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Pavelski implora por ações e reforço à educação ambiental em Caxias

Presidente da Cooperativa Paz e Bem ocupou a tribuna para solicitar auxílio do poder público e da comunidade para melhorar consideravelmente a separação de resíduos na cidade. Do contrário, as associações de reciclagem não conseguirão sobreviver, avisou


Presidente da Cooperativa Paz e Bem, Tiago Pavelski reivindicou ajuda dos poderes públicos e da população para que a separação dos resíduos em Caxias do Sul seja correta e efetiva. Na Tribuna Livre do Legislativo caxiense, na plenária desta quarta-feira (15/10), o dirigente implorou por ações práticas, como a troca dos contêineres amarelos da área central; criação de ecopontos em supermercados, lojas e condomínios; subsídios às associações e cooperativas de recicladores; e reforço nas atividades de educação ambiental em Caxias do Sul.

Segundo o dirigente, se não houver uma melhora considerável na separação de resíduos, as associações que fazem a triagem e a comercialização do lixo seletivo dificilmente conseguirão sobreviver.    

“O material que chega é o pior possível. Os mais prejudicados somos nós, que estamos na ponta. A gente abre a sacola e está cheia de papel higiênico”, decepciona-se Pavelski, que coordena mais de 75 pessoas responsáveis por fazer a separação final do resíduo seletivo e da venda desse material, que garantirá o sustento de suas famílias.

Ele ressalta que o cheiro forte que é sentido na cooperativa não é do resíduo seletivo, mas do lixo orgânico que as pessoas deixam irregularmente no contêiner de recicláveis (garrafas, latas, potes plásticos, metais, entre outros).

Segundo o presidente, além da Paz e Bem, que funciona no bairro Santa Fé, estão em atividade, realizando a triagem final e o comércio do lixo seletivo domiciliar da cidade, outras 11 associações. Elas evitam que resíduos reaproveitáveis sigam sem uso para o aterro sanitário, onde deveria ir somente o material orgânico, como restos de comida, fraldas e papel higiênico sujo. Por serem agentes de cuidado ambiental, em seu entendimento, deveriam receber subsídios, isto é, serem pagas pelo município por executarem tal função.

De acordo com Pavelski, hoje, a Cooperativa Paz e Bem recebe 60 toneladas de material diariamente, oriundo, principalmente, da coleta mecanizada da área central. No entanto, apenas 50% do resíduo seletivo que chega à cooperativa são aproveitados. Os demais 50% acabam indo para o aterro porque chegam misturados a material orgânico de uma forma que nem os equipamentos conseguem efetuar a triagem. “As pessoas falam tanto em sustentabilidade em Caxias do sul, mas não aprenderam a separar o seletivo do orgânico e isso atrapalha a vida de quem faz a triagem. Se continuar nessa levada, a cooperativa não vai conseguir se sustentar”, alertou.

Para amenizar essa situação, o presidente da Paz e Bem defende a troca dos contêineres amarelos, que costumam ficar abertos, deixando os materiais sob mau tempo, por outros modelos de melhor qualidade e condicionamento. Também sugere que os mercados, que são os responsáveis por venderem tantos produtos embalados, criem ecopontos, ou seja, tenham espaços de coleta de material reciclável, pois muitos moradores que fazem a separação adequadamente e exercem a consciência ambiental poderiam levar os materiais nesses lugares.  Por fim, Pavelski pediu aos parlamentares que, junto com o município, reforcem as campanhas de educação ecológica e de orientação sobre a separação adequada de resíduos.

15/10/2025 - 17:05
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Vania Espeiorin - MTE 9.861

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