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Rafael Bueno critica atuação do Senalba nas questões da educação infantil

Vereador fez histórico da sua defesa pelos direitos das trabalhadoras durante seus três mandatos


O vereador Rafael Bueno/PDT utilizou a tribuna do Legislativo nesta terça-feira (23/5) para criticar a atuação do Senalba em questões referentes aos direitos das educadoras, cozinheiras e auxiliares que trabalham nas escolas de educação infantil conveniadas com o município. O Senalba, que é o Sindicato dos Empregados em Entidades, Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional de Caxias do Sul, segundo Bueno, está agindo contrariamente às causas das educadoras que, inclusive, tiveram redução salarial nos últimos anos. São três as entidades conveniadas com o município, administrando 49 escolas de educação infantil, atendendo 5 mil crianças e com equipe de mais de 700 trabalhadoras.

Rafael Bueno está envolvido diretamente na causa desde o começo dos seus três mandatos. A situação das educadoras teve seu ápice nos últimos anos quando ocorreu uma grande greve no final de 2017 durante o governo Daniel Guerra, prefeito cassado em 2019. Na ocasião, o vereador esteve todo o tempo ao lado das grevistas, deixando seu gabinete aberto dias e noites seguidas para atender as demandas pleiteadas.

"Na época, houve perseguição em razão de as pessoas lutarem por seus direitos. Muitas que participaram gritando na porta da prefeitura, ficaram doentes, foram humilhadas, perderam seus sonhos. Infelizmente, o resultado da greve foi triste. O Senalba acabou sendo conivente com o governo municipal, mandando até mesmo as profissionais sentarem ao chão, que estava molhado da chuva, para votarem", relembrou Bueno.

O parlamentar prosseguiu analisando que se há um culpado pela defasagem salarial das educadoras hoje é o próprio sindicato que diz defendê-las. Para Bueno, direitos foram saqueados aos poucos com o aval do próprio Senalba, omisso na relação com o município.

"As trabalhadoras foram enganadas enquanto o sindicato fazia conchavo com o prefeito cassado. Pelo péssimo acordo feito à época, muitas se endividaram, venderam bens e fizeram empréstimos para se manter, entrando até mesmo em depressão", elencou.

Para exemplificar sua fala, Bueno mostrou a Carteira de Trabalho de uma funcionária das escolas infantis. A profissional foi contratada em 10 de março de 2016, ganhando R$ 1.917,78 mensais.

"Pasmem, estou aqui com a folha de pagamento dessa profissional. Em outubro de 2017, antes da greve, ela recebia como salário-base R$ 2.298,80. A mesma trabalhadora foi recontratada em 30 de janeiro de 2018, com salário de R$ 1.831,00, quer dizer, após a greve, em um novo formato de convênio assinado com o município, que foi nefasto e teve a conivência do Senalba", exemplificou Bueno.

Com a folha de pagamento da funcionária, de março de 2023, o pedetista trouxe um dado alarmante: a educadora recebeu naquele mês R$ 2.277,11, menos do que ganhava em R$ 2107, antes da greve.

Por fim, o vereador elencou algumas ações mantidas nos últimos anos demonstrando estar ao lado da causa das educadoras e alunos das escolas infantis. Como quando denunciou na Câmara Municipal, no Ministério Público e na imprensa irregularidades trabalhistas, problemas estruturais e pedagógicos que atrapalhavam o bom andamento do ensino nas escolas infantis. Bueno pediu respeito às profissionais porque, principalmente, "cuidam de crianças muitas delas em vulnerabilidade social."

"Não vão macular a minha imagem e a de alguns vereadores. Estamos sendo acusados injustamente de não valorizar a categoria das educadoras e demais profissionais. Não compactuo com injustiças e sigo combatendo aqueles que querem manipular. Sigo em busca de uma educação pública gratuita e de qualidade para as crianças", afirmou Bueno.

Toda esse histórico foi trazido ao plenário, enfatizou Bueno, porque o Senalba pretendia deflagrar uma greve a partir desta segunda-feira (22/5), o que prejudicaria o ensino para milhares de crianças e traria complicações para mães, pais e responsáveis. Porém, uma mediação realizada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-4) na tarde deste domingo (21/5) decidiu por suspender a iminente paralisação.

23/05/2023 - 15:48
Gabinete do vereador Rafael Bueno/PDT Câmara Municipal de Caxias do Sul
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