VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Faço um voto de pesar pela morte de Adão Alencar Rodrigues, que faleceu no dia 6, aos 73 anos. Deixa sua esposa Miracy e seus filhos Alexandre e Daniel. Trabalhou muito tempo na área do transporte e foi fundador da Aguiatur, empresa. Residiu por muito tempo no Bairro Planalto, entre o Planalto e o Diamantino. Atualmente residia no Bairro Interlagos. Homem de bem, pai de família. Neste momento, eu quero desejar à família conforto e força, que eu sei que a perda de um ser humano é muito difícil, principalmente a de um pai presente. Então, neste momento de dor, meus sentimentos a todos os familiares. Era isso. Meu muito obrigado.
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VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Bom dia, senhora presidente, senhoras e senhores vereadores. Gostaria de fazer dois votos de congratulações hoje. Um voto de congratulações à Maria Eduarda Rezzadori Martini.
 
Em nome da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul, parabenizamos a jovem MARIA EDUARDA REZZADORI MARTINI pela conquista do título de Glamour Girl 2022, representando a Sociedade Esportiva e Recreativa Caxias do Sul - S.E.R Caxias, em evento realizado no último sábado (09/07), nos Salões do Recreio da Juventude.
Desejamos a você muito sucesso à frente deste novo e gratificante desafio, representando a Liga Feminina de Combate ao Câncer - Núcleo Caxias do Sul, nas mais diversas ações assistenciais que a entidade promove.
(Ipsis litteris – Legix)
 
Também gostaríamos de fazer um voto de congratulações à Liga Feminina de Combate ao Câncer - Núcleo Caxias do Sul pela realização do baile da escolha da Glamour Girl Caxias 2022, realizado no último sábado, nos salões do Recreio da Juventude. Estendemos os nossos cumprimentos à presidente Marilete Deitos Alquati e às vice-presidentes Paulla Segala e Roseli Zurlo Heinen pela dedicação incansável em favor desta importante entidade. Obrigado, senhora presidente, senhoras e senhores vereadores.
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VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Presidenta, ontem, a senhora não estava aqui no lançamento da cartilha A Maesa é Nossa, mas eu quero lhe agradecer, em nome da frente parlamentar, pela oportunidade de ter dado o aceite para a elaboração dessa nossa cartilha. O plenário estava lotado, cerca de 300 pessoas, sentadas até no chão ontem aqui, os nossos expositores, integrantes da comissão A Maesa é Nossa, pessoas que fizeram história, representantes políticos, movimentos sociais. Eu quero agradecer especialmente também ao nosso coordenador da Comunicação, o Lain, nosso fotógrafo, coordenador de Comunicação, que ajudou e muito na elaboração, a nossa servidora Vânia, que mesmo estando de férias veio várias vezes aqui nos ajudar. Também quero agradecer ao Dener, que fez toda diagramação da cartilha, ao Fábio, jornalista. Quero também fazer um agradecimento especial ao meu gabinete, ao meu assessor Daniel e à minha estagiária Amanda, que elaboraram parte da cartilha e também fizeram a apresentação, à Edivânia, que fez a revisão, enfim, a toda equipe aqui da Câmara de Vereador que ajudou na elaboração da cartilha A Maesa é Nossa. Por que eu falo isso, presenta? Porque a luta pela Maesa passou pela Câmara de Vereadores. A UAB é a mãe dessa luta, mas a Câmara que deu o destaque que ela merecia. Aqui eu quero agradecer aos vereadores que estiveram presentes: a vereadora Estela, a vereadora Tatiane ontem, a Milena, assessora da vereadora Marisol, a Mara, assessora do vereador Lucas, que estiveram aqui presentes ontem. Então, faço esse meu registro aqui mais uma vez, porque realmente o povo quer ocupa a Maesa. Ontem, nós pudemos ver, vereadora Tatiane e vereadora Estela, as pessoas acompanhando a cartilha, acompanhando... Eu quero aproveitar e convidar todos os vereadores, as vereadoras e a comunidade para, nesse domingo, a partir das 8h30, 9 horas da manhã, nós teremos a II Feira Maesa Cultural, teremos diversas atividades culturais, todas elas gratuitas para a comunidade: teatro, música, dança, mágica, enfim, diversas atividades.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Permite um aparte, vereador?
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Tenho certeza de que as famílias estarão envolvidas nessa segunda grande edição da Feira Maesa Cultural, e também teremos a possibilidade da visitação. Não precisa agendar horário, é só chega lá de forma organizada e nós iremos fazer a visitação interna do prédio da Maesa. O seu aparte.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Eu gostaria de, publicamente, lhe parabenizar pela atividade que foi realizada ontem. Este plenário estava além de cheio, lotado, pessoas não tinham espaço para sentar, ocupavam o espaço lá de cima, o espaço do corredor, para estarem aqui participando, vendo e apreciando o lançamento dessa cartilha. Cartilha que demonstra o nosso trabalho, mas que, acima de tudo, demonstra o trabalho que o senhor realiza nesta Casa em relação a esse tema tão importante que fala, como bem dito na cartilha, do futuro, do presente e do passado da nossa Caxias do Sul, e da importância que a comunidade tem, do vínculo que ela tem com a nossa Maesa. Muito obrigado, vereador, pelo convite, pela atividade.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Obrigado, vereadora. Eu divido esse elogio da senhora com os integrantes que fizeram parte da organização de ontem: a UAB, os Amigos da Maesa, a associação, e também a Prefeitura de Caxias do Sul, através da secretária Aline Zini. Esse é um trabalho coletivo e que com certeza nós teremos bons frutos para a população de Caxias do Sul. Obrigado, presidenta, mais uma vez obrigada.
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VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Presidente Denise, colegas vereadores e comunidade. Queria fazer, primeiro uma referência, vereador Bressan, parabéns, sim, a Maria Eduarda, uma menina linda, Glamour Girl Caxias agora. Eu tenho certeza de que também a todas as meninas que participaram, porque elas se tornam embaixatrizes de uma causa tão importante assim. Embaixatrizes não no sentido da palavra, da faixa ou algo assim, mas de embaixadoras, talvez seja até uma palavra melhor nesse caso, dessa causa tão importante, porque elas aprendem, acompanham e seguem fazendo. Então, a toda a Liga Feminina, eu também estendo os cumprimentos já lembrados aqui pelo vereador Bressan. Mas o que eu queria fazer hoje, isso eu tentei ontem, mas sobrou pouco tempo para mim, eu queria fazer aqui uma referência muito importante para toda a nossa comunidade de Caxias do Sul, desejar boas vindas e fazer esse voto de congratulações aos dois novos juízes que chegam à nossa cidade, chegaram esta semana, assumiram na última segunda-feira. Eu tive a alegria de representar a Câmara de Vereadores nesse ato, no Fórum aqui de Caxias do Sul, a posse do Dr. Régis Souza Ramalho, na vara do júri, e também da Dra. Carolinne Vahia Concy, no juizado da infância e juventude. Depois de três anos, o juizado da infância e juventude de Caxias do Sul, que estava só com o substituto, volta a ter um juiz titular. É algo que nos alegra infinitamente, a mim especialmente. A gente vinha acompanhando. Eu já tinha contado aqui, aos colegas vereadores e à comunidade, que aproveitamos uma vinda da presidente do Tribunal de Justiça do Estado, a desembargadora Iris Helena, a Caxias, para justamente conversar com ela alguns minutos, entregar um ofício solicitando uma atenção especial aqui para nossa vara da infância e juventude, de uma cidade tão grande quanto Caxias e que, há três anos, estava com um juiz substituto. Diga-se aqui que o juiz Sérgio Fuschini é um excelente juiz, vinha acompanhando com uma dedicação impecável todas as questões, mas a gente sabe que conciliar duas varas é muito difícil, ele tinha muita demanda. Então, que coisa boa a gente saber que agora nós temos um juiz, ou melhor ainda para nós, uma juíza titular, a Dra. Caroline, que vem de longe, ela é do Mato Grosso. Veio do Mato Grosso na verdade agora. Mas é uma pessoa que já demonstrou interesse muito grande, conhece já a nossa cidade. Então, Dra. Caroline, seja muito bem-vinda. Nós temos a certeza de que o trabalho aqui é intenso e nós continuaremos trabalhando muito, não só agora que conquistamos o juiz titular, mas trabalhando muito para a criação de uma segunda vara da infância e juventude aqui, para que a gente possa ter equipes mais completas para trabalhar nesses temas que são tão importantes, tão importantes para as nossas crianças e adolescentes. Então sejam muito bem-vindos. Este é um voto de congratulações à vinda dos nossos novos juízes, o Dr. Régis, na vara do júri, e a Dra. Caroline, no juizado da infância e juventude.
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VEREADORA TATIANE FRIZZO (PSDB): Bem rapidamente, vereadora Denise. Mas parabenizar o Carlinhos Zignani, que está de aniversário hoje. Ele que é o idealizador do grupo Pedal Livre, que está sempre motivando as pessoas a fazerem uma atividade física e que também é fundamental nas empresas Marcopolo. Uma pessoa de bastante destaque, que integra o Mobi Caxias. Então está sempre auxiliando Caxias do Sul nas suas pautas. Então um feliz aniversário, Carlinhos Zignani, em meu nome e, certamente, em nome de todos os vereadores desta Casa Legislativa.
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Não houve manifestação

VEREADOR VELOCINO UEZ (PTB): Bom dia, senhora presidenta Denise; colegas vereadores; presidenta do sindicato atual, Bernardete; sua vice; o secretário da Agricultura, que antecedeu também à Bernardete. Vários presidentes: Bampi, Sitta, Guerino, tinha também o... Não me surgiu o nome. Me esqueci, mas o mais importante é aquilo que eu falei: 02/09/1980, o Luiz Sitta era o presidente na época. Então são 42 anos. Hoje, somos três associados na minha família. A gente não usa muito, mas a importância de reconhecer a luta dos nossos 60 anos do sindicato e se lembrar que se hoje, Bernadete, eu não uso tanto, precisamos fortalecer o nosso sindicato, que muito bem nos representa com todos os funcionários que estão lá dentro, todos empenhados sempre, o Márcio na Previdência, o Luiz entre outros que tem lá, vários, todos sempre muito empenhados para que o nosso sindicato seja bem representado. Mas antes que eu esqueça, vereador Ricardo, agradecer a oportunidade de eu poder usar o seu espaço hoje. Eu te devolvo amanhã, que fazer junto com a apresentação da Bernadete hoje, que veio aqui e fez uma bela apresentação das nossas lutas, das nossas conquistas. Mas a senhora muito bem sabe, o Rudi também que estamos muito além daquilo que os agricultores representam na nossa cidade em  nível de estado e país, precisamos avançar muito ainda unidos sempre em busca de resultados. Eu lembro muito bem quando foi conquistada a aposentadoria da mulher, mas falta muito ainda. A gente precisa lutar e vamos continuar lutando. Imaginem todo dia e não é de mérito, ontem, também a gente estava aqui, enfim, falando sobre direitos, aí hoje específico do agricultor. Aí essa noite, eu acordei muito cedo de manhã, vereadora Estela, que é a mais jovem aqui dentro, aí eu pensei, como a senhora retornou ontem, eu vou fazer um de vários comparativos: imagina a senhora bem nova, que é o que eu passei, a maioria de todos os agricultores passaram por isso, a senhora começa a trabalhar na colônia desde os 8 anos puxando a mula para lavar dentro do milho e vai e vai, em seguida, arruma um namorado e casa, começa a constituir uma família, a senhora trabalha muito forte para poder conquistar algo. Não tem periculosidade, não tem insalubridade, trabalha com agrotóxico, trabalha 18 horas por dia muitas vezes embaixo da geada, do sol forte que dá câncer de pele, da chuva, enfrenta a estiagem, enfrenta intempéries, vendavais entre outros. E aí, ali na frente, quando há anos melhores, muitas vezes a gente acerta na colônia no plantio de muitas vezes alguma produção, porque a oferta é procura, se talvez durante essa caminhada, colegas vereadores, vereadora Estela, for bem sucedida e durante, criando seus filhos, se sobrar um dinheirinho a mais para poder comprar talvez um imóvel ali na frente na cidade, talvez no primeiro momento, Bernadete, ali esse móvel desse agricultor...
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Um aparte, vereador?
VEREADOR VELOCINO UEZ (PTB): ... dê uma pequena renda – eu estou fazendo um comparativo, gente.
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Um aparte, senhor vereador.
VEREADOR VELOCINO UEZ (PTB): ... uma pequena renda de aluguel, enquanto os filhos estudam, como eu estudei muito jovem lá no interior. Enquanto isso foi bem sucedida, um ano bom, ganhou um dinheiro, comprou o imóvel, originou uma renda. Quanto tu vais buscar aposentadoria, tu não tens direito. Então, vejam bem, os direitos não são iguais. Eu estou falando hoje, vereador Cadore, específico do colono, do agricultor. Se o casal de agricultor durante a sua caminhada for bem e não continuar sendo, modo de dizer, bem miserável, pobre, que conseguir adquirir algo na cidade para originar uma renda, quando buscar aposentadoria, não tem direito. Onde que está o direito do agricultor? Aí aquele que consegue se aposentar, vereador Cadore, um salário mínimo. Aí se for buscar um plano de saúde, o salário mínimo já se foi. Do que vive esse agricultor na sua velhice? Se já no plano de saúde é tomado o salário. Do que vive? Essa é a pergunta que eu deixo no ar. Se um presidiário custa, vereador Marcon, R$ 3.500 para mais para o governo, como é que um idoso agricultor pode viver com um salário? Se pagando o plano de saúde já toma tudo. Então essas coisas que têm que ser revistas. E pouco se ouve falar que isso talvez, ali na frente – não é, Bernardete? –, seja revisto. Hoje se questiona muito... Estava falando com o Rudi antes, semana passada estourou o preço do leite. Vocês viram ali atrás? O colono, o agricultor ganhando dinheiro. Não!  O agricultor desistiu, por isso que se chegou a este ponto. Não houve estímulo, ali atrás, para ele continuar. Não houve. Imaginem esse jovem, vereadora Estela, a senhora lá atrás, ouvindo tudo isso? Desiste. Talvez fica lá por um determinado momento por não haver oferta na cidade. Mas, no primeiro momento, vaza diante de todas essas coisas. Me lembro muito bem, Bernadete, falei esses dias de novo para ela, à Jaqueline Faoro: a cada dez pessoas que tombam um trator, oito morrem. Ela se salvou. Sabe por quê? Porque ela estava carregada atrás, na plataforma. Mas quando ela foi buscar o benefício de se encostar, porque ela ficou bastante machucada, questionaram ela lá: “O que a senhora faz durante o dia?”. “Não, de manhã, eu levanto, coloco os filhos para ir à escola, merenda e tal. Inicio o almoço, vou trabalhar com o meu marido na roça. Perto do meio-dia, eu volto, preparo almoço e assim vai.” “Não, a senhora não é agricultora. A senhora é dona de casa. Não tem direito.” Vejam bem as diferenças, vereadora Marisol, quando a gente cobra aqui todos os dias. Fala: direito, direito, direito. Então vejam bem a diferença que tem, vereador Marcon, da importância de um sindicato defender as nossas causas. Imaginem vocês, isso não é uma ameaça, se ouve muito falar greve, greve, greve disso e daquilo, vereador Sandro. Se o agricultor parar duas semanas só, não fornecer mais nada na cidade, nada. Porque nós precisamos, todos, três vezes por dia do agricultor, do alimento na mesa, no mínimo. Imaginem? Mas lá, nos governos daqui para lá, não somos reconhecidos. Aqui, nós, com o cobertor curto que temos, poderia se ir muito além, a Secretaria da Agricultura, se o orçamento da Agricultura fosse um pouquinho melhor. Não é culpa de “a” ou “b” governos. É culpa de governos defasados, a rubrica cada vez menor. Incentivo de máquinas pesadas que precisaria triplicar pelo menos. Eu ainda defendo, Rudi, que aquele que investir em cima de orgânicos deveria ter um incentivo de 100%.
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Peço um aparte, vereador.
VEREADOR VELOCINO UEZ (PTB): Então tem várias diferenças. A situação da lei de incentivo ao acesso para a propriedade. Temos muitas dificuldades aqui, diante daqui. Mas, daqui para lá, o que se vê? O incentivo para o jovem, aquele pequeno, vereador Sandro, o que se ouve... Ontem, também foi aprovado ali a liberação de um bi e 200, mas não vai dar nem para o cheiro. Será que dá tempo para os pequenos, Bernardete, fazer esse financiamento ou os grandes já abocaram tudo? Fica muito difícil, assim, de dizer “fica, fica, fica lá na propriedade”. Acredito, sim, que tem futuro ficar lá na propriedade, com uma infraestrutura, planejamento, enfim. Mas pouco se vê, pouco se vê. E quando se fala... Depois, no momento oportuno, uma Declaração de Líder, colega Bressan. Quando se fala que em 2050...
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Declaração de Líder da bancada do PTB.
VEREADOR VELOCINO UEZ (PTB): Precisamos dobrar o quantitativo da produção de alimentos, porque vão ter mais idosos do que jovens, os poucos que ficam. Aí vocês vão ver, quem é mais novo, quantos... Eu estou falando do agricultor pequeno familiar, desse nosso produto que a gente tem na feira do agricultor. Poderia ir mais longe, vereadora Estela.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Um aparte no momento oportuno.
VEREADOR VELOCINO UEZ (PTB): Aquele casal, que muitas vezes está lá na propriedade, a gente viveu aqui dentro, tinha lá duas dúzias de ovos para vender. Aconteceu aqui dentro. Muitas vezes um pote de mel para vender. A lei diz: “Só se tu tiveres uma agroindústria, senão tu vais ter que vender só se escondidinho.” Já houve esse debate aqui. Então veja bem a diferença: direitos em cima do agricultor. O quanto...
PRESIDENTA DENISE PESSÔA (PT): Apenas para registrar. Então segue em Declaração de Líder a bancada do PTB.
VEREADOR VELOCINO UEZ (PTB): Obrigado. O quanto de diferença que há entre um segmento e outro? A gente é a favor de direito para todos. Hoje estou falando específico do agricultor. Eu apoio todas as causas, mas teria que ser com igualdade. Por exemplo, aquela mulher, Bernadete, o homem ou mulher que se aposenta com salário não teria que ter um adendo a mais? Trabalha com agrotóxico a vida toda, periculosidade, não teria que em vez de um salário ter mais? Não é Bernadete? Mas quem é que fala disso de cima para baixo? Ninguém. É muito fácil comer, segurar a comida pronta, achar em cima da mesa, tudo manipulado. Aipim nem queremos mais descascar, mas tem alguém que descasca para eles. Tem alguém que deixa pronto. Então temos que avançar muito ainda unidos para a gente melhorar cada dia mais o setor que, além da saúde, não existe uma saúde sem uma boa alimentação. Vereador Cadore, pediu o primeiro aparte.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Obrigado pelo aparte, vereador Velocino. Esse tema é importantíssimo e faz com que eu lembre a minha história, minha família. Como eu sempre disse aqui, sou filho de agricultor e eu lembro da minha mãe, das minhas irmãs – somos uma família numerosa, 15 irmãos – trabalhando diuturnamente de sol a sol na roça, nas atividades da casa, tratando animais, tirando leite de vaca, enfim, e sem apoio nenhum.
VEREADOR RICARDO DANELUZ (PDT): Peço um aparte.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Lembrando que isso faz mais de 60 anos. E hoje nós estamos aqui homenageando Caxias do Sul, que é uma cidade grande e que completa 60 anos, então imagine antes dos 60. Então muitas conquistas aconteceram, algumas conquistas especialmente relacionadas à mulher, mas muitas precisam acontecer. Nós precisamos valorizar o homem do campo, que é de lá que sai o nosso sustento, mas especialmente a mulher e melhorar as condições para que o jovem fique no campo. É importante que o jovem fique junto à sua família dando continuidade ao empreendimento familiar. Porque é um setor importantíssimo. E nós, diga-se de passagem, vereador, somos privilegiados, porque moramos numa região, Caxias do Sul e a serra gaúcha, em que o agricultor tem um atendimento e tem um olhar melhor. Mas é evidente que nós temos que buscar muito mais apoio para essa classe tão valorosa. Era isso. Meu muito obrigado.
VEREADOR VELOCINO UEZ (PTB): Obrigado. Vereador Dambrós.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Permite um aparte, vereador?
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Nobre colega, parabéns pelo tema. Ontem, foi uma noite de muito choro para mim assistindo à fome no Brasil. Eu quero dizer que vim de uma família da roça, onde a mãe trabalhava junto e chegava antes um pouquinho colhendo radite no meio do milho e metia a concha na lata de banha para poder fazer o almoço. Vivi também uma época onde os agricultores perdiam as terras para os bancos. Vivi também. Agora a nossa cidade precisa melhorar muito a assistência médica, comunicação, transporte escolar, enfim, o agricultor precisa permanecer no campo, agora precisa muito mais apoio do poder público. O agricultor não pode ter medo do fiscal que vai lá verificar a agroindústria. Então o sindicato tem um papel fundamental. Tivemos grandes presidentes: Toni Garbin, o Bampi, o Rudimar, que está aí. Mais recursos para a Secretaria da Agricultura, mas, enfim, Bernadete, parabéns pelo trabalho que desenvolve no sindicato! E é um orgulho para Caxias, um orgulho para a nossa cidade uma mulher guerreira à frente do sindicato. Parabéns!
VEREADOR VELOCINO UEZ (PTB): Vereador Ricardo.
VEREADOR RICARDO DANELUZ (PDT): Vereador Uez, primeiro, eu gostaria de parabenizá-lo e parabenizar o Sindicato dos Trabalhadores e agricultores familiares pelo trabalho que realiza. A gente sabe a pujança que nós temos aqui em Caxias do Sul na nossa agricultura familiar, que é muito forte, que produz muito, que nos orgulha muito. E a gente sabe que está mais ou menos, vereador Uez, como a educação: em época de campanha, todo mundo vai defender a educação e o agricultor, depois, na prática, a gente não vê as coisas acontecerem bem dessa forma. Desde a falta de questões básicas, como a gente vem sofrendo com cascalho dentre tantas outras, além de programas, por exemplo, o aumento da questão das horas de máquinas pesadas, programa para construção de açudes, programa para agroindústria. Então dentre tantas outras coisas na mesma forma que a gente tem muito orgulho da nossa agricultura a gente está devendo, enquanto poder público, muito para o agricultor também. Então fica esse recado e a gente... Lhe parabenizo pela sua defesa de sempre por esse tema, pelo nosso interior que foi o que ele colocou aqui e também me colocou aqui nesta Casa. Obrigado, vereador.
VEREADOR VELOCINO UEZ (PDT): Obrigado, colega. Nós temos um minuto para cada um. O Sandro.
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Obrigado, vereador Velocino, parabenizo o senhor por estar sempre defendendo a nossa classe, a classe do agricultor. Eu gostaria só de fazer assim... levantar uma dúvida a respeito da parcela, da Secretaria da Agricultura que se pode dizer que é uma das menores senão é que é a menor. O engraçado, secretário, é que as secretarias assistencialistas da nossa cidade cobrem 10 vezes o que a sua secretaria recebe. Então, eu sempre vivo dizendo aqui que é necessário, sim, ajudar o próximo, mas eu acho que quando alguns aqui gritam grosso dizendo que tem que valer a isonomia nesse caso não tá valendo, secretário. Então eu acho que falar bonito e defender o agricultor no microfone é muito fácil, mas eu acho que tá mais do que na hora de deixar um pouco de lado o assistencialismo e dar curso para que as pessoas aprendam a ganhar o pão, e não ficar dando, e ajudar um pouco mais aqueles que produzem o pão porque amanhã ou depois o prefeito vai dizer: Não, podem comprar o dobro de cesta básica. E aí o agricultor vai dizer: Mas não tem mais para fornecer para cesta básica. E aí, como que fica essa situação? Eu acho que está mais do que na hora de mudar. Obrigado, vereador.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Obrigado, vereador Uez, primeiramente gostaria de parabenizar aqui o nosso secretário Rudi, a Bernardete que é presidente do sindicato, parabéns. Mas quando a gente fala aqui, o tempo é curto, mas só para fazer uma fala... como a gente fala muito em defender o jovem lá no campo, o jovem lá na colônia, a gente tem que pensar muito na questão, vereador Uez, do transporte dos alimentos que saem de lá. Muito fácil, às vezes, a gente pedir uma internet, alguma coisa desse gênero, se nós estamos pensando agora, entre este governo, em colocar pedágios que vão custar 60, 70, 80 reais para ir a Porto Alegre e a produção sair da colônia para ir para lá. Então a gente tem que ter aqui é responsabilidade de lutarmos junto com vocês para que isso não aconteça porque o alimento lá do campo não sai por gravidade. Alguém tem que transportar e quando a gente assalta o bolso do contribuinte e aí tudo encarece, infelizmente a gente vê pela televisão, vereador Fantinel, a fruta indo fora, o produto sendo colocado fora porque é mais barato colocar fora, estragar, do que transportar. Então temos que ter muito cuidado nisso e vamos lutar sempre para que não haja pedágio desta forma, onde é arrecadatório. Sim, tem que ser um pedágio que fosse de forma que a empresa pudesse dar condições de o agricultor levar o seu alimento, mas não que assalte o bolso do contribuinte. Obrigado, vereador.
VEREADOR VELOCINO UEZ (PDT): Vereador Lucas, trinta segundos.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Obrigado, vereador Velocino. Importante destacar que quando a gente fala na agricultura o poder público tem uma função importante. Nós, no ano passado, na Comissão de Agricultura, vereador Sandro Fantinel e demais colegas, discutimos longamente, por exemplo, a questão do censo agrícola, numa parceria que iria acontecer e que não saiu do papel. Parece que o senhor tem projeto lá para fazer e não saiu em função da falta de informações, E ainda, vereador Uez, eu lhe trago um dado importante quando a gente fala em priorizar agricultura, nós temos a CAF carecendo de receber notas fiscais com previsão para o dia 17 de junho, que vem da agricultura familiar, e que não foram pagas. Ou seja, a entrega dá um prazo de 30 dias e demora mais quase 30 para os colonos, para a cooperativa, para os colonos receberem. Então que o senhor intermedeie isso porque se a gente prioriza a agricultura enquanto município, não dá para deixar as pessoas penduradas dois meses desde a entrega dos seus produtos. Obrigado.
VEREADOR VELOCINO UEZ (PDT): Só para concluir, senhora presidente, então B     ernardete e sua equipe que hoje representa muito no sindicato. Parabéns pelos 60 anos, parabéns pela luta e aqui na minha carteirinha diz: Força ao homem do campo. Eu poderia dizer, força ao homem e a mulher do campo que hoje está à frente uma mulher como presidente do sindicato. Parabéns ao nosso sindicato que tem justamente a minha idade, 60 anos, no qual tenho orgulho de pertencer a esse sindicato que me representa muito. Obrigado.
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VEREADOR GILFREDO DE CAMILLIS (PSB): Bom dia, senhora presidente; senhoras e senhores vereadores; e quem nos assiste pela TV Câmara e pelas mídias sociais. O meu compromisso é maior ainda porque a minha família está assistindo. A minha esposa Siana, minha filha Gilsia e a minha neta Cecília. Então o meu compromisso é bem maior. Antes de iniciar o meu Grande Expediente, eu gostaria de agradecer ao secretário Soletti e ao funcionário, colaborador, Evanor, que estava de férias. Passando ontem pela Rua Dezoito do Forte com a Rua Alfredo Chaves, tinha caído uma tampa de boca de lobo e, prontamente, em menos de uma hora, recolocaram a tampa, porque estava colocando em risco de as pessoas se machucarem ou caírem dentro do buraco. Então meu agradecimento ao secretário Soletti, ao funcionário Evanor e aos funcionários. Neste Grande Expediente, trago alguns assuntos que geralmente cobramos e, quando os mesmos são resolvidos, temos que informar. Eu gostaria de agradecer ao empenho da Secretaria de Obras e da Codeca no fechamento de buracos nas ruas da cidade após a chuva do mês passado. E gostaria de agradecer também, que foi uma atitude emergencial, que poderão retornar, mas com grande esforço foi realizado, amenizou bastante. Gostaria que passassem na tela, por favor, principalmente as fotos desses buracos tapados. São na Rua Jacob Luchesi, Rosalimbo Guerra, Cesare Cambruzzi. Então assim é um trabalho que muita gente reclama, mas na hora que foi feito, realizado, está certo. As pessoas dizem que é obrigação, que não faz mais nada do que a obrigação. Mas é uma resposta que a Codeca está dando para a comunidade. Foram mais de dois mil buracos tapados em nossa cidade e praticamente 80 ou 90 toneladas de asfalto, falando outro dia com a diretora-presidente da Codeca, que a agradeci pessoalmente também. Gostaria de falar também sobre que não precisamos explanar mais detalhes dos problemas enfrentados, que, na medida do possível, vem realizando, atendendo algumas demandas, principalmente na coleta do lixo.
VEREADOR CLOVIS XUXA (PTB): Um aparte, vereador.
VEREADOR GILFREDO DE CAMILLIS (PSB): Em locais onde as pessoas insistem em descartar. Temos lixões em na nossa cidade. Passei, semana passada, fui prontamente atendido pelo funcionário Sid. Ali tem fotos assim... É um local que acesso ao Reolon, tem bastante fotos de lixos. O pessoal passa, atira o lixo ali e vai transformando em lixões. Eu gostaria então de agradecer ao Cid, que prontamente deslocou máquinas para recolher, porque pessoalmente não dá para recolher todo esse lixo. Então máquinas foram envolvidas. Agradecer também ao Lima pela atenção. Uma foto só da limpeza, porque a gente não tirou mais fotos, mas toda essa rua foi limpa. E ali outro lixo que estava se formando em frente à Escola Arnaldo Balvê e ao ginásio. Logo que nós pedimos, solicitamos, imediatamente, o funcionário Lima deslocou uma equipe e prontamente deixou limpo. Esperamos que continue limpo. Gostaria de dizer também que aguardamos, que seja definido, se terá ou não uma PPP da iluminação, na qual seria incluído o cercamento eletrônico, com monitoramento por câmeras. Espero que esse monitoramento não fique apenas no centro de nossa cidade, mas, sim, nos bairros, porque normalmente, os lixões que estão se criando são nos bairros.
 
Explano minha preocupação, pois nos foi informado que não há mais luminárias LED para serem instaladas e sabemos o quanto melhora a iluminação das ruas com as lâmpadas LED, pois gera mais segurança aos moradores.
 
Espero que não faltem lâmpadas na hora de trocar, porque já tem lâmpadas LED queimando.
 
   [...]
  Para finalizar, quero informar que recebemos a resposta de nosso pedido de informações referente aos fios de telefonia, o qual preciso dizer que veio diferente do relatório que foi informado anteriormente às pressas, este pedido de informações está disponível para todos verificarem no Legix.
   Mais adiante falarei sobre este assunto, pois estamos trabalhando com as informações recebidas, inclusive ontem estivemos reunidos com a secretária de Governo Sra. Grégora, a vereadora Marisol, o representante da RGE Sr. Rafael, o Sr. Aderbal da SMU e o Sr. Oltramari das relações comunitárias.
 
(Texto fornecido pelo orador.).
 
 
Amanhã teremos uma reunião com o Ministério Público, foi convidado também o Sr. Rafael, para estabelecermos algumas atitudes a serem tomadas sobre a fiação em nossa cidade. Estamos pretendendo já marcar uma nova audiência pública com a presença do Ministério Público para que seja... Espero que seja a última audiência para tentarmos resolver esse problema, porque são problemas grandes em nossa cidade. Alguém pediu um aparte? Ah. Pois não, colega Xuxa.
VEREADOR CLOVIS XUXA (PTB): Vereador Camillis, primeiro quero cumprimentar a sua família, sua esposa, seus netos, seus filhos e dizer do seu trabalho. O senhor faz um trabalho muito importante na sociedade de Caxias do Sul. Eu estive nesse fim de semana no seu bairro. Domingo, acompanhei o seu trabalho lá na feira. O senhor passando em todos os feirantes, cumprimentando, conversando e trocando ideias com a comunidade. Então só ressaltar esse trabalho importante que o senhor faz e parabenizar o senhor e a sua família por serem essas pessoas que trabalham em prol dessas comunidades. Obrigado, Camillis.
VEREADOR GILFREDO DE CAMILLIS (PSB): Obrigado, colega Xuxa. Nós somos comunitaristas, não é? Então isso é um detalhe a mais. Gostaria de relatar também a visita que nós fizemos no local do Centro de Proteção Animal. Um local fabuloso. Um local que espero que seja aprovado. Talvez venha amanhã esse projeto para ser aprovado. Era isso, pessoal. Muito obrigado.
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VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Senhora presidente e demais colegas vereadores. Eu quero dizer que eu apostava que não tinha... Isso foi o que consegui. Talvez por pouco entender, não é? A questão da passagem do ônibus. Disseram que não ia ter mais subsídio e eu também achei que não ia ter mais aumento. Eu também pensei que não ia ter mais aumento na passagem. Foi isso que foi dito. Então este ano não vai ter mais. Congelou o combustível, baixou; baixou o ICMS. Então isso seria resolvido. Mas, para a minha surpresa, foi de supetão 10%. Quem se lembra? Quando derrubaram uma presidente. Começou por aí, era 10% o aumento. Ela 10%, 10 centavos o valor da passagem, não é. E agora a passagem aumenta, daqui mais uns dias pode aumentar 20 centavo, pode aumentar 30, pode aumentar 50 e assim por diante. Então isso não deixa de ser uma preocupação nossa também, porque isso está estourando lá no bolso da... Quando o vereador Velocino e a nossa presidenta falaram a questão da questão do pessoal do interior, do alimento, os grandes, os Pequenos estão sofrendo bastante, vereador Uez, lá do interior. Mas os grandes o que estão dizendo? Que o arroz, grandes produtores do arroz aqui do Rio Grande do Sul dizem que não vão plantar este ano, dizem que não vão plantar. Então, imagina, assim, a passagem do ônibus aumentada “Ah, mas foi só 10 centavos”. Não, não foi 10 centavos, foi 10 centavos que saíram do bolso do contribuinte. O leite... Vereador Velocino, onde sai mais? Lá no consumidor, nesse semestre, veio quase 80%, quase, 77% e uns quebrados. Então veio a passagem do ônibus, esses 10 centavos parece que não é muito, mas foi sentado, foi reajustado. Como ficaram aquelas linhas de ônibus que iriam ser ajustadas e  acertadas? Como ficou isso? Porque a gente não tem visto mais movimento nesse sentido, nas linhas de ônibus têm ônibus que continuam superlotado, continuam superlotados, mas quando é feito alguma coisa nesse sentido a gente vê...
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Um aparte, vereador? 
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Isso não deixa de ser também uma preocupação nossa, da nossa periferia.
VEREADOR CLOVIS XUXA (PTB): Permite um aparte, vereador?
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Um aparte, vereador.
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Seu aparte, vereador Estela.
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Um aparte, vereador.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Muito obrigado pelo aparte, vereador Renato. Eu acho um assunto extremamente pertinente esse assunto da questão do nosso transporte público, porque, como bem dito já nesta Casa, falar do transporte público é falar diretamente sobre a vida das pessoas, diretamente sobre o seu ir e vir, sobre seu direito a cidade, sobre o seu direito à saúde, sobre seu direito ao acesso, a um serviço no CRAS, no CREAS. Então a gente está aqui falando de um aumento muito significativo no momento econômico que a nossa população vive. E além disso, chega a nós como um todo na bancada do Partido dos Trabalhadores a questão da reclamação principalmente da linha dos ônibus, como o senhor falou, em relação à questão dos horários, da superlotação. Quero usar o exemplo do meu próprio bairro, do bairro que eu mais utilizo o transporte que é o Serrano, a gente tem, às vezes passam três ônibus seguidos às 3, 3h30 da tarde; às 5, tu fica 40 minutos na parada, e a gente não tem resposta sequer das indicações que a gente faz nesse sentido. Então a gente vota um subsídio, aprova isso contando que isso vai melhorar para a população, vai baixar a tarifa, mas o que a gente tem é aumento, é desrespeito e é não uma melhora em relação à questão da linha e dos horários. Então a gente tem sim muito o que melhorar nesse sentido. Obrigado, vereador Renato.
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Obrigado, vereadora Estela. O seu aparte, vereador Bressan.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Obrigado, vereador Renato. Primeiro, eu gostaria do seguinte, vereador Renato, com todo respeito, mas o senhor sabe, infelizmente o diesel não baixou. Infelizmente, o diesel, depois do subsídio, e votei contra o subsídio e vou dizer o porquê que votei contra. Eu não sou contra o subsídio, votei contra porque eu acho que a empresa privada, primeiramente, ela tem que apresentar um plano de redução de custos. A hora que ela vir com um plano de redução de custos, eu voto o subsidio sem problema nenhum; enquanto não houver isso, eu não defendo aqui a empresa, mas eu defendo que ela tenha um plano de redução de custos. Aí eu poderia votar o subsídio sem problema nenhum. Lembrar aqui, vereadora Estela, que o diesel não baixou. Depois do subsídio, teve 22% de aumento no diesel. Na semana, faz 15 dias atrás, 14% de aumento. Não é assim, gente. Não é assim. Não existe empresa, e não estou aqui defendendo a empresa, não existe empresa que vai conseguir ficar de pé com esses aumentos. No ônibus não vai gasolina. O que baixou foi a gasolina. A gasolina, de 7,30, hoje estão vendendo a 5,80. O diesel continua 7,60. Então nós temos que cuidar aqui quando a gente faz algum discurso na questão de não aumentar, porque quem tem CNPJ sabe o que sofre. E o diesel, infelizmente, até agora eu não vi nada. Vamos cobrar, vereador, dos nossos governadores, tanto federal quando estadual. O federal está fazendo a sua parte, a redução de impostos. E o estadual tem que conceder, porque senão a gente não vai conseguir chegar a lugar nenhum. Obrigado, vereador.
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Obrigado, vereador. Vereador Xuxa.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Um aparte, vereador Renato, por gentileza.
VEREADOR CLOVIS XUXA (PTB): Obrigado, vereador Renato. Eu vou falar uma fala que eu estou ouvindo muito nos ônibus, nas periferias da cidade, nos bairros da cidade mais carentes, que a Visate não quer mais permanecer em Caxias do Sul. É todo dia aumento, todo dia aumento. Todo dia pedindo subsídio. Na verdade, ela já não está mais querendo permanecer trabalhando em Caxias do Sul. Sem falar nos atrasos das linhas de ônibus. Todo dia eu recebo que atrasou linha de ônibus, que o ônibus não veio. A gente começa a receber muita reclamação. E também, devido a esse aumento de passagem, esse desequilíbrio social que está acontecendo aqui em nossa cidade, em todo o Brasil, um grande desequilíbrio social, estão tirando o poder de compra, tirando o poder de alimentação dos nossos trabalhadores. Agora estão tirando o direito ao transporte também do nosso trabalhador. Então nós temos que discutir, sim, esse tema e ver se conseguimos trazer mais barato, entregar para o nosso trabalhador esse transporte coletivo da nossa cidade. Obrigado.
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Obrigado, vereador Xuxa. Seu aparte, vereador Dambrós.
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Nobre colega, o tema é importantíssimo. Lembrando que continua 4,50 no cartão e foi para 4,60 pago em dinheiro. A matemática não mente, não é? Ela é plena. Dez centavos a mais por dia, 90 mil pessoas, considerando 90 mil usuários/dia, nós temos R$ 9 mil por dia. Vezes 30 dias, uma média R$ 270 mil que sai do subsídio. Certo? Então nós temos uma necessidade que o secretário já traga para nós o cálculo de quanto, daqueles três milhões e pouco do subsídio, de quanto já foi gasto. “Ah, mas dez centavos é pouco, é significante.” No montante, sai do subsídio. Então é muito importante o tema. Porque a gente escuta muito falar aqui que o dinheiro tem fim, não é? Que é cobertor curto. Então é importante que nós saibamos que esse recurso está saindo do subsídio. Então parabéns pelo tema. E aguardamos que o secretário traga uma planilha de quanto já foi gasto daquele dinheiro. Obrigado.
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Vereador Juliano, não sei se tem tempo ainda. Mas, se não, posso pedir uma declaração.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Vereador Renato, primeiramente parabéns pelo tema abordado. É inadmissível estar repassando ou passando pela Câmara novos subsídios. Por quê? Nós temos que pensar é na população caxiense. Acho que nós não podemos estar fazendo politicagem. Eu acho que nós temos que tentar trabalhar mais a prática e menos o discurso. O discurso é fácil, prática eu não estou percebendo muita coisa em relação ao governo existente no momento. Então temos que achar soluções o mais breve possível. Nós temos que achar formas de incentivo para que a população usufrua do transporte coletivo. Esse é o foco principal. E isso passa, infelizmente, pela Administração, pelo Executivo, cabeças pensantes, secretários que de fato se engajem nessa causa. Eu acho que hoje o custo de vida em Caxias está complexo, ele está alto, exagero. Hoje você vai ao mercado, olha o preço que está uma caixa de leite? Antes tu pagavas R$ 4. Hoje, está beirando R$ 8. E o salário continua uma miséria, você não vê acréscimo. Então nós temos que pensar o quê? Achar formas de ajudar a população e não trazer mais problemas e mais transtornos. O transporte coletivo é uma coisa grave hoje. É um grande problema, vereador Renato.
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Uma Declaração de Líder.
PRESIDENTA DENISE PESSÔA (PT): Segue em Declaração de Líder da bancada do PCdoB.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): E agradeço, sim, pelo espaço e volto a reiterar: temos que achar solução e a solução, hoje, passa pelo Executivo. Este vereador já fala de antemão: não voto mais subsídio a favor, hoje, do transporte coletivo. E outra coisa: a Visate participou consciente no processo licitatório. Eles não querem largar o transporte coletivo ou abandonar. Eu sou contra.
VEREADOR VELOCINO UEZ (PTB): Um aparte, vereador?
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): E discordo de quem é a favor.
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Obrigado, vereador Juliano. Mais uma vez, agradeço também pelo o senhor ter cedido o espaço. Vereador Uez, seu aparte.
VEREADOR VELOCINO UEZ (PTB): Vereador Renato, a sua preocupação é pertinente, sim, para todos. Mas deixando bem claro para a população que para quem paga com cartão não teve aumento nem dos dez centavos. Eu, sinceramente, esses dias, quando começou a disparar o diesel, eu pensei que viesse até mais do que dez centavos, olhando o cenário. Eu acredito muito que talvez possa haver a redução do diesel nos próximos dias, mas deixando bem claro que esses dez centavos é para quem paga em dinheiro, e o recurso virá do aumento do Rek Pay, do estacionamento, o aumento da receita. E novamente, população, o subsídio que foi votado aqui dentro não é para a empresa Visate; é para aquelas pessoas que pegam ônibus todo dia de manhã. Caso viesse novamente o subsídio não tem problema nenhum, a empresa está recebendo. Não estou defendendo a empresa. A empresa tanto faz se aprovar ou não aqui o subsídio, tanto faz. Quem determina o preço é o Conselho. Então o prefeito assinou o preço que o conselho determinou para não ter mais de uma causa na Justiça. Agora se não houvesse subsídio, o preço da passagem seria a mesma coisa para a empresa.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Um aparte, vereador?
VEREADOR VELOCINO UEZ (PTB): Agora o usuário que pega todo dia o ônibus ia sentir no bolso, pagar mais caro pelo preço da passagem. É isso, população, subsídio não é para a empresa; é para a população mais carente que pega ônibus todo dia. É esse o viés da administração.
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Obrigado, vereador Uez. Obrigado pelos apartes. Já concedo ao vereador Marcon. Só que esses 10% é para chegar direto no bolso das pessoas que andam com o transporte coletivo. Chega ao bolso deles ou andam a pé? Eu acho que a segunda opção é o que mais estava acontecendo há pouco tempo. Então isso vai chegar, se continuar desse jeito, vai voltar a pouco tempo atrás e as pessoas vão começar a andar a pé. Vereador Marcon, seu aparte.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Obrigado, vereador Renato. De forma bem rápida, às vezes, a gente traz até esta Casa aqui notícias ruins, como o senhor trouxe, que é uma notícia, não é boa, mas tem que ser falada. Mas olhando os próximos 60 dias aí, pelas perspectivas, a gente já teve ontem uma forte queda do preço do barril do petróleo. Bateu US$ 98,30 se não me falha a memória, hoje de manhã estava em 99. Então a gente teve aí uma queda de basicamente US$ 20 e a gente já tem vários lugares do mundo. Ontem, eu estava lendo, estava no  InfoMoney, que já houve redução do diesel. Então a gente deve ter pela queda do preço do petróleo, em breve, a Petrobras reduzindo o preço também aqui no Brasil. Segundo ponto, ontem, o presidente Bolsonaro falou que, então, em 60 dias, vereador Sandro, a gente deve estar recebendo petróleo da Rússia, diesel já refinado da Rússia já com preços muito menores. Então daqui a pouco deve estar baixando aí, eu não vou saber precisar quanto, uns dizem dois, outros dizem 1,50 o litro do combustível. O que isso, a gente já tem que deixar aqui como compromisso, eu acho que desta Casa, é que, como houve o aumento, como o senhor trouxe, vereador Renato, com a alta do diesel, quando houver a redução, ela também seja repassada ao consumidor final. Então se o diesel cair aí R$ 2,00 que o consumidor possa, então, ter a mesma proporcionalidade de redução do que teve de aumento. Obrigado, vereador Renato. E parabéns pelo tema.
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Obrigado, vereador Marcon.
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Um aparte, vereador?
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): De imediato, vereadora.
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Obrigada, vereador Renato. É, tem coisas importantes que a gente precisa trazer aqui, uma delas em relação até a essa questão do aumento do diesel muito bem abordado pelo vereador Bressan. E se a gente ler todas as matérias ou se conversar com o secretário, com prefeito, enfim, a gente vai saber que, inclusive, essa nova tarifa técnica não assume a integralidade do aumento do valor do diesel, não é, esses 10 centavos. Então esperamos e torcemos todos para uma redução e para que a gente possa equalizar mais uma vez. Eu ouço aqui algumas coisas que me preocupam. Eu ouvi uma frase assim: “A gente aprovou o subsídio achando que iria baixar a passagem”. E baixou não é? Ou eu estou equivocada e não baixou e as pessoas não estão pagando menos mesmo com o subsídio que está conseguindo colocar esse um real no valor para quem paga no cartão? Então assim, algumas coisas que a gente tem que dar uma pensada. Esse novo valor, como os colegas já falaram, o vereador Dambrós trouxe a matemática fria e falou sobre isso e depois o vereador Velocino também repetiu, é importante que a gente deixe isso muito claro para a comunidade e que a gente sabia, ninguém aqui é bobo, a gente sabia que esse aumento viria por justamente por esse... pela loucura do valor do diesel, e veio esses dez centavos que ninguém gostaria, mas ele veio. Mas que se deixe bem claro, ele é um aumento que só vale para quem paga a tarifa em dinheiro e a gente sempre diz isso, é nossa obrigação inclusive pela nossa responsabilidade de informar a comunidade que na medida do possível assuma o cartão Caxias Urbano porque tem essa redução, vai se manter. Quer dizer aumentou esses dez centavos, mas para as pessoas que tem o cartão não mudou nada, continua aquele mesmo valor. Então é importante que a gente fale sobre isso. Baixou, quando a gente fala dos horários entre pico, que eu sei que é difícil falar dos tais 3,50, mas enfim, vamos lá. E ninguém nunca falou, em momento algum, que com o subsídio a passagem nunca mais iria aumentar porque infelizmente a gente nem tem como prever todos esses outros custos dos insumos todos ouvidos aí. Quando eu ouço o questionamento de porque o município não pensa em formas de incentivar o uso do transporte público essa é a forma, a gente precisa baratear para que as pessoas possam usar e é por isso que tem, e que se pensou, que se aprovou nesta Casa a questão da necessidade do subsídio que não é um privilégio, entre aspas, esse privilégio, entendam assim, aqui do nosso município é o que a gente está vendo em várias cidades, em vários municípios do país todo. E aí ouvir falar em “temos que pensar na população”. Gente, por favor, se o subsídio não é pensar na população e ajudar a pagar com um real em cada passagem eu realmente não saberia dizer o que é. Quando eu ouço, desculpa, vereador Renato, mas bem rapidinho também, falar que “ah, se vier eu vou votar contra o subsídio”. Gente, aqui é uma Casa que a gente vota como quer, fiquem muito bem a vontade. Mas eu não gosto desse tom como se ele fosse uma ameaça porque não é uma ameaça, é uma responsabilidade. Se a gente vai votar contra o subsídio a gente vai se responsabilizar pela nossa decisão de dizer para a população que a passagem vai voltar a ser 5,60, que vai pagar, ok, e que vai ter menos gente e que vai ficar muito mais difícil. É uma responsabilidade. Não gosto desse tom que entra como ameaça. E só, vereador Dambrós, eu já trouxe aqui numa outra discussão, acho que até com o vereador Petrini, mas posso repetir no nosso grupo dos vereadores, que foi criado inclusive um link no site da prefeitura que é aberto, que é público e que está sempre todos os dados sobre quanto do subsídio já entrou, quanto foi investido, como está essa questão. Então é público e a gente pode acessar a qualquer momento. A gente pode convidar o secretário, mas nem precisa porque a gente tem esses dados que são públicos não para nós vereadores, mas para toda comunidade. Eu reenvio no grupo dos vereadores para a gente ter acesso mais fácil a esse link. Obrigada.
VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Obrigado, vereadora Marisol, agradeço a todos os vereadores pelos apartes. Agora espero que também quando baixar, caso abaixar, o aumento do diesel, a cesta básica abaixe o valor lá no mercado porque aumentou... quero saber se o leite, vereador Velocino, que aumentou nesse semestre 77%, quanto que vai baixar daqui três meses. Será que vamos voltar a comprar o leite a 4,50, a quatro reais? 60 mulheres passando fome o vereador Dambrós está me dizendo aqui. Então nós temos alguns dados das capitais. Rio Grande do Sul é o terceiro que mais aumentou o valor da cesta básica. Então tem ganancia por aí também porque não pode aumentar tanta coisa. Quando o vereador Velocino falou a questão do leite, aqui do interior, quero reforçar dizendo aqui, os grandes plantadores de arroz estão dizendo o quê? Se não tiver subsídio do governo federal eles não vão plantar porque a fome não interessa para eles. Não vão plantar, não vai ter arroz. O pobre dizia: “Eu vou comer feijão com arroz”. Não, não vai mais ter feijão e arroz. Vai ter osso com osso, se aparecer. Porque tem gente que vai comer carne, mas o osso vai sobrar. Muito obrigado. Agradeço, mais uma vez, ao vereador Juliano por ter cedido o espaço e agradeço pelos apartes.
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VEREADORA TATIANE FRIZZO (PSDB): Senhora presidenta, nobres pares, colegas vereadores, quem está conosco aqui no plenário, sejam muito bem vindos e a todos através dos canais oficiais da TV Câmara e pelas redes sociais. Bom, hoje a pauta que eu trago aqui não é uma pauta nova e, às vezes, como o vereador Felipe diz, a gente acaba se tornando um pouco repetitivo, mas é um tema que merece atenção e que precisa de um esforço coletivo. Eu acho que todos acabaram acompanhando, através da imprensa, um caso muito triste de um anestesista que foi preso em flagrante por estupro de uma paciente que passava por uma cesariana no Rio de Janeiro. E por que eu decidi falar desse tema? Nós estamos novamente vendo uma coisa que é inimaginável. Eu acho que a palavra causa repugnância. Um médico estuprar uma mulher sedada durante uma cesárea com uma equipe de enfermeiros, de profissionais que estavam na sala. Olha, é difícil! É difícil! E eu preciso desabafar e dizer que nunca foi fácil ser mulher nesta sociedade, nunca foi e continua não sendo. Infelizmente, é um homem que ele achou que ele podia fazer o que ele fez. E não é homem irracional, não é uma pessoa doente, não é uma pessoa... Porque, a partir do momento que a gente acaba trazendo essa narrativa, a gente tira a responsabilidade de ele responder por um ato que ele cometeu. E ele fez isso com uma mulher vulnerável, mas ele não é um exemplo único do que acontece. Ele também é aquele amigo que vai para a balada, que dá um monte de bebida para a mulher, que às vezes dá um “boa noite, Cinderela” para a mulher. Ele é aquele cara que termina um relacionamento com a companheira e acaba espalhando fotos íntimas dessa mulher, subjugando-a, dizendo que ela era uma vagabunda. Aqui a gente tem que trazer alguns dados no país, porque o Brasil é o quinto país que mais comete violência contra as mulheres e, às vezes, a gente não se dá conta, porque nos parece uma realidade distante; e não, gente, não é uma realidade distante. Eu confesso que, quando eu li essa notícia, fiquei um pouco chocada, perplexa e sem entender, porque eu imaginei que ele tivesse cometido esse abuso em algum momento em que a equipe médica não estivesse lá. Mas a confiança e a coragem dele era tantas que ele fez isso com a equipe médica dentro da sala. Então é inadmissível, é repugnante. A gente fica infelizmente mais uma vez nessa situação e a gente precisa usar que esses espaços, e nós temos mulheres aqui que dão vez, que dão voz e que precisam falar desse assunto, não pode ser um tabu.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Vereadora Tati, um aparte.
VEREADORA DENISE PESSÔA (PT): Vereadora Tati, um aparte.
VEREADORA TATIANE FRIZZO (PSDB): Chama-me muito a atenção, porque, talvez, alguém já tenha ouvido falar que existe um museu em São Paulo que mostra as roupas que as mulheres estavam usando quando elas foram estupradas, porque a gente tem uma cultura de culpar a mulher. “Ah, ela foi estuprada, mas que roupa ela vestia?” “Ela estava usando uma saia, um vestido decotado, ela pediu para ser estuprada.” Aí eu pergunto para vocês, o que é que uma mulher, no momento mais importante da sua vida, numa sala onde ia conhecer o filho dela, sedada, sem poder segurar a criança, para conhecer a criança, para amamentar, o que ela vestia? Qual foi a culpa dela? Nascer mulher em um país como este. Seu aparte, vereador Marcon.
PRESIDENTA DENISE PESSÔA (PT): Só um minutinho. Deixa-me passar a presidência para o vereador Velocino, já que eu pedi um aparte.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Vereadora Tati, primeiro lhe parabenizar pelo tema. É um tema assim que, quem viu os vídeos... Eu tive a mesma impressão que a senhora teve. Eu imaginava que ele estava na sala sozinho e que teria... Enfim. Olha, eu estou até arrepiado. Tive o desprazer de ver isso aí. A minha mulher queria ver e eu não mostrei para ela. Sinceramente, eu disse: “tu não vais ver isso”. Olha, não tem... Eu vi que a senhora tentou ali colocar algum adjetivo, mas não tem, não é?
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Um aparte, vereadora.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): É inimaginável. E o pior de tudo: com os caras do lado fazendo o parto de uma criança. Sério, não tem. E aí a gente se pergunta, vereadora Tati, o que um cara desses merece. Porque o cara fazer isso é porque ele tem segurança de que nada acontece. Porque ele vai ser preso agora, porque ele deu o azar de ter o vídeo, mas se não tivesse o vídeo, talvez fossem abrir um inquérito, e ele ia responder. Ele é anestesista e ele ganha muito bem. Ele ia ter um bom advogado. Não ia ser preso, até porque mesmo que ele fosse condenado duas vezes, a gente sabe que o STF tirou a prisão em segunda instância, para livrar uns aí. Mas, enfim, ele não seria preso por 20 anos. Então essa sensação de “não acontece nada” é que a gente tem que mudar no Brasil. Um cara desses... E aí vamos lá. Esqueçam que é o Bolsonaro que falou, mas um cara desses tem que ser castrado quimicamente. Ele não pode nunca mais tenha a disponibilidade de fazer isso com outra pessoa. Imagina: a mulher hoje está lá com seu com seu filho em casa e está vivendo toda uma situação constrangedora de ter passado por isso e ter tido essa exposição. Imagina o trauma que essa pessoa vai ter. Eu não sei se existe na humanidade nós colocarmos uma pena para um cara desses. Então, vereadora Tati, parabéns pelo tema. A minha esposa me fez uma pergunta ontem e eu não soube responder. Ela disse “imagina se fosse a tua mãe, Maurício, quando ganhou a tua irmã que tivesse acontecido isso?”. Olha, eu não gosto de falar isso, mas esse cara não iria viver. Eu ia ficar preso eu, mas esse aí eu mandava para o inferno. Porque é tão revoltante, a gente fica tão anestesiado ao eu ver um negócio desses aqui que faltam palavras. Parabéns pelo tema, Tati. E a gente tem que expor a cara desse cidadão para todo mundo saber.
VEREADORA TATIANE FRIZZO (PSDB): E isso, infelizmente, vereador, é a ponta do iceberg. Porque naquele dia a equipe de enfermagem... Ele tinha três partos agendados. Dois ele já tinha executado e no terceiro que decidiram colocar o celular em no local escondido para que, de fato, se verificasse se havia ou não alguma conduta irregular, o que foi comprovado. Mas e todas as mulheres que ele atendeu antes disso e que não se recordam de nada? O trauma que vai ficar para essas mulheres de um momento que deveria ser único e de felicidade de estar ali com seu companheiro. Companheiros esses que o médico pedia para se retirar porque alegava que as pacientes não estavam bem. Ou seja, privava os companheiros das mulheres de estarem ali em um momento tão importante e tão único. Seu aparte, vereadora Estela.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Vou aceitar já. Muito...
VEREADORA TATIANE FRIZZO (PSDB): Ah, era a Denise.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Era a Denise primeiro.
VEREADORA TATIANE FRIZZO (PSDB): Desculpe. Vereadora Denise.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Vou deixar a nossa presidenta.
VEREADORA DENISE PESSÔA (PT): Bom, vereadora Tati, acho que a palavra “nojo” é a palavra que resume essa situação. É muito revoltante. Nós falávamos ontem ainda na reunião da PEM. Eu, quando vi e soube disso, fiquei nauseada o dia inteiro. É muito, muito asqueroso isso, o que acontece com as mulheres hoje no Brasil. E aí, parafraseando o vereador Fantinel, é muito difícil ser mulher no Brasil. Ah, isso é! É muito difícil ser mulher no Brasil! Porque é isso, a mulher não está segura nas ruas, a mulher não está segura na faculdade, no trabalho. Não está segura nem anestesiada em um ambiente de saúde, onde ela está ali para gerar a vida. E a pessoa que faz isso não tem o mínimo respeito com a maternidade, com algo que gerou a vida dele inclusive. Então não tem consideração pela vida de ninguém. Então é muito triste o que a gente viu ali. E aí o que eu fico pensando... E aí acho que a gente tem que pensar também e tentar um pouco sobre os fatos, a gente vive um momento em que o Ministério da Saúde não quer falar sobre violência obstétrica. Diz que não existe violência obstétrica. Violência obstétrica não existe. A gente ouve relatos de profissionais da área da saúde que estão lá na hora do parto e que vivem violências. Não é... Pode não ser só a violência sexual que ocorre ali, mas muitas mulheres sofrem violência obstétrica sim; isso também é uma violência obstétrica. Um momento em que é um momento de ouro na vida da mulher e da criança, a gente tem mulheres ali que são xingadas, são mulheres que não são respeitadas.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Uma Declaração de Líder para o PSDB.
VEREADORA DENISE PESSÔA (PT): A gente precisa, a gente precisa tratar sobre isso. E aí eu fico me perguntando: onde estava o direito ao acompanhante? Cadê o acompanhante? Se o pai estivesse ali, e aí a gente sabe que muitos hospitais não cumprem uma lei que é federal, que tem que garantir o acompanhante no parto, se o pai estivesse ali, isso aconteceria? Então aí muitos médicos, hospitais torcem o nariz para, na hora da cesárea, não entrar o acompanhante: “Ah, porque vai atrapalhar, porque não sei o quê, não sei o quê...”. Tem que entrar o acompanhante ali, tem que ser garantido esse direito da mulher. Então a gente tem outro direito violado, porque se estivesse ali o pai, isso não aconteceria. Os xingamentos que as mulheres recebem também não aconteceriam. Então a gente também tem que ampliar e ver que tem outros direitos que estão sendo violados. Eu queria chamar a atenção para essa questão, porque a mulher está ali num momento de fragilidade e ela precisa ter alguém que ela confie. A gente, aqui em Caxias, tem a lei que garante a presença das doulas além do acompanhante, que a gente aprovou aqui na Casa e que muitas vezes também tem hospital que torce nariz, às vezes torce nariz até para o acompanhante entrar na cesárea. Então, esse direito tem que ser garantido. Obrigada.
PRESIDENTE VELOCINO UEZ (PDT): Já está em Declaração de Líder do PSDB, permanece Tatiane Frizzo com a palavra.
VEREADORA TATIANE FRIZZO (PSDB): Obrigada, vereadora Denise. Aqui a gente precisa agradecer a equipe de enfermagem que, atentamente, desconfiou e tomou uma atitude com relação a isso.
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Peço a palavra.
VEREADORA TATIANE FRIZZO (PSDB): Seu aparte, vereador Bortola.
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Obrigado, vereadora Tati.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Um aparte, vereadora.
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Parabéns por trazer esse tema, não sei se a palavra correta é parabéns, mas é um tema muito complexo.
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Um aparte, vereadora, por favor.
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Eu acho que na atual circunstância a frase que tem a ser discutida e que está correndo na Câmara dos Deputados nos corredores é o momento perfeito para o projeto de castração química de estupradores.
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Peço um aparte.
VEREADOR ALEXANDRE BORTOLUZ – BORTOLA (PP): Desde 2013, esse projeto é discutido e foi lançado nas mídias, e alguns condenavam esse projeto, mas, infelizmente, tem que acontecer uma barbaridade dessas, para não dizer outra coisa, uma barbaridade dessas, para... E  diz em uma das matérias que só agora o Congresso entende que o clima é favorável para votar um projeto desses. É um absurdo, é um absurdo. Não sei se dá para se chamar de louco, se esse cidadão aí é doente ou o quê, mas o que a gente tem a certeza é de que esse projeto tem que ir para frente e as penas têm que ser muito, mas muito, muito mais rígidas. E os direitos humanos para essa vítima? Foi lá procurar? Foi lá tentar auxiliar de alguma maneira? Essa é a dúvida que paira no ar, porque em nenhum veículo de imprensa foi noticiado que os direitos humanos estiveram lado a lado com a vítima. Isso também é motivo de preocupação, vereadora Tati, é o motivo de muita preocupação. Cabe essa reflexão e cabe a nós também aqui da Câmara de Vereadores defender e provocar o governo federal, na verdade o Legislativo Federal, a propor esse projeto de castração química. É uma barbaridade. Por que o que vai acontecer? Aprovando esse projeto, nunca mais esse sem vergonha vai fazer uma coisa dessa. Nunca mais ele vai tocar em uma mulher da maneira que ele tocava. Isso eu tenho certeza. Obrigada, vereadora Tati.
VEREADORA TATIANE FRIZZO (PSDB): Obrigada, vereador. Infelizmente, a gente tem que lembrar um dado aqui importante: a cada 10 minutos uma mulher é estuprada no Brasil. Isso é um dado assustador. Vamos dar uma olhadinha em algumas manchetes que a gente separou, e é triste dizer isso, mas, em menos de 15 minutos lendo notícias, e eu sou uma pessoa que eu acesso diariamente os sites, em menos de 15 minutos, olhem as manchetes que a gente tem a respeito de violência contra as mulheres: Filha de 4 anos corre na rua coberta de sangue para pedir socorro após mãe e irmão serem mortos por namorado da mulher; Mulher é esfaqueada pelo ex na frente da babá e duas crianças, o suspeito fugiu em um carro de luxo; Homem é preso suspeito de estuprar mulher dentro de clínica psiquiátrica em Vitória. Justiça condena homem que matou ex-companheira com ácido. Essa em Caxias do Sul. Passageira é vítima de importunação sexual em trem da linha 11. Isso em São Paulo. Polícia prende homem em Copacabana por agredir namorada, torturá-la e mantê-la em cárcere privado por três dias três. Três dias! Desprezo pela luta contra a violência de gênero, diz Isa Penna sobre a decisão da Alesp de arquivar representações contra um colega legislador. Mario Batali inocentado em julgamento sobre agressão sexual.  Então, essas são algumas notícias que, infelizmente, elas são diárias, e a gente às vezes fica até um pouco anestesiado com isso que acontece ao nosso redor. Porque é tanta notícia ruim, e ela é diária, que a gente fica se perguntando: Mas o que está acontecendo? Por que tanta violência contra as mulheres? Todos nós aqui temos mães. A maioria de nós aqui é casado, tem irmãs. A gente precisa... E é por isso que eu falo tanto do quanto é importante não apenas as mulheres lutarem contra violência, mas que seja uma pauta do parlamento como um todo. Seu aparte, vereadora Estela.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Perfeita a importância do tema, vereadora Tati. Falar que a gente fica anestesiada eu acho que explica bem o sentimento que nós temos e a dificuldade que a gente tem em tratar dessa pauta aqui dentro. Justamente porque, quando a gente vê notícias como essa, a gente se imagina nessas situações, a gente sabe do risco que corremos pelo simples fato de sermos mulheres. Eu gostaria muito de, enquanto mulher, deixar o meu agradecimento aos nobres pares que falaram sobre o tema. Mas tem uma questão específica sobre isso. Infelizmente, não é o órgão sexual do homem que o faz ser daquela forma, então ele não ter seu órgão sexual não significa que ele não irá nos violentar. A violência sexual, inclusive para nós, mulheres, ela vem de diversas outras formas, ela vem através de cabos de vassoura, ela vem através de materiais que estão ali à disposição. Isso é feito com meninas, crianças, inclusive. Então, infelizmente, falar em castração química para aquele homem ou para aqueles, para esses homens que, a cada 11 minutos, violentam uma mulher, não é o suficiente, porque isso não garante que estaremos seguras. O que garante que a gente vai estar segura é ter políticas públicas voltadas para isso; desenvolver, como a gente tem desenvolvido aqui no nosso município, uma rede de proteção à mulher, onde a gente se sinta acolhida, onde a gente saiba que pode procurar proteção. Ter cada vez mais representação para que a gente possa falar sobre essa estrutura da nossa sociedade que nos condiciona a estar passando por essa situação. Então as mudanças não precisam ser porque esse caso chocou. Porque casos como esse acontecem todo tempo. Uma a cada três mulheres sofrem violência doméstica. A cada seis horas um feminicídio é cometido. A cada 11 minutos uma mulher é estuprada. Então, aquele caso ali acontece a todo instante. A cada dez minutos está acontecendo isso no nosso país. Então, a castração química não é a solução. A solução é a mudança dessa estrutura. Eu fico muito feliz de ter vocês, mulheres, aqui para estarem construindo, e nossos colegas. Obrigada.
VEREADORA TATIANE FRIZZO (PSDB): Obrigada, vereadora Estela. E aqui a gente precisa ressaltar. Eu, particularmente, desde que comecei o meu mandato enquanto vereadora, talvez eu não fizesse ideia de quantos casos de violência existem em Caxias do Sul. Mas eu me apropriei dessa pauta e, a partir disso, o primeiro projeto de lei que eu protocolei no Município de Caxias do Sul veio para proteger as mulheres e as crianças das situações de violência doméstica. Mas vou pedir para o pessoal da TV mostrar para quem está nos acompanhando em casa alguns projetos de lei, então. A semana de conscientização e combate ao feminicídio; a semana municipal de incentivo ao empreendedorismo feminino jovem, um projeto de lei em autoria com as demais colegas vereadoras; priorização de acesso à educação infantil de filhos e filhas de mulheres vítimas de violência doméstica; e um projeto de lei que, para mim, é muito importante, que a gente tem juntas, fomentado nesta Casa aqui é o Agosto Lilás. O Agosto, meus colegas, ele é um mês inteiro. Assim como a gente tem o Outubro Rosa, que fala sobre as questões envolvendo a saúde da mulher, o Agosto Lilás, ele vem com essa pauta de a gente trabalhar as questões relacionadas à violência de gênero, à violência doméstica. Então é o mesmo inteiro onde a gente faz diversas atividades para conscientizar as mulheres a respeito dos seus direitos. Não vou conseguir lhe dar o aparte, vereadora Mari, me desculpa, mas é importante dizer por ela e por todas: por uma vida livre de violência, é que nós mulheres, desta Casa Legislativa, pedimos sempre o apoio de vocês, colegas vereadores, não é, para que a gente mude essa realidade. Porque precisamos cada vez mais de políticas públicas que sejam eficientes e que olhem para essa situação. Muito obrigada.
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VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Bom dia, presidenta, colegas vereadoras, colegas vereadores. Confesso que é difícil falar depois desse tema, porque é um tema muito pesado.
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Peço um aparte de imediato, vereador.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): E mostra uma das principais agruras que nós temos na sociedade brasileira que é a violência sexual e estupro. Aliás, em outro momento, a gente pode conversar sobre isso. A miscigenação no Brasil, ela vem da cultura do estupro, quando os portugueses, quando os europeus chegaram aqui e defloravam as indígenas, as africanas escravizadas, ou seja, isso se tinha como algo normal e, infelizmente, segue se reproduzindo na sociedade. Mas o meu tema é outro. Eu já lhe concedo no momento oportuno, vereador Fantinel. Mas eu venho aqui para falar hoje de um assunto que não tem como nós fecharmos os olhos. É algo muito sério, este Parlamento tem tratado, e a função do Parlamento, eu volto a dizer, é legislar e fiscalizar; e do Executivo, governar e aplicar recursos, que é a questão da saúde em Caxias. E aqui vocês me permitam falar uma frase que tem uma conotação, parece uma brincadeira, mas é algo muito sério: que saudade do meu ex. E do meu ex-prefeito Pepe Vargas, que governou esta cidade durante oito anos e é reconhecido até hoje pelo trabalho que fez na saúde num tempo em que não tinha recurso do governo federal. Logicamente, falamos de mais de 20 anos de diferença, mas que fez governo, que fez gestão e que resolveu os problemas. Nós estamos discutindo aqui uma questão muito séria, e a primeira que eu quero falar é da atenção básica, da atenção básica. E vou citar exemplos para ser específico: na região Planalto, vereador Renato Oliveira, nós ficaremos sem pediatra desde o Cristo Redentor, Planalto Cristo Operário, Planalto II, São Victor. Nós estamos falando de dezenas de milhares de pessoas que ficarão sem pediatra. Qual a solução que o governo apresentou até agora para a falta de médicos? Qual a solução? Primeira pergunta é essa: Qual a solução apresentada e qual o retorno que isso dá para a população? O primeiro questionamento é esse. Segundo, nós temos as questões estruturais das UBS, vereador Dambrós. As UBSs que seguem com goteiras, com mofo. Quantas UBS foram reformadas? Como estão os projetos e os investimentos nesse sentido? Porque os problemas são postos, faltam recursos, mas, assim, qual a melhora para a população objetivamente? E quem governa tem que governar. O prefeito Adiló se elegeu, e eu tenho aqui o plano de governo do prefeito Adiló, e numa das pautas aqui da apresentação do plano de governo, a dimensão da saúde tem a promoção social da saúde, atenção básica, atenção especializada e atendimento psicossocial. E dessas propostas de campanha do prefeito que foi eleito, o meu ex era candidato e, democraticamente, ele não se elegeu, vereador Renato Oliveira, vereadora Denise Pessoa, presidenta, e vereadora Estela Balardin, colegas de partido e colega de confederação. O nosso plano não foi escolhido pelas urnas. O prefeito eleito é o Adiló, mas aí eu pergunto, quais as medidas e as propostas de campanha apresentadas à saúde foram realizadas? Quais? Quantas? Ainda, para falar de dados, recentemente a secretária da Saúde de Caxias do Sul, da segunda maior cidade do estado, se manifesta, vereador Clóvis Xuxa, dizendo, falando como exemplo de gestão a UPA Central em razão de uma redução de custos na UPA Central. Eu pergunto a população que nos assiste nas redes sociais, como está o atendimento da UPA Central? Como está o atendimento? Ontem uma mãe com uma criança com problema grave pulmonar saiu de lá paracetamol e remédio para febre porque não tinha o antibiótico. Então a redução de custos que a secretária fala ela não se reverte na melhoria da saúde para o povo porque é isso... Nós estamos diuturnamente falando aqui, tem o presidente da Comissão de Saúde, vereador Rafael Bueno que não está, mas tem se citado aqui exemplos de outros prefeitos que nas suas gestões delegavam, definiam e discutiam com a sociedade. Eu citei o exemplo do ex-prefeito do meu partido. O senhor, vereador Renato, citou ontem o exemplo do prefeito Alceu que na gestão em que o senhor foi secretário de Habitação tinha menos grupo de trabalho coordenado, reunião para discutir reunião, e ação efetiva porque é o que não acontece. Ainda falamos recorrentemente de que Caxias atende alta e média complexidade das outras cidades. Mas pelo amor de Deus, nós temos o prefeito e o governador do mesmo partido nesse momento, prefeito e governador do mesmo partido. Se querem uma gestão pactuada tem condições para fazer... sentem com o governador. O prefeito da segunda maior cidade converse com os demais prefeitos, articulem legislação e isso precisa sair do papel. Agora, nós não podemos naturalizar a situação de que nós não temos amoxicilina clavulanato para dar para as pessoas que tem a criança com o problema. Mas não é só amoxilina, porque a gente pode citar que amoxicilina não tem no mercado. Azitromicina também não tem? E aqui tem uma lista de outros remédios, mas daí vem a justificativa “não deu certo a licitação”. Bom, então tem que melhorar a licitação porque se na segunda maior cidade do estado do Rio Grande do Sul nós não conseguimos fazer uma licitação para comprar amoxicilina clavulanato ou outro medicamento para garantir que aquela criança que sai da UPA, do Geral, da UBS atendida nós temos um problema grave. E ninguém está aqui falando de forma irresponsável, sabemos que a situação é complexa, mas o povo está morrendo. As pessoas estão morrendo. Falava com uma amiga enfermeira do HG...
VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Declaração de Líder do Patriota.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Um aparte, vereador.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): As crianças chegam numa situação extremamente grave e nós não podemos simplesmente ficar dizendo que é difícil, que não tem o que fazer, tem que nascer a pessoa, fazer um grupo de trabalho na prefeitura que o que mais tem, que eu mais escuto, é grupo de trabalho. Vamos fazer um grupo de trabalho que vai ver... Eu vou voltar a dizer, eu tenho a graça de ter um plano de saúde, mas mesmo assim fizemos vários procedimentos do SUS, vacinação, vigilância sanitária. Falava com o vereador Felipe que a gente tem filho, ou seja, ir lá no plano e ter condição de comprar o remédio que é destinado, mas essas pessoas que não tem? Que é uma questão básica. Dá paracetamol e febre quando a pessoa está com uma inflamação na garganta? Aí depois vai cair lá no geral, não vai precisar comprar só cinco leitos, vai ter que comprar dez ou mais. Nós, enquanto bancada, solicitamos uma reunião com a secretária e com o prefeito e me parece, tenho a informação, que no momento caótico da saúde, em Caxias do Sul, me parece que a secretária está de férias, vai tirar férias na semana que vem. Eu não estou questionando as férias da secretária, estou questionando a falta de políticas e de ações efetivas. Agora, se vocês me dizem que não tem ação efetiva, então tem algum problema, por que quem está no Executivo precisa encontrar essas alternativas. E não adianta vir dizer que a oposição... Todo mundo aqui tem muita paciência, todo mundo. Ninguém está fazendo fala irresponsável. Agora, quem governa precisa governar. Tem que ter médico, mas que criem um completivo. Resolveu nós termos votado a lei aqui para aumentar a carga horária dos médicos? Tem mais médicos nas UBS? Eu não sei! Que se faça um completivo, que se amplie recurso. O que o povo precisa no Planalto, no Reolon, no Esplanada, em todos os recantos desta cidade, são médicos, é remédio, é leito, é uma UPA que atenda decentemente, porque, do contrário, nós vamos seguir vivendo o caos. Eu volto a dizer, as pessoas elegeram o prefeito Adiló democraticamente para que resolvesse os problemas da cidade. Eu peço desculpas aos apartes que não pude conceder, mas, dada a importância do tema, acabei me alongando. Era isso. Obrigado, presidenta.
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VEREADOR SANDRO FANTINEL (PATRIOTA): Obrigado, senhora presidente, membros da Mesa, queridos colegas, cidadãos que nos acompanham. Na realidade hoje a minha fala aqui seria totalmente fora do que eu vou falar agora, mas, devido ao que aconteceu aqui e as falas que me aconteceram, eu resolvi fazer um resumo aqui de quatro itens que eu gostaria de poder dizer e colocar aqui a minha posição e a posição do meu partido diante desses acontecimentos. Eu vou começar pela passagem. Então eu gostaria de deixar claro para esse cidadão, para todos os cidadãos de Caxias do Sul, principalmente para aqueles do interior que antes pagavam R$ 16,00 para pegar o Visate e vir para Caxias trabalhar. Que, se hoje não tivesse o subsídio que este vereador aqui ajudou a aprovar, a passagem aqui no centro estaria R$ 7,50. Isso veio agora da Visate para mim. Se não tivesse o subsídio, a passagem seria R$ 7,50. Aí estava barato, não é? Daí estaria ótimo. Estaria um espetáculo daí. Aí o povo estaria feliz da vida! Então parem de ser hipócritas, parem de criticar uma coisa que a gente fez aqui não para ajudar a Visate; a gente fez aqui para o trabalhador. Como disse, o pessoal lá de Vila Oliva, o pessoal de Vila Oliva que pagava R$ 16,00 para vir e R$ 16,00 para voltar e que hoje paga R$ 5,50 é graças ao subsídio que nós votamos aqui nesta Casa. Então parem de ser politiqueiros e hipócritas. A gente tem que falar o que é certo e não inventar história para ganhar voto. Então isso é sobre a questão do subsídio. A questão das mulheres, que foi falado aqui, e a questão da infelicidade daquele médico aí que, para mim, eu defendo, é o meu ponto de vista, tinha que ter pena de morte para um cara desses. O mínimo do mínimo seria o que o vereador Bortola falou: a castração química. Que quem defende as mulheres, ou melhor, diz que defende as mulheres, politicamente, é contra a castração. Quem defende a mulher, que a mulher é vítima, não é? – é contra a castração. Então aí tem alguma coisa que não fecha. Então o que eu queria dizer é o seguinte: eu repúdio veemente um acontecimento triste como esse, vereadora Tati. Para mim, isso daí a gente tinha que ir aos extremos com pessoas assim. Só que se nós retroagirmos nas falas deste parlamento para sessões anteriores, nós vamos ver que, se esse triste acontecimento, que não tem outra palavra para ser dita, esse triste acontecimento teria sido ao contrário. Aqui mesmo nesta Casa, hoje, teria gente, e teve gente, naquelas outras sessões, que defendeu o quê? “Não, essa pessoa aí precisa de um tratamento! Essa pessoa aí tem problemas mentais. Ela tem direito. Nós temos que ajudar essa pessoa. Nós podemos recuperar essa pessoa.” Isso está gravado nas falas deste parlamento em sessões passadas. Os mesmos que hoje falam tanto. E eu não estou defendendo, estou dizendo que foi um horror, mas que hoje estão batendo em cima dessa tecla porque foi um lado que cometeu. Nas outras vezes, defenderam esse tipo de coisa dizendo “não, mas a pessoa usou droga, ela estava perturbada, ela precisa de um tratamento porque para fazer uma coisa dessas tem que ter problema mental”. E eu concordo, uma pessoa normal não faz isso. Uma pessoa normal não faz isso. Mas a gente tem que cuidar muita a politicagem dentro desta Casa. Ou seja, o que eu defendo? Que quando uma coisa é errada, é errada. Quando alguém comete um erro grave, tem que pagar. Não importa se ele é homem, se ele é mulher, se ele é quem for, criança, adolescente. Não interessa. Cometeu um erro grave, um crime horroroso que nem esse, tem que pagar. Agora, só porque é do outro lado: “Ah, não, não. Não é assim. A gente tem que entender que pode ser algum problema psicológico, que pode ser algum problema mental, que tem que tratar essa pessoa”. E aí, vereadora, nossa querida presidente, quando a senhora disse que é difícil ser mulher e eu, nesta tribuna, disse que é difícil ser homem, eu vou dizer para senhora: vamos voltar no tempo, 30 anos atrás. Não precisa muito. Trinta anos atrás. Tinha o mesmo número e o mesmo percentual de feminicídio que tem hoje? Tinha? Em uma cidade do mesmo tamanho? Não tinha nem 10% do que tem hoje. Por quê? A pergunta: por quê? Porque existe quem presta e quem não presta em todas as áreas. Tem homem que não presta e tem mulher que não presta. E a gente tem que começar a levar em conta que, essas grandes mudanças que aconteceram nesses 30 anos, elas aconteceram em ambos os lados. E claro que tem mais. Por quê? Tem mais ataques de homens a mulheres? Tem. Claro que tem. Eu concordo 100%. Tem que ser punido? Tem que ser punido e tem que ser punido exemplarmente. Tem que ser punido. Mas aí nós partimos de um princípio de que tem gente que vem aqui nesta tribuna e diz: “porque eu defendo a isonomia, porque eu defendo os direitos iguais”. Espera aí, tchê. Vamos colocar o ponto no “i”. Então, se um homem cometer um crime bárbaro que nem esse, tem que ser punido e, por mim, seria punido da pior forma. Por mim, tá? Mas, se a mulher cometer o mesmo crime, tem que pagar pelo mesmo preço. Não tem diferença. Os direitos não são iguais? Os deveres não são iguais? Vamos parar de separar os homens das mulheres. Parece que aqui tem gente que vem aqui tentar botar os homens contra as mulheres. Mas se já está ruim, vamos piorar a situação? A gente tem que se unir. A gente tem que fazer o homem se aproximar da mulher, respeitar a mulher e a mulher respeitar o homem. Há 30 anos não aconteciam essas barbaridades que estão acontecendo hoje, por quê? Por que será? Então, gente, eu queria fazer essa fala sobre isso. Eu quero deixar aqui o meu repudio, vereadora Tati, a esse médico, que teria que pagar, para mim, da pior forma. Porque é um absurdo e principalmente em um momento tão especial de uma mulher como foi esse caso aí. Que não tem explicação. Na questão da saúde, eu queria relembrar aqui ao colega Lucas que o SUS foi inventado e foi criado em 1990, tá? Em 1990. Em 1994, o prefeito Pepe Vargas assumiu aqui e, pelo SUS ter sido inventado em 90, foi municipalizado o SUS em Caxias do Sul em 94. E todo o dinheiro para construir todas as UBSs que têm em Caxias do Sul e, inclusive para fazer funcionar o sistema do SUS em Caxias, veio do governo federal. E não era o Bolsonaro. Não era o Bolsonaro o presidente. Mas foi o governo federal que mandou todo o dinheiro para cá para que fosse municipalizado o SUS, para que fossem construídas as UBSs e para que o SUS em Caxias e em toda a região começasse a funcionar. Foi tudo do governo federal. Não foi o Seu Pepe que fez tudo, não, como foi falado aqui. A gente tem que falar o que é certo e eu sou pelo certo. Para mim, o Pepe foi um bom prefeito. Eu não tenho nada contra. Ele foi um bom prefeito. Agora, dizer que foi ele quem fez é mentira. Foi o governo federal que mandou todo o dinheiro pelo SUS ter sido criado em 94 e ele ter assumido... Desculpe. Em 90 e ele ter assumido em 94. Foi municipalizado e o dinheiro foi todo do governo federal. E agora eu vou para a pauta que eu ia vir para cá para falar hoje. Que é, volto a repetir, o grande problema e eu acho que eu tenho o apoio da maioria aqui: a questão das regularizações nos bairros. Continuamos... Eu continuo recebendo. Gente, são dezenas e dezenas de bairros e pessoas se lamentando do que está acontecendo com essas empresas que estão indo propor regularização dos bairros. Tem empresas indo nos bairros e prometendo a regularização em um ano. Para quê? Por quê? Porque a empresa séria, ela foi lá e disse: “Vai demorar uns três, quatro anos para regularizar.”. Não, tem empresa que para pegar o dinheiro do cara e para trancar o cara: “Não, em um ano vai estar regularizado”. E empresas que inclusive, secretário João Uez, estão usando o nome do senhor. Muito cuidado, porque o senhor é um ótimo secretário. Cuidado, tem que começar a prestar atenção no que está acontecendo às voltas. Então, assim, a todos os cidadãos de todos os bairros de Caxias do Sul: todas as empresas que forem aí dizendo que em um ano vão fazer a regularização, vocês estão sendo logrados, vocês estão sendo enganados. O próprio prefeito Adiló já deixou claro junto com o secretário João Uez que serão sim regularizados 30 bairros até o fim do mandato, até o fim do mandato 30 bairros da ReurbS, porque foram invasões de áreas públicas. Essas serão regularizadas; as demais, na conformidade do projeto que entra. Então muito cuidado com os espertinhos que estão tentando ludibriar vocês. E tem mais, tem alguns ainda que ameaçam, que chegam para o povo e dizem: “Porque eu sou o cara que tem acesso com a Secretaria, se tu não fizer comigo, tu não vai conseguir regularizar”. Botam o pessoal na parede e aí o pessoal, muitas vezes, por receio, contrata esse pessoal aí. Então era esse o meu recado. Muito obrigado, senhora presidente.
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VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Obrigado. Senhora presidente e caros colegas. Bom dia a quem nos acompanha de casa. Gostaria de continuar nesse assunto da saúde. Às vezes a gente se torna até um pouco repetitivo, não é, vereadora Xuxa, a gente sobe a essa tribuna, fala, da ideia, tenta melhorar. Só que a gente recebe alguns áudios, às vezes, alguns pedidos da comunidade que, eu confesso, vereador Uez, eu não sei o que responder. Então eu vou mostrar o áudio e aí, se alguém conseguir me dar um norte do que responder para essa cidadã, eu respondo, porque é constrangedor não ter o que responder. (Exibição de áudio.) Depois ela começa a dizer que ela vai pegar as pernas, está sem força, enfim. Eu queria saber o que eu respondo, vereador Cadore, para esta cidadã? Me dá uma luz aí. Só que eu dei a real para ela, eu disse: se tu conseguir fazer a ressonância, ainda para tu fazer a cirurgia tu conta com dois anos. Então, assim, a gente entende, vereador Uez, e o senhor usa uma frase que ela é, e eu concordo com ela, que “quem vai resolver a questão da saúde ainda está para nascer”, mas a gente pode amenizar, a gente pode amenizar. Porque, como vereador, eu respondo o quê para essa pessoa? Eu peço desculpas. Eu digo... Vereador Xuxa, o que o senhor responde, vereador Xuxa? Não tem. Outro dia, eu disse para um que precisava lá de um... Eu disse: mas quanto custa o teu exame? Será que se nós fizermos uma rifa, alguma coisa... Porque eu não sei. A gente paga tanto imposto nesta cidade, é uma cidade rica. Falando em imposto, eu passo lá, que eu vou no meu sogro, na frente da Marcopolo lá para quem passa lá aquela estrada toda esburacada e eu fico pensando: os donos da Marcopolo, que pagam milhões para esta cidade, agora a estrada foi municipalizada e não conseguem passar um asfalto lá. Vai para onde o dinheiro? Aí, vamos pegar Bento, Felipe, vereador Felipe, eu vou lhe visitar de novo pela milésima vez, e eu faço questão porque o senhor trouxe uma solução que existe, será que não tem, por exemplo, vai fazer o plantão da madrugada em lugares que fazem, por exemplo, a questão de ressonância, será que não dá, vereador Felipe? Será que o município não consegue organizar os lugares que têm a ressonância... Essa mulher não consegue mais andar, vereador Bressan. Se fosse a minha mãe eu ia estar desesperado. Ela me mandou um áudio que eu acelerei, quase chorando.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Permite um aparte, vereador Marcon, por gentileza.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Eu, sinceramente, digo para vocês que às vezes nós estarmos em posição de sermos vereadores é algo constrangedor, porque dizer para uma pessoa, para uma senhora... Pela foto a gente vê que é uma pessoa de idade. Falaram para ela esperar um ano para ela ir fazer a ressonância. Quando ela chegou lá, falaram “precisa esperar mais seis meses”. E a dor que essa mulher passou? Então assim, eu acho que nós precisamos tomar providências concretas para resolver esse problema. Concretas!
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Um aparte, vereador.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Um aparte, vereador.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): E tem como resolver. Com todo o respeito.
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Um aparte, vereador.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Vamos fazer um mutirão de noite, da madrugada. Essa pessoa não ia se importar em ir lá de madrugada fazer a ressonância. Se são incluídos 27% do orçamento em saúde e não está resolvendo o problema, então é porque o recurso está sendo mal utilizado, com todo o respeito. Tem cidade que bota menos e é resolvido o problema. Então fica aqui o meu pedido ao governo que, se possível, dê a resposta que este vereador tem que dar para a cidadã. Porque eu, ontem, pedi desculpa para ela e disse que ia trazer o tema dela aqui para ver se eu tinha alguma resposta. Antes de conceder os apartes, eu vou tratar de outro tema rapidamente que eu acho que é importante. Todo mundo viu a questão que está acontecendo no cemitério público municipal. Eu trouxe algumas fotos aqui que eu acho que os colegas devem ter recebido nos seus WhatsApps, enfim. Hoje, vereadora Tati, a gente estava falando da questão inominável que aconteceu. Mas vamos lá. A que ponto nós estamos chegada de barbárie na nossa cidade, vereador Cadore? Entes queridos sendo completamente desrespeitados. Olha esta foto, gente. Esta foto aí com os caixões dentro. Meu Deus do céu! Aonde é que esta cidade está caminhando para chegar? Tudo isso para roubar umas hastes dos caixões para, provavelmente, comprar drogas e coisas. Mas vamos lá. Quem é que tem que fazer a segurança do cemitério público municipal? Quem? Os caras pulam, entram como? Quebram tudo. Ninguém ouve, ninguém sabe, ninguém viu, ninguém nada? Então assim, este ponto aqui é de um desrespeito ao próximo, que nós estamos atingindo novamente a barbárie na nossa cidade. Isso é uma coisa que é bárbara. Não existe explicação. Às vezes, o corpo acabou de ser... Parece que eles sabem, vereador Xuxa. O corpo acabou de ser internado, dois dias depois vão lá para roubar os pertences, para roubar um crucifixo. Meu Deus! A gente tem que pensar em respeitar quem ajudou a construir esta cidade, que hoje está lá enterrado, porque amanhã vai ser nós que vamos estar lá, vereador Xuxa. A única certeza da vida é que nós estaremos lá. Então, que se coloque um guarda, que se tenha um pouco de responsabilidade com a vida do próximo que está sendo desrespeitada aí. Depois de ter ajudado a construir esta cidade, a pessoa é enterrada lá, o seu corpo. Pensa em uma família que acabou de enterrar um ente querido, chega lá e encontra um túmulo aberto? Olha, hoje é o dia do inominável. Não tem o que falar sobre isso. Vou conceder os apartes de forma rápida. Acho que o vereador Valim foi o primeiro que pediu. Vereador Valim, por gentileza.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Vereador Marcon, parabéns pelos temas abordados. Sei a resposta, em partes. Sabe por quê, vereador Marcon? É porque a saúde não dá voto. Esse é o problema. Por que não tem subsídio para a saúde em Caxias do Sul? Tem para a Visate, Festa da Uva, a Codeca. A única coisa é que a Codeca agora, pelo que deu para entender, acho que uma das poucas secretarias... Espero não me decepcionar com o prefeito Adiló nesse quesito. Acho que conseguiu uma presidente eficaz e acho que vai minimizar os problemas. Mas então, vereador Marcon, é lamentável. A saúde em Caxias do Sul é um regresso. Eu nunca vi na história uma saúde tão debilitada, caótica. Estado... Olha, não existe explicação. Entendo o seu desabafo, vereador Marcon. Horrível a saúde em Caxias do Sul. Estamos no fundo do poço, nem luz eu já não estou mais enxergando. Muito obrigado.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Obrigado, vereador Valim. Vereador Cadore, seu aparte.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Rapidamente, vereador Marcon. Sobre a saúde foi dito muito aqui. Está se investindo bastante. É um saco sem fundo em termos de investimento, em termos de problema. Mas eu concordo em algumas coisas. Eu acho que a equipe tem que ser reavaliada, a equipe que lidera aí juntamente com a secretária tem que ser reavaliada, porque algumas peças, eventualmente, podem ser mudadas. Talvez tenha a necessidade de serem mudadas, porque soluções rápidas têm que acontecer? E volto ao assunto, além dessa proposição da mudança, volto ao assunto de criar equipes técnicas para se buscar mais recursos em níveis federais. Nós vamos equacionar esse problema, porque a sociedade está gritando e realmente tem que ser ouvida. Era isso.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Obrigado, vereador Cadore. Seu aparte, vereador Bressan.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Obrigado, vereador Marcon. Mas eu vou bater em duas coisas, a questão aqui, sempre a gente fala de saúde, duas coisas, vereador Marcon: ou a cidade começa a pensar que logo ali a gente precisa dos nossos representantes lá em nível federal para que – eu trouxe a há duas semanas – os recursos que vinham no passado e que hoje não vêm, a gente tem que entender a primeira coisa é essa; segunda coisa, um consórcio das cidades que estão sendo atendidas em Caxias. Quarenta e oito municípios levam em torno de 20 a 30% do orçamento, e ninguém ajuda. Então, assim, nós temos um saco sem fundo? Sim, só que nada é resolvido, nada. A saúde está ruim? Está, mas vamos pegar as prefeituras, os municípios acima de 500 mil habitantes para ver qual que está boa. Não tem. Porque, desse jeito, vereador Marcon, nós não vamos conseguir ir a lugar nenhum. Infelizmente ou felizmente a gente espera que tenha, sim, representantes aqui da cidade em nível federal para que nós possamos mudar o pacto federativo, enfim, as emendas parlamentares, porque nós precisamos aqui é de muito mais recursos. Obrigado, vereador Marcon.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Obrigado, senhora presidente.
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VEREADOR CLOVIS XUXA (PTB): Senhora presidente e demais colegas, pessoal que nos assiste. Eu venho falar de dois grandes eventos que vão acontecer aqui no nosso distrito. Começo falando da Festa do Agricultor em Fazenda Souza. Neste mês, inicia em Fazenda Souza, uma grande Festa do Agricultor em nome da comunidade, nome aí do pessoal que está organizando. Queremos convidar todos os senhores moradores de toda cidade que venham a Fazenda Souza numa grande festa que iniciará na sexta-feira, dia 22; sábado, 23 e domingo, 24. No outro final de semana, na sexta-feira, 29; sábado, 30, e domingo 31 encerram as atividades aí da grande Festa do Agricultor de Fazenda Souza. Fazenda Souza tem uma grande quantidade de agricultor, onde eles vão se manifestar através dessa grande festa que será nesse mês agora que iniciará agora dia 22, a qual queremos convidar toda a comunidade. Todo o pessoal que queira vir a Fazenda Souza vai ser bem recebido nessa grande Festa do nosso Agricultor. Segundo evento que tem em nosso distrito é a Feira de Artesanato em Ana Rech. Dia 7 de agosto, vai iniciar uma grande Feira de Artesanato ali na Praça Pedavena de Ana Rech, numa promoção da Associação Paisagem do Tempo e também aí juntamente com a Samar, tendo o nosso presidente Márcio junto com a subprefeitura. Estão organizando uma grande Feira de Artesanato na Praça Pedavena. Tive o prazer de ser convidado em participar desses dois grandes eventos que vão acontecer em nosso distrito. Os nossos agricultores estarão em festa em Fazenda Souza e, na nossa comunidade de Ana Rech, os nossos artesãos estarão expondo na praça dia 7 de agosto. Então também queremos deixar esse grande convite para, dia 7 de agosto, comparecer em Ana Rech fazer, participar dessa grande... eu digo festa, porque será uma grande festa na praça de Ana Rech aí nessa Feira de Artesanato. Obrigado, presidente.
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VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Senhora presidente, continuando então na questão da saúde. Estava ali discutindo com o Bressan e me lembrei de falar uma coisa importante que ontem o vereador Rafael Bueno trouxe aqui na volta da Estela, vereador Lucas, que é a questão da saúde mental. O vereador Rafael Bueno trouxe o número que nós assusta, vereador Lucas, são seis mil pessoas, em Caxias do Sul, aguardando uma consulta com psicólogo e psiquiatra. E aí eu fiz uma conta, vereador Rafael, que nos acompanha, seis mil vezes cem reais, vereador Renato, que é mais ou menos quanto custa uma consulta, dá 600 mil. Será que Caxias do Sul não tem R$ 600 mil para zerar a fila? Será que não dá para nós, daqui a pouco... foi mandado o aporte para o transporte público, será que não dá para nós tirarmos 15 centavos da passagem e dar para essas pessoas não cometerem alguma bobagem daqui a pouco? Quantas vidas a gente pode salvar? Esse assunto, eu digo para vocês, eu domino na questão psiquiatra porque a minha mãe passou muito durante a vida dela se tratando com isso. Todo mundo tem um caso que conhece alguém nessa situação, vereador Fantinel. A gente sabe, é uma doença silenciosa. Não é que nem um câncer que aparece uma bola, tu vai e se trata, faz um raio X e aparece lá o problema. É silenciosa que pode ser de for, muitas vezes, de forma simples resolvida. Então às vezes quando se diz aqui que o problema é dinheiro eu concordo, vereador Bressan, que o problema é dinheiro, só que às vezes não é só dinheiro, às vezes é questão de escolha. Então a minha escolha vai ficar... sempre à frente da educação fica a saúde porque não existe nada mais desesperador do que tu estar precisando de um atendimento e tu não ter. Quando a gente fala que são seis mil pessoas esperando por uma consulta psiquiatra e que com  600 mil esse fardo dessas pessoas seria resolvido, eu acho que Caxias do Sul, município com meio milhão de habitante, não ter 600 mil para investir, para comprar consulta, do meu ponto de vista, isso daqui não é falta de dinheiro, isso aqui é falta de ter muita reunião para marcar reunião e de decidir o que realmente precisa ser decidido. Obrigado.
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VEREADORA DENISE PESSÔA (PT): Senhoras e senhores vereadores, acho que aqui foram abordados hoje vários temas, mas eu só queria retomar ainda a questão da fala que o vereador Fantinel trouxe, até para não parecer que é verdade, parece que a violência contra a mulher surgiu a pouco tempo. É importante dizer e aqui ele falava sobre os dados do feminicídio e eu tenho aqui o mapa da violência contra a mulher e o mapa que foi tratado e que inclusive gerou a Lei do Feminicídio. Vereador            Fantinel, com todo carinho e respeito que lhe tenho como colega é importante dizer que a Lei do Feminicídio ela surgiu em 2015. Então antes disso os dados são muito precários. Isso não quer dizer que a violência contra a mulher não ocorria antes. Ocorria, a gente viu casos aqui na cidade. Se nós lembrarmos um pouquinho tem a morte de uma miss que foi morta de forma brutal, inclusive o corpo foi deixado lá em Fazenda Souza. A gente tem várias situações. Então não é de hoje, não foi porque a gente está falando sobre o tema, é porque a gente fala sobre o tema que tem visibilidade e que a gente pode pensar política pública, mas a violência contra a mulher infelizmente sempre ocorreu. Antes de 2015, com a Lei do Feminicídio, a pessoa podia matar tanto... entrava na lei do homicídio. Então as pessoas ficavam presas no máximo 12 anos. Agora com a Lei do Feminicídio porque... o que é a Lei do Feminicídio?  A pessoa está sendo morta por ser mulher. E por que é diferente? Porque normalmente o homem pode sair de uma relação tranquilamente: Ah, vai se incomodar, vai ter um estresse. Mas não é a regra, é muito raro a mulher sair e matar um homem porque se separou. Mas as mulheres, quando elas saem de um relacionamento, muitas vezes elas sofrem violência, elas são agredidas, são mortas inclusive porque saíram de um relacionamento. Por quê?  Porque há uma concepção cultural de que a mulher ela é uma propriedade do homem. É tão cultural que até pouco tempo atrás a mulher para abrir um crédito tinha que pedir autorização do marido. A mulher para comprar algo, isso estou falando de legislações que reforçam questões que foram culturais do nosso Brasil. O Brasil ele foi construído com ideias patriarcais. Então é diferente de ser mulher do que ser homem. Então a gente precisa olhar para isso e entender que as pessoas... não basta ter uma lei que vai mudar o pensamento das pessoas, a gente precisa falar sobre isso. Então a violência contra a mulher ela sempre ocorreu. Ela sempre ocorreu! E da luta em defesa das mulheres surgiu a Lei Maria da Penha, surgiu a Lei do Feminicídio, surgiram delegacias da mulher. Não é à toa que a gente tem a Delegacia da Criança, a Delegacia que trata sobre violências de racismo, do idoso, é por que são típicos, são violências com características diferentes. O idoso muitas vezes sofre a violência, também como a mulher, dentro de casa. A gente sabe que os homens também morrem no Brasil, mas morrem normalmente fora de casa. As mulheres morrem dentro de casa, são mortas dentro de casa, por pessoas que deveriam protegê-las, pessoas de relacionamento muito próximo. Então são diferentes os tipos de violência. Se a mulher está de repente dormindo com o inimigo aonde ela tem paz? Se ela está dentro de casa e não tem segurança, se está nas ruas e ela não tem segurança, se nem no momento do parto ela tem segurança, então a gente precisa olhar para esse tipo de violência. Porque sim as mulheres não têm descanso. Não é fácil ser mulher no Brasil realmente. Então é por isso, eu quero lhe dizer que não é por que a gente fala da violência que a gente está criando a violência, ela já existia, ela sempre existiu infelizmente. Só que há pouco tempo atrás, a violência contra a mulher, inclusive, o assédio sexual nem era crime no Brasil. Antes dos anos 2000, não era crime! Então a gente está falando de muitas coisas ainda que a gente precisa avançar e que infelizmente, antes a gente não falava sobre isso, assim como a violência política de gênero, porque as mulheres nem ocupavam espaços políticos. Então agora, desde o ano passado, existe o termo “violência política de gênero” em leis brasileiras. Então é por que a gente fala, a gente dá visibilidade, a gente pode pensar em políticas públicas para atender e defender a vida das mulheres. Então é preciso lhe dizer que a violência sempre existiu. A gente tem mapas, dados de violência que geraram a lei inclusive. Em 2013, havia um feminicídio a cada 90 minutos no Brasil. Em 2010, foram cinco espancamentos a cada dois minutos no Brasil. Então esses dados já existiam, essas violências já existiam. Então talvez não tivesse tanta visibilidade, mas infelizmente a violência está enraizada na história do nosso país. Muito obrigada.
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VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Presidente Velocino, colegas, vários assuntos importantes tratados hoje e vários deles com um teor bem partidário inclusive, das saudades que as pessoas sentem. A comunidade de Caxias não sentiu tanta saudade, não é? O eleito foi o prefeito Adiló, e eu fico muito feliz porque ele tem trabalhado muito por isso, pela nossa comunidade; com muita dificuldade, muito diferente de vários prefeitos que já passaram por aqui quando os recursos vinham de outra forma do Governo Federal, ou vinham pelo menos do Governo Federal, e em outras situações, mas está se trabalhando bastante. Ah, saúde é um tema que a gente vai falar sempre aqui e que é muito difícil, porque nós todos acompanhamos, recebemos, sabemos de situações, de espera por exames, de dificuldade por leitos. Hoje até mais nos leitos clínicos do que dos leitos de UTI. A gente sabe de tudo isso. O que a gente não pode incorrer de forma alguma nesse erro é tentar deixar aqui nas nossas sessões a sensação ou a ideia de que não está se fazendo muito pela saúde em Caxias, e com todas as possibilidade e tentativas. Eu digo isso porque, por exemplo, não tem mais aqui agora ninguém conosco, mas ontem a vereadora Tatiane, o vereador Cadore e eu, estivemos no Círculo para entender um pouco mais de como vai ser aquele centro para os autistas, que é um projeto muito legal, uma parceria que eles estão fazendo com a prefeitura, para, aos poucos, a gente ter um espaço para esse atendimento. Imagino que a vereadora Tatiane vai falar mais sobre isso em outro momento, mas, quando nós estivemos lá, a gente teve, por exemplo, a oportunidade de ver a informação mais clara ainda sobre o termo de cooperação que foi renovado e que foi ampliado este ano justamente com esses exames que são mais difíceis, não é? Então uma cota que se tem também, e que o círculo faz essa parceria, para oferecer gratuitamente uma série de exames que a gente sabe que são difíceis que são exames mais caros. Quem tem plano de saúde, paga quanto de diferença para fazer uma ressonância, que eu faço com certa frequência, enfim. Por uma patologia, por uma doença, eu preciso fazer. E a gente sabe que ainda tem que pagar essa diferença que é altíssima. Então são exames caros, é mais difícil. Vamos falar de tabela SUS aqui de novo, não é? Mas enfim. Aí no Círculo, por exemplo, tem vários exames que a gente viu lá, endoscopia, colonoscopia, ressonâncias mesmo, que são gratuitas e precisam passar, obviamente, pelo Dacra e aí vem historicamente, já que isso não aconteceu de ontem para hoje, é algo que vem se acumulando, infelizmente, mas precisa passar por essa lista. Mas a gente está vendo movimentações importantes para tentar resolver isso. Quando o vereador Lucas falou – pena que ele não está aqui, geralmente é assim, fala e aí dá uma saidinha – mas, enfim, quando ele falou sobre a questão da agenda com a secretária de Saúde, bom, gente, assim, nós somos vereadores, mas nós não somos também... Alguém usou uma expressão esses dias, “o gás da Coca” ou alguma coisa nesse sentido. Nós não somos os únicos, não é? O trabalho do Executivo é para a comunidade. Não é só para nós, vereadores. Não é essa a função. Então se tentou marcar uma agenda com a secretária sabe para quando? Foi pedido ontem. Para hoje. Ela estava hoje disponível, às 13h30, mas hoje a equipe não podia, a bancada. Então vamos com calma entre a solicitação e a possibilidade. Que bom que ela tem direito a férias, como qualquer servidor, como qualquer trabalhador. Todos, não é? (Risos) Como praticamente todos os trabalhadores, ela precisa fazer férias e tem... (Manifestação sem o uso do microfone.) é, pensei em nós – e tem uma pessoa que vai substituir e que tem esse acompanhamento todo na secretaria, então vai poder dar todas as informações que eles precisam. E uma outra coisa só que eu queria falar sobre também a nossa responsabilidade, que é o que eu chamo muito aqui. Sim, nós precisamos efetivamente cobrar sobre essas questões. Precisamos acompanhar, precisamos sugerir, precisamos construir, mas também eu estava pensando em uma situação. Saiu uma matéria, acho que foi no site do município aqui, falando que mais de 24 mil pessoas faltaram a consultas na rede pública de saúde no primeiro semestre deste ano. Então, assim, como a gente tem vários vereadores que gostam... que se colocam muito como aqueles vereadores comunitaristas, os que têm mais contato com as suas comunidades, também façam esse outro lado assim. De repente de conversar mais de perto com as comunidades para entender o que pode estar acontecendo. Porque a gente falou das faltas nos mutirões que são realizados, uma outra ação que tem sido feita para tentar resolver, mas aí às vezes é um investimento que o retorno acaba sendo relativo pelas faltas. Então eu acho que também nós precisamos ter essa responsabilidade de conversar com as comunidades e tentar compreender. Porque eu estava lendo lá que o maior índice de faltas (Esgotado o tempo regimental.) é justamente nas consultas com especialistas. Chega a 11% dos agendamentos. Essas consultas que se esperam anos às vezes. E não é só essa questão de a gente dizer “ah, a pessoa já não mora mais aqui” ou “a pessoa faleceu”. Não é só isso. Porque aí depois vai se ver dermatologia, gastro, otorrino. Então vamos conversar com a comunidade e entender como é que cada um pode fazer o seu papel para que a gente tenha uma saúde melhor em todos os sentidos. Obrigada.
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