O vereador Rafael Bueno/PDT participou na tarde desta sexta-feira (05/05) de uma reunião extraordinária convocada pelo prefeito Adiló Didomenico para debater investimentos na saúde pública para Caxias do Sul e da Região. Alguns prefeitos e secretários da Saúde participaram do encontro no centro administrativo. Entre os pontos debatidos, a preocupação com a recente entrega do prédio do Hospital Geral (HG), mas sem atendimento às pessoas.

Vereador que presidiu a Comissão da Saúde do Legislativo por três anos e ajudou na busca de cerca de R$ 20 milões em emendas parlamentares para a ampliação de leitos do HG, Bueno se manifestou solicitando mais apoio dos municípios da região para a saúde, já que Caxias do Sul absorve uma alta demanda regional.

"A falta de participação de muitos municípios nessas demandas da saúde é notória. Na própria reunião de hoje vieram poucos prefeitos e os que se manifestaram demonstram pouco interesse na coparticipação de atendimento. Cada um agindo individualmente", disse Bueno.

Um dado preocupante mostrado pela secretária municipal de Saúde, Daniele Meneguzzi, aponta que para viabilizar a abertura da ampliação do HG serão necessários R$ 2,1 milhões de Teto MAC (limite financeiro máximo disponível para custeio de ações e serviços de saúde) e R$ 4,8 milhões de custeio, porém, Caxias do Sul não tem esse orçamento em 2023, devendo haver até mesmo diminuição nas regulações ao HG, adequando a produção ao contrato.

O vereador também destacou a preocupação demonstrada por alguns presentes na reunião em relação ao caos no atendimento da oncologia no Hospital Geral (HG), que atende a 49 municípios da região.

Para o pedetista, a falta de representante da cúpula da saúde no Estado presencialmente na reunião também demonstrou descaso.

"O Estado é quem tem que bancar a abertura dos novos leitos do HG. O município de Caxias do Sul absorve 46% no atendimento à alta complexidade para a região, ao custo de R$ 12 milhões ao ano, e não temos mais capacidade econômica para isso. O Estado tem que assumir a sua responsabilidade."

Enquanto essa situação perdura, Bueno destaca que Caxias do Sul está com as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) superlotadas com pessoas até mesmo da região, sem contar as listas de espera, por exemplo, com quase 11 mil pessoas aguardando cirurgias.