VEREADOR MAURÍCIO SCALCO (NOVO): Senhor presidente, caros colegas. Ontem estivemos, nesta Casa, com a presença do excelentíssimo prefeito Adiló, prestando contas do terceiro quadrimestre do ano passado. A gente teve até uma grata surpresa de ver que eles anunciaram que teve 77 milhões de saldo positivo no caixa, no orçamento do ano passado. A gente vinha com déficit de 300 milhões; conseguiram fechar o ano com 77 milhões em caixa. Porém, a gente tem que analisar isso de uma forma um pouco diferente. Existiam licitações a serem feitas, que muitas deram deserta. Então, houve aumento de arrecadação de impostos. Então, esse dinheiro que sobra em caixa, muitas vezes, é quando não é concluída uma licitação. Esse dinheiro, quando bate o final do ano, dezembro, ele volta para o caixa livre do município. Isso é importante, porque estão ocorrendo cobranças, até na minha rede social, porque eu sempre falo, não é? O déficit agora, para 2023, é 220 milhões de prejuízo. Isso aí quer dizer o quê? É um orçamento deficitário. Não quer dizer que vá fechar o ano no prejuízo, mas muitos dos investimentos que a cidade teria que fazer não são feitos, porque tem que se cortar despesa ou cortar esses investimentos devido a despesa do município. Então quando a gente recebe algumas críticas dizendo: Olha, o senhor está dizendo que tem 200 milhões de orçamento negativo e fechou positivo. É porque muitas vezes tem uma licitação que nem a obra do Rizzo, eram mais de 20 milhões, deu deserta em duas, três vezes, esse dinheiro volta para o caixa, mas não quer dizer que está disponível, ele vai ser aplicado agora nas próximas licitações neste ano de 2023. Mas a gente sabe que o governo municipal tem que ter responsabilidade com o dinheiro público. A Prefeitura não imprime dinheiro, é dinheiro do trabalhador, dos impostos. Então tem que ser bem aplicado. Por isso, como a gente sabe que tem dinheiro em caixa, em recurso livre, e a gente escutou agora o vereador Rafael falando que está faltando dinheiro na saúde, a gente sabe que a fila é gigante, que a prefeitura se atenha a isso e aplique parte desse recurso livre, do aumento de arrecadação, para resolver o problema de quem está precisando na ponta, que é na saúde, também na educação, que a gente sabe que faltam três mil vagas para as escolas agora de anos iniciais e tudo mais. Mas o que eu quero falar é sobre...
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Me concede um aparte, vereador.
VEREADOR MAURÍCIO SCALCO (NOVO): Por favor.
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Só antes que o senhor mude de assunto, eu quero inclusive agradecer a sua honestidade de vir trazer essa informação e esse esclarecimento a população porque quando a gente houve e vários de nós deve ter sido questionado ontem quando a gente houve essa questão dos 77 milhões dá a sensação de que nós estamos numa situação financeira tranquila, no município. Então acho que é importante que a gente agradeça inclusive esse esclarecimento que o senhor traz aqui na tribuna de que não é assim.
VEREADOR LUCAS DIEL (PDT): Um aparte, vereador.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Um aparte, vereador.
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Tenho certeza que o município gostaria de ter investido esse recurso porque foi um recurso empenhado, um recurso definido inclusive aprovado aqui por nós no início do ano, como a gente sempre faz no fim do ano anterior. Então infelizmente com obras que não conseguiram ser concluídas. Parabéns por trazer com honestidade essas informações aqui na Casa.
VEREADOR MAURÍCIO SCALCO (NOVO): Como eu sempre falo, o mandato meu é transparente, a gente tem que ser honestos em expor a verdade sobre os números da cidade e o que está sendo feito. Por favor, o seu aparte.
VEREADOR LUCAS DIEL (PDT): Obrigado, vereador. É importante falar e a fala da vereadora contempla a minha também. Mas dizer que esse superávit orçamentário apresentado ele é consolidado, ou seja, ele engloba também a FAS, o Ipam, Samae. E se olharmos somente a administração direta, que tem a responsabilidade de fazer repasses ao Legislativo e a FAS. Então o que pode gerar também o resultado negativo. A gente tem também que considerar que o Executivo está trabalhando para melhorar a arrecadação que vem paulatinamente caindo e qualificar esses serviços prestados. Impedi também a gente salientar que em dezembro muitas dessas despesas são estornadas quando não executadas e são reempenhadas em janeiro. Então dá essas eventuais diferenças. Mas obrigado por trazer o tema
à baila.
VEREADOR MAURÍCIO SCALCO (NOVO): Seu aparte, vereador.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Vereador Scalco, o senhor apresenta aqui dados importantes, mas de fato em 2022 eu fui um dos que cobrei inclusive, falei pessoalmente com o nosso prefeito de Caxias do Sul, que tivesse uma análise mais crítica à algumas mudanças em alguns setores, na própria Secretaria da Saúde, e percebe-se que esse início de 2023 ainda estamos percebendo grandes dificuldades, não houve evoluções. Hoje a lista de espera para procedimento cirúrgico é enorme, para questão de exames. Hoje foi apresentado aqui o descaso na questão de atendimentos, porque se fala muito em questão SUS e privado. O que é a InSaúde? Não é privado. Vê se fala lá na UPA Zona Norte, não é privado? Não é a UCS que administra? Então deixo algumas perguntas, alguns questionamentos, porque 2023 vida nova. Acho que nós temos, sim, que alavancar porque quem está sofrendo é a população, muitas pessoas estão morrendo inclusive porque não conseguem um leito hospitalar. Parabéns, vereador.
VEREADOR MAURÍCIO SCALCO (NOVO): Obrigado, Valim. Por favor, professor.
VEREADOR RICARDO ZANCHIN (NOVO): Vereador Scalco, muito oportuna a sua colocação. Um momento chave, hoje está encerrando o mês, amanhã é 1º de março, e vamos começar um ano com muitos desafios na prefeitura de Caxias do Sul. Eu tenho uma frase que sempre diz que “números provam o resto trovam”, seja no balanço, seja na balança. Na verdade, o déficit para este ano me parece ser de 220 milhões, não é? Duzentos e vinte milhões. Tem uma expressão: “O que é que é gestão?” Quando a gente fala em gestão de pessoas, gestão de estoque, gestão de patrimônio, gestão é foco nos resultados. Sempre lembrar isso. Então, nesse sentido, eu vejo aqui muitos vereadores que trazem tantos problemas, aqueles da educação, das escolas e da saúde. Então eu quero fazer votos de que a prefeitura, este ano, consiga direcionar com ações profícuas para a saúde, educação e segurança. É o que um governo tem que fazer. E o quarto é infraestrutura, sempre. É isso. O nosso foco aqui é isso: saúde, educação, segurança. Gostei muito da transparência da prefeitura mostrando os números, mas nós temos um desafio muito grande aí porque um déficit de 220 milhões não é pouca coisa.
VEREADOR MAURÍCIO SCALCO (NOVO): Obrigado, professor. É exatamente. A gente tem que ter um planejamento muito sério de cidade, e um planejamento a longo prazo. Eu cobro isso a muito tempo, porque a gente nota que troca governo e começa do zero todo um plano de governo novo, não existe um planejamento a longo prazo em nossa cidade. Está na hora de sentar os expoentes junto com as associações, com as pessoas que pensam a cidade e montar um planejamento pra 30 anos, independente do próximo prefeito que entre que dê continuidade ao menos no eixo fundamental de desenvolvimento da nossa cidade. Agora eu vou trocar um pouco o assunto, vou falar sobre aumento de combustíveis. Quando estava na campanha presidencial, eu me lembro que o presidente Lula falou que não iria aumentar combustíveis. O que vai acontecer agora a partir do dia 1º? Aumento de combustíveis. Eu não sei nem se eu chamo isso aí de estelionato eleitoral ou o quê, mas tudo certo. Isso aí vai aumentar em 28,8 bilhões de reais os impostos. E quem vai pagar essa conta? Toda a população. É aumento no custo de vida de todos. Isso aí bate direto na alimentação, no transporte. Imagina quem trabalha com aplicativos que tem que trabalhar 10 a 12 horas, subindo o preço da gasolina. Ele já sobra pouco dinheiro, até o aplicativo fazer esse aumento na corrida, ele não vai ganhar nada, e ele dar comida na casa dele. Então isso aí impacta direto nos produtos, na alimentação, no feijão, no arroz, nas passagens, na alimentação, no vestuário, na construção civil; e onera quem? O mais pobre. Quem vai pagar a conta é o mais pobre. Então quando esse governo diz: “Nós pensamos no mais pobre”. Está pensando mesmo, onerando a vida dele, aumentando combustível. Isso aí impacta lá na alimentação dele. Vai subir o feijão, vai subir o arroz, vai subir o transporte, vai subir o custo de vida de todos. Então, mexer em impostos, em áreas, energia elétrica também está agora para subir. Isso aí vai impactar direto na vida das pessoas. A gente sabe que o salário mínimo acho que aumentou R$ 18. Com certeza esses R$ 18 vai suprir, não é. É uma vergonha, não é? Pelo amor de Deus! Vamos para o terceiro assunto. Eu já peço o tempo de líder da bancada do NOVO para continuar.
PRESIDENTE ZÉ DAMBRÓS (PSB): Segue me Declaração de Líder.
VEREADOR MAURÍCIO SCALCO (NOVO): Eu queria passar um vídeo agora no telão para o pessoal assistir agora, porque é outro assunto. (Apresentação de vídeo.) Agora sim. A honestidade da imprensa... Eu não sei se na verdade foram comprados, o que aconteceu, porque até dia 31 de dezembro só existia “genocida”, “está matando todo mundo”, “vamos usar a máscara”. E tudo era máscara. Agora descobriram que máscara não tem mais efeito nenhum. No Carnaval está todo mundo com sintomas de covid. Agora, é virose, intoxicação, mal-estar. Aonde é que está a honestidade desse pessoal? Agora, tudo funciona. Pode comemorar à vontade, sumiu o problema. É tudo para ganhar uma eleição. Não falam nem a verdade mais. Seu aparte, vereador. VEREADOR VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Obrigado pelo aparte, vereador Scalco. Bom, a desonestidade deste governo está na cara. Vamos dizer já começando pelo que o senhor colocou antes. Aumentar R$ 18,00, agora, eu estou esperando que a picanha esteja R$ 18,00 ao quilo, porque eu acho que, como aumentou 18, então 18 ao quilo, dá para comprar um quilo de picanha. Foi o que ele prometeu, não é? Então, eu acho que vai vir a 18; e aquela cervejinha ainda, tem mais essa. A questão dos combustíveis que está aumentando agora posterior ao dia primeiro, que já vai impactar, energia elétrica e assim vamos indo. Também agora eles começaram a usar os aviões da FAB, enfim, para olhar cavalo, e tudo mais. Toda a desonestidade deste governo em relação à campanha política. Agora a gente vê também que, posterior ao Carnaval, ninguém mais, ou se chama... Será que aquilo ali não se chama coronavírus? Uma vez se chamava. Mas era no Governo Bolsonaro, é claro. Agora, no governo dos desonestos é só uma febrezinha, uma gripezinha e assim vamos indo. É assim que funciona. O discurso ainda vale neste país que infelizmente acreditar neste governo desonesto virou uma piada, mas estão aí governando.
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Um aparte, vereador.
VEREADOR MAURÍCIO SCALCO (NOVO): Seu aparte.
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Obrigado, vereador Scalco. Enquanto o senhor falava, eu estava acompanhando aqui as últimas notícias, só para fazer um complemento bem bacana, que diziam que o governo anterior era ditatorial. Pois o governo que tem agora, Gilmar Mendes, aqui a mando de Luiz Inácio Lula da Silva, exclui o Bolsa Família do teto de gastos e interfere diretamente na tramitação da PEC. Ou seja, não precisa mais deputados, não precisa mais Câmara Deputados e nem Senado. Agora o Lula manda os ministros do Supremo fazerem leis, implantar regras, do jeito que ele quer. Não precisa mais do parlamento, e isso não é ditadura. Isso é a nova democracia. Obrigado, vereador.
VEREADOR MAURÍCIO SCALCO (NOVO): Como a gente sabe, “o amor venceu”, e nós estamos vendo na prática isso, encarecendo o custo de vida das famílias, aumento de impostos, desvio de dinheiro público com viagens. A FAB agora... Agora não dá mais conta de tanto voo para fins próprios das pessoas para o governo. Então a gente sabe e vai presenciar muito nos próximos meses e anos um total desaforo com o nosso dinheiro, que a gente trabalha todo, dia a dia e noite para pagar impostos e para o pessoal desperdiçar e não levar a sério a população do Brasil. Muito obrigado.