VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Bom dia a todos os colegas vereadores. Queria iniciar aqui minha fala fazendo um voto de pesar para mais uma pessoa, para mais uma caxiense ceifada pelo Covid-19. A Carminha, a Carmem Reis, que era mãe de uma querida aluna minha, a Alice, a Isabel, esposa do Gilberto. Uma mulher jovem e que internou há poucos dias, teve um quadro agravado e chegou até a sair da UTI, mas, enfim, o quadro agravou novamente e ela acabou falecendo.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (NOVO): Um aparte, vereador.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Então queria deixar um abraço muito fraterno para a Alice, que é a filha, para a Isabel e para o Gilberto, que é o esposo, que tenha coragem, força e muita fé neste momento tão difícil. Seu aparte concedido, vereador Marcon.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (NOVO): Bem, eu tive a... Eu conheci a Carminha também e ela era amiga da minha falecida mãe, estava sempre aqui pelo bairro. Fui professora da filha dela, da Alice. Fui professora de catequese dela. O único ano que eu dei aula na minha vida, fui professor. Realmente ela era uma pessoa querida por todos. A gente vê aí nas redes sociais a tristeza da comunidade. Então deixar o meu voto de pesar para as famílias e parabéns pela lembrança. Realmente, ela era uma pessoa muito legal.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Obrigado, vereador Marcon. Então, deixo o meu abraço fraterno para a família da Alice à lembrança da Carmem e a todos os caxienses que perderam os entes queridos nesses últimos dias. Obrigado, senhor presidente.
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VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Um momento de muitas perdas, de muita tristeza para Caxias do Sul, para o nosso estado, para o nosso país e é com muita dor que eu venho aqui declarar o voto de pesar ao pai do nosso companheiro de Executiva, o pai do nosso companheiro Adão Araújo. O senhor Adão Gomes Araújo que faleceu no dia de ontem, mais uma vítima da Covid-19. Nós podemos ver expressados nos costumes, no respeito, na criação do nosso companheiro a importância do companheiro Adão que infelizmente pegou a Covid e acabou vindo a falecer. Então eu gostaria de, em nome do Partido dos Trabalhadores, prestar a nossa solidariedade a família. Era marido da Dona Telma Araújo que também enfrenta dificuldades com a Covid. Desejamos muita força, muita luz, muita fé em um momento tão difícil como esse enfrentado, em um momento onde algo como uma perda como essa jamais será reparada. E aproveito e me solidarizo a todas as famílias que estão perdendo seus familiares, a todos os amigos e amigas que já tiveram alguém próximo, que sofreram com algo tão irreparável e que essa doença possa logo ser superada e que nós possamos logo celebrar a vida, celebrar o esperançar. Eu me solidarizo a toda a família do Adão Araújo Júnior, que ele possa, que seu pai possa descansar em paz.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Um aparte, vereadora Estela?
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Aparte concedido.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Da mesma forma, um abração ao nosso companheiro Adão, companheiro da Executiva Municipal do PT, que o pai dele fez a passagem ontem. A vereadora Estela trouxe um elemento ainda mais difícil de que, na família do Adão, a mãe do Adão passa por Covid e o Adão também está se recuperando. Então coragem, força e fé a toda a família. Que o Adão e a sua mãe também se recuperem o quanto antes. Obrigado, vereadora Estela.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Obrigada, vereador Lucas. Obrigada, presidente.
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VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Bom dia a todos e todas. É uma sessão que começa com um peso muito grande, nós termos que dar uma notícia que foi dada anteriormente. Mas eu quero trazer um assunto que a mim, acredito que a todas e todos os vereadores presentes é de extrema importância a gente poder estar tratando de muitos outros assuntos importantes neste momento, tendo em vista o período que nós enfrentamos, que existe muita relevância em diversos temas. E também poderíamos estar falando em questões secundárias que já se apresentam como algo mais importante para alguns vereadores aqui, mas acredito que é momento de nós debatermos coisas importantes que debatem acerca da vida das pessoas, que debatem acerca das necessidades reais e não necessidades pessoais aqui dentro da Casa. Eu quero trazer a questão da educação como tema do Grande Expediente. Agradecer a cedência do vereador Fiuza. Foi de surpresa, foi um pouco em cima da hora, mas agradeço o espaço para poder estar trazendo esse tema e esse pedido aos nobres pares para que a gente olhe para essa situação que é a situação da nossa educação. Houve uma reunião com a secretária de Educação, a secretária Sandra Negrini, a última reunião com todos os vereadores, onde ela expressa que eu poderia estar equivocada no momento em que eu falo que está havendo pouco entendimento e pouco diálogo com a comunidade escolar, sejam os pais, os diretores, os professores e até mesmo o Conselho Tutelar. E eu gostaria, então, de mostrar um áudio breve aqui para vocês para ver se eu estou equivocada, portanto, diversas outras pessoas que estão me procurando diariamente para expressar a sua dificuldade de ser atendido também estão. Deixar aqui expressado para a secretária que se eu estou equivocada, muitos outros pais, diretores e os próprios conselheiros tutelares também estão. Mostrar o áudio aqui para vocês. (Procede-se à execução do áudio.) Então nós podemos ver que, infelizmente, a educação que é um tema de tanta importância, que vem sendo tratado aqui dentro desta Casa, hoje, vem acompanhado de uma denúncia, que é muito fundamental ser feita pela Câmara de Vereadores tendo em vista a importância que a educação tem para a nossa sociedade. É através da educação que nós construímos uma sociedade de progresso. A educação e o diálogo são peças fundamentais de um bom governo. E é de extrema importância nós olharmos com sensibilidade para essa dificuldade enfrentada por tantos e tantas caxienses, que estão em busca de um atendimento, muitas vezes são atendidos de forma hostil ou que sequer são atendidos. Muitos desses pais estão trabalhando, tem que perder horas de trabalho para ficar ligando para a Secretaria sem ter o retorno devido. Isso, para além de tudo, é uma falta de respeito com a comunidade escolar, tendo em vista que estamos num período que gera muitas dúvidas, que se tem a incerteza se vai voltar, se não vai voltar. A gente vê que tem problemas com as matrículas já realizadas. Muitas ainda não conseguiram ser efetuadas, mas as que já conseguiram apresentam dificuldades porque elas não estão matriculadas na escola que colocaram como prioridade para os filhos. Então a gente precisa ter um atendimento que olhe de fato para a individualidade de cada um dos casos. Quando se trata de educação a gente precisa do maior envolvimento possível. A gente entende que o período é um período de muita dificuldade, que os trabalhos estão remotos, que os trabalhos estão com pessoal reduzido.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Um aparte, vereadora.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Já lhe concedo, vereador Cadore. Que os trabalhos estão com horário reduzido. Mas é de extrema importância nós olharmos para essa necessidade que chega diariamente até mim e que eu acredito que também chegue diariamente até vocês. O vereador Bressan já expressou inclusive, na sessão, que isso chega até ele. Então eu não quero pedir encarecidamente à secretária Sandra Negrini que não fale que nós estamos equivocados ao fazer essa cobrança, tendo em vista que essa cobrança não é uma cobrança nossa. Nós muito pouco temos, além de levar as demandas da sociedade. Mas a sociedade está procurando a secretaria para levar as suas próprias demandas e não está sendo atendida. Na última sessão, foi expressado pela bancada do PSDB que foi extremamente bem atendida pela Secretaria da Educação, e acredito que de fato tenha sido, tendo em vista que eles são base fundamental do governo dentro da Câmara de Vereadores. Então eu inclusive queria pedir a solidariedade e a ajuda dos nobres pares que fazem parte da base do governo Adiló aqui dentro. Que esse atendimento não seja um atendimento apenas para vocês, mas que ele seja um atendimento principalmente para a comunidade, que é usuária dos serviços ofertados pelo Município, que é usuária da educação e que enfrenta um desrespeito tão grande neste momento. Então, como foi expressado que esse atendimento ocorre, a gente consegue ver que tem como atender e que tem como atender bem, que tem como atender com respeito, que tem como atender com sensibilidade, que tem como atender olhando a individualidade de cada um dos casos. Mas esse atendimento assim não pode ser seletivo. Esse atendimento tem que ser para todos e todas. E, na minha visão, tem que ser principalmente para quem é usuário dos serviços, que são os pais, os diretores e os próprios conselheiros tutelares, que levam as demandas que existem em relação às crianças e adolescentes que sofrem com essa questão. Quero então, antes de passar a fala para o vereador Cadore, dizer que me marca muito que, na primeira fala do prefeito Adiló Didomenico, aqui dentro desta Casa, dentro da Câmara de Vereadores, ele expressa que essa gestão será a gestão do diálogo, que essa será a principal marca. E nós podemos ver claramente que isso não é uma realidade para com a Smed, para com a Secretaria da Educação. Então o governo Adiló precisa olhar para a escolha dos seus secretários, para a escolha do seu secretariado e ver onde a gente ainda tem lacunas. Porque, na educação, que a mim é uma das principais secretarias, principalmente neste momento nós não termos o atendimento necessário e o atendimento realizado da forma que deveria ser, expressa que essa principal marca que o governo Adiló quer deixar está sofrendo por culpa do mau atendimento ou do não atendimento da Secretaria da Educação.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Um parte, vereadora Estela.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Aparte, vereador Cadore. Já lhe concedo, vereador Lucas.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Na verdade, vereadora Estela, você pontua de uma forma parcial, no meu ponto de vista, duas posições. Uma, de que a secretária, de que o centro de matrículas não está atendendo bem. É uma posição tua, é parcial. A outra, é que nós, vereadores da base do governo, ou seja, do PSDB, temos regalias em função de ter um diálogo e ter uma proximidade com a secretária da Educação e os outros secretários. Eu discordo disso. Desde o primeiro momento do governo Adiló, por várias vezes os secretários foram até a Câmara nos abrir espaço, enfim, informar. Tudo que ocorre no Legislativo está acontecendo em Caxias. Eu faço, claro... Sempre que foi apontada a falta de diálogo em qualquer secretaria, eu, como líder do governo, eu sempre me posiciono a favor, digamos, do apontamento. Porque, tanto eu quanto o Adiló, como todos, defendem o diálogo. E eu acho que o governo Adiló tem diálogo. No primeiro momento, quando foi criticada a secretária de Educação, eu prontamente a procurei pessoalmente e fiz essa reclamação. Eu disse: “Secretária, o Legislativo, enfim, a comunidade como um todo vem reclamando do seu comportamento, enfim, da sua forma de gerir a Secretaria da Educação”. E ela prontamente aceitou a crítica e apresentou números e formas de contato para que a população tivesse mais facilidade. Então o que eu tenho a dizer para você é que concordo em parte com as críticas. Vou levar ao governo novamente essa reclamação, à secretária novamente, mas eu devo pontuar que às vezes essa crítica é pontual ou é às vezes até de uma perseguição pessoal por um histórico recém-passado.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Muito obrigada, vereadora Cadore. Para concluir...
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Então concordo com isso plenamente. Obrigado pelo aparte.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Desculpe, vereador Lucas, não vou conseguir lhe conceder o aparte, mas só para concluir, essa crítica que eu trago aqui ela é especificamente a questão da Secretaria de Educação. De fato, toda a Câmara de Vereadores, eu acredito que esteja sendo atendida pelos demais secretários. Eu, no momento oportuno, onde eu pude expressar essa demanda para a secretária de Educação, infelizmente, o que eu obtive dela não foi uma resposta que isso seria resolvido e foi sim uma desculpa de que eu estava equivocada e de que isso não acontecia. Foi explícito na fala dela de que essa questão não estava ocorrendo, que as pessoas estavam sendo atendidas. Então é por isso que houve a necessidade de trazer isso até o Grande Expediente para expressar tamanho desrespeito com a comunidade escolar em um tema tão importante que é a educação. Muito obrigada a todos e todas.
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VEREADORA DENISE PESSÔA (PT): Bom dia a todos e a todas. Eu tive que vir até a Câmara para conseguir acessar a sessão. Bom, acho que primeiro queria colocar então que sobre o ofício que encaminhamos à Mesa Diretora na semana passada, registrando e pedindo a atenção ao Código de Posturas, ele foi um ofício no sentido de que, bom, a gente estava recebendo alguns informes, alguns comentários por parte de algumas pessoas aqui da Câmara de que haveria vereador que estaria acessando a Câmara portando a arma. Bom, não me cabe julgar o porte de arma do vereador, mas entendendo que nós estamos no início de uma legislatura e que vários vereadores são novos e que, portanto, talvez não tivesse conhecimento sobre o Código de Ética da Câmara, eu optei então por fazer esse pedido por ofício ao presidente da Casa em função de que também a gente não pode fingir que não recebeu um comentário desses, a gente não pode prevaricar. Então, em posse dessa informação, eu acabei pedindo para que o presidente informasse às lideranças de que há um dispositivo em nosso Código de Ética que proíbe a utilização, então, a entrada na Câmara com armas. Então essa foi uma medida simplesmente para cobrar um dispositivo. E aqui eu não estou entrando em juízo de valor sobre por que está usando porte ou por que tem porte, se tem ou se não tem. Estou dizendo, estou cobrando um dispositivo que está regulamentado aqui na Câmara. Então só para deixar esse registro. Mas o tema que eu queria abordar hoje trata de uma carta que já se tornou pública pelos meios de comunicação, hoje inclusive no jornal da cidade. Trata de uma carta aberta à sociedade referente a medidas de combate a pandemia. Tem mais de 500 assinaturas, entre banqueiros e economistas, e traz vários elementos que são importantes para o debate. Então é importante dizer que entre as pessoas que assinam está o ex-ministro da Fazenda Pedro Malan, Maílson da Nóbrega, Marcílio Marques Moreira e Rubens Ricupero. Os ex-presidentes do Banco Central Armínio Fraga, Affonso Pastore, Gustavo Loyola entre outros, vários, tem banqueiros também. E esse documento traz vários elementos importantes no debate de conjuntura, principalmente aqui no Brasil. E diz num primeiro momento que:
 
Enquanto caminhamos para atingir a marca tétrica de 3 mil mortes por dia e um total de mortes acumuladas de 300 mil ainda esse mês, o quadro fica ainda mais alarmante com o esgotamento dos recursos de saúde na grande maioria de estados, com insuficiente número de leitos de UTI, respiradores e profissionais de saúde.
 
É importante dizer que, aqui no Rio Grande do Sul, a gente já está aí numa velocidade de aumento de pessoas que precisam de leito de UTIs.
 
A contração da economia afetou desproporcionalmente trabalhadores mais pobres e vulneráveis, com uma queda de 10,5% no número de trabalhadores informais empregados...
Esta recessão, assim como suas consequências sociais nefastas, foi causada pela pandemia e não será superada enquanto a pandemia não for controlada por uma atuação competente do governo federal. Este subutiliza ou utiliza mal os recursos de que dispõe, inclusive por ignorar ou negligenciar a evidência científica no desenho das ações para lidar com a pandemia. Sabemos que a saída definitiva da crise requer a vacinação em massa da população. Infelizmente, estamos atrasados. Em torno de 5% da população recebeu ao menos uma dose de vacina, o que nos coloca na 45ª posição no ranking mundial de doses aplicadas por habitante.
[…]
No momento, o Brasil passa por escassez de doses de vacina, com recorrentes atrasos no calendário de entregas e revisões para baixo na previsão de disponibilidade de doses a cada mês. […]
No ritmo atual, levaríamos mais de 3 anos para vacinar toda a população. O surgimento de novas cepas no país (em especial a P.1) comprovadamente mais transmissíveis e potencialmente mais agressivas, torna a vacinação ainda mais urgente. […] aumenta a probabilidade de surgirem novas variantes com potencial de diminuir a eficácia das vacinas atuais.
[…] Os recursos federais para compra de vacinas somam R$ 22 bilhões, uma pequena fração dos R$ 327 bilhões desembolsados nos programas de auxílio emergencial e manutenção do emprego no ano de 2020.
Impressiona – e aí a carta diz – impressiona a negligência com as aquisições, dado que, desde o início da pandemia, foram desembolsados R$ 528,3 bilhões em medidas de combate à pandemia, incluindo os custos adicionais de saúde e gastos para mitigação da deteriorada situação econômica. A redução do nível da atividade nos custou uma perda de arrecadação tributária apenas no âmbito federal de 6,9%, aproximadamente R$ 58 bilhões, e o atraso na vacinação irá custar em termos de produto ou renda não gerada nada menos do que estimados R$ 131,4 bilhões em 2021, supondo uma recuperação retardatária em 2 trimestres.
Nesta perspectiva, a relação benefício custo da vacina é da ordem de seis vezes para cada real gasto na sua aquisição e aplicação. A insuficiente oferta de vacinas no país não se deve ao seu elevado custo, nem à falta de recursos orçamentários, mas à falta de prioridade atribuída à vacinação.
O quadro atual ainda poderá deteriorar-se muito se não houver esforços efetivos de coordenação nacional no apoio a governadores e prefeitos para limitação de mobilidade. Enquanto se busca encurtar os tempos e aumentar o número de doses de vacina disponíveis, é urgente o reforço de medidas de distanciamento social.
Da mesma forma é essencial a introdução de incentivos e políticas públicas para uso de máscaras mais eficientes, em linha com os esforços observados na União Europeia e nos Estados Unidos.
A controvérsia em torno dos impactos econômicos do distanciamento social reflete o falso dilema entre salvar vidas e garantir o sustento da população vulnerável. Na realidade, dados preliminares de óbitos e desempenho econômico sugerem que os países com pior desempenho econômico tiveram mais óbitos de Covid-19. A experiência mostrou que mesmo países que optaram inicialmente por evitar o lockdown terminaram por adotá-lo, em formas variadas, diante do agravamento da pandemia – é o caso do Reino Unido, por exemplo. Estudos mostraram que diante da aceleração de novos casos, a população responde ficando mais avessa ao risco sanitário, aumentando o isolamento voluntário e levando à queda no consumo das famílias mesmo antes ou sem que medidas restritivas formais sejam adotadas.15 A recuperação econômica, por sua vez, é lenta e depende da retomada de confiança e maior previsibilidade da situação de saúde no país.
Logo, não é razoável esperar a recuperação da atividade econômica em uma epidemia descontrolada.
O efeito devastador da pandemia sobre a economia tornou evidente a precariedade do nosso sistema de proteção social. Em particular, os trabalhadores informais, que constituem mais de 40% da força de trabalho, não têm proteção contra o desemprego. No ano passado, o auxílio emergencial foi fundamental para assistir esses trabalhadores mais vulneráveis que perderam seus empregos, e levou a uma redução da pobreza, evidenciando a necessidade de melhoria do nosso sistema de proteção social. Enquanto a pandemia perdurar, medidas que apoiem os mais vulneráveis, como o auxílio emergencial, se fazem necessárias. Em paralelo, não devemos adiar mais o encaminhamento de uma reforma no sistema de proteção social, visando aprimorar a atual rede de assistência social e prover seguro aos informais. Uma proposta nesses moldes é o programa de Responsabilidade Social, patrocinado pelo Centro de Debate de Políticas Públicas, encaminhado para o Congresso no final do ano passado.
Outras medidas de apoio às pequenas e médias empresas também se fazem necessárias. A experiência internacional com programas de aval público para financiamento privado voltado para pequenos empreendedores durante um choque negativo foi bem-sucedida na manutenção de emprego, gerando um benefício líquido positivo à sociedade.
Estamos no limiar de uma fase explosiva da pandemia e é fundamental que a partir de agora as políticas públicas sejam alicerçadas em dados, informações confiáveis e evidência científica. Não há mais tempo para perder em debates estéreis e notícias falsas.
[...]
 
(Texto fornecido pela oradora.)
 
Ele vai falar sobre algumas medidas que acha importante, como acelerar o ritmo da vacinação, além de incentivar o uso de máscaras, tanto como distribuição de máscara e a orientação do uso, máscaras boas, não é, implementar medidas de distanciamento social no âmbito local com coordenação nacional pelo distanciamento social... (Esgotado o tempo regimental.) Só para finalizar. Com o agravamento dessa pandemia esses economistas, esses banqueiros fizeram esse documento que traz vários elementos e eles finalizam dizendo que há necessidade de que os políticos, que têm acesso à mídia, façam essa reprodução do que realmente funciona para a pandemia: uso de máscaras, distanciamento social. Ainda termina dizendo que o Brasil exige respeito. Então, quis trazer esse documento porque eu vejo que é um documento muito importante e que não tem carimbo de um partido político, mas tem de várias pessoas que ajudaram inclusive a construir o Brasil, a economia do Brasil.
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VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Obrigado. É que está bem baixo o seu microfone, presidente. Bom dia, senhor presidente, então, senhor presidente. Bom dia, senhores vereadores. Bom dia, senhoras vereadoras. Eu não peguei a parte na declaração... Já vou iniciar aqui meus trabalhos sobre a declaração da vereadora Estela Balardin. Estela, o nosso amigo companheiro vereador Lucas faz parte da Comissão de Educação, e todas as últimas segundas-feiras de cada mês, e ele já sabe disso, então a gente vai ampliar aqui, vai passar para todos os vereadores, inclusive vou colocar dentro do grupo das sessões para todos os vereadores ficarem sabendo. A Secretaria da Educação nos pediu, inclusive por um ofício através da secretária que todas as últimas segundas-feiras de cada mês a gente possa receber eles aqui na Casa presencialmente. Então, assim, que der, é claro. Se não der, nós vamos fazer online. Mas, a princípio, acredito que nos próximos dias a Casa estará aberta, então, para que fique claro que a secretária jamais se escondeu desse momento, que a secretária jamais não quis um diálogo com a Câmara de Vereadores. Ela nos respondeu por ofício, nos oficializou, a Comissão de Educação, e ela vai participar de todas as últimas segundas-feiras de cada mês, juntamente com a Comissão. Todos os vereadores estão convidados a participarem. Então a gente vai fazer as pautas. A pauta da próxima segunda-feira, onde ela vai estar presente, é sobre as matrículas. Então eu estou aqui bem tranquilo, neste momento, aqui, para dizer que a secretária que nos notificou dessa situação e que ela vai estar presente. Então, quem tiver alguma dúvida, a gente sabe do que ocorreu até agora em todas as situações de, infelizmente, as escolas estarem fechadas na bandeira preta. Aí complicou na questão das matrículas, na Central de Matrículas, porque não pode preencher muito número de alunos numa sala só. E tem que fazer daí o remanejo. Como não estava presencial, fica meio complicado. Então, nesse sentido eu vou deixar o convite aqui para que todos possam participar na última segunda-feira de cada mês. Na última segunda-feira, na reunião da Comissão, a gente vai estar recebendo sempre a secretária.
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Um apare, vereador.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Seu aparte concedido, vereadora.
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Obrigada, vereador Bressan. Eu acho importante que reforce dessas suas palavras, inclusive, que não foi um convite. Eu faço parte da Comissão de Educação. Não foi um convite da Comissão de educação. Quando foi convidada a secretária esteve conosco, assim como a coordenadora regional da Educação lá no começo. Mas não foi um convite nosso. É importante que isso fique bem claro inclusive para a comunidade, que a secretária enviou um ofício à Mesa Diretora, ao nosso presidente da Casa, se colocando à disposição para, uma vez por mês, prestar esclarecimentos. Aí o nosso presidente encaminhou à Comissão de Educação. Então a gente tem que também colocar na balança quando a gente usa, eu falo muito sobre isso, sobre a nossa responsabilidade aqui ao informar a comunidade. Sim, ela admite que há alguns problemas, que houve problemas na Central de Matrículas, e todos nós sabemos, a gente recebe isso. E por todos esses itens já explicados inclusive pelo vereador Bressan e que são óbvios a todos: a questão da pandemia, a redução do número de profissionais, todas essas dificuldades que estavam sendo vistas. Foi revisto, mais pessoas foram colocadas para ajudar dos dois lados, porque a Central de Matrículas não é da Smed. A Central de Matrículas é Smed e CRE, Coordenadoria Regional de Educação, porque ela atende de forma compartilhada rede estadual e rede municipal. Então outros profissionais foram colocados. Está o ideal? Com certeza não. Existe uma grande demanda, e a gente sabe que ela existe. Mas está, sim, muito melhor do que estava no começo, diante de todas as dificuldades. Ninguém imaginava que teríamos este momento de pandemia, de bandeira preta. A gente sabe que muitas inscrições também acabaram não sendo feitas porque não se sabia o que ia acontecer. A gente sabe que existe um número muito maior – né, vereador Bressa? – de procura neste momento também da rede privada, partindo para a república. Então é uma série de explicações que não pode ser justificativa para um serviço não realizado, mas que pode atenuar o fato de que todos os esforços estão sendo feitos neste sentido, para tentar atender. E não dá para a gente dizer que uma pessoa não quer se comunicar conosco quando ela mesma se oferece, sem que haja uma convocação ou qualquer coisa nesse sentido. Ela se oferece para estar à nossa disposição pelo menos uma vez por mês.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Um aparte, vereador Bressan.
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Muito obrigada pela palavra, pelo aparte, vereador Bressan.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Obrigado. Vereador Lucas, vou te dar então um apartezinho, porque eu tenho mais dois assuntos. Mas vou te dar. Pode falar.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Obrigado, vereador Bressan. Bem rápido. Acho que, de fato, são diferentes tipos de comunicação. Eu não sei se está disponível, mas era importante que a secretária e a gestão da Secretaria da Educação, os seus gerentes, pudessem disponibilizar os seus celulares aos diretores, enfim, aos órgãos correlatos, porque isso facilitaria e dirimiria o tempo de contato. Inclusive aqui para a Câmara. Vereador Bressan, se o senhor puder levar essa demanda. Não sei se foi feita. Eu tenho o contato da secretária. Mas acho que para os demais vereadores isso seria importante, já que a comunicação ela ocorre aqui com a Câmara, mas segue a reclamação de algumas pessoas que não. Por fim, vereador Bressan, já que o senhor é nosso presidente da Comissão de Educação e vice-líder do governo, tem algumas escolas de educação infantil que são conveniadas. Então são escolas da rede privada conveniadas e que reclamam que não receberam os valores referentes à última nota fiscal de dezembro. Segundo elas, falta uma assinatura. É um processo burocrático. Ok? Então gostaria que o senhor visse isso com atenção. A secretaria já foi contatada sobre isso. Depois eu posso lhe passar o nome de algumas escolas. Mas, se o senhor puder ver essa situação, nos auxiliar, intermediar, eu lhe agradeço. Obrigado, vereador.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Obrigado, vereador. Desculpa, se não eu vou me atrasar aqui um pouquinho no outro assunto. Mas, beleza, perfeito o que vocês colocam aqui, podem ter certeza que eu levarei, sim. Acho que disponibilizar os telefones, sim, a gente vai cobrar. Assim que eu tiver todos, eu coloco no grupo dos vereadores, não tem problema nenhum. E quanto a isso, sabe, confirmar que a secretária nos mandou ofício, só reforçando, então, ela estará presente. Quem quiser participar, o calendário está pronto, e eu vou enviar no grupo. Pessoal, trocar um pouquinho de assunto. Eu vou falar um pouquinho daquela decisão judicial de sexta-feira, à noite. Aquele desserviço que foi feito por aquele juiz de Porto Alegre. Uma vergonha! Depois de todo o trabalho dos vereadores aqui, principalmente os que lutam, sim, para que o comércio volte, para que os serviços voltem, para que tudo volte ao normal em Caxias do Sul, a gente assistindo às lives do governador, assistindo às lives da secretária Arita, que é da Saúde do Estado do Rio Grande do Sul. E posterior a isso, um juiz sem estudo nenhum, nenhum, estudo ele pode ter para ser juiz, mas não sobre a pandemia, e ele determinar o cancelamento da cogestão. Isso foi uma vergonha! Isso é uma vergonha! Quem não quiser, já foi dito, que não trabalhe, que fique em casa, que faça lockdown como quiser, agora as pessoas não aguentam mais, estão morrendo de fome. E a gente aqui é defensor, sim, e vou trazer mais uma vez o tratamento precoce, a defesa ao tratamento precoce, sim. A pessoa que der positivo no Covid não pode ser mandada para casa para esperar até a hora de buscar um oxigênio, que já estamos com problemas seriíssimos com oxigênio. Sorocaba acabou de protocolar, estou com protocolo aqui de Sorocaba, a Prefeitura de Sorocaba inicia, a partir de sexta-feira, – sexta passada, já iniciou então – o protocolo de tratamento precoce contra a Covid-19. E eu vou ser um batalhador aqui junto aos empresários de Caxias que estão também recorrendo a esse assunto e vão estar conosco vereadores, que quem quiser nessa situação vai estar conosco e quem não quiser não tem problema, não precisa criticar é só não tomar. Ninguém vai ser obrigado a fazer o tratamento precoce, mas nós vamos defender. E quanto às vacinas, gente, eu sei que muita gente aqui está debatendo sobre as vacinas, dizendo que o governo federal está atrasado, não deu bola, zombou das vacinas... Isso está acontecendo na Itália, gente. Olha, a matéria aqui de hoje, matéria de hoje do jornal Zero Hora, para vocês verem, a Itália, o país por onde a Covid começou, iniciou praticamente, está com 12,97% das pessoas imunizadas; a França, 12,58; a Espanha, 12,82; a Alemanha, 12,05%. Então aí os países de primeiro mundo, que todo mundo gosta de encher a boca aqui dentro da Casa para falar que o Brasil está uma merda, desculpa a palavra, está ruim, que não consegue, enfim, imunizar as pessoas, está atrasado, e, na Europa, a gente vê aqui que estão com 12% lá onde se iniciou, países muitos menores que o Brasil. (Esgotado o tempo regimental.) Só para concluir, senhor presidente. Muito menores que o Brasil e estão completamente atrasados. Então é claro que a vacina tem que vim, a gente é a favor, mas a gente sabe que faltam insumos, que faltam insumos. As (falha no microfone) estão aí, mas se não tiver o insumo não dá para fazer. Era isso, senhor presidente. Desculpa passar um pouquinho do tempo. Obrigado, senhor presidente, senhoras e senhores vereadores.
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VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Vereador Juliano, você me concede um apartezinho?
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Pode ser na conclusão?
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Pode.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Tá. Muito bom dia, presidente, demais vereadores, e a população caxiense. Hoje, eu trago um tema de grande importância o qual eu me sinto numa situação “desconstrangedora”... Acho que deu problema, alô.
PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PTB): Estamos ouvindo, pode continuar, vereador Juliano Valim.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Na sexta-feira, no dia 19 de março, este vereador questionou a secretária Daniele Meneguzzi, da Secretaria da Saúde. Por que não tinha vacina este final de semana? Entre sexta-feira e segunda, são dias que as pessoas do grupo de risco poderiam ter recebido, sim, as suas vacinas com antecedência. Porque o Brasil inteiro está clamando por vacina. O Governo Federal, está todo mundo criticando o Bolsonaro, que não estão sendo compradas vacinas e tudo mais, que está demorando. Mas agora fica a pergunta. Caxias tem estoque de vacinas. Está perdendo para Flores da Cunha, para Farroupilha, que neste final de semana fez mutirão de vacina, e Caxias não. Imagina quantas pessoas, quantos idosos deixaram de ser vacinados? Então assim, é lamentável essa situação. Eu tive o privilégio de questionar a secretária. Ela me mandou um áudio. Faço questão de ler para você, que está nos acompanhando, possa ter essa agilidade e poder prestar atenção. O que a secretária me respondeu? “A secretária afirma que, pelo qualitativo de doses que foram recebidas pelas estruturas do Município, estão dando conta de tudo. E, a partir do momento que obtiverem um número maior de doses, um público-alvo maior será atingido. E ela acredita que vão montar uma estratégia para os finais de semana”. Então ela vai esperar aumentar, ter uma quantidade maior para ter esse processo de vacinação. Então este vereador acha extremamente incoerente o que está acontecendo. Quando chega a vacina não se pode esperar. Inclusive, tem uma matéria interessante do jornal Pioneiro de hoje. Até parabéns à imprensa caxiense, em especial ao Pioneiro, que fez uma matéria fantástica este final de semana. Vou ler aqui. “Peço celeridade aos municípios na aplicação, até força-tarefa, pois temos que correr para ampliar o número de pessoas vacinadas. Diz a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann”. Então estão clamando para que haja agilidade no processo de vacinação. Até fiz uma publicação nas minhas redes sociais, no Facebook. Teve uma profissional que questionou, que eles também precisam descanso. Concordo. Só que eles receberam a vacinação. De fato, eles não vão ter risco de vir a óbito. Então eles têm que, sim, se preocupar em agilizar para que a gente possa minimizar o máximo possível de pessoas que possam vir a óbito. Então este vereador pede que a Comissão da Saúde possa olhar para esse assunto, que possa, na próxima sessão de quinta-feira, nos apresentar algum parecer sobre esse assunto. Esse assunto é sério. Imagina quantas pessoas foram contaminadas neste final de semana. Então eles poderiam ser, sim, vacinados; os familiares poderiam, sim, ter levado essas pessoas para receberem as vacinas.
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Um aparte, vereador.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Então assim, o Brasil todo está clamando por vacinas. E Caxias com estoque e não faz uso das mesmas. Flores da Cunha e Farroupilha fizeram mutirão. Então faço questão de reforçar esses tópicos, porque é uma calamidade no meu ponto de vista. Por gentileza, o aparte, vereadora.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Para mim?
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Pode ser para a vereadora... Pode ser para você, Estela. Depois nós passamos para a vereadora seguinte.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Na verdade, eu queria ter falado no iniciozinho, porque é algo bem rapidinho. Só para trazer alguns dados que eu acho que são importantes. A procura pelo remédio de sarna e piolho cresceu 557% neste último período. É muito estranho que o crescimento da procura por remédio de sarna e piolho no momento da covid-19, mas é porque a invermectina é um dos remédios indicados para o tratamento precoce, que não existe. Mas a gente também pode ver que esse kit de tratamento precoce está levando a um aumento gigantesco na procura por transplante de fígado, tendo em vista o quão prejudicial é esse tratamento. Algumas pessoas inclusive morreram por causa disso, e foi comprovado por laudo médico que foi pelo uso de medicamentos. Mas talvez essas vidas não sejam tão importantes, tendo em vista que essa não é a regra. Mas é a regra que 60% dos pacientes que realizaram o tratamento precoce foram internados. Então a gente tem um aumento gigantesco na procura de remédios para sarna e piolho, que é o que está sendo falado que previne a covid-19, e agente tem essas pessoas que estão usando o remédio para sarna e piolho indo, 70% delas, para leitos de UTI. Então a gente pode ver que esse tratamento talvez não exista.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Vereadora Marisol, por gentileza.
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Obrigada, vereador. Na verdade, eu quero dizer que fico muito triste de lhe ouvir. Gosto sempre de lhe ouvir, gosto sempre das suas considerações, mas hoje fiquei triste. A gente tem acompanhado de perto o trabalho da Secretaria de Saúde, e não é porque nós somos governado, porque qualquer um pode acompanhar, porque a secretária Daniele tem uma abertura de ouvir e de dialogar que é realmente incrível com todos sempre, e eu sei que é com todos. Aí ouvir esse tipo de coisa, realmente me machuca um pouco. Caxias tem sido exemplo na questão da vacinação. A gente atinge uma faixa etária hoje, hoje estamos em 72, 73, e temos vindo com uma forma que é exemplo para muitos municípios. Aí é preciso que a gente diga que não há estoques, vereador. O que há é uma preocupação muito grande em relação a oferecer aquilo a que se propõe. A gente tem visto exemplos de outraos lugares, de outras cidades em que, às vezes: “Pode vir vacinar quem quiser, dos 80 à não sei o que.”, enfim, e aí chega lá e não tem vacina. A Secretaria tem sido tão coerente, tem feito dentro daquilo que tem, ela calcula uma média: nessa faixa etária, 72, 73, eu tenho não sei quantas mil pessoas, e coloca um pouco mais, claro, com uma margem, porque a gente sabe que pode ser de quem veio de grupos anteriores, pode ser também aquilo que a gente já falou que não é daqui, enfim, mas tem sido com uma coerência, com um cuidado que ouvir isso realmente me machuca, porque é um trabalho muito sério que não tem absolutamente nada de incoerente. Muito pelo contrário. O que a gente está vendo em muitos lugares é isso, e vimos sendo noticiado por aí, e, às vezes, se oferece, diz muito mais e chega lá, 3h30 da manhã as pessoas na fila e quando chega 9 horas, quando está começando, praticamente não tem mais doses. Aqui não acontece isso. Aqui é coerente, correto. Então, eu preciso lhe dizer que eu ouvir isso é uma afronta a todo o trabalho dedicado, cuidadoso, que não só a secretária Daniele, mas toda a Secretaria tem feito com respeito e com muita atenção a isso. Não há estoques. Há uma preocupação de oferecer aquilo que tem dentro do que é o limite da faixa etária, e exemplo. Não vamos criar problema nisso, porque a vacinação só não está sendo maior porque não há mais doses. Se houvesse, teria sido muito maior ainda. Desculpa. Obrigada pelo aparte, vereador.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Agradeço, vereadora Marisol, e volto a ressaltar: no momento que tem vacinação em casa, tem que se aplicar. Não podemos (Falha no áudio) por exemplo, Farroupilha, Flores da Cunha, que está sendo exemplo no processo de vacinação. Então, se tem vacina, está lá parada, correndo risco, muitas vezes de ficar ali parado, vamos imaginar questão de roubos, enfim, se tem vacina, não se pode admitir... Tem que aplicar nas pessoas para a gente evitar possíveis óbitos no futuro. Qual é o proximo vereador que pediu aparte, por gentileza?
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Fui eu, vereador. Bressan. Posso falar?
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Pode falar, meu nobre amigo, Bressan.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Só para deixar claro na questão da fala da vereadora Estela, que não sou eu que dou o remédio, não sou eu que faço a receita. Eu não sou médico. Quem medica é o médico. Quem da o receituário é o médico. Então, se aumentou ou alguma coisa desse tipo na questão do tratamento precoce, foi o médico que autorizou, não fui eu. E é simples: não toma. Já foi falado: quem não acredita, não toma. Vai dizer isso para quem se curou com a ivermectina e com o tratamento precoce. Não vem falar para nós. Assim, quem não é a favor, é tranquilo. Está muito politizado isso. Obrigado pelo aparte,vereador.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Vereador Bressan, tocando nesse assunto do tratamento precoce, eu também sou da seguinte opinião: se caso for estabelecido e seja aprovado no município de Caxias do Sul não é obrigatório, não vai ser colocado nada na cabeça da pessoa e forçar. Quem acha que é necessário e que seja de bom uso, que utilize. Vai que dá certo. Hoje, cientificamente, muitos dizem que não, mas se a pessoa quer e for aprovado, que utilize. Então, que faça bom uso, que Deus ilumine e que dê certo, não é. Eu acho que tudo que for de energia positiva, tudo que vem a cooperar e agregar valor para a nossa sociedade, nós temos que ficar juntos. Voltando ao assunto...
PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PTB): Concluindo, vereador. Estourou já em mais de um minuto. Concluindo.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Ok. Só para concluir, presidente. Que possa, sim, a Comissão da Saúde analisar a situação dos próximos finais de semana se tiver vacina que seja aplicada no cidadão caxiense para a gente agilizar o quanto antes, e que nós possamos ter uma qualidade de vida excelente para o nosso Município. Muito obrigado, presidente, demais vereadores e ao público que está nos prestigiando pelas redes sociais e TV Câmara. Muito obrigado.
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VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Senhor presidente, senhoras e senhores vereadores, bom dia a todos. Seguindo nesse assunto, nessa linha, volto a ressaltar o que o vereador Bressan falou, quando protocolamos a indicação da profilaxia e do tratamento precoce. E volto a frisar na sessão plenária, sessão on-line que recebemos uma moção de diversos médicos de Caxias do Sul que são favoráveis à profilaxia e ao tratamento precoce. Se os médicos estão dizendo que há uma efetividade, que há estudos comprovando, que há uma eficácia no combate ao Coronavírus não tem o porquê nós estarmos aqui (falha no microfone). Foi feita uma indicação por parte do vereador Bressan e por minha parte onde não há obrigatoriedade. Que fique bem claro, vou repetir isso, não há obrigatoriedade de se tomar o medicamento, toma quem quer. O Município disponibiliza, se não me engano, vereador Bressan, o senhor pode me corrigir, mas foi comprado no governo do prefeito Cassina ou a Cloroquina ou a Hidroxicloroquina ou foi disponibilizado pelo governo federal, eu não me lembro bem, mas eu sei que tem no Município. E eu sei que não tem a Ivermectina, porque parece que os empresários também de alguns sindicatos patronais aí estão se movimentando para aquisição e doação para o nosso Município, para disponibilizar. Se o médico entender por bem que deve receitar o tratamento precoce, a profilaxia que o faça, se o paciente aceita não tem por que não fazer. É como eu já falei em sessão aqui, eu tomei quando eu peguei Covid no final do ano.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Um aparte?
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Eu passei tranquilamente por esse processo graças ao bom Deus. A minha família tomou desde o início da pandemia, ninguém pegou o Covid. Então eu só queria deixar bem claro para todos e volto a dizer: não há obrigatoriedade. Obviamente, tem remédios que são recomendados para tal problema, para isso e para aquilo, mas também com estudos e com novas doenças surgindo pode ser que também resolva para o Coronavírus. Não importa se é de sarna, se é de pulga, se é de vermes, entendeu? Se foi feito um estudo e ajuda no combate ao Coronavírus também pode ser para o combate ao Coronavírus. É simples! Essa é a minha opinião. Quero deixar claro, é a minha opinião.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Um aparte, vereador?
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Estudos apresentados e na opinião de diversos médicos, inclusive, do nosso Município.
VEREADOR RICARDO DANELUZ (PDT): Pelo um aparte, vereador?
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Nós não estamos falando em um ou dois médicos; é uma lista de três páginas de médicos de Caxias do Sul. Seu aparte, vereador Cadore. O senhor pediu primeiro, vereador Bressan? Por favor.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Vereador Bortola, muito bem colocadas as suas palavras, muito importante deixar claro mais uma vez que a gente que fez a indicação, é para quem realmente quer. E não somos nós que ministramos a questão do receituário, a gente não é médico, a gente sabe disso, então a gente tem que passar essa responsabilidade para o médico e para o paciente que quer. É de comum acordo. A gente não vai obrigar ninguém aqui a tomar o remédio. E eu fico triste, magoado quando vem uma vereadora, não porque a senhora é do PT, vereadora, mas está politizado o que alguns vereadores ou deputados falam que é bom, se for da direita é ruim, agora se for da esquerda é bom. Então para de fazer “que não presta”, “que não é bom o remédio”. Para! O vereador aqui acabou de dizer que tomou enquanto esteve com o problema da covid e se recuperou, graças a Deus. Então vamos deixar as pessoas acreditarem e deixar as pessoas que estiverem em comum acordo de tomar, entre o seu médico, que vai receitar, e a pessoa. Pronto! E quem não quiser não toma. Então para de zombar das pessoas que estão tomando e graças a Deus estão se recuperando. Obrigado, vereador.
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Obrigado, vereador Bressan. Eu não sei se o vereador Olmir Cadore pediu aparte?
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Pedi.
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Por gentileza, vereador.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Na verdade, o que eu gostaria de manifestar aqui, acho que é de conhecimento de muitos, que as UBSs que ficaram designadas para fazer os exames e as vacinas aqui em Caxias, são feitos testes, a pessoa que chegar com suspeita de covid é feito o teste. Se der negativo, 48 horas volta, repete. Para o teste não espera mais 72 horas, o que é muito importante. Porque muitas vezes foi criticada a demora do resultado do teste. Então o teste sai na hora. Se essa pessoa for atestada, digamos, tiver a covid, o teste for positivo, toda a família, agora num convênio que a Prefeitura tem com os alunos da Medicina da UCS, os alunos da Medicina vão e fazem a pesquisa ativa na família. Ou seja, se outros familiares possuem a covid. E aí a recomendação é isolamento e todos os cuidados. Mas eu gostaria de acrescentar também, em relação aos protocolos, que é um assunto muito polêmico, a Prefeitura de Caxias também...
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Um aparte, vereador.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Ela dispõe ou ela pede para que os médicos, além do paracetamol e o acompanhamento da temperatura do paciente, que o médico já faça uma prescrição conforme o seu critério, a sua vontade e o seu conhecimento. Então é recomendado o uso de medicação, mas muito respeitando a posição do médico presente. Então é uma conduta eu acho que procedente, porque às vezes não é só o paracetamol que vai resolver, tem que dar uma medicação mais complexa. Independente de ser de um partido ou do outro, desse protocolo ou não. Então o prefeito tomou essa atitude. Acho que o resultado está sendo muito positivo também. Era isso. Muito obrigado pelo aparte.
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Obrigado. Vereador Daneluz.
VEREADOR RICARDO DANELUZ (PDT): Vereador Bortola, parabéns pela questão, por todo o empenho que vem fazendo nessa questão do tratamento precoce. É lamentável que a gente veja essa politização em todos os assuntos. Então imaginem que tem até pessoas entrando na justiça para que não seja usada uma medicação. Vamos buscar salvar vidas, buscar aqueles municípios onde está funcionando o tratamento precoce. É evidente que é necessário que o médico receite, é evidentemente também que o paciente vai tomar se ele quiser. Então, quanto mais pessoas forem evitadas de passar pela tubulação, mais pessoas serão salvas. Porque a gente tem visto que, depois que a pessoa é intubada, a probabilidade de sair com vida reduz bastante. Então vamos buscar os bons exemplos e vamos, aqui em Caxias do Sul, propor essa questão do tratamento precoce, buscar medicamentos e buscar salvar vidas, que é o grande objetivo. E deixar a política de lado. Como falou o Bressan, parece que tudo tem que virar política aqui no Brasil, infelizmente. Então sou favorável ao tratamento precoce. Inclusive fizemos uma indicação também ao prefeito. Já venho me manifestando há um bom tempo nessa questão. E vamos ver onde funcionou. A ferramenta que nós temos, hoje, é essa. Não adianta a gente querer buscar aquilo que ainda não existe. Obrigado, vereador Bortola.
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Obrigado, vereador Daneluz. Teve uma vereadora que pediu aparte.
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Eu, Marisol.
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Vereadora Marisol. Por gentileza, vereadora.
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Posso? É rapidinho. Dentro do assunto saúde, eu entendo os lados todos que estão se apresentando. Mas eu defendo aquela ideia de que, assim, a gente não pode nunca querer saber mais, né? Como vocês estão dizendo, talvez saber mais do que os profissionais de saúde. Aí eu volto para falar também de informação. O Cadore trouxe alguma questão ali sobre vacinas, sobre testagem. Só também, ainda em relação à informação, eu acho que a gente não pode querer saber mais do que a nossa Secretaria da Saúde, que tem feito de tudo para agilizar toda a imunização. Até porque não teria nenhum interesse de ser diferente, em aumentar essa lista, que agora neste momento já é de 66 pessoas que aguardam na fila da UTI. Eu quero só esclarecer também ao vereador Juliano Valim, quando digo que a gente não tem que saber mais do que a secretaria, a secretaria já vinha pensando, já vem pensando em outras estratégias. Essa questão de fim de semana, é uma informação que chega agora, que inclusive pode haver um momento, uma ação de vacinação no final de semana, mas é uma justificativa, é uma estratégia que só se justifica quando há mais doses. Foram 11 mil na semana passada, 11 mil que devem ser recebidas hoje e aí sim se justifica, porque levar as pessoas no sábado, para ir lá vacinar e a pessoa chegar lá e não ter, isso sim é um desrespeito com a população. Obrigado, vereadora.
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Obrigado, vereadora. Eu vou pedir desculpas ao vereador Fantinel que eu não vou conseguir passar o aparte, mas agradeço ao presidente e aos nobres vereadores. Obrigado.
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VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Senhor presidente, colegas vereadores e vereadoras. A primeira questão que eu trago aqui é um assunto levantado pela vereadora Estela, que aí, vereadora, eu entrei em contato com a secretária desde o início do ano e agora nós tivemos uma reunião na semana passada onde nós levantamos diversos questionamentos – eu e a minha assessoria, junto com a secretária de Educação. Porque nós temos diversas informações similares a da senhora e, com certeza de outros gabinetes, pela falta de as famílias conseguirem acessar a Secretaria de Educação. Aí, vereadora, a resposta que nós tivemos é que somente um telefone para toda a população de Caxias do Sul para as inscrições da educação infantil, ou seja, eles atendem cerca de 40 pessoas por dia para inscrição das crianças da pré-escola. Isso está dificultando muito. Parece que semana passada, segunda a secretaria, na semana anterior, o único telefone que tinha queimou de tantas pessoas ligando insistentemente. Tem uma única pessoa para atender todas as ligações da Educação Infantil. Então há uma dificuldade também nesse ponto. Esperamos que, agora, com a volta da cogestão, como nós estamos em bandeira vermelha, segundo o município, que o prefeito consiga colocar algum outro servidor para ajudar, porque também tem o esgotamento daquela única pessoa que está lá. Então imagina, se ela diz que cada pessoa demora de 15 a 20 minutos para atender cada ligação e fazer o cadastro, imagina atender duas mil pessoas, só 40 por dia. Então há uma dificuldade muito grande, principalmente na Central de Matrículas, que é uma questão não só do município, mas também do Estado e precisam ajustar essa questão. Mas eu só quero falar, colegas vereadores, meu tempo é bem breve, como a Comissão de Saúde foi citada. Talvez, o vereador Juliano Valim não conheça meu telefone que está no grupo dos vereadores, ele podia entrar em contato como muitos vereadores me contatam no final de semana, de madrugada, de manhã. Meu telefone está sempre à disposição, vereador. O senhor citou a Comissão de Saúde, então, vou lhe dar a resposta. Algumas pessoas me procuraram sobre essa situação. Eu já há muito tempo já falei com a secretária Daniele e com o Dino, que aqui uma das melhores secretarias que nós temos é a Secretaria de Saúde, a mais acessível que eu posso dizer. O João Uez, a Gregora, mas a Secretaria da Saúde, principalmente o diretor Dino. Eu quero lhe dizer, vereador, que essas pessoas que trabalham no drive-thru, por exemplo, começam às 9 horas da manhã e ficam até às 17 horas de pé, sem sentar, comendo rapidamente para atender a população, porque elas vacinam cerca de duas a três mil pessoas ao dia. É uma equipe que eles tiveram que tirar das UBSs para colocar lá vacinando as pessoas. Nós também temos as UBSs que estão atendendo a população para a vacinação. Elas comem uma comida rápida, doada pela comunidade, porque não tem restaurantes por perto. Eles não podem nem parar para continuar a vacinação, porque é todo um sistema. Tem que colocar, tirar, vacinar a pessoa e colocar no sistema. Eu não sei se o senhor pensou nisso, vereador, mas a equipe está no seu limite. Eles não aguentam mais. Não somente limite de pessoal. Esses dias eu falei aqui na Câmara que mais de 40 servidores, dois semana passada foram exonerados do município, por questões da... Grevistas. Nós perdemos mais dois profissionais. A vacina sempre foi contínua, nunca foi interrompida a vacina. Até sexta-feira, a previsão do Município é vacinar as pessoas com 70 anos. Só que também, vereador, em contrapartida, se o senhor tivesse me procurado, eu poderia lhe falar, não estão vacinando no final de semana aqui em Caxias, agora, porque daqui a pouco o senhor vai dizer: Ah, eu fiz o indicativo de vacinar no final de semana e consegui. Não. Os insumos, por exemplo, as seringas o estoque está muito baixo no Estado, está baixíssimo o estoque que vem do Estado, então o Município também tem que readequar, porque, daí, vereador, são 10ml que são vacinados. A agulha de Caxias do Sul é uma agulha especial que cada dez agulhas sobra uma. E aqui o vereador Bressan e o vereador Cadore que estiveram na reunião com o Dino, eles apresentaram para nós, a cada dez vacinas sobra uma, por quê? Porque a agulha que Caxias do Sul está usando é especial, além de todo o Estado que consegue filtrar toda e não deixa sobra para vacinar uma pessoa a mais. Então Caxias do Sul dá exemplo até nisso. Sabe, vereador, nem tudo é como a gente imagina ou como a gente gostaria, porque é fácil a gente dar opinião não é? Agora, a gente tem que ouvir quem tem conhecimento do assunto, quem trabalha, que é o caso do Dino, que é diretor da Secretaria; que é a Daniela, que é uma gestora capacitada que trabalhou em hospitais como o Pompeia, que vem oferecendo um trabalho excelente. Ela deixou a marca dela, tanto é que o Hospital Pompeia é o 32º melhor hospital do Brasil. Mas os profissionais da saúde, aqui eu quero me solidarizar com todos eles, todos os profissionais da saúde, a todas as pessoas que trabalham também na retaguarda, o pessoal da Guarda, os atendentes, os recepcionistas, os higienizadores principalmente também, os profissionais que compõem esse quadro da saúde, eles estão adoecendo emocionalmente e fisicamente. As pessoas estão esgotadas, elas não aguentam mais, vereador. Sabe o senhor, assim, quantas... Ah, eles estão vacinados, o pessoal da saúde, então deixa que eles vão  para o tudo ou nada. Não é bem assim. Muitos desses profissionais estão doentes, mas não só doentes fisicamente e também emocionalmente. Sabem, compartilho com vocês um gerente que teve seu pai que veio a óbito, essas pessoas também sofrem. Elas sofrem, porque muitos familiares desses profissionais estão adoecidos, estão na UTI, todos com Covid. Por exemplo, como que é o caso desse gerente da UBS que o pai dele veio a óbito. Então o impacto emocional é muito grande. Não sei se o senhor está entendendo o meu raciocínio, vereador. Então não é bem assim como se imagina. Esses profissionais da saúde, eles não são escravos da população, eles são povo como nós, povo, eles estão trabalhando com o povo. Isso é uma visão muito perversa, ah, já que eles estão vacinados, têm que trabalhar sete dias da semana. Mas tem agora, a sexta-feira santa, a Páscoa, eles merecem um dia de folga. E se não tiver folga, eles vão ter que achar um jeito para descansar pelo menos um dia. Então eles têm direito a descanso, sim. O Dino já me falou também, que é o diretor da Secretaria da Saúde, que eles consideram abrir nos finais de semana, muito logo, vindo mais um estoque de vacinas, que eles vão ofertar mais um estoque de vacina. Eles estão tentando ampliar a escala, só que a questão é que não tem insumos também que vêm do Estado. Agora, quero trazer uma informação talvez em primeira mão a todos os colegas vereadores, até o dia 15 de abril, Caxias do Sul vai estar na vanguarda do nosso Estado. Nós pretendemos estar com todo o estoque, toda a população até os 60 anos vacinada, até o dia 15 de abril, com perspectiva, o modelo que a Secretaria da Saúde está trabalhando, de 60 anos acima, toda essa faixa etária estará imunizada.  Então por quê? É um trabalho articulado da Secretaria da Saúde, aqui todos os profissionais da Secretaria, do Jurídico, da Central de Leitos, enfim, mas aqui eu destaco duas pessoas que estão na cabeça que são a secretária Daniele e também o Dino, que olha o que fizeram na nossa Secretaria. Uma coisa que eu vinha falando há oito anos aqui na Câmara: por que não descentralizam a farmácia do CES? Agora já descentralizaram. Tem a Regional Esplanada, que já tinha; lá no Rizzo agora estão colocando; no Cruzeiro; e outras regiões da nossa cidade; o que vai evitar de as pessoas se aglomerarem, fazerem filas quilométricas lá na frente do CES, que vai da Sinimbu até a Júlio. As pessoas ficarem expostas no sol, na chuva, agora a questão da aglomeração do Covid, vão economizar a passagem de ônibus dentro dos seus bairros. A questão da vacinação, que centralizaram em algumas UBSs. Então é muito importante essa forma articulada que a secretaria está trabalhando junto às UBSs, mas também com todo o seu quadro de servidores. Então, quero deixar minha solidariedade a todos os trabalhadores da área da saúde e dizer que eles estão fazendo a sua parte. Eu tenho conversado diariamente e diretamente, várias vezes ao dia, com o Dino, com a secretária, com os diretores dos hospitais, com os diretores das UPAs aqui de Caxias. Eles estão esgotados. Os próprios diretores não aguentam mais a pressão que estão sofrendo vendo as pessoas morrerem. Vocês imaginem, colegas, essas pessoas. Eles são profissionais para salvar vidas, e as pessoas estão morrendo nas mãos deles diariamente. As pessoas estão vindo a óbito. Então a minha solidariedade a esses profissionais. Continuem fazendo esse belo trabalho. Quem quiser ajudar também, alguns que são da área social, quiserem ajudar com uma refeição, com lanche, alguma coisa. Os profissionais da saúde são agradecidos ali no drive-thru. Então isso é importante destacar, que eles estão fazendo um belo trabalho. Colegas, aos que tem meu telefone, continua à disposição da população: 996965190. O do gabinete: 32181667. Está à disposição para sanar todas as dúvidas da questão da saúde pública em Caxias do Sul. Talvez a gente não resolva, mas todos os questionamentos vão ser encaminhados e respondidos. Obrigado, presidente.
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VEREADORA DENISE PESSÔA (PT): Acho que agora, trazendo um pouco dessa questão do tratamento precoce que está em debate na Câmara, o que me chama atenção em algumas falas de alguns vereadores é que alguns vereadores dizem: “Ah, a gente vai respeitar a autonomia do médico de receitar e tal...”. Aí, se faz a indicação para o Executivo sobre a questão do tratamento precoce. Bom, primeiro, aí eu pergunto: como é antes dessa indicação? Essa indicação, na boa, não tem utilidade nenhuma, porque sem a indicação os médicos já tem autonomia para medicar o que quiserem. Então essa indicação me soa propaganda realmente de tratamento precoce. Não me parece um respeito à atuação do médico. Da mesma forma, eu acho que um prefeito, se ele reforçar a ideia de que os médicos têm autonomia, que é uma coisa óbvia, porque isso é da função do médico, não tem por que ficar propagandeando essa questão do tratamento precoce. Então o que a gente está discutindo na verdade é que há um grupo de vereadores que querem realmente implementar um tratamento precoce na nossa cidade, assim como há um grupo de médicos que não são da área, que não são infectologistas, não são pneumologistas, que inclusive, se a gente ver tem documentos nacionais dos infectologistas, de médicos que trabalham na área e que dizem que não funciona. Então há também, a gente ouviu os áudios aí de um empresário que queria inclusive fuzilar os políticos, que dizia aí também que ia defender o tratamento precoce e tal, que estava circulando nas redes. Agora, eu só espero que a unidade que está sendo implementada como referência da Covid, que ela não seja uma referência para tratamento precoce, porque tem que se respeitar os médicos. Os médicos precisam ter autonomia de fato para fazer a sua, o seu receituário. Então aí eu quero dizer o seguinte: quem está fazendo politicagem aqui é quem está sugerindo esse tratamento precoce, porque os médicos sabem da sua função, qual é a sua função e que tipo de medicamento vai ser dado. É importante dizer que o fabricante da Ivermectina diz que não recomenda, que não tem nada que comprove que ele realmente trate a Covid. Eu passei por Covid e não tomei nada e estou muito bem, obrigada. Então cada um tem a sua experiência aí. Talvez, se eu não tivesse tomado nada... Os vereadores que tomaram pudessem ter a mesma experiência que eu. Mas cada um pode fazer o depoimento que quiser. Mas é importante a gente dizer que o fabricante diz que não recomenda, não é recomendado o uso de Ivermectina para o tratamento da Covid, o fabricante – não é a Denise do PT. A Anvisa estipula que o uso off labol de medicações, quer dizer fora do que é indicado pela bula, ele não poderia, ele não pode compor um protocolo. Senão, cada um vai inventar alguma coisa e vai colocar no protocolo. Então, não está na bula que esses medicamentos são comprovadamente eficientes para a Covid. Então eles não poderiam estar em protocolos, tanto que o Ministério da Saúde retirou as suas orientações, o Conselho Nacional de Saúde também orientou que retirasse as orientações. Há pouco tempo, a gente viu o ministro Pazuello inclusive negando que um dia tivesse comentado alguma coisa, alguma medicação. Então, o que a gente tem visto no Brasil afora é o Ministério Público de Contas, o Tribunal de Contas do Estado denunciando os governos que estão gastando recursos com algo que não é comprovadamente eficaz. Então isso é um erro. A gente espera que isso não ocorra em Caxias. A gente espera que isso não ocorra. Bom, os empresários vão comprar e vão ficar dando as medicações? Isso vai gerar um problema também para o médico, porque aí o médico vai ser pressionado a dar a medicação, vai ser pressionado a dar uma medicação que o fulano tomou, o sicrano tomou. Bom, aí o vereador Bressan trouxe o exemplo de Uberlândia. Uberlândia é a cidade que está o maior caos em Minas Gerais.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Sorocaba, vereadora.
VEREADORA DENISE PESSÔA (PT): Ah tá, Sorocaba. Mas Uberlândia também adotou o mesmo protocolo que Sorocaba. E Uberlândia superou Belo Horizonte, utilizando esse mesmo protocolo, recomendando esse tratamento precoce. Porque o quê acontece? As pessoas que estão com esse tratamento profilático, elas acabam se encorajando a estar mais nas ruas, elas acham que estão  protegidas, daqui a pouco elas não usam máscaras, elas não usam álcool gel, elas se arriscam mais do que as pessoas que têm medo. Porque essas pessoas acham que estão protegidas, e elas acabam fazendo circular muito mais o vírus. Então a gente tem o relato de Uberlândia que usou esse protocolo, que hoje está um caos, uma das cidades com pior situação em Minas Gerais, então, de fato, a ciência, hoje, não garante, e acho que isso é uma distração, a gente tem que manter o foco na compra de vacinas. O governo federal, no ano passado, quis comprar Cloroquina, comprar Cloroquina, comprar medicação e não se preocupou nas vacinas, por isso que nós estamos passando pelo que estamos passando hoje. Então o foco é testagem e compra de vacina. Isso é eficiente! Vereador Lucas, tem seu aparte.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Permite um aparte, vereadora?
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Obrigado, vereadora Denise. Sabe que tratamento precoce para qualquer problema de saúde, até bem pouco tempo atrás, lá em Cazuza Ferreira, era suco de creolina. Tinha médico que receitava isso no início do séc. XX, uma gotinha de creolina resolvia tudo. A ciência evoluiu, a ciência evoluiu, hoje, nós temos uma Associação Brasileira de Infectologia da qual inclusive uma professora aqui da UCS é diretora, a professora Lessandra Michelin. Toda Associação Brasileira de Infectologia reforça que o tratamento precoce não é efetivo. Bom, os médicos, e aí nós não vamos discutir aqui a autonomia médica de prescrever ou não o medicamento, não é essa a questão, agora, dizer que nós politizamos o debate é não entender o conceito de política. Tudo é politizado, ou seja, quem faz uma indicação está politizando, a política é inerente à nossa função e à vida das pessoas. Nós, aqui, apenas estamos destacando que, ao invés de se fazer proselitismo de tratamento precoce, que nós nos unamos em busca de mais vacinas, de mais testes, de mais cilindros de oxigênio e tantas outras demandas que são imprescindíveis, já que muitas cidades que usaram o tratamento precoce não resolveu. Itajaí é uma delas, inclusive, tinha outro tratamento precoce. Lá no início do séc. XX, tinha gente que tomava creolina, suco de creolina e resolvia um monte de problema. Mas aí qual é a comprovação científica disso? Hoje, nós temos a Associação Brasileira de Infectologia, uma das maiores referências da nossa cidade, quem atua na área de infectologia diz que não resolve, mas nós estamos questionando. Eu também espero, vereadora, que o Município não caia no canto da sereia em dispender recursos da saúde para comprar vermífugo que não resolve o problema do Covid. O que precisa é vacina. O que precisa é oxigênio. O que precisa é cuidado, que as pessoas tenham condições de fazer as medidas restritivas. Obrigado, vereadora.
VEREADORA DENISE PESSÔA (PT): Obrigada, vereador Lucas. Vereadora Estela.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Então eu acho que eu quero reforçar que eu não estou aqui, quando eu trago a ineficiência do tratamento precoce, trazendo uma opinião minha, mas, sim, a comprovação de que não há, cientificamente provado, a eficácia desse tratamento. Isso não é indicado pela Associação Brasileira de Infectologia, pela OMS, pela Anvisa e por diversos outros órgãos e entidades respeitadas mundialmente, que expressam que isso não é comprovado. Além de não ser comprovado, eu acho importante nós entendermos que todos os que falaram em relação ao tratamento precoce, falaram que essa é a opinião de vocês. Eu acho que para algo tão sério, que é a questão da covid, a gente não pode se basear apenas na nossa opinião. A gente tem que se basear em dados, a gente tem que se basear na ciência e a gente tem que se basear naquilo que funciona. A gente pode perceber que o tratamento precoce funciona para causar danos irreversíveis na retina, taquicardia, problemas no fígado, sintomas gastrintestinais, hepatite, pancreatite. Então para isso o tratamento precoce funciona. Mas eu não acho que causar mais danos à saúde das pessoas vai resolver a questão da superlotação dos nossos hospitais, tendo em vista que essas pessoas terão que procurar um tratamento médico posterior a fazer o tratamento precoce. Vou usar aspas, porque eu não acredito no tratamento precoce, não pela minha questão política, mas sim porque eu acredito na ciência, acredito nos dados e acredito nas instituições. Imagino que seja difícil, e me solidarizo a quem tem que depender da ineficiência do governo Bolsonaro. Daí tem que usar esses argumentos, porque precisa falar que o governo está fazendo alguma coisa, mesmo que mundialmente ele seja exemplo de ineficiência. Quero dizer que a gente vê em vários lugares, para concluir, vereadora Denise, que faltam medicamentos para a intubação. Isso pode acabar chegando aqui em Caxias do Sul. Então, por que, para além de vacinas e testagem, a gente já não começa a se preparar e pensar que, se isso acontecer, nós vamos ter uma dificuldade gigantesca de intubação, porque a falta de medicamentos sérios, responsáveis e que são de fato necessários já estão faltando em outros lugares e podem vir a falta no nosso município. Então vamos ter bastante responsabilidade quando a gente trata dessa questão. Muito obrigada, vereadora.
VEREADORA DENISE PESSÔA (PT): Obrigada, vereadora.
PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PTB): Vereadora Denise para concluir.
VEREADORA DENISE PESSÔA (PT): Então, só para concluir, a gente acredita no SUS, acreditamos na ciência. Não sairemos dessa crise se não investir realmente em vacina e em testagem.
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VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Bom dia, senhor presidente. Bom dia, colegas vereadores. Eu quero também dizer que é um momento muito triste que vivemos. Você olha no Facebook e só verifica luto, e luto, e luto, e luto. Né? O final de semana foi terrível, a covid fez muitas famílias chorarem. Inclusive eu, porque perdi muitos amigos. Mas é tempo de quaresma, é tempo de reflexão, é tempo de perdão, em que o ódio dá lugar ao amor, em que a mentira dá lugar à verdade, a vingança à conciliação, a tristeza à alegria. Tempo de aproximação com Deus. Eu acredito muito que tudo isso vai passar, e acredito muito na ciência e também na nossa secretária e toda a equipe da Secretaria da Saúde. Então eu fico um pouco até triste quando os meios de comunicação ficam divulgando que a Câmara tem pessoas aí realizando o acesso com armas. Por quê? Porque fica ruim para a sociedade. Até uma tia minha me ligou  apavorada: “Mas cuidado com os tiros na Câmara. Pelo amor de Deus! Cuidado com os tiros”. Então eu quero dizer o seguinte, é um momento que a gente precisa de muita união e temas únicos, temas que melhorem a nossa cidade. Dizer que um dos temas importantes que nós estamos tratando é a reabertura e a reforma do quartel da Zona Norte. Estivemos, dia 17, o Renato Oliveira, o se Camillis, com Coronel Fortes, com o delegado Paulo, também um representante do Felipe. Nós realizamos o primeiro passo, entregamos na mão do prefeito uma solicitação, que a Seplan faça um orçamento de quanto vai custar. (Falha no microfone) Está lutando muito por nós junto ao Estado para que a gente ande junto. Com o quê? Com a reforma e também com o efetivo. Então, essas pautas únicas. Estamos aguardando também a resposta do Urbanismo e Habitação, onde vamos saber quantos loteamentos estão em fase de regularização. Isso (falha no áudio) muito aquilo que nós temos em mente. Então quero dizer aos senhores colegas que hoje nós estamos protocolando mais um pedido de informações, onde nós queremos saber o que nós temos de projetos prontos na cidade. Hoje é uma dificuldade para saber quais projetos estão prontos, o que tem de saneamento. Quais que pode a Codeca fazer? (Falha no áudio) Quais que são em paralelepípedo? Então é um pedido de informações muito importante para a cidade, que vai ajudar muito e que nós daqui a pouco podemos pensar em buscar recursos para ajudar a Codeca. Inclusive amanhã, às 11 horas, eu tenho uma reunião com ela. Nós tendo tudo isso em mãos nós vamos poder pensar melhor a Codeca também. Ao invés de fazer uma obra em Santa Lúcia do Piaí ou em Criúva, daqui a pouco, pode fazer a ligação do Millenium com o Rosário, que é uma linha de ônibus e que é dentro da cidade. Então eu quero dizer para os senhores o seguinte, esse pedido de informações vai ajudar muito a cidade. Eu vou contar muito com vocês porque nós vamos querer saber. E os loteamentos que já estão consolidados vai dar para pavimentar? É possível pavimentar? Qual é o critério a Secretaria de Obras. Também dizendo o seguinte que no Governo Guerra nós não tivemos nada de pavimentação, nada. Então devem ter muitos projetos prontos. Aí daqui a pouco dá para buscar recursos para serem pavimentados e isso é cascalho a menos. Vem o inverno, é chuva, é barro. Então, nós estamos protocolando nesta Casa. Sabemos do trabalho, não canso de elogiar o Solette, das 7 às 19 da noite trabalhando. Então assim vai ser para nós ajudarmos a melhor a cidade. Seu aparte, vereador Wagner.
VEREADOR WAGNER PETRINI (PSB): Obrigado, vereador Dambrós, pelo aparte. Lhe parabenizo pela fala, onde você direciona todos os esforços da Câmara de Vereadores para problemas incomuns e soluções, que a gente consiga trazer soluções para a nossa cidade. Parabenizo-lhe pelo pedido de informações à Secretaria de Obras. É de extrema importância que as pessoas possam saber e nós vereadores aqui, a Casa possa saber onde tem uma rua, algum projeto já pronto para ser executado. Mas, voltando ao assunto da Covid, eu não posso deixar de fazer um elogio ao prefeito Adiló. Sou muito crítico ao prefeito em relação à pandemia e a algumas ações agora dos últimos dias, mas hoje eu quero aproveitar esse aparte para elogiar o prefeito, porque ele foi às redes sociais, foi se manifestar de forma favorável a volta do comércio. O prefeito está fazendo o que o Governo do Estado e o Federal deviam fazer, que é unir a busca pela vacina e a defesa do trabalho. Então essa parte eu parabenizo o prefeito. Mas em relação à Secretaria de Obras, eu peço, aproveitando o seu pedido de informações, meu colega Dambrós, que o secretário de Obras, a Secretaria de Obras, a gente consiga manter uma serenidade entre a questão dos servidores públicos, que a gente não cometa o erro que o prefeito Guerra cometeu nos três anos que ele esteve aí que era de estar trocando funcionários de setores por algum tipo de picuinha. Eu não sei realmente qual é o motivo de que está para acontecer algumas trocas de setores. Se for um caso extremamente importante que troque de setor, mas agora, se for por picuinha ou alguma coisa que venha prejudicar a questão do funcionalismo, eu acredito que não é hora de a Secretaria de Obras fazer isso. Ela deve se preocupar em calçar as ruas, fazer o esgoto, dar saneamento que a nossa cidade precisa. Parabéns, vereador Dambrós, pelo pedido de informação e era isso por enquanto.
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Obrigado. Então eu peço que vocês nos apoiem nessa nova solicitação de pedido de informações porque não é que eu seja contra os asfaltos do interior, não é isso, mas nós precisamos melhorar a mobilidade. Tem muitas obras que têm que ser feitas, inclusive muitas do Plano Diretor, que estão engavetadas há anos. Muitas, muitas. E que a Secretaria de Obras e que a Seplan já com projeto pronto, daqui a pouco, fica com a Codeca para executar. Eu estou pensando muito na Codeca. Eu estou pensando muito em economia para o Município, porque onde for pavimentado não vai ter mais esgoto a céu aberto, não vai ter cascalho, porque nós estamos pagando o cascalho, por quê? Porque o britador está quebrado, vocês sabem, então nós estamos comprando cascalho para colocar, dar uma chuva, vai de novo para o valão. Então, para finalizar, senhor presidente, não me cansa elogiar o Soletti, não me cansa elogiar o Soletti, trabalho digno, mas nós precisamos. Porque se, hoje, qualquer um dos meus colegas quiser saber: Olha, queria saber da Rua Tercílio Fochesato se tem projeto ou não tem... Deveria estar no portal transparência, deveria, mas você não consegue. Tudo bem que nós estamos num momento de pandemia, mas isso deveria ser no portal, que todo mundo soubesse. E daí quais têm saneamento? Por que a Codeca não pode fazer saneamento? Aliás, a Codeca, quero conversar amanhã, porque só tenho elogios também para essa nova diretora que quer organizar, que quer fazer dar certo, por que a Codeca não pode também ter um departamento de reforma e construção das escolas, por exemplo? Ah, mas não tem pedreiro, carpinteiro. Mas como que não tem? Nós precisamos buscar formas de melhorar a cidade. Precisamos buscar formas de melhorar a cidade e utilizar o que temos aí. A Codeca sempre foi um exemplo. Logo vem aí o mês de abril, que já estão cobrando, a Troca Solidária, que vai ajudar muito as comunidades, vai ajudar as recicladoras. Então não tem que se apavorar com 30 milhões, não tem que se apavorar com dívidas, porque a Codeca, com apoio da comunidade, com apoio do poder público, ela tem que prestar serviços, prestar serviços e ela sabe fazer muito bem. Muito obrigado, senhor presidente. Obrigado, senhores colegas.
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VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Bom dia, senhor presidente. Bom dia, membros da Mesa, queridos colegas, sociedade que nos assiste. Eu trago aqui uma pauta que, sinceramente, me deixa sem palavras. Hoje, no jornal, pasme, uma carta aberta formulada pelo Comitê Popular de Crise. Comitê Popular de Crise? Quer dizer que o da Prefeitura não serve? Tem que criar um Comitê Popular de Crise para resolver os problemas. É concebido aí por sindicatos, Amobs e mais alguns profissionais de saúde. Pedindo o quê? Aquilo que nós lutamos durante 15, 20 dias para conseguir resolver. O quê? Pedindo de novo o lockdown. Mas meu Deus do céu, nós vimos as manifestações, nós vimos as pessoas se queixando, pedindo pelo amor de Deus para voltarem a trabalhar, para poderem ter o pão de cada dia, para poderem pagar as contas, para poderem comprar o remédio quando ficam doente, para cumprirem com as obrigações. Lutamos aqui e lá fora demasiadamente para conseguir, finalmente, depois de muita luta, conseguir essa cogestão, que não é aquilo que a gente queria, mas que tudo bem, está colaborando um pouco com o pessoal do comércio. Não está colaborando com o pessoal da noite, o pessoal dos restaurantes que trabalham à noite, o pessoal que precisa viver, o músico, o artista que estão precisando pagar as contas, que mais de um ano que não pagam. Quem é que está dando auxílio para essa gente? O que eu tenho para dizer para esse Comitê Popular de Crise é o seguinte: senhoras e senhores empresários, comerciantes e artistas, quando o boleto chegar para vocês pagar, quando o aluguel chegar para vocês pagar, vocês mandem para esse Comitê Popular de Crise que eles pagam, eles vão ter que pagar para vocês. Não se preocupem. Porque, como eles querem a degradação da área empresarial e do comércio, falando também dos artistas, que quanto tempo faz que estão parados... Então assim, quando chegarem as contas dos aluguéis, mandem para o Comitê Popular de Crise, eles vão pagar para vocês as contas. Não se preocupem. E depois, eu quero ir mais longe. Aqui está dito claramente, na CLT, no artigo 486. Deixa bem claro, muito bem claro. Diante dos decretos dos governos estaduais e municipais, suspendendo as atividades das empresas, o artigo 486, da CLT, diz o seguinte: Art. 486. No caso de paralisação, temporária ou definitiva do trabalho, motivada por ato de autoridade municipal, estadual ou federal, ou pela promulgação de lei ou resolução que impossibilite a continuação da atividade, prevalecerá o pagamento da indenização, que ficará a cargo do Governo responsável. Nós aqui estamos infringindo lei todos os dias. É como diz o vereador Scalco: Para que 50 mil leis se não obedecem a nenhuma? Não se respeita mais nada. Aqui cada um faz o que quer. Eu tenho o meu certo, tu tem o teu certo e vamos para frente desse jeito. Eu acho que o negócio é rasgar a Constituição e implantar a anarquia, porque daí cada um faz o que quer. Depois dizem que não politizam. Mas, escuta aqui, tchê! Invés de agente estar discutindo um assunto para encontrar soluções realmente importantes, que salvem a economia. E não estou falando de Governo Federal. Não estou falando de Governo Federal. Estou falando da nossa cidade, do nosso comércio, dos nossos restaurantes, dos nossos artistas que precisam trabalhar para sobreviver e pagar suas contas. Quem é que vai pagar as contas deles se fizerem lockdown? Sinceramente, os empresários, os artistas e os comerciantes que estão me escutando, não se façam problemas se for implantado o lockdown. Enviem as contas para esse Comitê Popular de Crise, que eles vão pagar para vocês. Podem ter certeza que é isso aí que tem que acontecer. Porque realmente, gente, a gente lutou, a gente se sacrificou, a gente se empenhou para dar a entender que é necessário, com os cuidados, com o distanciamento, com a máscara, com o álcool gel, com tudo aquilo que quiserem. E aí eu volto a repetir aquilo que eu disse na outra sessão: ônibus lotado não tem problema, não transmite vírus; o avião entupido, sem janela, não transmite vírus. Mas está tudo funcionando. Todos os comércios, dito cujo,  dito cujo essenciais, porque todos são essenciais, todos os que levam o pão de cada dia à mesa da pessoa é essencial, todos são essenciais. E aí as pessoas vendo tudo que eu estou vendo aqui, acúmulos de pessoas aqui, acúmulos de pessoas lá, não tem problema nenhum. Agora o comércio, os restaurantes, os artistas, daí transmite o vírus, aí transmite o vírus. Ontem, a gente estava conversando com o prefeito, onde eu assumo aqui a responsabilidade do que eu disse para ele. Eu disse: “Prefeito, as festas clandestinas, as festas clandestinas são o maior propagador de vírus hoje, porque não usam máscara. Estão todos amontoados, fazendo a maior festa. Se a multa é R$ 500,00, passa para R$ 2 mil”. Quando tu toca a mão no bolso da pessoa, ela aprende. Infelizmente, né? Infelizmente, no nosso Brasil, para ser respeitada uma lei tem que meter a mão no bolso, senão não respeitam. Então eu deixo aqui a minha indignação sobre esse assunto aqui, que infelizmente saiu no jornal hoje, prestando um desserviço à nossa sociedade econômica. Era isso, senhor presidente.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Um aparte, Fantinel.
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Seu aparte, vereador.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Vereador Fantinel, eu quero aqui parabenizar e reforçar. O que o senhor falou desse lockdown aí é uma vergonha. Ninguém mais aguenta. Olha o que aquele juiz fez sexta-feira, que eu falei? Todo o trabalho que nós tivemos no sábado. Fazer o quê? Fazer um terrorismo na população. Os comerciantes já estavam um querendo matar o outro, um querendo vir incendiar a prefeitura ou incendiar o Governo do Estado. Mas incendeia aquele Judiciário lá, que só faz coisa errada. Então a vergonha que aconteceu esse final de semana a gente não pode mais passar. De um juiz querer ser o bonzão ali. Ele já se apareceu demais, já apareceu para toda mídia. Também ressaltar mais uma situação que a vereadora Denise colocou que a minha indicação, acho que ela leu toda a minha indicação. A minha indicação foi para que os remédios tivessem à disposição. Se lá na UBS que vai ser referência, a partir de agora, do Covid, os médicos que estiverem por lá e receitarem para a população o tratamento precoce, para ela não vai ser bem vindo. Foram as palavra que ela falou: “ Que não seja referência no tratamento precoce”. Mas, se tiver que ser, tomara que seja. E quem vai para buscar se curar, vai aceitar o tratamento se quiser. Então parem de colocar coisas. O vereador Lucas a mesma situação. Colocou que a creolina, que não sei o quê... Bom, quer tomar, toma. É simples. Gostam de criticar por criticar, mas o que a gente defende na indicação é uma questão política sim. Eu não estou aqui... Se eu quisesse rezar a missa, eu e a Caravaggio. Aqui é para fazer política sim. Obrigado, vereador Fantinel.
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Eu queria também fazer uma colocação aqui sobre certas palavras que foram proferidas a respeito de que os banqueiros e os economistas estariam a favor do lockdown porque funciona. É claro. O banco pode estar fechado, porque quando chega ao fim do mês e na hora de pagar todas as contas, a gente tem que ir lá no caixa eletrônico pagar as contas. Não precisa o banco estar aberto. Hoje tem os aplicativos. Se tu não pagar as contas, tu vai para o SPC. Se tu não pagar as contas, tu está ferrado. O banco não precisa ficar aberto. Ele pode ficar fechado. O caixa eletrônico, os aplicativos, para que o banco tem que ficar aberto? Não, lockdown! Vamos fazer um lockdown. É muito fácil. Eu gostaria que um palhaço de um banqueiro desses aí fosse na cara de um dono de restaurante, que está passando necessidade porque não pode deixar aberto, e dissesse para ele que tem que fazer o lockdown. Eu gostaria muito. Aí sim iria acontecer um lockdown e eu gostaria de estar lá para assistir. Era isso, senhor presidente. Muito obrigado.
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VEREADOR MAURÍCIO MARCON (NOVO): Obrigado, senhor presidente. Eu estou, digamos assim, estupefato hoje aqui. Eu vivi para ver um vereador do PT defender os banqueiros, gente. Que loucura, vereador Bressan. Hoje a gente teve uma vereadora do PT lendo uma carta de banqueiros. Olha que momento ímpar que a gente está tendo em nossa sociedade aqui. A gente está tendo uma evolução. Então ela leu toda a carta porque os banqueiros pediram que lessem. Então olha muito legal. Dentro dessa carta a gente tinha o pedido para a vacinação. Como bem o senhor, vereador Bressan, já trouxe aí, o Brasil vem avançando, claro que não é no ritmo que a gente quer, mas eu não vejo o mesmo afinco dos vereadores do PT, que os deputados do partido deles ajudaram, aliás, foram decisivos em aprovar o aumento de impostos aqui no nosso estado, porque deram a desculpa que o Leite ia comprar as vacinas com esse dinheiro. Estou esperando, vereador Lucas, vereadora Estela e vereadora Denise, que o governador compre essas vacinas. Porque bater no Governo Federal para comprar... Acho que tem que fazer, eu já fiz também. Agora vamos ver essa empolgação aqui com o Leite. Ou com o Leite tem alguma coisa da questão de colocação? Eu não sei como é que está a questão de cargos, como é que está essa questão. Porque a desculpa que o deputado Pepe Vargas deu é que o PT votou favorável porque seriam compradas vacinas. Então eu parabenizo que trouxeram a declaração dos banqueiros. Mas vamos lá, quando se diz economista, eu sou economista também. O prefeito de Adiló é economista, e os dois são contra o lockdown. Então vamos lá. Por que os banqueiros querem, vereadora Denise Pessôa, lockdown? Porque para eles, quanto mais gente estiverem em dificuldades mais empréstimos eles vão fazer. Só que o dinheiro é finito. Ou seja, quando terminar o dinheiro o que vai acontecer? Vão aumentar os juros, vereadora Denise. Quem é que ganha mais com os juros altos? Os banqueiros. Olha só que coisa! Então eles pegaram vocês aí nessa nota. E me chama atenção quando a gente abre as informações. Eu tenho uma notícia aqui, vereador Fantinel, de 2011: “Na era Lula, bancos tiveram lucro recorde de quase R$ 200 bilhões. Em 2014, revista Veja: Bancos lucram oito vezes mais no Governo do Lula do que no Governo de FHC”. Então, a gente vê que talvez o discurso contra os banqueiros seja mais aquela lorota que a gente está acostumado a ouvir aqui. Continuando, respondendo à fala da vereadora Denise Pessôa, ela diz, aliás, a vereadora que inclusive protocolou um projeto contra fake News, ela disse a seguinte frase: “Estamos vendo um aumento na demanda de leitos” . Sinto lhe dizer, vereadora, que isso não é verdade. A gente tem aqui um site, eu já passei e posso passar para a vereadora também se atualizar: ti.saúde.rs.gov.br/covid19/. Então antes de trazer dados, eu imploro, senão eu vou ter que passar os próximos quatro anos desmentindo a vereadora, e eu não quero fazer isso. Dia 12/03 os leitos estavam com ocupação de 5.435 no Rio Grande do Sul; dia 23/03 estão com 4.954. Então não é verdade a afirmação de que existe um aumento na procura de leitos. Isso não é verdade. Vamos ter responsabilidade com dados, por favor, por favor. Além disso, eu recebi de um apoiador meu, esse final de semana, que a vereadora Denise, e aí vamos restabelecer a matemática primária, mas é importante que seja restabelecido. Ela deu uma resposta na sua página que é a seguinte: a solução mais eficiente seria taxar as grandes fortunas. O Brasil tem 40 bilionários, que, juntos, tiveram sua fortuna aumentada em 34 bilhões de dólares, R$ 189 bilhões, agora durante a pandemia, no Brasil os super ricos são os que menos pagam impostos. Pergunto: por que o Lula não tributou essa gente? Qual era o problema? Mas vamos à matemática, então. Matemática primária, quarta série, 189 bilhões dividido por 213 milhões de brasileiros, dá um total de cerca de R$ 880,00. Então, se nós tributássemos 100% desse lucro, 100%, desconsiderando que, por óbvio, o capital completamente iria embora, ou seja, as fábricas, os comércios, os shoppings, todo mundo iria embora, porque é isso o que acontece quando se taxa alto, não iria resolver o problema. Mas vamos lá, vamos pegar que seja 50% a taxa, cinquenta, só cinquenta, tá. Isso daria um total de R$ 443,00 por brasileiro, divididos em quatro parcelas daria, aproximadamente, R$ 111,00. Na semana passada, vereador Bressan, estava criticando os R$ 250,00. Eu não sei aonde esse pessoal se formou na matemática. Eu não consigo entender. É conta, é uma coisa exata, não existe discussão sobre algo exato. Existe uma afirmação. É algo que não tem como nós discutirmos isso. Mas vamos lá, vamos (Falha no áudio) pegou dinheiro dos caras e os caras iam continuar aqui. A França fez isso a pouco, vereador Lucas. Eu vou lhe mandar o que aconteceu na França, que tributaram os grandes ricos: foram embora, foram embora. Não adianta o senhor rir, eu tenho a reportagem. Isso são números. A risada não contrapõe a matemática, até porque a matemática é exata. Eu sei que o senhor não é de exatas, é de sociais e também são muito importantes, mas... Eu sou economista, a matemática não deixa brecha. Então, a gente... Temos que parar com essa politicagem baixa de resolver problema com solução que não funciona em lugar nenhum no mundo. Olha ali a Venezuela que mandou embora o capital, que o capital é o problema, não é. Está ali a Venezuela passando fome, que os caras matam cachorro para comer e o governo de vocês vai lá aplaudir. Vai dizer que não? Eu tenho vídeo do presidente do PT do Rio Grande do Sul aplaudindo o Maduro, trazendo um abraço do presidente Lula para aquele ditador desgraçado que matou o seu povo. Vocês estão aplaudindo aquele cara. Agora vocês vêm aqui falar que o negócio é tributar, defender banqueiro, ler negócio de banqueiro aqui, dizer que está aumentando as internações, o que não é verdade, dizer que tem que tributar os super-ricos para resolver o problema, sendo que a matemática mostra que não é por aí. Mas, gente, vamos... Olha, se o projeto de fake News, apresentado pela vereadora Denise, combater esse tipo de face news, eu sou o primeiro a assinar. Porque isso aqui tem que ser uma Casa responsável com o que se fala, gente. A gente vê trazer números e números, e não faz o menor sentido. Mas, meu Deus do céu! Mas vocês realmente acham que o povo deve ser muito tapado para entender esse tipo de coisa, né? Para acreditar nesse tipo de coisa. Hoje a gente tem acesso à informação, vereador Lucas. E eu lhe parabenizo, vereador Lucas, que o senhor está aí me escutando. Porque tem duas vereadoras do PT que desligam a tela. Uma falta de respeito com o colega que está falando.
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Um aparte, vereador.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (NOVO): Então, eu tinha outros dois assuntos para falar. Vou falar no Pequeno Expediente. Vou passar seu aparte, vereador Fantinel.
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Sobre aquele estudo daqueles economistas. Se eu não me engano foi na Inglaterra, né? Que fizeram um cálculo que, se toda a riqueza do planeta fosse dividida por todos os habitantes da Terra, se toda a riqueza fosse dividida em partes iguais, o que aconteceria dali cinco anos? Cinco anos depois que tudo foi dividido em partes iguais. Isso foi um cálculo feito na Inglaterra. Eu não tenho aqui a reportagem comigo, mas posso conseguir. Por economistas ingleses, que chegaram à conclusão que, se fosse feita essa divisão aí, depois de cinco anos, os que eram ricos antes, voltariam a ser ricos, e os que eram pobres antes, voltariam a ser pobres. Então esse foi um cálculo feito na Inglaterra que prova que não adianta a gente querer dividir as coisas. Tem quem nasceu para plantar batata e tem quem nasceu para plantar arroz. Meu avô sempre dizia para mim: “Filho – ele dizia –, infelizmente, no mundo é assim. Tem aquele que nasceu com mais facilidade de ser o chefe e tem aquele que nasceu para ser o funcionário”. Não adianta a gente brigar querendo dividir as coisas. Só queria fazer esse comentário. Obrigado, vereador, pelo aparte.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (NOVO): Certamente, vereador Fantinel, para concluir, os dois muitas vezes são felizes. Teve uma palestra de O Lobo de Wall Street que ele diz: “Tem pessoa que é feliz com mil reais por mês, e tem pessoa que é infeliz com 20 mil”. Então isso a gente não tem que trazer. E é óbvio que, se nós distribuíssemos tudo, ia ter os ricos e os pobres de novo. Então, essa discussão eu acho completamente inócua. Vou ver se vai sobrar tempo. No Pequeno Expediente gostaria de falar da questão da Codeca, que vem dando prejuízo atrás do prejuízo. Trinta bilhões os caxienses vão ter que pagar. (Esgotado o tempo regimental.) E também sobre a volta às aulas. A questão da educação infantil. Muito obrigado, senhor presidente.
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VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Presidente, senhores vereadores e demais colegas. A Marisol, que está aí na Mesa. Os demais colegas vereadores.
VEREADORA DENISE PESSÔA (PT): Posteriormente, me permite um aparte, vereador Renato?
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Já lhe concedo, vereadora Denise. Mas é importante, neste momento, nós falarmos... Eu pensei que hoje, que hoje, a partir de ontem, os vereadores estariam aplaudindo, com as mãos vermelhas de estar aplaudindo, porque a cidade está toda aberta. Não é essa a gana, essa garra de ter esses problemas. Eu vejo que as vacinas ainda não chegaram a todo vapor em Caxias, não chegaram a todo vapor no Brasil. Eu sei que o vereador Sandro tem uma grande ponte com o Governo Federal. Se visse, viabilizasse... Não estamos pedindo grande dinheiro, vereador Sandro. A questão do dinheiro para concluir o Hospital Geral. Eu vejo que isso aí nos ajudaria bastante. Eu sei que o senhor é um vereador atuante, atuante. A gente tem visto isso, não é só de hoje. O pessoal lá da sua região fala isso, e a gente tem visto na prática. Porque, se fizer isso, a questão do Hospital Geral nos ajudaria bastante, ajudaria bastante. Porque, quando nós concluíssemos, por exemplo, ali a questão da UTI, nós estamos sabendo que tem quase 70... Isso dados que a vereadora... E postaram isso mesmo agora. Sessenta e seis, se eu não me engano, 65 ou 66, vereadores, que estão esperando leitos de UTI, leitos de UTI. Então isso para nós é importante. Talvez uma ligação, um contato com os deputados da base do Governo Federal. Se não der para fazer neste momento, não vai dar porque, lá atrás, o Governo Federal não quis pegar as vacinas, porque estava esperando que fosse para leilão, que baixasse o preço, não quis. Enfim, mais questão política. A gente entende essa situação. Mas, neste momento, eu vejo que, se o Hospital Geral se concluísse, várias pessoas que estão esperando leito... Quem está esperando leito hoje na UTI, amanhã está lá no Pioneiro também no obituário. Isso tem acontecido. Ou por que as pessoas estão se recuperando? Grande parte dessas pessoas não está se recuperando.
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Peço um aparte, vereador?
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Já lhe concedo. Primeiro vou conceder para a vereadora Denise e depois concedo para o senhor.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Um aparte, Renato?
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Um aparte, vereador?
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Eu tenho grande respeito pelo senhor e sei que o senhor tem feito um bom trabalho aí. Mas, para conceder os apartes, clamo, aqui pelas vacinas, pelos testes e, além disso, vereador Juliano, vereador Dambrós, isso eu tenho me deparado no dia a dia numa situação que eles têm falado cotidianamente aqui na Câmara. A questão das cestas básicas como é que está em Caxias. As pessoas estão com fome. Não são somente os grandes empresários. As pessoas que moram em bairros também estão com fome. Seu aparte, vereadora Denise.
VEREADORA DENISE PESSÔA (PT): O vereador Lucas pediu primeiro.
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Vereador Lucas. Seja breve que quero passar aparte a todos que me solicitaram.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Um minuto rigorosamente. Primeiro, vereador Renato, lhe agradecer. Acho importante o seu aparte. Vamos começar, já que fui citado, vereador Marcon, de fato, eu não sou das exatas. Eu sou das humanas, sou historiador. E acho que o senhor... Que bom que o senhor tem mais familiaridade com os números. Eu não tenho uma familiaridade tão grande com os números, mas tenho sim com a realidade das pessoas e a realidade das pessoas é uma realidade muito dura. O senhor traz questões elementares aqui do Estado de bem-estar social. Eu não entendo se o senhor como economista defende o mercado ou é contra o mercado. Para mim ficou... Eu fiquei em dúvida aqui. Porque o senhor criticou ora os banqueiros, mas, em muitos momentos, o senhor defende a livre iniciativa, defende que o Estado se apequene, como é o caso da Codeca. O senhor defende a privatização da Codeca, que a nossa prefeitura venda isso. Outra colocação que foi feita aqui, o vereador Fantinel, do qual tenho respeito e somos colegas na Comissão de Agricultura, o vereador Fantinel falava da questão de que a família, de que, enfim, essa questão que as pessoas sejam felizes. O vereador Marcon corroborou com a sua condição na sociedade. Eu acredito de uma forma diferente. Eu acredito em uma sociedade em que promova justiça social, em que as pessoas possam ascender, em que as pessoas tenham direito a comer e hoje isso não acontece com o modelo de estado e de economia que vocês defendem. Eu acho, vereador, o senhor fala tanto no Lula, vereador Marcon, isso é psicopatologia. O senhor tem que tratar na terapia. Por que o Lula não é presidente, o Tarso não é governador e o Pepe não é prefeito. Eu não votei no Eduardo Leite, tem gente do PSDB. O senhor tem que cobrar deles. O PT fez uma medida na Assembleia Legislativa de responsabilidade, coisa que o NOVO muitas vezes não faz. Então era isso. Obrigado, vereador Renato Oliveira.
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Obrigado, vereador Lucas. Vereadora Denise e posterior vereador Sandro.
VEREADORA DENISE PESSÔA (PT): Bom, primeiro eu queria dizer, vereador Marcon, que o senhor não precisa gritar, berrar, que o senhor não vai me calar. O senhor não fica tentando distorcer as minhas palavras para tentar ganhar likes na sua rede. Opiniões diferentes são diferentes do que Fake News. O senhor não vai me calar. Eu vou colocar a minha opinião sim. O senhor tem que ter é respeito pela minha opinião. O senhor pode divergir das opiniões, mas agora não pode dizer que é Fake News a minha defesa sobre imposto de grandes fortunas. Isso é outro debate que não vai caber num aparte da fala do vereador Renato. Mas sobre a questão dos leitos de UTI, vamos olhar o site do Governo do Estado. Se nós olharmos hoje o site do Governo do Estado, a gente vai ver que está aumentando. Eu vou compartilhar aqui para vocês a tela. A gente vai ver que está aumentando o número de pessoas ocupando os leitos de UTI. O senhor vem me dizer que eu estou mentindo?
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (NOVO): São leitos clínicos, vereadora.
VEREADORA DENISE PESSÔA (PT): Vereador, olha aqui os leitos. O senhor garanta a minha palavra. Estou falando dos leitos. Não estão sendo ocupados? Não tem aumentado os números de leitos? Tem pessoas esperando leito. Eu acabei de receber um áudio de uma mãe desesperada lá na UPA Zona Norte que está precisando de um leito para o filho que está morrendo. Aí o senhor vem me dizer que não, que não estão sendo ocupados os leitos. Então, por favor, o senhor quer distorcer, quer defender o seu governo, quer defender o que nem o seu deputado, o Van Hattem, defende mais. Mas o seu amor pelo Bolsonaro é legítimo e tem que se respeitar. Agora, para finalizar, dizer que o documento e as propostas trazidas naquele documento dos economistas e banqueiros foram coisas que o PT vem dizendo há mais de anos. Se eles aderiram a uma opinião nossa, não somos nós que estamos defendendo eles, tanto que nós dizíamos a mesma coisa que está naquele documento na semana passada, vereador. Então o senhor não vem dizer que a gente está defendendo os banqueiros. Tudo o que está ali, a gente vem repetindo desde o ano passado, então não somos nós que aderimos a opinião de alguns economistas e banqueiros, então eles que aderiram a nossa opinião. E as medidas que estão lá colocadas de uso de máscaras, de distanciamento, de compra de vacinas são adequadas, sim, e nós viemos defendendo ao longo da história. Então o senhor pare de distorcer e respeite o meu mandato que eu também fui, legitimamente, eleita e tenho votos para dizer o que eu penso, e a minha opinião não é pequenez, é a minha opinião. Obrigada, vereador.
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Obrigado, vereadora Denise. Cedo o aparte ao vereador Sandro.
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Vereador Renato, eu, ouvindo as suas palavras, pela primeira vez, eu sou obrigado a dizer aqui em sessão que o senhor me comoveu. O senhor é uma pessoa fantástica, o senhor é uma pessoa maravilhosa. Todas as vezes que conversei com o senhor eu fiquei estupefato da pessoa que o senhor é, da preocupação que o senhor tem com a cidade, com os mais carentes, com as pessoas que mais precisam. O senhor, realmente, é um representante do povo e tem o meu mais total respeito. Quero deixar isso bem claro para o senhor. E, ouvindo as palavras do senhor, o senhor tem a minha palavra que, hoje, à tarde, eu vou entrar em contato com Brasília e ver se existe a possibilidade de vir, sim, alguma verba para o Hospital Geral, na área ali das UTIs. Eu não fiz isso antes, querido colega, porque eu entendi que o vereador, colega nosso Rafael Bueno é que estava indo atrás dessa parte aí. E, como nós somos 23 vereadores, e todos têm que trabalhar para todos os setores da sociedade, não apenas um, apesar de estarmos numa pandemia, porque o senhor sabe que tem várias áreas que precisam viver também, não é? Então eu pensei que o Rafael Bueno estivesse seguindo atrás dessas coisas, mas a pedido do senhor, eu vou fazer isso hoje, à tarde. O senhor tem a minha palavra de honra que eu farei o impossível para atender esse pedido que o senhor me fez. Muito obrigado pelo aparte.
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Vereador Sandro, eu o agradeço de coração. Eu sei que vindo do senhor hoje, à tarde mesmo, o senhor vai falar. Muita gratidão por esse trabalho que o senhor vai fazer para a nossa comunidade, esses 49 municípios que serão atendidos. Não sei se puder algum aparte, se der o vereador Juliano ainda. Não sei se tenho ainda tempo.
PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PTB): Não. Só para concluir, vereador, concluindo.
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Bom, infelizmente, vereador Juliano, não posso lhe conceder o aparte, porque não tenho... Mais uma vez, quero agradecer ao vereador Sandro por essa interlocução com o governo federal, os deputados e a base do governo federal. Porque o Hospital Geral é uma questão de urgência, a gente sabe que estão morrendo pessoas... Eu sei que o vereador Rafael está indo atrás de uma forma, de uma emenda, não interessa o partido, tem vários partidos pedindo emendas, mas o senhor tendo um canal direto, vereador Sandro, eu acredito que essa possibilidade é muito grande de nos ajudar não só hoje, neste momento, mas ficar uma marca sua, aqui na Câmara, desse mandato fazendo uma extensão com o governo federal. Agradeço mais uma vez, presidente. E agradeço todos os apartes de todos os nobres pares.
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VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Obrigado, senhor presidente. Eu gostaria aqui, hoje, de começar o meu pronunciamento no Pequeno Expediente sobre... me solidarizar, na verdade, pela questão das escolinhas infantis. Mais uma vez a gente sabe que essas pessoas dessas escolinhas, esses proprietários de escolas estão sofrendo novamente. Voltou... A indústria já estava com 75% e, lá atrás, as escolinhas fechadas. Agora, voltou o comércio, voltaram os serviços, e que bom, eu, sim, estou comemorando, vi um vereador comentar que nós não estávamos. Eu estou comemorando, estou feliz, volta de tudo, é o que a gente precisa. Nós precisamos a volta de todo o comércio, do serviço, da indústria, todo o serviço é essencial. Como é que vamos dizer que um serviço não é essencial se a pessoa que faz aquele serviço leva o pão e a comida de cada dia para dentro de sua casa para sustentar seus filhos? Então fico aqui chateado que mais uma vez a gente vai estar buscando, numa questão judicial, que fique claro... Agora o Sinpré, aqui de Caxias, entrou, contratou, enfim, uma advogada, vai ser rachado entre todas as escolinhas aí, os proprietários, para derrubar essa decisão de um juiz que determinou que não pode, porque, simplesmente, eles sempre sabem tudo. Que o comércio, os serviços, a indústria voltou, as mães e os pais não têm mais onde deixar seus filhos. Agora mais ainda, porque, semana passada, ainda estava num meio lockdown, mas agora que estamos com tudo aberto, graças a Deus, o porquê a escolinha infantil não? As crianças não têm onde ficar. As crianças estão correndo riscos. Na escola é muito melhor, na escola estão muito bem cuidados. Isso já foi provado. E agora tem que contratar um escritório de advocacia, essas pessoas gastarem mais uma fortuna de dinheiro para contratar um escritório para que derrubem essa decisão desse juiz que acha que entende tudo. É sempre assim, o Judiciário acha que sabe mais. Eu não sei, mas acho que devem estar todo o dia, o dia inteiro estudando a questão econômica e social da cidade, porque quando um governador dá uma projeção, eles derrubam; quando o governador e o prefeito dizem que podem voltar as escolinhas, eles vão lá e derrubam de novo. Eu não entendo, não dá mais para compreender. Eu não tenho mais palavras. Voltando às escolinhas, pelo menos nós íamos dar um folegozinho maior para o pessoal das vans, do transporte escolar, que faz mais de ano... O vereador Dambrós acabou de dizer que os músicos lá estão há mais de um ano e vão ser os últimos a retornar. Os vanzeiros também, vereador Dambrós.
VEREADOR RICARDO DANELUZ (PDT): Peço um aparte, Bressan.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Os vanzeiros também vão ficar ali à deriva. E aí eu não tenho mais o que falar, porque assim, a gente está tentando ajudar de tudo essas pessoas. E agora nós vamos começar, sim, com cestas básicas. Nós vamos ajudar, porque fome não dá, fome não tem como. Passo o aparte, vereador Daneluz.
VEREADOR RICARDO DANELUZ (PDT): Vereador Bressan, de forma bem breve, só para fazer uma colocação. Essa questão de não abrir as escolinhas é mais ou menos como aquelas decisões de reduzir o horário de atendimento e gerar mais aglomerações. Então tem coisas que não dá para entender, e a das escolinhas é uma delas. A gente sabe, todo mundo sabe, isso todo o senso comum diz isso, que é muito mais perigoso as crianças ficarem ou em casa de pessoas que cuidam, ou na casa dos avós, que são pessoas que estão na zona de risco. Então acaba trazendo muito mais problemas do que a própria abertura então desses espaços. Além disso, tem a questão econômica, que é muito importante. Essas pessoas estão sufocadas e, consequentemente, fechando esses locais. Na retomada, nós teremos então muito menos vagas ainda nesses locais. Obrigado, vereador.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): É nesse sentido, vereador. Parabéns! A gente já não aguenta mais. Elas estão em contato conosco toda hora, porque elas precisam voltar. São vagas escolares, o senhor falou muito bem, são vagas escolares que estão ali. Já estavam faltando, em todos os governos falta. E neste nosso, infelizmente, por causa da pandemia, o Judiciário fecha as escolas, manda fechar. Simplesmente determina “vamos fechar e tudo bem”. Onde estão as crianças, as crianças deles? Estão lá sendo cuidadas por, sei lá, por alguma empregada particular. Para eles está tudo tranquilo. Agora as nossas aqui não podem ir para a sala de aula. É inacreditável. (Esgotado o tempo regimental.) E também dizer do ridículo. Só para concluir, senhor presidente. Do ridículo que as coisas às vezes acontecem. O mercado até às 10 da noite, e os restaurantes não. Mas como é que vai servir um rodízio de pizza às seis da tarde? Mas, meu Deus do céu! Onde é que estamos? Então assim, isso tem que ser revisto. E o prefeito já está mandando um documento para o governador que entra as escolas infantis, o horário dos restaurantes e também a questão dos cursos livres. Muito obrigado, senhor presidente, senhoras e senhores vereadores.
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VEREADOR ELISANDRO FIUZA (REPUBLICANOS): Obrigado, senhor presidente, senhoras e senhores vereadores, todos que nos acompanham pelas nossas redes sociais. Abordando esses dois assuntos, já que o vereador Adriano Bressan colocou, nós somos favoráveis ao retorno das escolinhas infantis por entender da necessidade dessa prestação de serviço, principalmente com as nossas mães trabalhadoras e também, de uma certa forma, para o fomento da nossa economia. Da mesma forma também, somos favoráveis, e até quero agradecer aqui ao prefeito Adiló, que nos trouxe... Favorável a esse pleito, a esse pedido de muitos de nós, vereadores e vereadoras, para que, através dessa carta ao Governo do Estado, possa se estender o serviço daqueles trabalhadores empresários de restaurantes. Que possam se estender até às 22 horas para condicionar então, tanto nós como pessoas que podemos ir até o estabelecimento e poder ter o acesso ao alimento, como também para os trabalhadores dessa categoria. Mas nós também precisamos ressaltar que somos favoráveis à abertura ou reabertura de todos os setores, de todos os comércios, de toda a economia. Mas precisamos entender que, o meu ponto de vista, sou favorável sim, mas não da forma que todos nós gostaríamos. O mundo ideal, que viesse ser a abertura normal. Não podermos ter essa normalidade. Estamos enfrentando, infelizmente, um momento muito difícil, tanto no nosso país quanto no nosso Estado do Rio Grande do Sul. Mas também defendo que o fechamento de tudo não é o caminho. Precisamos sim que haja a reabertura de todos os setores e serviços do nosso comércio para gerar economia, renda e que para que esses também possam chegar até o mercado, que é hoje essencial, para a compra do seu alimento para levar então até a sua casa, mas com todos os critérios que a Organização de Saúde prescreve e que também a Secretaria de Saúde do Estado e também do município prescreve. Porque, senão, o que vai acontecer? Nós vamos ter inúmeras aglomerações e infelizmente, ao invés de a gente ajudar a combater o coronavírus, nós vamos estar fazendo com que infelizmente esse vírus esteja mais próximo de cada um de nós. Então precisa ter um “baselador”. O que o Governo do Estado precisa ter como “baselador”? Ele, como o critério macro do Estado, venha a fazer critérios para que então toda a economia, todos os serviços do nosso Estado do Rio Grande do Sul possam estar abertos, trazendo a condição não apenas da economia, do trabalho e da renda, mas do princípio de as pessoas poderem comer, poderem se alimentar, poderem ter o privilégio de poder chegar ao final do mês e honrar com seus compromissos, porque essa é a questão difícil. A gente sabe que independente do governante, seja do presidente da República ao governo e também aos prefeitos e municípios, são decisões difíceis, são decisões que muitas vezes acontece o equívoco de errar, mas sempre eu acredito que buscam ser assertivos. Então nós deixamos aqui, trazemos aqui nessa discussão essa colocação e é preciso que nós venhamos buscar com que através das nossas orientações e de nossos pensamentos que os nossos governantes coloquem em prática para melhoria da nossa cidade, do nosso país e do nosso estado. Era isso, senhor presidente. Muito obrigado.
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VEREADOR FELIPE GREMELMAIER (MDB): Senhor presidente, senhoras e senhores vereadores, eu quero voltar em um tema que considero neste momento o principal tema do país, que é a vacina. Acredito que seja talvez a única unanimidade que nós tenhamos neste momento, que é com relação à importância da vacina. Até ia lhe pedir um aparte, vereadora Marisol, mas a senhora foi cirúrgica em seu pronunciamento e expôs muito bem aquilo do que eu penso com relação a tudo que vem sendo tratado nesses últimos dias principalmente. Quero reforçar um elogio à secretária Daniele e a toda a sua equipe, já feita pelo vereador Rafael e pela senhora na sessão de hoje, por tudo aquilo que vem se trabalhado com relação ao coronavírus e a vacinação em Caxias do Sul. Na outra semana, nós levamos algumas reivindicações com relação à vacinação dos profissionais de saúde da cidade e eles montaram um critério que tenho certeza que contentou a todo mundo, que foi vacinar os profissionais de saúde com mais de 40 anos daquelas modalidades que ainda não tinham começado a vacinação. Então, ao invés de fazer essa vacinação em quatro ou cinco etapas sem data definida, eles conseguiram fazer essa antecipação propiciando que os profissionais da área da saúde conseguissem se vacinar, primeiramente, aqueles que têm mais de 40 anos. Então é um momento que quero aproveitar para elogiar essa situação que a secretária colocou e que vem atuando com relação a essa questão da vacinação, inclusive por tudo aquilo que está sendo feito no drive- thru agora, vacinando as pessoas, inclusive antecipando etapas. Essa semana, nós tínhamos duas etapas previstas e se conseguiu antecipar para 72 anos também, o que é um acréscimo bem interessante. A gente percebe inclusive, em cidades que a vacinação avançou, a redução inclusive das filas de espera por leito, que é o caso de Manaus, que chegou a um ponto de crise sanitária e, neste momento, começa a ter redução na fila de espera por leito, depois de ter feito um grande esforço... Com 40% de redução na fila de espera em Manaus. Então acho que são dados e números bem interessantes. Essa questão das unidades básicas vacinadoras vai ajudar bastante também com a vinda de vacinas. Eu acredito e tenho feito muito isso, nas últimas semanas, é buscar e conversar com representantes nossos com relação à vacina. Tive um encontro muito importante com o deputado Gabriel, presidente da Assembleia, e o deputado Búrigo, na agilização de tudo isso. E acredito, ontem falando com o prefeito Adiló também, que a gente precise buscar, através dos nossos deputados federais, com que a Anvisa diminua o prazo de autorização das vacinas. Isso é fundamental para a vinda das vacinas para as cidades, consequentemente para os estados também, para que a gente possa ter essa distribuição. Além do momento que tivermos mais vacinas prontas, os municípios podem fazer essa aquisição direta, juntamente com os estados, porque já tem, inclusive, autorização legislativa da Assembleia. Eu tenho certeza que a Câmara de Caxias também vai apoiar o prefeito Adiló depois de ter se consorciado com essas outras diversas cidades do Rio Grande do Sul para buscar a compra direta da vacina. A única unanimidade que eu percebo neste momento são as vacinas. O tratamento precoce, tem listas de médicos a favor, tem listas de médicos contra. Eu me coloco no lugar desses médicos. Nenhum de nós aqui tem CRM para ser responsabilizado, nenhum de nós tem CRM para ser responsabilizado. Vocês se coloquem no lugar do médico, lá na UBS, dizendo que não vai indicar para tal pessoa o tratamento precoce. A pessoa vai exigir do médico o tratamento precoce. A responsabilidade é de quem tem o CRM. Nós não podemos suplantar essa responsabilidade, querer tomar esse espaço e essa liberdade que os médicos têm de receitar ou não. Então nós não temos como fazer um trabalho que o tratamento precoce esteja para toda a população. Cada caso é um caso, cada situação é uma situação. E a responsabilidade de aplicação é do médico, é do médico. Então eu acredito que nós temos que ter muita responsabilidade neste momento também e unir esforços na busca pela vacina. É a única situação capaz de fazer com que a gente agilize a saída da pandemia, a retomada da normalidade. Defendo a vacinação de professores, que se antecipe a vacinação dos professores. Defendo a retomada das aulas também. É importantíssimo que os pais que estão trabalhando tenham onde deixar suas crianças em segurança, em segurança. Então nós temos que, primeiro, ter a capacidade de entender essa situação e brigar por aquilo que, na minha visão hoje, é unanimidade, que é a busca pela vacina e a vacinação em massa da nossa população. (Esgotado o tempo regimental.) Desculpa, eu não sei que vereador pediu aparte. Desculpa não poder contemplar.
PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PTB): Tempo esgotado, vereador.
VEREADOR FELIPE GREMELMAIER (MDB): Não consegui naquele momento. Mas eu queria deixar esse recado aqui. A unanimidade que nós temos neste momento, no mundo, é a vacina. Muito obrigado, senhor presidente.
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VEREADORA TATIANE FRIZZO (PSDB): Senhor presidente, nobres pares, colegas vereadores. Eu quero aqui trazer um reflexo da pandemia que impacta diretamente na vida das famílias, que são as questões relacionadas à violência doméstica. Eu gostaria aqui de fazer um voto de congratulações à Patrulha Maria da Penha. Hoje, no jornal, a gente verifica também uma reportagem especial falando que nenhum feminicídio foi registrado entre as duas mil mulheres que são acompanhadas pela Patrulha Maria da Penha. Então eu quero aqui deixar meu abraço à Brigada Militar, a toda essa rede de proteção à mulher que tem feito um trabalho incansável na busca de políticas públicas de proteção, de amparo, para coibir os casos de violência doméstica. A Patrulha Maria da Penha surgiu em 2012. Atualmente, atende em torno de 166 mulheres por mês. Já aprendeu, neste ano, três homens em flagrante. Registra em média... O que a gente tem com relação a dados da violência? Em torno de 40 agressões físicas e 63 ameaças por mês, neste ano de 2021. Então a gente não pode fechar os olhos para essa realidade que vem acontecendo. A gente sabe das inúmeras dificuldades pelas quais as mulheres vêm passando, ao longo desse período, em que muitas acabam também ficando numa situação de isolamento, de estar mais com seus companheiros, alguns usuários de drogas, álcool. E a família acaba, a mulher e as crianças acabam por sofrer vários tipos de violência. Então quero aqui reforçar, deixar um abraço para todos da Patrulha Maria da Penha. A Mileide, que comanda esse programa já há alguns anos. Acho que desde que começou o projeto da Patrulha Maria da Penha. E a todos aqueles que estão envolvidos. Reforçar para que as pessoas busquem ajuda. Aquele ditado de que em “briga de marido e mulher não se mete a colher” caiu por terra. A gente, sim, é corresponsável quando a gente verifica, sabe de uma situação de violência e não faz nada. Então a gente pede que as pessoas sejam solidárias, que busquem orientar as mulheres que precisam de ajuda. Se num momento de agressão, o 190 que deve ser acionado. Se não, nós temos o atendimento da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, a Deam. Nós temos, dentro da prefeitura também, a Coordenadoria, o CRM, que tem toda a parte de psicólogos, assistentes sociais, que fazem toda essa orientação. Para casos graves, Caxias do Sul tem a Casa de Apoio Viva Rachel, em homenagem à vereadora Raquel Grazziotin, que fez um trabalho muito importante na proteção das mulheres. Então é preciso reforçar. Mulheres que estejam em situação de violência doméstica, busquem ajuda, não se calem. Novamente reforçar, então, os parabéns à Patrulha Maria da Penha por esse projeto tão importante e que tem feito a diferença na vida de tantas mulheres, coibindo agressões, coibindo esses feminicídios que, infelizmente, ainda acontecem aqui no nosso município. Era isso, senhor presidente. Muito obrigada.
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VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Senhor presidente e colegas vereadores, como semana passada, a semana que passou nós não tivemos Pequeno Expediente, nós tivemos, na semana passada, um ano de luto para o entretenimento. Eu falei anteriormente, quero ressaltar, que fomos os primeiros a parar e seremos os últimos a retornar. O entretenimento, os bailões na nossa cidade, quanto mais lotado, mais vazias as UBSs. Então eu sei que nós vamos precisar de saúde, vamos precisar de muita educação. Sempre vamos precisar. Mas vamos precisar de alegria também. Então, por isso aquela indicação que fizemos para a Secretaria da Cultura para que, logo melhorando, passando, que as praças, as inaugurações de ruas, tudo nós utilizemos os nossos artistas locais. E mais uma vez eu vou reiterar que nós precisamos que os músicos, os garçons, os copeiros, técnicos de som, segurança, pessoal que cuidava dos carros, ajudantes, precisam de assistência nesta época, nessa situação.
VEREADOR WAGNER PETRINI (PSB): Um aparte quando possível, vereador.
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Sim. Logo, logo. E também me solidarizar também com os proprietários das casas noturnas. Porque nós tínhamos 11 casas funcionando todo final de semana em Caxias, só ligado ao bailão. Se nós pegarmos duas bandas, mais toda essa gente que trabalhava, são mais de 50 pessoas por clube. Isso são 600 famílias que nós temos hoje que estão sem nada, sem saber... Se moldando, claro. O cara que tocava era professor de música, está também trabalhando com pintura; o outro está trabalhando com jardinagem. Enfim, nós precisamos olhar com bons olhos para que, quando passar, a gente também valorize mais o artista local. Serviu como lição isso. Seu aparte, Wagner.
VEREADOR WAGNER PETRINI (PSB): Obrigado, vereador Dambrós, nosso líder da bancada do PSB. Eu te parabenizo pelo assunto. Eu trouxe no meu Grande Expediente há alguns dias atrás, quando a pandemia fechou um ano, e as pessoas hoje devem imaginar e eu fui muito criticado aqui até por alguns nobres vereadores que na época, na legislatura passada, não estavam aqui quando eu fui defender a classe do entretenimento. Hoje as pessoas que me criticaram antigamente na questão do comércio, na questão de outras áreas da nossa economia, hoje estão ali batendo o pé vendo a dificuldade que essas pessoas tiveram. Que, quando a gente estava demonstrando a dificuldade, que muitos ficaram para trás já, não vão pensar que não. Tiveram muitas pessoas, amigos meus, que fecharam os seus negócios e muitos ali que estão penando com dívidas, com tributos e dívidas pessoais para poder manter o seu negócio, que foi um projeto de vida de muito tempo. Eu não vou me alongar muito, vereador Dambrós, mais uma vez, eu acredito no prefeito. Teve um projeto onde ele... Um decreto que alongou o pagamento dos tributos e eu acredito que logo nós estaremos com todas as atividades de volta aqui em nossa cidade. Obrigado, vereador, pelo aparte.
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Obrigado. Antes da Estela, eu quero me solidarizar ao Gauchinho, ao velhinho do Gauchinho, ao Calhambeque, comandado pelo Luiz, ao Avenida, o Fábio Santos, a Laurinda, o Fogo de Chão, a Patrícia e o Rudi, a Libertá, o nosso amigo Salatiel e o Marcel, a Chardonnay, o Paulo, o Vini e a Paula, ao Galpão do Bife, ao Totó e ao Luís, ao Clube Rodeio, também, ao Luís, ao Panela Velha, ao Juliano e o Soney, ao Clube Vitória, ao Ademir e a sua família e também ao São José onde nós, eu com minha família comandava, que também está fechado. Bem rápido, então, Estela. O seu aparte.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Então eu acho tão importante nós tratarmos dessa questão da cultura. Ontem eu tive a oportunidade de participar da reunião que falou do Financiarte e a verba de dotação orçamentaria que nós teremos para o Financiarte este ano é de um valor irrisório de R$ 180 mil, que deverá ser dividido entre a classe artística que conta com um total de sete segmentos. A gente sabe a importância que a cultura tem para o desenvolvimento da nossa sociedade, das nossas comunidades. Então eu peço que, para o ano que vem, nós possamos enquanto Câmara de Vereadores cobrar um orçamento mais justo e que de fato abranja ainda mais artistas em nosso município. Obrigada, vereador.
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Obrigado, senhor presidente. Tenham um bom dia. Obrigado, colegas vereadores.
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