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O estado de greve dos funcionários públicos de Caxias do Sul foi tema do grande expediente do parlamentar Daniel Santos/Republicanos, líder de governo na Câmara. Durante a sessão ordinária desta quarta-feira (21/05), o vereador divulgou a salário dos profissionais da Educação, conforme padrão e plano de carreira, e defendeu a administração municipal.
Desde o dia 19 de maio, servidores estão paralisados, reivindicando diversas melhorias, como reajuste salarial, maior segurança nas escolas, fim das terceirizações e gestões compartilhadas no serviço público, e elaboração e implantação de planos de carreira para todos os funcionários públicos municipais. Debatendo sobre isso, o vereador afirmou que a prefeitura está fazendo o que pode para resolver a situação. “É injusto dizer que a equipe do governo não se preocupa e não quer valorizar o servidor”, destacou Santos.
O republicano apresentou quantias que os trabalhadores recebem por 20h trabalhadas semanalmente. De acordo com ele, o salário mensal de professores fica entre R$ 2.949,00 e R$ 4.129,00 mais o vale-alimentação, e o valor pode ser alterado, dependendo dos horários trabalhados por mês. Afirmou que ouviu discursos justificando a solicitação por aumentos salariais porque o ganho seria miserável, o que questionou, pois, segundo ele, não é justo falar que isso se trata de um salário de fome.
Além disso, o republicano pontuou que o governo municipal e a imagem do servidor público estão em desgaste, dadas as circunstâncias atuais, e questionou a motivação das reivindicações do Sindicato de Servidores Municipais (Sindiserv). “Será que isso vai passar de uma luta pelo salário para uma luta de desgaste?”, indagou. O legislador declarou que a média salarial do professor de Caxias do Sul, segundo o Ministério da Educação (MEC), é de R$ 9,5 mil, enquanto que a média nacional é de R$ 6 mil.
Em apartes, Rafael Bueno/PDT e Rose Frigeri/PT debateram o tema trazido pelo colega. Rose expressou que o Sindicato está representando toda a categoria de professores, e os pedidos de melhorias não se baseiam apenas em reajuste salarial. “Todos estão fazendo muito mais do que precisam, e isso é uma questão de trabalho”, manifestou.