VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Obrigada, vereadora Andressa. Olha que momento, por um lado difícil para mim, pessoalmente, e queria confessar, como sempre, quem me conhece, quem conhece meu trabalho, sabe da minha franqueza, da minha transparência, quando me irrito profundamente com algumas coisas, gosto de me manifestar, e quando tenho dúvidas, também gosto de me manifestar. Hoje eu vim para ouvir o debate da Casa sobre isso, porque também, quem me conhece, quem acompanha meu trabalho, sabe o quanto eu respeito e admiro o trabalho do Instituto Quindim. Conheço o Volnei há um milhão de anos, há muito tempo. Fui professora, então, obviamente, que isso, como disseram vários vereadores, não está em discussão o quanto a gente respeita e admira a questão da leitura, da literatura, do incentivo e de um espaço que é diferente, é disruptivo, pensa diferente, trabalha de um jeito diferente. Eu, como presidente desta Casa, tive a oportunidade de receber, assustados, no fim do ano passado, os representantes do Instituto Quindim para falar sobre o tema. Convidei, naquela ocasião, inclusive, também representante, integrante da Mesa Diretora, vereador Felipe Gremelmaier, e, no momento, nós até questionamos ao Volnei: “Que lugares vocês imaginam?”, “a gente pode estar com vocês nessa tentativa...” E a gente sabe que é uma tentativa porque não há uma obrigatoriedade legal, mas era uma tentativa, uma construção que a gente queria fazer e podia pensar em vários lugares. Me lembro, e aí vocês me perdoem, mas eu lembro que o vereador Felipe Gremelmaier sugeriu a UAB, sugeriu que aquele espaço pudesse ser usado, é um espaço central, é um espaço que traria mais movimentação, enfim, me lembro dele ter sugerido. E me lembro que o Volnei disse para nós: “Um espaço que a gente sonharia que seria o ideal, seria a Biblioteca Parque da Estação.” E eu disse: “Eu também acho. É maravilhoso, eu amo aquele lugar, ia com os meus alunos, acho sensacional”. Mas aí eu preciso confessar para vocês que, nesse momento, eu fico absolutamente dividida, porque também nós temos e elegemos um Executivo. Então, nós temos também que entender que as decisões são tomadas do executivo e é uma prerrogativa. Se há um entendimento que lá é uma secretaria, que seria importante pela questão do turismo, da movimentação, porque vai ser um espaço com muito fluxo de pessoas, a gente acredita nisso. Também é importante. Então, eu posso dizer com clareza para vocês, nesse momento, inclusive, eu tenho muitas dúvidas sobre como votar nesse pedido de informações, porque eu concordo com o vereador Frizzo, quando ele diz, é difícil votar contra um pedido de informações, até porque essas respostas já estão claras, e desculpa a vereadora que disse que não há uma posição oficial do governo. Há! Eu, pelo menos, vi nas redes sociais uma nota oficial do governo se manifestando a respeito. Então há. Quando alguém diz aqui, e eu ouvi também: “Qual a dificuldade de votar um pedido de informações?” Aí eu pergunto: Qual foi a dificuldade de votar um pedido de Regime de Urgência na primeira sessão do ano? Por duas horas e tanto uma discussão, se era ou não era um Regime de Urgência de uma pauta. Gente, a gente vai discutir de qualquer jeito, hoje ou amanhã. Era a mesma coisa. Mas cada um tem, aqui, o seu direito de defender aquilo que acredita. Eu tenho muita dificuldade de votar contra Pedido de Informações, apesar de, me lembro que a gente falava muito na legislatura anterior, entender que Pedido de Informações, vereadora Andressa, colegas vereadores, ele se ampliou muito, isso eu aprendi aqui, na legislatura anterior, quando o governo não tinha nenhum diálogo com a Casa Legislativa. Tinha um momento, a gente sabe disso, se chamava oficialmente secretários para virem aqui falar, se convocava, e não se convidava, porque não tinha outra forma de falar que não fosse essa. E Pedidos de Informações quando não havia disponibilidade de governo para discutir. E neste há; eu participei de algumas dessas. O Volnei até gravou um vídeo esses dias, que eu particularmente preciso de novo concordar, vereador Frizzo, acho que foi uma cilada. Quando eu assisti àquele vídeo do Volnei, meu amigo que eu amo, eu pensei: Acabaram as discussões. Porque ninguém se posiciona daquela forma querendo que ainda continue construindo alguma coisa. Eu achei firme. Não me pareceu nem uma postura do Volnei, mas eu entendo que, no calor da hora, às vezes a gente exagera um pouquinho. Mas ele falou que eu participei daquela reunião na prefeitura. Infelizmente não participei. Fui convidada, mas também tinha o meu momento, Estela Balardin, de saúde mental. Era meu dia e horário de terapia. Cheguei só depois. Ele me convidou para a foto. Eu disse: “Eu não posso participar...” Tem gente aqui que estava lá. Eu disse: “Eu não posso participar da foto; eu não participei da reunião.” Ele me disse: “Não, mas tu está conosco.” Então, eu só estou dizendo isso para confessar para vocês que eu tenho dificuldade, porque aí eu fico: não gosto de votar contra pedido de informações, mas não acho que esse tema seja para Pedido de Informações, porque tem diálogo. E aqui, vereadora Rose, a senhora disse: “é uma discussão sobre o poder público e o envolvimento...” Não é! Não é também uma discussão sobre a relevância do Instituto Quindim, que ninguém discorda, a não ser que não conheça. É uma discussão sobre um Pedido de Informações. Obrigada.