VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Parabéns, vereadora Estela, por essa proposição. Com certeza quero, já de antemão, dizer que vou integrar essa Frente, a Frente Parlamentar. Eu lembro que um dos momentos que eu mais aprendi aqui, nesta Casa, porque a gente está aprendendo diariamente, foi em uma atividade que teve em maio de 2022. À época, eu acho que conduzida inclusive pela sua assessora, pela Jô, que foi um debate. Aqui eu estava como vereadora, estava lhe representando naquele momento, onde foi feito um debate, apresentado dados muito representativos dessa questão da saúde mental na nossa cidade. Então, ao mesmo momento que lhe parabenizo, parabenizo pela escolha da Jô como sua assessora nessa área, ela é muito... É uma das pessoas que talvez mais trabalhe isso na cidade ou na sua área, que é psicóloga. E quero dizer que, além de todos esses dados que foram colocados, essa busca ativa, ou talvez nem precise fazer uma busca ativa, um dos recortes que essa Frente vai ter que fazer é incentivar e ver a forma como trabalhar nas escolas essa questão da saúde mental. Porque, o que eu acho? A questão da saúde mental na nossa sociedade é tão ampla, tão ampla, que tu tens sempre que fazer recortes. Eu lembro daquele debate agora, dia 21 de janeiro, que eu representei a PEM, aqui na Casa mesmo, nós falamos sobre a questão da saúde mental das mulheres. Aí nós pegamos um outro recorte. Tem dos idosos, tem da população em situação de rua, tem de crianças e adolescentes. Tem vários recortes que podem ser feitos quando se faz esse debate da saúde mental, porque realmente ele é muito amplo. Eu acho que... Vou falar aqui da educação; porque, além dessa lista que já está de espera, além desse debate que nós precisamos fazer com que as pessoas busquem ajuda, mas que também com as outras pessoas da própria família, muitas vezes, compreendam esse debate e não pensem que é drama da pessoa, que é bobagem, que, “ai, tu é forte, vamos passar por cima”, eu acho que, mais do que isso, nós temos que ver aqueles encaminhamentos que as escolas têm. Eu não tenho esses dados, mas acho que foi em 2023, a gente apresentou aqui, quando se fez aquele debate da segurança nas escolas, a gente apresentou os dados. São muitas crianças, e crianças, não são só os adolescentes, crianças e adolescentes precisando de atendimento, tendo alguma indicação de que precisa, sim, de atendimento em algum órgão específico, em algum profissional específico, e vou mais, eu acho que essa frente também, e tenho certeza de que vai fazer isso, porque a frente será conduzida por todos os vereadores e vereadoras que participarão, então, as sugestões serão dadas. Nós temos, por exemplo, a questão da saúde mental da comunidade escolar. Outro dia eu estava lendo, o setor que mais tem problema de saúde mental, muitas vezes levam a suicídio, mas não necessariamente, é a área da saúde, a área da educação e da assistência. E aí eu fiquei... Porque a maioria das mulheres tem problema de saúde mental. Então, dois fatos que eu acho importante colocar aqui, porque essas áreas, porque são áreas majoritariamente trabalhadas por mulheres e que sentem a impotência de enxergar o que está acontecendo e muitas vezes não tem como encaminhar a solução, não tem políticas públicas ou não tem, nós sabemos que é limitado a questão das políticas públicas. Então, são áreas onde a gente vê o maior nível de insegurança nas crianças, nas pessoas, que é a saúde, a educação e a assistência. E a questão das mulheres também, vereadora Estela, tem toda aquela sobrecarga, que não parece, mas a exigência de tu estares bem na sociedade, estar dando conta dos trabalhos de casa, que embora todo mundo concorde que deva ser de ambos, ainda, infelizmente, é uma obrigatoriedade velada das mulheres, toda essa sobrecarga acaba fazendo com que as mulheres sejam as mais atingidas em relação à saúde mental. Então, parabéns e já digo aqui que vou querer fazer parte dessa frente. Obrigada.