VEREADOR ADILÓ DIDOMENICO (PTB): Nós estamos fazendo esse questionamento à municipalidade, porque essa área até para que os colegas possam se dar conta é a área do antigo Palermo. Um balneário, uma região de banhados, de vertentes, de cursos naturais de água. Uma área que seguramente deveria ter sido preservada e ela está praticamente toda desmatada e aterrada. Quando se fala em ZOCS quando foi aqui do secretário do Planejamento justamente é isso que nós queremos que seja preservado. Ou nós queremos que Caxias amanhã ou depois se transforme naquilo que nós estamos assistindo em São Paulo ou Rio de Janeiro?

VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Um aparte, vereador?

VEREADOR ADILÓ DIDOMENICO (PTB): Acho que vamos dar um tempo, por que... Quando dá os alagamentos é meia dúzia que sai para correr, para socorrer a população. Quando se debate um assunto que nem esse a gente fica preocupado, por quê? Essa área ela era um banhado natural. Uma área que segurava uma quantidade de água e nós estamos muito preocupados com a região à jusante inclusive com Galópolis. E aí se faz todo um licenciamento e daqui a pouco tu vê desmatado, aterrado, canalizado e me parece que até uma ação judicial determinando, me informava aqui a engenheira Sabrina que tem um dos córregos que foi uma determinação judicial para canalizar. Agora a justiça não tem esse conhecimento às vezes e falta, quem sabe, uma visita técnica no local. Nós acabamos com os banhados naturais em Caxias do Sul. A região da Gethal, do São José que depois a custa de grandes investimentos de dinheiro do contribuinte para compensar a exploração imobiliária desordenada que foi permitido na Gethal e no São José. Não se preservou os banhados. Parque dos Macaquinhos era um banhado natural. Agora está ali a comunidade do São Leopoldo vivendo o pânico, por causa da água que desce. Então tu tens que construir banhados artificiais agora para conter esses alagamentos. E nós estamos muito preocupados com a região de Galópolis. Essa região ela é de altíssimo risco. As chuvas têm sido cada vez mais violentas, quem viveu isso como o secretário Renato Oliveira, o Elói Frizzo e nós, na época, na Secretaria de Obras, sabemos que com a natureza não dá para brincar. Então nós não entendemos tanto de meio ambiente, mas nós vamos buscar com as informações prestadas pela prefeitura o auxílio de pessoas especialistas nessa área do meio ambiente e vamos nos debruçar sobre esse assunto. Caxias tem que parar de acabar com esses banhados naturais para não criar um verdadeiro inferno para aquelas pessoas que moram a jusante. É muito comum e eu ouvi como secretário de Obras: “É problema dos outros ali daquela região da Cristófolo Randon e da Matteo Gianella”. O problema é deles. Nós queremos resolver o nosso problema aqui em São Pelegrino. Digo: “Tudo bem, mas a cidade é um todo e lá moram pessoas e a gente tem que ter esse cuidado”.

VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Peço a palavra, presidente.

VEREADOR ADILÓ DIDOMENICO (PTB): Então nós fizemos esse pedido juntos, vereador Thomé. Fomos demandados por vizinhos ali que acompanharam o desmatamento daquela área nos finais de semana.

VEREADORA PAULA IORIS (PSDB): Um aparte, vereador?

VEREADOR ADILÓ DIDOMENICO (PTB): É muito estranho, no sábado e no domingo, a motosserra pegava ali naquela região. Chovia muito durante a semana que não podiam trabalhar. Então são coisas que fica a indagação para este vereador e para a comunidade que morou ali ao lado e que viu a canalização de córregos naturais, o aterramento de vertentes. Aí tu contrastas com um bloqueio para uma empresa que nem a Conexul, que está há 30 anos instaladas a 8 metros de um córrego, que hoje é um esgoto, não interferiu, mas está a 8 metros, se nega o alvará, a continuidade da empresa naquela local. Aí tu permites instalar um empreendimento aí que se fala em 700 apartamentos em cima daquela região que era... (Manifestação sem uso do microfone.) É! Aí como é que fica a Br-116 que hoje já é problema. O vereador Edi Carlos sabe disso. Ali é um pandemônio o trânsito. Então cadê o impacto de trânsito para essa área? Porque esses moradores não tem outra saída, eles têm que sair pela Br-116. Então fica o nosso questionamento e pedimos o apoio dos nobres pares para aprovar esse pedido de informação. Vamos aguardar a informação e depois nós traremos resultado à plenária. Obrigado, senhor presidente.

 

PRESIDENTE FLAVIO CASSINA (PTB): Vereador Thomé.

VEREADORA PAULA IORIS (PSDB): Me dá um aparte, vereador, rapidinho.

VEREADOR ALCEU THOMÉ (PTB): De imediato, vereadora.

VEREADORA PAULA IORIS (PSDB): Bem, vereador Adiló, a gente tem sido marcados no Facebook, e acredito que não seja a única, em razão desses alagamentos. Parabéns por trazer esse tema, porque acho que poucas pessoas sabem disso. A gente está vendo os efeitos, mas não por que gerou. A gente lembra do Parque dos Macaquinhos com aquela lagoa. Eu nunca relacionei, eu não tenho esse conhecimento, eu sugiro como até uma pauta para TV Câmara um programa sobre isso: os alagamentos em Caxias do Sul. Para a gente ampliar a visão da população. Porque nós estamos tratando sempre o efeito. O problema, o apagando incêndio que neste caso não é fogo, é água, mas para a gente ter essa visão de longo prazo. Parabéns e tem que conhecer para poder falar. Então eu acho que é uma boa pauta para a TV Câmara. Obrigada, vereador.

VEREADOR ALCEU THOMÉ (PTB): Obrigado, vereadora. Vereador Rafael, tu como vizinho ali, a gente tem notícia, tem informações aí que a derrubada foi total praticamente ali da mata, da mata ciliar ali das vertentes. As vertentes sumiram dali. Os moradores sabem que tinham a vertente com água pura e limpa. E percebeu-se que foram dadas licenças para a canalização e derrubada da mata. Acho que é um tratamento muito diferente que se dá com o coitado do agricultor, com o coitado que tem que derrubar uma árvore ali. Ali foram derrubadas árvores em abundância. Como disse o vereador, a motosserra comeu mesmo. Então pequenas cachoeiras foram enterradas aí. Então acho que é um assunto muito grave e parece assim que algumas licenças... Vamos aguardar, vereador. Mas assim a gente percebe que vamos aguardar para que se possa fazer um estudo melhor. A gente fez esse pedido e a gente sabe o impacto que vai trazer de 700 famílias. Queremos saber qual a compensação de que vai ser feita, do empreendimento, porque me parece ali que foi trocado por três escolinhas, mas o impacto ali é muito grande e devia ser em cima, o termo de ajustamento, da área degradada e não uma compensação de outro tipo, a não ser ambiental. Então me parece que algumas licenças, algumas coisas, mas vamos aguardar, vereador. Vamos aguardar para ter essas respostas, mas foram dadas com muita boa vontade e benevolência.

VEREADOR FELIPE GREMELMAIER (MDB): Permite um aparte, vereador?

VEREADOR ALCEU THOMÉ (PTB): Então a gente vai aguardar. Vereador Rafael, tu como vizinho ali acho que até conhecia bem o terreno, mas foi uma devastação, está tapado ali onde que a motosserra trabalho nos fins de semana, fim de noite, enfim. Não sei por que isso, mas fica um questionamento e que isso possa ser observado. Vereador Felipe, por gentileza.

VEREADOR FELIPE GREMELMAIER (MDB): Vereador Thomé, eu tomei pé de algumas situações com relação a esse assunto e alguns moradores nos procuraram também e nós fizemos uma reunião na Semma, inclusive, solicitando essas compensações todas e principalmente, vereador Adiló, a preocupação com relação ao impacto de trânsito, com relação ao impacto que vai gerar o esgoto todo que precisa ser tratado daquela região porque é um acréscimo muito grande de edificações, de famílias que vão morar naquela região toda. Nós estivemos participando de uma reunião com o vereador Edi Carlos também na região, com relação a esse assunto. Encaminhamos algumas situações para a Semma, mas é bom também ter um pedido de informações oficial para a gente poder ter essas respostas e de que forma vai ser feita essa compensação, se já estão sendo feitas e de que forma estão sendo feitas porque a região do Palermo é uma região que era muito arborizada, que tinha muitas situações. A gente percebe o replantio de algumas árvores, mas não na quantidade que estão nos laudos apontados e que estão nas planilhas. Então a gente precisa saber realmente de forma oficial o que vai ser feito e principalmente, vereador, o impacto que vai causar em toda aquela região da BR-116 e dentro do Bairro Panazzolo é muito grande.

VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Presidente, eu voto favorável ao requerimento do vereador Thomé e do vereador Adiló. Vereador Adiló, só eu sei que o quanto eu já incomodei o senhor quando o senhor foi secretário de Obras, o Soletti e agora que a gente recorre que quem mora, vereador Thomé... E eu digo que o melhor prefeito que teve infraestrutura de rede de esgoto na história do Bairro Cristo Redentor, Exposição foi o Mário Vanin, porque não teve prefeito melhor. Ele enterrou cano e não consegui se eleger deputado estadual depois de tanta obra que ele fez embaixo da terra e não ganhou voto porque não aparece. Ali, vereador Elói Frizzo, embaixo da Urca, na Angelina Michelon passa um caminhão, mais que um caminhão de altura e não comporta mais a água. Antes de eu ser presidente de bairro eu dormia tranquilo, qualquer chuvinha que dava a gente dormia. Hoje eu não consigo mais dormir porque todos os moradores, vereador Velocino Uez, daquela região, começa ali em Lourdes, em frente o Madre Imilda, desce atrás do Panela Velha, ali na Madarco, na Vila Ipiranga e vai estourando e chega toda a água lá em Galópolis. É muito preocupante porque é um roteiro certo de qualquer enchente. E sabe o que mais foi o agravante? Quando as quatro torres foram construídas, ao lado da Libertá, o Nuova Vita, do lado... Ali onde que era o Abyara, agora o Nuova Vita. O agravante principal foi quando essas quatro torres... Porque vocês imaginam, colegas vereadores e vereadoras, uma chuvarada como aquela última do final de semana, chovendo, as pessoas chegando em casa, por exemplo, no final de tarde do trabalho, tomando banho, lavando roupa, puxando a descarga. Toda essa água indo para uma canalização que não comporta mais. Logo que eles iniciaram as construções eu recorri ao secretário de Obras, na época o vereador Adiló, porque eles soltavam os dejetos numa canalização pequena.  A rua estourou toda, a rua da Libertá, a Avenida Independência, por duas ou três vezes. Vem água ali do Santos Anjos, vem água ali do Madre Imilda e desemboca tudo ali atrás do Panela Velha. Alaga toda aquela região. E vai indo lá na Vila Ipiranga. A tampa da rede de esgoto sabe assim para cima uns dois metros quase. Eu tenho os vídeos. A força da água da canalização do esgoto. E é recente. É coisa de quantos anos atrás? Vinte anos atrás que o Vanin foi prefeito e fez toda essa obra, e não comporta mais. E agora, com essa nova obra, com mais de setecentas famílias que irão morar no local, vereador Thomé, é insustentável para o meio ambiente. Nós estávamos falando agora, o secretário do Planejamento, que nós não podemos... Nós temos que centralizar ao invés de descentralizar. Como é que nós vamos centralizar mais essa obra no centro de Caxias do Sul? Porque é no centro. É no Exposição, é no Panazzolo. É onde era o Palermo. A nossa superpopulação que já tem naquele entorno. Agora concentrar mais? E daí, quando o vereador... Eu nem sabia que eles vão dar, em contrapartida, três escolas, vereador Thomé. São setecentas famílias com residências a preço popular, que é 140 mil, se eu não me engano, 150 mil cada apartamento que eles estão oferecendo. Então, um apartamento de 140 mil, com certeza são pessoas de baixa renda e que têm dois filhos no mínimo. Um filho ou dois por residência. As únicas duas escolas infantis que nós temos perto, ou é na Vila Ipiranga, ou é no Planalto. Nós já temos mais de trezentas famílias esperando vagas para escola infantil, e nem tem terrenos públicos naquele entorno para construir novas escolas. Então, acrescenta-se às setecentas famílias a demanda de escola, a demanda de infraestrutura em todos os quesitos de escola de ensino fundamental, que não tem. A próxima é a Catulo ou a Giuseppe Garibaldi, que não tem. Agora nós temos a nossa UBS pronta ali no Cristo Redentor, mas a mais próxima para aquele pessoal é a do São Leopoldo, que não comporta também a população. E outra, o trânsito, vereador Edi Carlos, o trânsito, o impacto que vai ter no trânsito. Porque a única saída que tem para os moradores do Panazzolo, Exposição, Vila Ipiranga, Cristo Redentor e Planalto é aquele afunilamento que a gente tem ali. É o Vila Verde. E vai afunilar tudo ali no São Romédio novamente. Então quer dizer que a obra de ampliação da BR-116 vai voltar à estaca zero, à estaca zero. Então é muito preocupante. E esse vai ser um tema que vai ser debatido num futuro próximo aqui na Câmara de Vereadores. A gente discutiu, vereadora Gladis, a questão da Havan ali. A Havan é o mínimo, é o mínimo. Imagina setecentas famílias saindo e entrando ali na região de São Romédio. Daí acrescenta... (Esgotado o tempo regimental.) Só para concluir. Planalto, Cristo Redentor, Exposição, Vila Ipiranga e aí vai. Então é todo um complexo. Fora as nascentes que o senhor já falou, vereador. Eu vou pedir só uma Declaração de Líder para conceder um aparte aqui para o vereador Adiló. Uma Declaração de Líder da bancada do PDT, presidente. Fora a questão das nascentes, do desmatamento que aconteceu ali naquela área. Seu aparte, vereador.

VEREADOR ADILÓ DIDOMENICO (PTB): Obrigado, vereador Rafael. Realmente eu esqueci de uma questão muito importante. Quando se faz uma obra desse tipo e tu destrói um banhado natural, o mínimo que se esperava era um banhado artificial de contenção para compensar. Não. A compensação, como disse o vereador Thomé, nós temos informação, são três escolinhas. Inclusive já anunciadas pelo Executivo. Já saem anunciando. Então isso nos preocupa. Três em troca. E não se vê nada de compensação para segurar os alagamentos. E ali, vereador Rafael, V. Exa. tem toda a razão, aquela área já está impactada demais, sofre com alagamento. A gente tentou resolver. Teria que adquirir uma área ali para fazer um tanque de contenção. Então, aproveitem esses empreendimentos e resolvam todos os problemas juntos. Outra coisa. Tudo isso passou pelo conselho do meio ambiente? Nós vamos ver depois, quando tiver a documentação. Porque, para fazer uma compensação ambiental, tem que ser em cima do meio ambiente e ter aprovação do Consema. Então me pareceu, assim, uma coisa muito... Dois pesos e duas medidas com outra realidade que a gente vê. Coitado do morador que podar uma árvore na frente da sua casa. Ali foram suprimidas milhares de árvores. Então, são pesos e medidas muito diferentes, e é isso que nós queremos ver nesse pedido de informações. Obrigado pelo aparte, vereador Rafael.

VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Obrigado, vereador. Vereador Felipe.

VEREADOR FELIPE GREMELMAIER (MDB): Vereador Rafael, a questão do impacto de trânsito naquela região ela é absurda já. O vereador Edi Carlos também o ano passado solicitou ao vereador Chico Guerra e eu também solicitei, porque na rua em frente a esse terreno já tem um movimento de veículos muito grande e o acesso que se dá na rua... Uma rua que não tem nome, eu até entrei com a denominação da rua de São Romédio, vai passar a ter esse nome, não tem nem placa de pare para os veículos. E eles saem da BR diretamente para dentro do Bairro Panazzolo. Então já está acontecendo o impacto de trânsito hoje em virtude das melhorias naquela rua de trás em frente ao Palermo. Então são situações que já começam a aparecer hoje e a gente fez reuniões com os moradores inclusive com a Secretaria do Urbanismo e com a Secretaria do Meio Ambiente esperando algumas respostas. Tivemos algumas respostas interessantes e positivas, posso até passar para o vereador Adiló, mas a preocupação que nós temos que ter, a tendência de execução desses prédios é no máximo cinco anos, que tudo esteja acontecendo dentro desses locais. A gente sabe que essas grandes construtoras tem um poder de execução muito rápido e muito ágil. Agora o impacto que vai ter no esgoto, no esgotamento sanitário, no arroio Pinhal, que vai cair diretamente no arroio Pinhal

VEREADOR ALCEU THOMÉ (PTB): Um aparte, vereador.

VEREADOR FELIPE GREMELMAIER (MDB): e o impacto no trânsito que hoje já é muito grande. Se o trânsito mesmo com essa terceira pista e a duplicação na entrada do Vila Verde até São Romédio já para o trânsito até na entrada no Planalto a gente imagina o que vai acontecer com mais 700 famílias em torno de 2.100 pessoas, vamos colocar um cálculo básico de três pessoas por moradias, umas 2.100 pessoas estarão se deslocando ou saindo no início da manhã ou chegando no final da tarde naquela região toda. Então é muito sério isso, muito grave eu espero que só tenha liberação através da Secretaria de Transportes a partir do momento que tenha sido totalmente analisada, inclusive formas de saída por trás do antigo Palermo e não só pela BR, não é, vereador Edi? Por que se não aí não tem o fazer, vai parar tudo mesmo.

VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): É, é um caos. Quando eu vi as propagandas, eu disse. Eu não estou acreditando que eles vão construir um complexo aqui. Está saindo propaganda, vereador Périco, de que já estão vendendo as residências. São 700 famílias em um local onde não tem outra saída alternativa a não ser a BR-116 ali na sinaleira. Daí, colegas, o que mais me preocupa. Vamos puxar um pouquinho para o nosso umbigo como diz o outro. Ali o Cristo Redentor na Vila Ipiranga alaga tudo. Qualquer chuvinha que dá alaga. Não alaga a minha casa, mas os meus vizinhos alaga todas. O senhor sabe, vereador Edson, tem a D. Rosinha lá que uma vez foi capa do jornal Pioneiro, ela saindo pela janela. Os idosos saindo pela janela, porque a casa estava alagada. Tem uma outra pessoa que liga incomodando os vereadores aqui também diariamente porque a casa dela alaga que é atrás do Panela Velha. É um caos. A Madarco. Alagou tudo. Qualquer chuvinha que dá alaga tudo. Só que se não vai comportar lá embaixo a galeria lá no Palermo, aquela água vai subir e daí vai voar tudo de vez. As tampas elas voam dois metros de altura cada chuva. Setecentas moradias. Seu aparte, vereador.

VEREADOR ALCEU THOMÉ (PTB): Também no questionamento se há informações extraoficiais que foram derrubados onde que não havia licenciamento. Me parece que vai ser muito grave esse pedido aí, se caso acontecer isso aí. Meteram as máquinas lá e derrubaram tudo, onde não havia essas licenças, alguns lotes. Nós assim queremos esses esclarecimentos. Fechar vertente, fechar cachoeira, me parece uma certa gravidade, bastante gravidade. A nossa preocupação com isso é que sejam esclarecidos os fatos. Obrigado, vereador.

VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Era isso, senhor presidente. Quer um aparte, vereador Velocino?

 

VEREADOR VELOCINO UEZ (PDT): Senhor presidente, colegas vereadores e vereadoras. Eu ouvindo atentamente aqui os nossos colegas com certeza votarei favorável a esse pedido, a esse requerimento. Não que eu espere que o meio ambiente vai ser devolvido aquilo que foi tirado aí. Tinha sim que falar, porque pensando na comunidade de Galópolis que muito contribui para me colocar aqui. Imaginem vocês, a vereadora Tatiane agora não está mais aqui. O vereador Rafael que não consegue dormir porque alaga, imaginem vocês aquelas famílias, aquela mulher, a Rita Furlan, que várias vezes, porque em 2015 duas vezes, em 15 dias alagou, ela perdeu os móveis dela. Imagina no futuro mais de 700 famílias ali. Se não for construído um grande tanque, vereador Adiló, além de um nos Macaquinhos, um ali e um lá na baixada dos Giottos, na Vila Lobos, o que será de Galópolis no futuro? A gente sabe que lá em baixo também tem algumas construções muito próximas do rio, em cima, mas jogar tudo para baixo para Galópolis… Eu acho que quem, se é que houve e que tem uma licença aí, não pensou nisso, não pensou no outro. Eu estava lá, colegas vereadores, e já apresentei vídeos aqui, várias vezes, em 20 minutos o Arroio Pinhal sobe 6 metros quando chove bastante. Imaginem em um futuro, daqui três, quatro, cinco anos, o que vai ser daquela comunidade. Uma catástrofe que nem aquela da represa lá há poucos dias. Mas quem está deixando fazer isso não está pensando nisso, não está pensando no outro, naquela comunidade. Hoje o principal problema mais grave da nossa cidade, todo mundo sabe, temos aqui também, temos ali no xis da Gringa, tem o [Ininteligível]. É Galópolis! Então não vai devolver para o meio ambiente o que foi tirado, mas o que vai ser feito para não prejudicar mais ainda a minha comunidade que é Galópolis? (Falha no microfone) Que pelo menos que se faça isso. Obrigado.