi falado aqui, no dia a dia das pessoas. Eu ouvi aqui nesta manhã... E não sou contra a fala dos meus colegas. Cada um fala o que quer e responde pelos seus atos. Manifestação legítima. Agressão não é manifestação legítima, gente. Eu vi aqui coisa que eu não vi ali no quartel ainda, gente. Coisa que eu não vi. Então, como é que eu posso apoiar uma manifestação agressiva como vi aqui nesta manhã? Como é que eu posso aprovar uma manifestação que, no dia da eleição, eu estava saindo de casa com a minha sogra idosa com 78 anos e porque eu tinha o adesivo da direita, se eu tivesse abrido a boca, ia ser um desastre, por meia dúzia de pessoas com a bandeirinha vermelha me agredindo, para cima, sacudindo o meu carro. Como é que eu posso apoiar isso? Não foi assim que eu fui criado. O respeito tem que ter em ambos os lados. Coisa que eu não vi lá no quartel, de agredir os outros. (Palmas)
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Um aparte, vereador.
VEREADOR VELOCINO UEZ (PTB): Como é que podemos apoiar isso? Eu sou oriundo do interior, eu não sou contra... A favor, assim, de andar armado. Mas nós, lá no interior, precisamos de defesa. E quando eu vejo, “Ah, no ano que vem tem que entregar as armas.” Quantos traficantes vão entregar a arma? Quem é que sabe... Agora, nós que temos registro sim, o governo sabe. Então como é que eu posso aderir a esse tipo de coisa, gente? Como é que eu posso concordar com isso? O direito garantido de pelo menos legítima defesa. Nós, lá no interior, não sabemos quando uma pessoa chega ali na lavoura se é bandido ou se são pessoas de bem. Como é que eu posso concordar com isso? Então são várias situações que os colegas já colocaram aqui. Eu apoio, sim. Eu ouvi aqui nesta manhã, “Quem é que está patrocinando os banheiros químicos?” Não tem um centavo de dinheiro público lá, como líder de governo. O Município nem pode fazer isso. O dinheiro é do povo e não é da pessoa que está ali governando. Não é para isso. (Palmas) Não é para isso que estamos aqui. Está bem estabelecido lá o que é a função do vereador. A manifestação é legítima, quando não é agressiva. Coisa que está acontecendo ali é legítima, está garantida na Constituição. Já foi dito, já foi dito isso. Nada do que eu vi aqui, do que eu ouvi, e vou vir aqui, me atinge. A minha vida é uma mão limpa, é um livro limpo. Eu trabalho para fazer o bem para as pessoas e não ganhar na força.
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Peço um aparte.
VEREADOR VELOCINO UEZ (PTB): Não é na força, a manifestação é legítima. Quando, se a gente souber quem realmente vai averiguar, disseram que sim, nós não estamos convencidos. Até agora ninguém convenceu. O país está dividido, gente! Graças a Deus, a nossa cidade não. Mas é um direito, é um direito das pessoas de se manifestarem. Responde por aquilo que tu falas.
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Um aparte, vereador.
VEREADOR VELOCINO UEZ (PTB): Quanto à questão da Visate, gente, o prefeito estava, sim, ontem, reunido com a Visate para ver uma forma jurídica daquele repasse que veio do governo federal, mas não é para pagar folha, nem décimo, nem nada; é para subsidiar os aposentados. Não tem nada que jogar nas costas do prefeito, porque fizeram a greve. Não se sabe ainda o que tem por trás disso, dessa greve que pegou todo mundo de surpresa.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Um aparte, vereador Velocino.
VEREADOR VELOCINO UEZ (PTB): Se ouviu que teve gente que, e eu não sei quem, ficou sabendo, menos o Município que ia ter greve. Não se sabe o que é que tem. Então não adianta jogar nas costas do prefeito. O prefeito está vendo juridicamente... Se tiver tempo depois, eu já ouvi. Eu tenho que fazer o meu papel, como parlamentar, e, como líder de governo, mesmo que seja um momento difícil. E, quando é difícil, ninguém quer. Mas a verdade tem que ser dita. O Município está vendo juridicamente o que pode ser feito, que se cumpra o contrato. Como foi estabelecido e quem ganhou a licitação vai ter que cumprir. No contrato diz que, se realmente ia ter greve, teria que garantir 30% da frota. Então tudo isso está sendo visto. Fui até convidado para estar lá, mas não pude, porque está muito tumultuado aqui hoje pela amanhã. Está muito tumultuado. Tinha que estar lá. Juridicamente, aquilo que cabe ao Município para que se garanta o direito de transporte para o cidadão vai ser feito. O prefeito Adiló pode ter muitas dificuldades de recursos, mas é uma pessoa séria e sabe o que pode ser feito. Eu fui presidente da Casa no ano passado. Não é como a gente quer; é como a lei... Se é que ainda aqui tem a lei, porque lá em cima não se vê o que tem. Então apoio totalmente – tenho até prima de sangue aqui – a manifestação, porque ela é com categoria. Se tem gente ali patrocinando os banheiros químicos é porque temos credibilidade. Credibilidade para fazer isso e garantia na lei, na Constituição, se é que ainda ela está sendo respeitada. (Palmas).
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Um aparte, vereador?
VEREADOR VELOCINO UEZ (PTB): Seu aparte, vereador Rafael.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Vereador Velocino, eu nenhum momento, eu joguei a responsabilidade nas costas do prefeito. Eu fiz uma fala de preocupação e de alerta, porque ontem nós estávamos na reunião e, se ele estava negociando, ele tinha que botar na mesa essa situação. Pegou todo mundo de surpresa, principalmente nós, vereadores. Ontem, à noite, eu recebi essa ligação. Talvez a Visate, a empresa, eu volto a falar isso, quer barganhar mais benefícios nas costas dos trabalhadores, cerca de 800 trabalhadores. Então o prefeito tem que dividir esse caos que a Visate está querendo botar na nossa cidade de Caxias do Sul conosco, com a Câmara de Vereadores, que nós representamos a população, porque pegou de surpresa. Se ele já estava prevendo isso, por que não dividiu conosco? Em nenhum momento, eu falei isso, vereador.
VEREADOR VELOCINO UEZ (PTB): Vereador Rafael, como é que o prefeito vai botar na mesa um assunto que ele não tem conhecimento? O prefeito estava vendo juridicamente como fazer esse repasse que veio do governo federal para subsidiar os aposentados. Como é que vai botar um assunto na mesa que não existe naquele momento? Como é que tu podes saber o que houve lá?
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Declaração de Líder da bancada do PDT.
VEREADOR VELOCINO UEZ (PTB): Por que o senhor, então, não orientou o prefeito durante esta noite que ia acontecer isso? Nós somos representantes de toda a população. O povo nos vê assim. Não é um mega... Uma pessoa que está no poder não é uma pessoa, um vereador que saiu desta Casa e que hoje é prefeito que bota na mesa um assunto que não tem conhecimento, gente! Então é fácil jogar. Mas nós temos que juntos resolver e cobrar o contrato, que é o que o prefeito em atividade pode fazer para o bem da população. Essa é a verdade. Tem tempo para um ainda. Quem pediu primeiro o aparte? O Dambrós ou o Sandro?
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Velocino, sobre a Visate, eu, particularmente, esgotei a minha paciência em relação à Visate, porque, conversando com o prefeito, mais uma vez ela está apelando. Faz uma greve que, no meu ponto de vista, não deveria acontecer. Então estou preocupado, sim. Estamos tratando do assunto, sim. Com certeza, a Visate está explorando uma situação e deixa o prefeito e a comunidade em uma situação difícil. Quanto ao debate de hoje, eu participei do “fora Dilma”, eu participei do “fora Temer” e o Brasil vive um momento diferente. As pessoas... O povo despertou. A população despertou e está se manifestando. E o que está acontecendo neste momento em frente ao quartel é legítimo, como já disse. É uma demonstração de que o povo está insatisfeito e esse movimento vai ficar como um legado. A população vai continuar se manifestando e quem assumir a presidência... Se for o Lula... Foi eleito, foi declarado, mas está sob auditoria, como foi dito aqui, (Manifestação sem o uso do microfone.) se ele assumir a Presidência, a população vai estar atenta, o Congresso Nacional é um congresso de direita, ele vai ser fiscalizado, sim, e vai ter que fazer um mandato com muita responsabilidade.
VEREADOR VELOCINO UEZ (PTB): Só para concluir, senhora presidente. (Esgotado o tempo regimental.) O prefeito faz aquilo que é de atribuição jurídica. Provavelmente, a gente vai ouvir a empresa jogando a responsabilidade para os funcionários e vice-versa, mas só cabe ao prefeito – para concluir – cobrar aquilo que está estabelecido no contrato. Manifestação ordeira, estou junto; manifestação agressiva, estou fora. (Palmas)
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VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Eu vou falar brevemente do tema que deveria ser pauta hoje da sessão, que era o tema principalmente sobre a questão dos trabalhadores da Visate.
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Um aparte, senhor vereador.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): E que está impactando diretamente na vida das pessoas, dos trabalhadores, de modo geral, estudantes e principalmente também as empresas. Vereador Velocino Uez, ontem, nós participamos de uma reunião de vereadores da base e próximos ao prefeito Adiló, tinham uns 11 ou 12 vereadores, assessorias – os vereadores que estavam aqui e assessorias podem afirmar isso que eu estou falando – em nenhum momento, vereador, foi falado sobre a questão da Visate. Vereador, o dia estava sendo, ontem, tenso para o prefeito, porque eles estavam... Como é que o senhor sabe que não sabia que estavam falando, vereador? Se eles estavam negociando ontem o dia inteiro, passaram o dia negociando esse tema? O senhor disse que ele não sabia.
PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PTB): Questão de Ordem. Na condição de presidente, eu não poderia me manifestar...
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Não. Espera aí!
PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PTB): ... porque eu acredito na pessoa. Questão de Ordem.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Não. Pede um aparte. Pede para um vereador...
PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PTB): O senhor... Eu não posso te responder na questão de presidente.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Não é Questão de Ordem. Qual que é o artigo? Tu não podes fazer isso. Qual que é a Questão de Ordem.
PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PTB): Como presidente, eu não posso me manifestar, Rafael.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Então não se manifesta. Pede um aparte.
PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PTB): Eu não posso. Eu estou na condição de presidente. O Regimento é claro.
VEREADOR FELIPE GREMELMAIER (MDB): Passa a Presidência para o Dambrós.
PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PTB): Dambrós.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Já foi um minuto do meu tempo, eu quero tudo de volta.
VEREADOR VELOCINO UEZ (PTB): Um aparte, vereador Rafael.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Eu vou terminar o raciocínio e lhe passo, vereador. Eu sou democrático.
PRESIDENTE ZÉ DAMBRÓS (PSB): Só vamos recolocar o seu tempo. E eu solicito respeito ao tema do nobre colega. E segue o tempo disponível.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Vereador Velocino Uez, o senhor que se elegeu pelo trabalho que o senhor desenvolveu na época em que o senhor era CC, na época do prefeito Alceu Barbosa Velho. O senhor lembra que o senhor foi CC, não é? Concorreu, não se elegeu, mas foi CC, foi suplente aqui na Câmara. Se elegeu pelo PDT, talvez outros “interesses”, o senhor foi para outro partido. Mas o senhor está recordado que, em quatro anos do governo Alceu Barbosa Velho, a passagem passou de 2,85 para 3,40? Durante os quatro anos de governo, um aumento de 55 centavos, 19,29%. O prefeito que o senhor ajudou a cassar também, daí depois, participou do governo de transição de três anos passou de 3,40 para 4,25. O senhor se recorda disso, não é? O senhor participou, foi líder do governo também, do qual a gente ajudou depois do cassado, Flavio Cassina. 
VEREADOR WAGNER PETRINI (PSB): Um aparte, vereador?
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Aí, o aumento foi de 85 centavos.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Um aparte, vereador Rafael.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Foi de 25% o aumento na tarifa de ônibus, ou seja, o senhor se recorda, vereador Velocino Uez, o senhor que era subprefeito lá de Galópolis, que os trabalhadores tinham que vir para a cidade ou os estudantes irem para Galópolis? O senhor se recorda que teve uma redução do transporte coletivo na época do Alceu. E também houve um momento que o prefeito cassado, vereador Fiuza, que foi líder do governo do prefeito cassado, que teve um impasse judicial que não teve o aumento que é estipulado, vereador Maurício Marcon, pela inflação. Não teve aumento na tarifa de ônibus. O que acontece? A Visate entrou na Justiça, e a Justiça recomendou o aumento da tarifa do transporte coletivo. Hoje, nós temos um passivo na Prefeitura, que o prefeito Adiló pegou um pepino e está nas mãos dele de mais de R$ 25 milhões, uma dívida judicial que a Prefeitura tem esse passivo com a Visate. O senhor se recorda, vereador Velocino Uez? Tem esse passivo judicial. Agora o que eu vim falar hoje aqui é que, ontem, o dia inteiro foi de tratativas entre sindicato – eu vi alguém que estava do sindicato aqui – foi do Sindicato dos Rodoviários. Os trabalhadores foram pegos de surpresa de noite que teve um áudio tá? Teve um áudio. E aí, o que acontece? Eu vou mostrar o áudio aqui, porque eu recebi, está no grupo dos trabalhadores. (Procede-se à execução do áudio.) Então, vereador Velocino Uez, o senhor que entrou numa briga desnecessariamente por não entender e não querer compreender, vereador, e, com todo respeito que eu tenho ao senhor, essa reunião foi ontem na Prefeitura. Era um caos que já estava posto na mesa, que, segundo esse áudio que foi disparado no grupo dos trabalhadores da Visate pelo presidente Tacimer do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários, é um valor que a Prefeitura tinha que repassar para a Visate. Não repassou o valor, e aí então houve esse não pagamento do salário integral dos trabalhadores, cerca de 800 trabalhadores. O que o sindicato fez? Acionou os trabalhadores que hoje iria ter paralisação. Por que o prefeito não falou isso para nós ontem? Ou não fui comunicado que estaria tendo essa negociação, para a gente poder entrar em contato com esses trabalhadores da Visate? Poder avisar as pessoas, os caxienses, a imprensa – que sempre é útil – poder avisar de madrugada, de noite: “Olha, pessoal, amanhã, nós teremos redução no transporte de ônibus.” Não teve isso. E eu não estou colocando, eu estou... O senhor não entendeu, não quis defender, porque o senhor estava... o senhor se perdeu aqui, enquanto líder, que fala em arma, fala em não sei que lá, propriedade, mão limpa, não sei o que lá e abana. O senhor não entendeu aquilo que eu quis falar, o senhor se perdeu acho que no seu raciocínio. Porque, inclusive, vereador, o que eu estou falando aqui é que é um pepino que o prefeito Adiló tem nas mãos dele que não é culpa dele. Que foi um pepino que foi por causa de um prefeito que a gente cassou, que o senhor ajudou inclusive, tem participação no governo, foi líder do governo, e está nas mãos do prefeito. Só que o caos poderia ter sido evitado de hoje de manhã se a gente tivesse informações. E aí como é que vai ficar? Como é que a Câmara vai participar? Ou é só na hora de a gente votar subsídio, vereador Cadore, que a Câmara é importante? Eu, do meu voto, eu não vou dar mais nenhum voto para repassar dinheiro para a Visate, porque a Visate, cada vez, ela vai querer barganhar dinheiro em cima de recursos públicos. Nós já tiramos aqui a aposentadoria, o Passe Livre dos 65 para 60 anos, dos estudantes, de deficientes, de professores, de um monte de coisa na intenção de baixar o transporte coletivo. A única vez que foi baixado, realmente, o transporte coletivo na cidade de Caxias do Sul foi quando o prefeito Alceu Barbosa Velho esteve à frente da Prefeitura. Seu aparte, vereador Velocino. O senhor pode ocupar os dois minutos que eu tenho.
VEREADOR VELOCINO UEZ (PTB): Vereador Rafael, primeiro, antes de ser líder de governo, população, eu sou agricultor da 4ª Légua, colono, e aqui dentro eu respondo por aquilo que eu falo e falo o que eu quiser. Então, quando eu me manifestei, eu posso falar de arma, disso, daquilo. Como líder de governo, eu fui questionado por que o prefeito não botou na mesa o assunto. Em momento algum eu ouvi no áudio que iria ter greve hoje de manhã. E isso alguém... tem alguém por trás disso, porque os R$ 6 milhões, população...
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Declaração de Líder.
VEREADOR VELOCINO UEZ (PTB): ... ele é para subsidiar os aposentados. Ele não é para pagar salário do dia a dia. Então essa questão é a Visate com os funcionários. Cabe ao prefeito fazer o repasse do recurso para subsídio e não é para pagar salário. Eu fui questionado de uma... eu tenho que duvidar, então, da fala que está aqui? Do prefeito Adiló? Que ele está mentindo? Que ele não sabia? É isso que estou ouvindo, está aqui o áudio dele. Não foi falado para ele que poderia ter greve. É isso que eu tenho que responder, povo. E, antes de ser líder de governo, eu sou agricultor e representante da nossa cidade. Eu falo o que eu quiser no meu espaço.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Obrigado. Isso, no seu espaço.
VEREADOR VELOCINO UEZ (PTB): A memória sua também deveria voltar.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Então, vereador Velocino Uez, o senhor entendeu que a gente teve reunião ontem, nós ficamos até umas três da tarde, às 5h30 tem reunião entre Visate, sindicato e Prefeitura sobre essa possibilidade de não pagamento do salário dos trabalhadores.
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Declaração de Líder, presidente.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Então o que eu acho é que nós não podemos passar mais nenhum dia sem problema ser resolvido. Nem um dia sem esse problema ser resolvido. Esse assunto que permeou a sessão de hoje, entre patriotas e os vermelhos, ou sei lá o quê, como se definem, é importante, mas que se decide no momento eleitoral. Agora, o dia a dia está sendo impactado dessas pessoas, inclusive vocês que talvez não utilizem transporte coletivo, utilizam Uber, vão estar subsidiando para ter mais passe para a Visate, enquanto os trabalhadores da Visate não estão tendo o seu salário em dia e o povo não está podendo ir para o seu trabalho e para a escola.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Declaração de Líder, presidente.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Vereador Dambrós, desculpa o aparte, que o senhor estava na Presidência e não conseguia dar o aparte para o senhor.
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VEREADOR WAGNER PETRINI (PSB): Marcon, um pequeno aparte.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): De imediato, vereador Wagner, seu aparte.
VEREADOR WAGNER PETRINI (PSB): Obrigado, vereador Marcon. Rapidamente, é só sobre o assunto Visate. Eu fui presidente da CDUTH no ano passado, acompanhei muito a questão do transporte público. A gente sabe das dificuldades que teve a greve no final do ano passado do outro ano onde pessoas que tinham consultas em postinhos de saúde, pessoas que foram prejudicadas no trabalho, mas é inadmissível que a gente seja os últimos a saberem. Então eu, como membro da Comissão de Desenvolvimento Urbano, Transporte e Habitação, peço ao nosso presidente da comissão, Bressan, que veja de imediato, convoque a direção da empresa Visate para uma reunião, para que gente saiba o que realmente está acontecendo para que a gente jogue em pratos limpos com a população. Muito obrigado pelo aparte, vereador Marcon.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Vereador Marcon, só um segundo.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Seu aparte.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Eu falo de outra forma, eu acho que a Câmara de Vereadores deveria de convocar os três, sindicato, Visate e a Prefeitura, para que a gente saiba o que realmente está acontecendo. Se a gente puder hoje, à tarde, fazer uma reunião aqui na Câmara, entre todos os vereadores, para resolver, a gente intermediar esse conflito. Obrigado.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Obrigado, vereador Rafael. Antes de tratar do assunto Visate, eu queria dizer que a manifestação democrática, ela sempre é muito bem vinda. Quanto mais democracia nós tivermos no nosso país, eu acho que a gente vai conseguir avançar mais. Independente de os dois lados estarem aqui, hoje, o que a gente viu de manhã foi uma agressão logo na chegada. O vereador Scalco foi ofendido verbalmente logo na chegada, simplesmente porque estava aqui. O vereador Cadore da mesma forma, não é vereador Cadore? Então assim, quem pede muito democracia às vezes a gente não vê isso. Aliás, as atitudes que estão sendo tomadas e que foram tomadas por um Supremo completamente aparelhado onde, vereador Cadore, eu tenho que cuidar o que vou falar aqui a partir de hoje. Essa é a realidade, vereador Bressan. Perfis do Zezé de Camargo foram derrubados no Twitter. O Zezé de Camargo não pode mais se manifestar. Aliás, muitos que dizem defender a democracia, o processo democrático não falam um ai quando alguns são calados. O vice-candidato à presidência do União Brasil foi chamada a Polícia Federal, vereador Fiuza, para prestar depoimentos porque cobrou esclarecimentos de um órgão público. Ele fez perguntas. O ministro do Supremo Tribunal Federal, presidente do TSE, deu 48 horas para que a Polícia Federal investigasse e escutasse um cidadão de 75 anos, PHD em Harvard, candidato a vice, e aqui nada foi falado. Ouvi com parcimônia ver se alguém ia mencionar isso. A liberdade de expressão no nosso país caminha a passos largos para terminar. Essa é a maior ameaça à democracia que a gente pode ter neste momento é o fim da liberdade de expressão. Nós não podemos mais cobrar as autoridades. São deuses iluminados. A democracia no nosso país, vereador Lucas, vem se desmanchando há muito tempo. Desde que, em 2009, a Câmara dos Deputados eleita por 100% da população, porque aqui nós concordamos, a Câmara que lá está foi eleita por 100% da população. Em 2015, novamente, o voto auditável foi aprovado. Lula, em 2009, disse ok. O Supremo, por algum motivo que nós não conseguimos saber, aliás, que eu fico com medo de pedir explicações, porque, amanhã ou depois, eu que tenho que dar expediente na Polícia Federal e dizer por que eu estou falando isso, as minhas contas vão ser derrubadas. Todo este problema que se vê hoje de insegurança de urnas vem e tem nome e culpado: Supremo Tribunal Federal, que disse em decisão que o voto poderia servir de cabresto, poderia quebrar a inviolabilidade do voto. Mas, meu Deus, quem fala isso é porque não conhece o processo. Então a democracia, nos Estados Unidos que tem máquinas que fazem isso, lá não é democracia. Volto a lembrar, somente o Butão, e tem outro país – qual que era o outro país? – Bangladesh – Obrigado – tem um sistema que nem o nosso, o Butão e Bangladesh. Eu estou dizendo aqui que houve fraude? Não. Mas a democracia precisa ser fortalecida e, para ser fortalecida, nós precisamos, vereadora Gladis, de transparência, foi o que foi pedido, transparência. Eu não sei se é pedir demais. Mas nós em Brasília, a partir de 1º de fevereiro, mais uma vez, se formos permitidos pelo Deus que ascendeu ao Supremo Tribunal Federal permitir que nós possamos falar e nos manifestar. Porque, do jeito que as coisas caminham, meus amigos, se nós não colocarmos um pouco de sensibilidade e ouvir o outro, nós caminhamos para o Brasil ser um barril de pólvora, e aí ninguém vai ganhar com isso. Ficar jogando na cara do outro, “Eu vou te prender, eu vou te matar, eu vou não sei o quê...” não é saudável. Isso não vai agregar. Aliás, eu estive, sim, duas vezes no movimento, e digo aos patriotas que aqui estão, não publiquei e não me manifestei por medo, porque se eu for cassado, simplesmente, por passar na rua e bater uma foto, tenho certeza que os defensores da democracia não vão levantar uma língua para me defender. Que a democracia deles às vezes é como a democracia em Cuba, a democracia na Venezuela. Que, ontem, aliás, vereador Scalco, o Macron que defende a esquerda na França deu forte aperto de mão no assassino Maduro. Então é isso que as pessoas têm medo. Nós não queremos que nosso país vire o que virou os nossos países vizinhos. Por isso quero dizer a todos que nos acompanham aqui e de casa, nós, depois de décadas, quietos, aceitando tudo como era mandado de cima dissemos: Agora chega! Basta! (Palmas)
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Peço um aparte. Um aparte, vereador.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Nós não vamos aceitar que o nosso país seja destruído. Ontem, nos ministérios... Tu, como um democrata, deveria se candidatar, se eleger e vir aqui falar se tu defendes a democracia. Se tu não és capaz de se eleger, te cala. Se tu não tens capacidade, te cala. Fica na insignificância. (Manifestação da plateia) Isso, meu querido. Vamos ouvir a população. Dá o teu show que eu te dou o tempo. Vai lá campeão. (Manifestação da plateia) Não... deixa, deixa. Ele quer falar, ele está ali que é uma siririca, o tempo inteiro que está querendo falar. Fala... Se tu julgou. Está que é uma “piriquitona.”
PRESIDENTE TATIANE FRIZZO (PSDB): Vamos suspender os trabalhos da sessão. (sessão suspensa) Retomando. A palavra está à disposição do vereador Maurício Marcon.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Obrigado, vereadora Tati. Depois do show aqui, que o rapaz agora se acalmou, parece. Deu o seu show, e agora nós vamos voltar. Então dizendo às pessoas que se preocupam de verdade com o Brasil que se manifestem, sim. Não vamos aceitar que um invasor de propriedade alheia seja ministro. Nós temos que nos manifestar. (Manifestação na plateia) Nós não vamos aceitar que o nosso dinheiro seja enviado para país quebrado pelo sistema que eles defendem. Nós não vamos aceitar que Stédile, que invade fazendas, destrói plantações, mata animais em propriedade alheia seja ministro. Essa é a manifestação democrática. Sempre limpa, livre. Aliás, quem está preocupado com banheiro, é engraçado que quando o dinheiro foi roubado do povo para comprar apoio no Congresso, para mandar para países vizinhos, não estava preocupado. Agora, com banheiro, está preocupado, vereadora Gladis. É muito estranho. (Manifestação na plateia) O cidadão vai querer dar show de novo? Tu queres dar show? Eu não vou falar enquanto aquele cidadão não se calar, sinceramente. Suspende a sessão! Deixa ele falar de novo. Vamos lá. Fala de novo, bonitão.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Uma Questão de Ordem, senhora presidente.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Meu Deus! É a manhã inteira, tchê!
PRESIDENTE TATIANE FRIZZO (PSDB): Questão de Ordem, vereador Bressan.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Senhora presidente, acredito que, aqui dentro desta sala, nós temos que ter os vereadores e os assessores da Casa. Tem gente aqui que não faz parte. Pessoal está ali filmando.
PRESIDENTE TATIANE FRIZZO (PSDB): Só vou pedir, então, por gentileza, que fiquem dentro do plenário apenas os assessores de vereadores e trabalhadores da Casa. Por gentileza! Vamos retomar a sessão, então. O senhor está com seu tempo, vereador. Um minuto e 30.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Obrigado, vereadora Tati. Vamos tentar de novo. Então quero dizer para todo mundo que contem comigo na defesa da liberdade, na defesa da democracia, mas a democracia verdadeira; não aquela que se diz de Cuba, da Venezuela, da Nicarágua. Isso não é democracia. Eles não vão empurrar essa tragédia no nosso país. Nós mostramos e estamos mostrando que nós não vamos aceitar. Eu estou aqui, pessoal, gritando há dois anos, alertando o que nosso país pode virar. Ouvi, hoje, inclusive, que vieram aqui pela primeira vez. Parabéns! Essa é a Casa do Povo e tem que, de forma ordeira, como alguns estão fazendo, a maioria, aliás, precisa estar sempre aqui para que projetos – e vou dizer aqui – como o que foi aprovado por esta Casa dando dinheiro para o transporte público, o qual eu votei contra e disse... Quem disse, vereador Rafael, que esse pedido ia vir de novo, fui eu, desta tribuna aqui. E se for concedido de novo, o nosso dinheiro vai de novo. Se quis participar de licitação que cumpra o contrato. Se não está bom, recolhe as malinhas e vaza daqui! Porque quando se assina um contrato é para cumprir. Eu quero lembrar: o diesel, desde que nós mandamos – nós, que eu não participei, mas a Casa mandou – subsídio para lá, baixou. A inflação baixou. O que mudou? Usar trabalhador para pressionar esta Casa não é coisa de empresa correta que faz. Então quero dizer que eu votarei sempre contra subsídio. Quando se assina um contrato, se cumpre o contrato. Se não está bom, que pegue a malinha e vaze. (Esgotado o tempo regimental.) Obrigado. (Palmas)
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VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Senhora presidente, senhoras vereadoras, senhores vereadores, público aqui presente. Eu quero continuar nesse assunto, principalmente Visate aqui. Porque nós não podemos admitir que o Executivo...
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): No momento oportuno, um aparte, vereador.
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Já estamos perto do meio-dia – fique de braços cruzados, e a população, 100 mil pessoas sem transporte coletivo nesta cidade. Nós não podemos admitir isso, nós não podemos admitir. Acho que primeiro a reunião, à tarde, com o prefeito, com o secretário de Transportes, com alguém que tenha poder nesta cidade para decidir esse assunto. Porque não é... É inadmissível a Visate fazer o que quer. Poucos dias atrás, parou um dia. Poucos dias atrás, parou um dia, uma manhã, e ficou por isso mesmo. Ficaram assobiando e pronto. Foi repassado mais verba e ficou por isso mesmo. E hoje, quem disser que não ouviu... A gente sabe que tem visto tanto fake news. É isso, não é? É o nome, não é? Porque ontem, nas redes sociais, estavam dizendo que a Visate paralisaria. Tanto que a imprensa de Caxias estava lá na frente da Visate às quatro e pouco da amanhã. Enfim, liga o rádio de manhã, porque a gente normalmente liga o rádio, não é só o telefone, então liga o rádio, estava lá, que estavam lá na frente da Visate. E tinha a paralisação. Por quê? Porque eles receberam um terço do salário. Foi isso que foi anunciado.
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Um aparte, senhor vereador.
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Não sei se vão receber ainda. Foi anunciado que iam receber um terço do salário. Trinta por cento, exatamente, que é um terço, não é? Então, nessa situação que nós podemos saber o que fazem essas 100 mil pessoas de Caxias que estão sem transporte. O que se faz com essas 100 mil pessoas? Ora, o prefeito foi eleito para... Foi o que ele dizia, que era a passagem mais barata, que ia ser 3,50. Com todo o subsídio não chegou a 3,50; e agora sem transporte, e agora sem transporte, e agora sem transporte. Como faz falta uma empresa pública para Caxias. Como faz falta uma empresa pública, vereador Lucas, para Caxias. Se tivesse uma empresa pública, com certeza, não estaria acontecendo isso, o que está acontecendo em Caxias, esse descaso. Porque, desde ontem, foi tratado esse assunto. Sentou o sindicato, sentou o Executivo Municipal, e agora dizendo que não sabem, não sabiam dessa situação. Sentaram ontem. É isso que eu ouvi, a fala do prefeito hoje de manhã, ouvi a representação da empresa. Se é empresa, se é Prefeitura... Tem prefeito para quê? Vamos cumprir a lei ou não? Não sei quem pediu aparte? Vereador Lucas.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Obrigado, vereador Renato. Primeira questão só... O vereador Marcon falou sobre... Acho que falou duas vezes sobre a questão, da cabeça dele, ministros. Isso é fake. Não há nenhum anúncio de ministro do governo Lula. Primeira informação é essa. Não há nenhum ministro anunciado. Quando isso acontecer, ou o presidente fará ou alguém que o represente, o que não é o caso. Então, especulações, notícias de fake news não representam a verdade. A primeira coisa é essa. E voltando para o tema da cidade, eu, ontem, casualmente estive no gabinete do prefeito para o prefeito assinar duas sanções de projetos de lei meus. Quando eu estava saindo, o pessoal da Visate chegou, vereador Renato, e eu não sabia do que se tratava, enfim. Fui pego absolutamente de surpresa. Eu quero fazer coro, o vereador Petrini não está aqui, mas ao nosso presidente da CDUTH, vereador Bressan. Nós precisamos de uma audiência pública urgente. A população, assim... As mensagens, entre os ataques aqui das redes, mas as mensagens agora do povo sem ônibus... E aí Uber, o 99, tudo subiu 100%. Então, assim, nós precisamos que esta Casa promova um debate, porque a população não pode ser penalizada. A nossa solidariedade aqui – para concluir, vereador Renato – aos trabalhadores e trabalhadoras da companhia Viação Santa Tereza, que prestam um trabalho e que estão sendo punidos. Mas, mais uma vez, o poder público precisa tomar as rédeas dessa situação, para que o povo não pague a conta. O povo que nem tem dinheiro, não é? Vir um Uber de Fazenda Souza, do Serrano, do Reolon até o centro, pagar 40, R$ 50. Então assim, tenho certeza de que o vendedor Bressan deve anunciar isso em seguida. Obrigado, vereador Renato.
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Obrigado, vereador Lucas. Seu aparte, vereador Dambrós.
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Eu quero só lembrar aos nobres colegas que nós retiramos de 12 para três passes livres por ano; modificamos de 60 para 65 anos; retiramos também os 50% de gratuidade das merendeiras, ao qual votei contra; repassamos três milhões, trezentos e cinquenta; e que a cidade está desenvolvendo um Plano de Mobilidade, gastando dois milhões e oitocentos. E eu tenho aqui a conversa com o secretário Alfonso, de hoje de manhã, que ele diz assim... Eu perguntei se os seis milhões e trezentos que está vindo do governo federal, que é SUS do transporte, para subsidiar 65 anos ou mais, se era algum problema com o desequilíbrio financeiro da Visate? E ele responde: “Sim, pandemia 2020/2021.” Segundo eles, desequilíbrios. “E estamos trabalhando.” Não pode. Nós não podemos amanhecer o dia sem transporte coletivo. Nós precisamos de informações. Eu sugiro urgente uma força-tarefa para que, amanhã pelo menos, ou até no final da tarde, nós tenhamos de volta restabelecidos os serviços. Então, por favor, a CDUTH... E o líder do governo teve toda oportunidade aqui para explicar. Nós precisamos urgente, esta Casa tem que se comprometer junto com o Executivo e junto com o sindicato e resolver este problema. São as pessoas que mais precisam. Não discutir assunto que interessa para a nossa cidade. Era isso. Obrigado.
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Obrigado, vereador Dambrós. Vereador Marcon, seu aparte.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Quinze segundos, vereador, até para esclarecer o pessoal que está em casa, que eu fui chamado de fake news. Semana passada, o vereador Lucas subiu à tribuna e, no mesmo grupo que ele tirou uma informação dizendo que o meu partido iria se aliar a outros partidos e participar na [ininteligível] do governo, eu disse para ele: “Vereador, isso não é verdade.” Hoje, eu trouxe a informação da mesma página que ele tirou. Então se quer me acusar de fake news, então a gente tem que ter dois pesos e duas medidas não dá. A informação é a que está em todas as redes sociais, em todos os veículos de comunicação. Então dois pesos e duas medidas não dá. Obrigado, vereador Renato.
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Obrigado, vereador Marcon. Seu aparte, vereador Bressan.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Obrigado, vereador Renato. Eu, infelizmente, acredito que não vou conseguir me manifestar, só tem o Pequeno Expediente, talvez depois com o vereador Cadore. Mas quero dizer, como membro, presidente da CDUTH, a gente já entrou em contato com a empresa, mas, infelizmente, eu fui pego também de surpresa, eu não sabia, ninguém sabia. Essa é a verdade. Ninguém sabia. Hoje, de manhã, quando saio de casa, obviamente, peguei o telefone, já havia pela imprensa noticiada a situação, as ruas lotadas de carro. Para poder sair dos bairros é dessa forma. E eu queria aqui, vereador Renato, dizer que, infelizmente, essa empresa está agindo de má fé, porque, em determinados momentos aqui dentro desta Casa, eu pedi que tenha um plano de recuperação. Mas nunca mostrou. Nunca mostrou, vereador Renato. Quando o senhor tem problemas financeiros na sua casa, vereador Renato, o senhor não mostra um plano de recuperação: de que forma que eu vou fazer o rancho? De que forma que eu vou pagar a escola? Quando é que a empresa Visate trouxe isso para esta Casa ou para a população caxiense? Nunca. Então eles ficam sempre aguardando um dinheiro que nem sabia se ia vim. Agora o governo federal coloca esse dinheiro, e eles querem pagar um funcionário, 13º. Mas e se não viesse? Então, assim, é um problema seriíssimo. O governo municipal, claro, que tem que tomar urgente suas atitudes, mas não tem como culpar os vereadores ou o prefeito sem essa empresa nunca ter se manifestado. E só para encerrar aqui, não ocupar muito o seu tempo, que liberem o trânsito urgente, pelo menos as vans de Caxias do Sul, para que possam ajudar esses trabalhadores, essas pessoas que estão ali esperando o ônibus e não podem ir para o seu trabalho. Pelo menos que liberem as vans para fazerem esse transporte. Obrigado, vereador.
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Obrigado, vereador Bressan. Eu queria... Esse contrato que a Prefeitura assinou... Esse contrato que a Prefeitura assinou... O Executivo Municipal assinou o contrato com a Visate, que cumpram o contrato, que cumpram o contrato. Porque essa cidade não é uma cidade sem ordem. Está na hora de ver o contrato. Está na hora de ver o contrato. E a população sendo prejudicada. Dessa forma, não pode continuar. Eu acho que, se for possível, se o prefeito ligar para os vereadores aqui, a grande maioria está aqui, a grande maioria está aqui, se o prefeito vir aqui, o secretário de Transportes vir aqui, como vai ficar o transporte coletivo dessa cidade? Ou vão fazer que nem o vereador Bressan, contratar vans para fazer isso? Ou a van é contratada ou é van clandestina de outra cidade que pode vir se continuar assim. Obrigado.
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VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Senhora presidente, caros colegas vereadores e a plateia que nos assiste. Eu vou pedir Declaração de Líder para falar sobre o tema tão importante, que é a Visate, que toca a todos nós. Mas, antes disso, eu quero fazer um comentário em relação ao debate que se instalou hoje aqui. Eu... Sem modéstia, a direita deu um show aqui, nós da direita damos um show, ou seja, em defesa das manifestações ordeiras que é o que está sendo feito em frente ao quartel. Mas dando sequência e tocando o assunto principal que é a Visate, realmente eu, como vereador, a bancada do PSDB, e todos os vereadores aqui e toda a comunidade se preocupa ou estão preocupados e fomos pegos de surpresa. O que a Visate está fazendo é deplorável. Eu venho questionando isso há muito tempo. E nós, aqui em Caxias, somos reféns da Visate. A Visate tem o domínio, faz o que quer e está chegando o momento da gente tomar uma posição mais forte. Eu sei que o Executivo, dentro das limitações que ele se encontra, está tentando resolver o problema, mas fomos pegos, mais uma vez, de surpresa. A Visate, no meu ponto de vista, de má-fé, age desta forma colocando a população numa situação muito difícil. Sabemos da dificuldade que todos nós passamos na logística, no deslocamento e uma paralização dessa forma nos prejudica, nos deixa tristes e numa posição, eu particularmente qualquer decisão futura minha como vereador, que venha no sentido de beneficiar esta empresa, eu vou pensar duas vezes, porque no meu ponto de vista ela está explorando uma situação que ela tem poder, ela é única e deixa nós numa situação muito difícil.
VEREADOR ELISANDRO FIUZA (REPUBLICANOS): Um aparte, vereador.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Tem um vídeo do prefeito municipal e gostaria que passasse agora que ele explica, de certa forma, o que ele está fazendo e a indignação dele também diante de mais essa traição, eu diria assim, da Visate com o Executivo, com os vereadores e com a população de Caxias. Vamos ouvir o prefeito municipal. (Procede-se à execução do vídeo.)
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Peço aparte, vereador.
VEREADOR VELOCINO UEZ (PTB): Um aparte.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): É a indignação do prefeito, é a minha indignação, como disse. E temos que fazer com que a empresa cumpra, sim, o seu contrato, porque ela está, como disse, agindo de má-fé. Seu aparte, vereador Bressan.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Exatamente! Acho que o prefeito foi cirúrgico, “não deve nada, participou porque quis”. Ganhou a licitação, que a cumpra, que siga as regras e que faça isso urgente. Isso é ridículo, uma empresa se portar dessa forma. Nós não temos nenhuma gerência sobre os empregados, os funcionários, sobre o 13º, sobre o salário desses funcionários. Eles têm que ter responsabilidade, são eles que gerenciam essa empresa. Então, por favor, as pessoas estão desesperadas. Infelizmente, não tem outro meio de transporte, a gente sabe disso. E eu peço aqui a sensibilidade do nosso prefeito e do nosso secretário de Trânsito que libere para que as vans possam fazer esse trabalho até normalizar. E também estou chamando urgente para hoje, à tarde, todos os vereadores, eu vou avisar no grupo, que nós possamos nos reunir. A gente já entrou em contato com a empresa Visate, eles estão aí para... Tomara que venham! Porque nunca vieram. Essa foi a verdade. Sempre correram do pau. E um dia que eu fui questionar um dos responsáveis pela Visate, eu disse para ele: “Tu nunca apresentou um plano de recuperação para essa empresa. A única coisa que tu espera é que o dinheiro público caia lá no caixa de vocês para vocês poder administrar. Aí é muito fácil”. E ele riu. Essa foi a resposta, a resposta foi ele rir. Então, hoje, que ele apareça aqui junto com o sindicato e que os vereadores possam intermediar. Obrigado, vereador.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Obrigado pelo aparte, pela contribuição, vereador Bressan. Aparte, vereador Velocino.
VEREADOR VELOCINO UEZ (PTB): Vereador Cadore, o Bressan me antecedeu e foi muito bem. Eu questiono novamente, esse dinheiro só veio pelo esforço do secretário de Trânsito, porque nós não temos plano de mobilidade que devia ter desde 2012 se não fosse o esforço. Daí eu pergunto para a empresa, se não viesse esse valor, esse dinheiro não veio para pagar salário virar o mês; ele veio para subsidiar dos 65 anos para cima, inclusive, para usar na próxima discussão de tarifa. E tarifa a R$ 3,50 tem, é só andar das 9 às 11. Era isso.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Obrigado pelo aparte, vereador Velocino. Alguém mais?
VEREADOR ELISANDRO FIUZA (REPUBLICANOS): Um aparte, vereador.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Vereador Fiuza.
VEREADOR ELISANDRO FIUZA (REPUBLICANOS): Obrigado, vereador Cadore. É uma falta de respeito e de contrassenso da empresa. A gente parece até repetitivo, redundante no que a gente fala, mas a empresa comete uma ilegalidade diante da sociedade, um desrespeito para com os munícipes que têm os seus compromissos com trabalho, com educação, com saúde e tantas outras. Ela não cumpre o rito do contrato, o qual foi feito um processo legal licitatório. Eles aceitaram da forma que foi feita. E agora por que as manifestações estão sendo feitas, como está sendo feito aqui agora? Porque a população não aguenta mais ouvir calada, simples assim. São pessoas comuns que comungam com a verdade, com a realidade, não mais com situações como essas. Então a Prefeitura, com mão de ferro, me perdoa até a colocação, tem que tomar as consequências contra a empresa. Diante deste tempo parado, se vai ser a hora da manhã, se não vão voltar à tarde, ou se vai ser o dia inteiro, qual que vai ser o retorno que a empresa vai dar à sociedade diante dessa questão. Era isso, muito obrigado.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Obrigado, vereador Fiuza. Vereador Marcon.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Obrigado, vereador Cadore. Eu queria fazer... Eu acho que o vereador Fiuza foi cirúrgico e o vereador Bressan também. Eles têm que saber que aqui não é terra sem lei. Hoje foi dito que tem um contrato, o vereador Uez falou, que eles tinham que botar 30% pelo menos na rua, vereador Rafael. Então, quando a gente fala de van, que o pessoal, que tem gente que dá risada, tem que liberar as vans. Eles têm que saber... Quero ver eles ficarem 15 dias, o pessoal andando de van, se vai querer voltar para os ônibus. Eu quero ver. Então tem que botar os micro-ônibus e aí se não está bom, eu reforço: se não está bom, que peguem e vão embora. O vereador Fiuza foi cirúrgico, está na hora de o prefeito colocar a mão na mesa, digamos assim, e cobrar a responsabilidade. Oh, eu tenho uma menina que trabalha lá na lojinha que ela não pôde ir trabalhar, porque a moça que cuida do filho dela, que é numa escolinha, não pôde ir. Quem é que vai cobrir esse prejuízo dela, meu e da professora? De toda a população? Ninguém. Então, assim, eu acho que nesta Casa aqui não pode mais passar subsídio para a empresa. Se não está bom, que vão embora.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Obrigado, vereador Marcon. O que deu para ver aqui é que a base do governo e todos os vereadores, raramente, se vê todos os vereadores defendendo a mesma causa. Ou seja, contra a Visate, que ela está agindo de má-fé. (Esgotado o tempo regimental.) Era isso. Meu muito obrigado.
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VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): No momento oportuno, um aparte, vereador.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Um aparte quando possível, vereador.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): De imediato, vereador Rafael.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Vereador Valim, obrigado. Assim, eu acho que o prefeito Adiló, que bom que ele se manifestou, conversando com a população de forma transparente. Tardiamente, porque podia ter feito isso ontem. Mas só uma coisa que eu acho que não está certo na fala dele, que é uma greve ilegal. Como é que as pessoas vão trabalhar se não recebem os seus salários? As pessoas estão no seu direito de não trabalhar. Oitocentos trabalhadores que não têm dinheiro para pagar os seus remédios. As pessoas que me ligaram... Fraldas para uma senhora... Tem mesmo é que ficar lá na frente da empresa protestando, e a população junto protestar. Agora, vereador, teve um prefeito que a gente cassou que ele ganhou a eleição prometendo fazer uma Lava Jato nas planilhas da Visate. Que Lava Jato que esse sem-vergonha fez? Iludiu a população nas urnas. Não fez Lava Jato nenhuma, e nós estamos pagando o preço. Aliás, a população vai deixar de ter creche, vai deixar de ter vaga em escola, vai deixar de ter compra de medicamentos, sabe por quê? Porque nós vamos ter que pagar um passivo de mais de R$ 25 milhões que está judicializado, e a Visate ganhou. Agora o prefeito fica refém desse valor, porque nós não temos dinheiro. A Prefeitura está falida. Nós não temos dinheiro para pagar esses 25 milhões. Aí o que acontece? A Visate barganha. E barganha onde? Em cima do salário do trabalhador. Por isso, vereador, que nós temos, vereador presidente da comissão, que acionar Ministério Público, acionar todo mundo que tiver ao lado da população. Nós não podemos admitir mais uma vez essa empresa lucrando em cima da opressão da população que mais precisa do transporte coletivo e, sim, dos trabalhadores. Obrigado.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Uma Questão de Ordem, senhora presidente.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Vereador Lucas, por gentileza.
PRESIDENTE TATIANE FRIZZO (PSDB): Um minuto. Questão de Ordem, vereador Bressan.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Art. 104., a prorrogação da sessão até o final da Ordem do Dia. (Manifestação sem o uso do microfone) Do Grande Expediente, desculpe.
PRESIDENTE TATIANE FRIZZO (PSDB): Vamos colocar em votação, então, o Art. 104, para prorrogação da sessão até o final da Ordem do Dia. (Manifestação sem o uso do microfone) Do Grande Expediente.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Voto sim, senhora presidenta.
PRESIDENTE TATIANE FRIZZO (PSDB): Em votação. Solicito aos vereadores e vereadoras que registrem os seus votos.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Voto sim, presidente.
PRESIDENTE TATIANE FRIZZO (PSDB): Vereador Lucas Caregnato vota sim.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Voto sim, senhora presidenta.
PRESIDENTE TATIANE FRIZZO (PSDB): Vereador Juliano Valim vota sim. Vereador Olmir Cadore vota sim. Encerrada a votação. Encerrada o registro dos votos. A prorrogação da sessão foi aprovada por unanimidade com ausência dos vereadores Clovis Xuxa, Estela Balardin, Ricardo Daneluz. Em representação, a vereadora Marisol Santos. Em licença saúde, a vereadora Denise Pessôa. Segue vereador Juliano Valim, da tribuna.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Vereador Lucas, por gentileza.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Obrigado pelo aparte. Eu acho que a gente precisa ser didático para as pessoas que estão aqui e para as pessoas que estão em casa. Foi aprovado um subsídio para a Visate e esse subsídio era uma garantia contratual de que a empresa não operasse no vermelho. Isso está posto no contrato. Pois bem, as informações que a liderança do governo e que o governo passam é de que a Visate não está operando no vermelho, de que não há um desequilíbrio nas contas. Então o que não dá para admitir é penalizar os trabalhadores. É isso que está acontecendo. É jogar a população contra os trabalhadores que vão ficar sem salário. Então assim, precisamos dessa reunião urgente. É inadmissível isso. Eu não me lembro, na história de Caxias, de nós termos vivido algo parecido. E que bom que o vereador, nosso presidente da CDUTH, já se manifestou. Há de se ter aqui o secretário de Transporte. Acho que é o seguinte: tem que parar todas as agendas de todo mundo. A minha vai estar parada. Derrubei a agenda de hoje à tarde, para nós vermos isso. É um problema da cidade. As pessoas precisam ir trabalhar, e não é uma empresa que vai colocar uma cidade de joelhos. Me preocupa, por fim e concluo dizendo que me preocupa a falta de celeridade do prefeito. Eu não sei se sabia ou não, mas nós precisávamos ter sabido disso antes. Se a empresa tinha anunciado essa situação, mas eu acho que todas essas informações, na audiência pública ou reunião, eu vou ser um que tenho muitos questionamentos para fazer, e a população não pode ficar sem ônibus, nem os trabalhadores e as trabalhadoras que trabalham no transporte público da cidade podem ficar sem salário, porque o leite das crianças, a cesta básica precisa acontecer. Então desculpa se me estendi, mas muito obrigado, vereador Juliano.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Hoje, um dia que, de fato, para este vereador é bem triste aqui na Câmara de Vereadores, pois pela primeira vez eu observo aqui no plenário, tanto direita quanto esquerda, onde há acusações, agressões, inclusive com vereador. Então, para este vereador, é um dia que ficará na história aqui de Caxias do Sul. Acho que tudo tem que ser passivo e baseado no respeito, no diálogo, na educação e principalmente fazendo prática e uso das boas condutas, que é a família, a religiosidade e o bom convívio em sociedade. Mas essa semana saiu uma matéria atualizada, inclusive, foi no Portal Leouve, que existe aproximadamente 26 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social. Então são dados que nos trazem um processo de reflexão, porque debatemos tantos assuntos de grande relevância, mas algumas vezes esquecemos que moramos na cidade de Caxias do Sul, que é o segundo maior polo metalomecânico do país. E principalmente na região sul, e principalmente nessas bases, nós estamos esquecendo que a pobreza faz parte e muitas vezes passa despercebido, porque nem todos frequentam ou circulam nos bairros de mais vulnerabilidade na nossa cidade de Caxias. E no dia de hoje, onde que existe essa paralisação da empresa Visate, causa estranheza, porque vai começar a virar moda essas paralisações, e o nosso Executivo de Caxias do Sul, que envolve o prefeito Adiló; a vice-prefeita, Paula Ioris; nós, vereadores; nosso líder de governo, vereador Uez; a nossa vice-líder de governo, vereadora Marisol, não se vê algo mais contundente, onde que temos que ter atitudes urgentes. Aproximadamente 100 mil pessoas, hoje, ficaram sem o transporte coletivo, onde que isso aí interfere diretamente na vida das pessoas. Temos que manter os nossos empregos. Muitas pessoas na Rota do Sol, BR-116, tendo que se deslocar a pé, andando aí cinco, dez quilômetros para chegar ao seu trabalho. Isso não pode acontecer! Reforço que o Ministério Público tem que intervir, sim. Os sindicatos não é somente para ir para frente de empresas em época de dissídio, mas nesses momentos graves que Caxias está passando. Então ações urgentes têm que serem tomadas. Este vereador está à disposição, para que não se prolonguem...
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Um aparte, senhor vereador.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): ...essas pautas de tamanha importância. E reforço que o prefeito se organize, juntamente com a Secretaria de Trânsito, e também aos vanzeiros de Caxias do Sul que se for necessário... Se a Visate quer ficar parada, que pare; quer descumprir o contrato, cumpra-se, mas que seja penalizada. Enquanto isso, possamos achar vias alternativas: tem os vanzeiros, tem os transporte de ônibus e vamos colocar nas vias, para que essas pessoas não fiquem desassistidas. Seu aparte, vereador Dambrós.
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Eu quero parabenizar o nobre colega pelo tema. Também me chamou muito a atenção, mais precisamente dos dados da FAS, que hoje mais de 32 mil famílias inscritas no Cadastro Único, 27 mil famílias vivem em extrema pobreza em Caxias. Vou repetir, 27 mil famílias vivem na extrema pobreza em Caxias. São 80 mil pessoas com menos e R$ 497,00. Então não sei se a cidade conhece a cidade: Morada Feliz, Vale da Esperança, Recanto das Cascatas, Parque dos Pinhais, Paraíso Cristal, Canyon. Nós temos pobreza na nossa cidade. É isso que nós temos que discutir. E buscarmos formas de melhorar a vida dessas pessoas. Então, nobre colega, esta Casa precisa ajudar com que o Executivo tenha mais recurso para FAS, e que a gente melhore a vida dessas pessoas, porque é um mundo totalmente diferente do que muitos conhecem. Quantos valões nós temos na cidade ainda a céu aberto? Pega Coesp, Pinho Verde, Vale da Esperança. Então parabéns pelo tema! É uma preocupação que eu tenho. E parabéns pelo tema mais uma vez!
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Agradeço suas considerações, vereador Dambrós. E ressalto como é importante uma imprensa transparente e que, de fato, não feche os olhos para as causas nobres na sociedade. E tenho que, sim, parabenizar a Rádio Viva, Portal Leouve entre outros veículos que, de fato, são transparentes, que mostram a realidade, que vão aos bairros, que vão às comunidades. Porque, de fato, me preocupam certos políticos que, de fato, jogam para plateia, mas, de fato, não sabem a realidade dos bairros que, principalmente ali, temos que atuar e lutar pela democracia e principalmente pela igualdade social. Meu muito obrigado, presidente vereadora.
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Não houve manifestação

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