VEREADOR HIAGO MORANDI (PL): Só reforçar também, como o Calebe falou aqui, a gente falou nos bastidores, mas reforçar aqui que agora a gente está ao vivo. Também concordo, sou contra a burocracia. Eu acho que não dá para deixar a máquina pública cada vez com mais burocracia. Isso atrapalha. Tempo é dinheiro. Aqui não é para discutir o mérito, mas a gente sabe que o projeto é bom, é para entregar remédio para idoso. Então, qualquer coisa a gente manda para o Executivo. Depois o Executivo faz uma Adin ou devolve sem sanção. Isso aí vai para frente ou entra por via judicial e faz o que tem para fazer.
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PL): Peço um aparte, vereador.
VEREADOR HIAGO MORANDI (PL): Mas aqui é uma Casa política, e se a gente abrir mão de espaço, de poder, a gente vai estar deixando de representar as pessoas, na minha humilde opinião. Também queria dizer que esses estudos, para mim, presidente, eles trazem um problema para cada solução. Em seis meses que eu estou aqui, eu só me incomodo e parece que nada anda, por causa que a gente vive mergulhado nessa burocracia que esses institutos não só causam para esta Casa Legislativa, como para outras cidades também, que ninguém está feliz. Quem mais sabe o que é bom para a população se nós, os representantes do povo. Quando eu saio na rua para ser cobrado, não é um advogado, não é alguém que diz que defende a Constituição que é cobrado, somos nós, que representamos a população. Logo tem eleição aí de novo, e a gente tem que botar os nossos projetos aqui para andar. “Ah, mas a gente abre um precedente, é estranho, a gente está abaixo da Constituição.” Pois é, mas o precedente, a justiça, o direito é subjetivo porque em outras cidades eles entendem que é constitucional, às vezes, matéria que a gente está discutindo aqui. Então, fica muito subjetivo e no meio disso tá o povo. Então, para mim, aqui, quanto mais poder, melhor. A gente decide aqui dentro, na democracia, vai ser melhor. E, também, deixo aqui a ideia de trazer o pessoal desses institutos para ver como eles pensam, quem sabe fazer uma reunião, está faltando isso, talvez, para a gente conversar melhor com eles e ver por que não andam as coisas. Mas eu vou...
VEREADOR TENENTE CRISTIANO BECKER DA SILVA (PRD): Peço um aparte.
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PL): Peço um aparte, vereador.
VEREADOR HIAGO MORANDI (PL): Estou contigo. Muito obrigado. Ah, um aparte para o Cristiano.
VEREADOR TENENTE CRISTIANO BECKER DA SILVA (PRD): É a questão do mérito que a gente tem que ver, também, do projeto do vereador Rafael Bueno. Eu tenho certeza que o Executivo também concordaria com isso, sabe? Então, é facilitar a vida de quem precisa que seja facilitado. E a gente tem que trabalhar para isso. Olha aqui o que diz o projeto de autoria do vereador Rafael Bueno: Institui o programa Remédio em Casa para idosos, pessoas com deficiência ou necessidades especiais e portadores de doenças crônicas.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Um aparte.
VEREADOR TENENTE CRISTIANO BECKER DA SILVA (PRD): Gente, nós estamos envelhecendo! Nós estamos envelhecendo e nem todos vamos ter pessoas, ali na frente, para estar buscando remédio para nós dentro do atendimento de saúde. (Manifestação sem uso do microfone) Sim, mas sim, tudo bem, é o parecer, mas é justamente sobre isso. Então, se nós não derrubarmos, daqui a pouco, nesta Casa, a inconstitucionalidade por mais que seja... O teu projeto é muito bom, Rafael, parabéns. Parabéns pela tua fala também, Hiago.
VEREADOR HIAGO MORANDI (PL): Bem rapidinho, Fantinel.
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PL): Bom, vereador Hiago, eu quero contribuir com os colegas, aqui, o que aconteceu comigo na Legislação passada. O que acontece? O Fantinel protocolou, nesta Casa, o projeto da Reurb, baseado no projeto aprovado em São Paulo por um vereador! Por um vereador! Em São Paulo. Me fizeram eu tirar o projeto e dar para o Executivo dizendo que o projeto tinha vício de origem. Aí o que aconteceu? O Executivo, simplesmente, implantou o projeto e hoje o projeto é deles. E o Fantinel ficou a ver navios. Então vai acontecer a mesma coisa com o Rafael. Obrigado.
VEREADOR HIAGO MORANDI (PL): Bem rapidinho, depois me deixa uns segundos. Vereadora Estela.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Eu quero dizer que tem, por parte da CCJ, três indicações principais que é: o vício de iniciativa, a violação de princípio da separação dos poderes e a jurisprudência. E aqui nós não estamos, de fato, debatendo o mérito porque é um projeto que precisa. É um projeto necessário, é um projeto que, de fato, pode ajudar muitas pessoas, aqui, no nosso município. Mas me causa dificuldade essa diferenciação de debater a constitucionalidade ou inconstitucionalidade e debater o mérito. Que nós não estamos sendo contra o mérito, nós só estamos analisando que, de fato, há inconstitucionalidades apresentadas pelos pareceres.
VEREADOR HIAGO MORANDI (PL): Perfeito. Eu vou mais longe. Agradeço todo mundo que falou.
VEREADOR ELÓI FRIZZO (PSB): Vereador Hiago, bem, bem, dez segundos.
VEREADOR HIAGO MORANDI (PL): Pode falar, pode falar vereador.
VEREADOR ELÓI FRIZZO (PSB): Só citando assim: se no Supremo, que é o Supremo, tem divergência sobre pareceres, por que nesta Casa não podemos ter posição diferente? Vamos se acalmar, com todo o respeito, não é pessoal? (Risos)
VEREADOR HIAGO MORANDI (PL): Não, eu agradeço e também eu já dou o recado para o IGAM: que se continuarem botando burocracia, eu vou criar um projeto de lei para botar o salário mínimo em cinco mil reais no Município de Caxias, para mim eu vou mais longe. Valeu.