VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Senhora presidente, eu gostaria hoje de... Bom dia a todos os vereadores. Me solidarizar aqui, com certeza, com os administradores, proprietários, diretores da empresa Schio, de Vacaria, que infelizmente nesta tragédia – não é, vereador Felipe? –, nesta tragédia que aconteceu na empresa, uma empresa que exporta mais de 80% da sua produção, vinte e duas câmeras frias foram consumidas pelo fogo e mais de 70 mil caixas de maçã. Então a gente se solidariza aqui com os vacarienses, principalmente os que trabalham nessa empresa, todos os familiares, amigos. Tenho certeza que é um dia muito triste em Vacaria, mas com os esforços dessas pessoas, que sempre trabalharam, vão reerguer, tenho certeza absoluta que vão reerguer o quanto antes essa empresa que tanto orgulha Vacaria e os gaúchos também. Porque tenho certeza absoluta que Caxias do Sul também trabalha em função dessa empresa, também tenho certeza que muitos produtores daqui levam suas maçãs até a empresa Schio. Então neste voto, hoje, eu gostaria de me solidarizar com todas as famílias, diretores e principalmente com o proprietário, que o momento é de muita tristeza para o povo vacariense. Obrigado, senhora presidente, senhoras e senhores vereadores.
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Não houve manifestação

VEREADOR HIAGO MORANDI (PATRIOTA): Bom dia a todos; bom dia, presidente. O primeiro assunto que eu trago hoje é um assunto que está dando bastante repercussão nas mídias sociais e na mídia tradicional também, que é da igreja que foi invadida por um grupo de manifestantes, segundo a mídia, e a gente sabe que na verdade, eu, para mim, daria outro nome. Eu chamaria de marginais. Quem segue à margem da lei deveria ser denominado assim. Os manifestantes, segundo a mídia, que foram até essa igreja foram protestar sobre a morte do congolês. É um caso que estão tentando politizar mais uma vez como sempre e já é de conhecimento de todos. A velha estratégia da esquerda, onde, vereador Marcon, a gente sabe como funciona. Nos Cadernos do Cárcere, de Antonio Gramsci, onde ele fala bastante sobre isso, acabar com a revolução armada e começar a revolução cultural. Acabar com a fé e com a família, isso já é uma estratégia longa que a gente viu, vê hoje que não é uma teoria da conspiração. A gente está vendo na prática como funciona, e a esquerda é muito articulada nessa parte, a gente está vendo isso diariamente. Eu até, hoje, trouxe o vídeo para passar, e foi liderado por um vereador do PT. O vereador Renato Freitas que liderou a manifestação. Até o PT lá na Câmara fez uma nota tirando a culpa deles, dizendo que isso aí não foi articulado através deles e tal, jogou para o colo do vereador, mas ele assumiu e está gostando da mídia. Mas a gente vê a importância de nós lutarmos contra a esquerda, contra o comunismo, e o que está segurando o comunismo nos dias de hoje de avançar é isso, é a igreja, é um dos pilares principais. Então por isso a gente vai fortalecer enquanto eu estiver vivo aqui para lutar por uma sociedade melhor, por um mundo melhor e ajudar a igreja e quem estiver aliado com a gente para lutar para o comunismo não avançar. As políticas de esquerda que já fez tanto mal para esse país e faz para o mundo inteiro, então a gente vai estar lutando diariamente, representando o povo aqui na Casa e lutando contra o avanço da esquerda. Gramsci escreveu, em 1926, a importância de entrar nas instituições. O que a gente viu através da esquerda no governo do PT eles levando isso ao pé da letra, fortalecendo as instituições, entrando nas novelas, nas mídias, nos jornais, nas séries de TV, que é o que a gente vê hoje. E, do nosso lado, a gente tem só as mídias sociais quando tem, porque ultimamente a gente está sendo cerceado cada vez mais a liberdade de expressão aqui. Eu quero, se possível, já passar o vídeo. Não sei se já dá. (Procede-se à execução do vídeo.) O lado bom dessa história, o que a gente vê é que cada vez mais as pessoas, através da rede social, têm conhecido como a esquerda trabalha, graças ao nosso Whats, ao Face e outros meios. Porque se dependesse da mídia tradicional, Marcon, a gente ia estar sabendo que foi um protesto numa igreja, a gente não ia ter tanto acesso à informação como tem hoje, o que revela como a esquerda opera.
VEREADOR ELISANDRO FIUZA (REPUBLICANOS): Se possível, um aparte, vereador?
VEREADOR HIAGO MORANDI (PATRIOTA): Na sequência, vereador. E, hoje, dá orgulho de ver o vendedor de espetinho, a pessoa que trabalha... o caminhoneiro, a pessoa que trabalha de caixa de supermercado, todo mundo está a par dessas coisas que vêm acontecendo. Então está chegando em toda a população de bem, e isso tu já falaste aqui, vereador Marcon, o quanto a esquerda vem encolhendo. E isso é o natural, vai acontecer cada vez mais, e a gente vai lutar cada vez mais com garra, com empenho para mostrar como eles fazem, fazendo um trabalho de formiguinha, levando informação adiante para, no futuro, a gente deixar um país melhor, um mundo melhor para os nossos filhos. Aparte, vereador Fiuza.
VEREADOR ELISANDRO FIUZA (REPUBLICANOS): Obrigado, vereador.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Permite um aparte, vereador?
VEREADOR HIAGO MORANDI (PATRIOTA): Na sequência.
VEREADOR ELISANDRO FIUZA (REPUBLICANOS): Primeiramente, parabenizar por o senhor ter tido oportunidade de assumir como vereador. Na verdade, é uma fala que eu não gostaria muito de fazer, mas é necessária. Nós, como todos vocês sabem aqui, a gente respeita a religiosidade de cada um, a fé de cada um, a posição de cada um, mas é como eu já falei em algumas falas, o extremo tanto da esquerda quanto da direita, quando ele acontece, acontece esse tipo de incoerência. A que ponto chega o ser humano que tem um pensamento extremista de ódio, de desrespeito a ponto de invadir um local privado e fazer um tendel como foi feito. Então esse tipo de coisa não pode ocorrer. E eu quero ressaltar falando e fazendo com que nós possamos entender o que diz o artigo 6º da Constituição: é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos – independente de quais sejam eles – e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias. E o Código Penal diz: ultraje ao culto, impedimento e perturbação de ato é relativo, no artigo 208, Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso: Pena - detenção, de 1 (um) mês a 1 (um) ano, ou multa. Parágrafo único: se há emprego de violência, pena aumentada em um terço sem prejuízo da correspondente a violência.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Um aparte, vereador Hiago?
VEREADOR ELISANDRO FIUZA (REPUBLICANOS): Quer dizer, são situações que, infelizmente, têm acontecido na nossa sociedade pelos extremos. Vejam a que ponto as pessoas tomam os seus atos, as suas atitudes totalmente desrespeitosas impedindo que verdadeiramente as pessoas tenham a sua opinião. Todos são livres para ter a sua religião, para ter o seu pensamento ideológico político, mas todas as pessoas precisam respeitar. O momento que a pessoa não respeita a situação privada do outro, a que ponto vai chegar a sociedade? Parabéns, vereador, pela explanação.
VEREADOR HIAGO MORANDI (PATRIOTA): Obrigado. Marcon.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Vereador Hiago, um assunto bastante pertinente que, como o senhor falou, repercutiu muito na mídia, mas a gente não se surpreende. A gente acabou de ver aqui um ato de um babaca, um covarde, porque normalmente é assim que eles agem, nas sombras, apoiados com outros ditos manifestantes. Vem aqui, dá o showzinho e sai correndo, nem homem para ficar aqui e gritar “bandido livre”; é isso que ele gritou, não é, “bandido livre”? Então, normalmente, é esse tipo de postura que a gente vê da esquerda muitas vezes. Eu sou católico apostólico romano praticante, vereador Hiago. Eu vou à missa todo domingo. Gostaria que uma comuna dessas aí invadisse a minha igreja, eu acho que eu não ia ter a paciência que tiveram lá. Primeiro, que é uma propriedade privada. A gente não tem que invadir propriedade privada. Quem invade propriedade privada sem ser convidado é bandido. Esse é o primeiro ponto. O segundo ponto se trata de um representante do povo, que é mais grave ainda, porque a gente tem que ter postura no que a gente faz na nossa vida. Terceiro, não me surpreende, porque, normalmente, às vezes, eles dão uma maquiada e é nisso mesmo que eles acreditam: na destruição da igreja, como tu falou, na destruição da família, na destruição dos valores ocidentais, porque para a esquerda, Deus é o estado, Deus é o estado. Isso está em todos os livros. A gente tem uma vereadora aqui, que hoje infelizmente não está, que diz defender Lenin, um dos maiores ídolos dela é Lenin. Lenin defende exatamente a destruição da família, a destruição da igreja; está nos livros, é histórico. Não adianta a gente inventar que não. Como católico, foi dito lá pelo vereadorzinho, que, aliás, estou aguardando uma nota de repúdio do PT, que até agora não veio, foi dito que todo católico é racista e não sei o quê. A mesma coisa que eu sofri aqui por nada, me acusaram por nada.
VEREADOR HIAGO MORANDI (PATRIOTA): Uma Declaração.
PRESIDENTA DENISE PESSÔA (PT): Segue em Declaração de Líder o vereador Hiago.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (NOVO): Me acusaram de racista, que esta Casa passou a mão na vereadora que fez isso. Esta Casa passou a mão na vereadora e disse: “Não, ela não cometeu crime nenhum. Pode inocentar”. Conforme a gente vai acrescentando esse tipo de coisa e não tomando atos sérios contra isso, amanhã ou depois ela vai me chamar de novo e ela sabe que não tem problema, não é. Então, assim a gente vai seguindo. Quero dizer que... Aliás, esta Casa teve um vereador negro, o Edson da Rosa, também católico. Eu o conheci na igreja católica porque meus pais participavam do mesmo grupo de Emaús. Então, dizer que gente que é católica é racista; bom, se o vereador Edson da Rosa, ex-vereador, é racista eu não sei onde nós vamos parar. Então esses discursinhos baixos, essa invasão de igreja, que é um templo sagrado para quem é cristão, acho que deveria ser muito repudiado. Tempos atrás, dois ou três meses atrás, o vereador Lucas trouxe de forma correta aqui uma crítica a um áudio que correu aqui na cidade sobre a discriminação sobre, se não me engano, a questão de umbanda, enfim, que todos os vereadores concordaram. Então, eu espero que a crítica seja feita da mesma forma ao colega de partido. Obrigado, vereador Hiago.
VEREADOR HIAGO MORANDI (PATRIOTA): Muito Obrigado.
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Obrigado, vereador Hiago. Acho que o senhor traz um tema que é... e que refleti um dos problemas que a gente tem na sociedade brasileira, que é a intolerância religiosa. Nós aqui temos uma frente, Frente Parlamentar de Combate as Intolerâncias que foi aprovada por todos os vereadores e temos tratado deste assunto. A gente trouxe... Conversei já com o bispo Dom Gislon aqui de Caxias, bispo da Igreja Anglicana, pastor da Igreja Luterana, enfim, várias designações religiosas e a gente percebe, por exemplo, como as religiões de matriz africana, no Brasil, são atacadas cotidianamente, terreiros de candomblé, de umbanda, de batuque que tem a sua fé, o seu espaço atacado. Então isso é um problema e até lhe convido, mesmo depois que o senhor sair da vereança aqui, mas que o senhor possa participar e a gente possa estar tratando desse assunto. Eu tive uma formação católica, venho das pastorais sociais, das FEBs, da pastoral afro, da pastoral da criança e acho que o Papa Francisco hoje é uma liderança muito importante que fala por demais no respeito, a compreensão, enfim, eu me referencio, apesar de não ter um cotidiano católico hoje, mas respeito, participo e acho que é fundamental que haja uma relação de respeito a qualquer tipo de crença. Por fim, ainda vereador, este tema da intolerância que o senhor cita é fundamental a gente trazer para esta Casa Legislativa o que aconteceu no Rio de Janeiro com o Moïse, o congolês, que foi também um caso de intolerância, um homem negro que morreu de forma vil e torpe e é nesse sentido que me manifesto, de que a gente possa se levantar contra qualquer ato de intolerância ou de violência contra qualquer pessoa. Obrigado.
VEREADOR HIAGO MORANDI (PATRIOTA): Obrigado, vereador. Mais alguém? Só continuando o tempo para falar de outro assunto que é o uso do crack na cidade que está bastante complexo e a gente vê milhões sendo destinados para algumas instituições. Então a gente espera que essas instituições resolvam o problema porque quando problema está demais todo mundo empurra para a polícia, a culpa é da polícia. Começa a cobrança em cima da polícia militar, começa a cobrança em cima da guarda municipal. Só que quando eles fazem o serviço deles também ou utilizam o uso progressivo da força o pessoal acha ruim, gera polêmica e bate na polícia. Então a gente quer que seja solucionado, mas não tem solução. Até a gente vai colocar à disposição o gabinete para estar listando para a FAS alguns pontos da cidade onde tem bastante moradores de rua, alguns merecem auxílio e querem sair dessa vida e a maioria que está na sinaleira é o pessoal que rouba celular em parada de ônibus, vagabundo, marginal mesmo e que ninguém tem coragem de expor isso aí ou falar. O pessoal tem que pagar hidrômetro que eles roubam para trocar por crack e aí a gente paga isso aí através dos impostos, mantém as instituições que eram para resolver o problema e não resolvem e se caso ele for preso a gente vai estar sustentando o vagabundo na cadeia. Então isso aí tem que acabar de uma vez, o quanto antes, porque a população não aguenta mais. A gente recebe na nossa página muita mensagem de pessoas fazendo uso do crack em situações... até em locais movimentados em Caxias do Sul, em alguns pontos. Vereador Marcon, recebi umas três ontem e está bem complicado, até o Bortola faz um trabalho bom nessa área, a gente vai ter uma reunião nos próximos dias com a guarda municipal, salvo engano, para ver o que dá para fazer por causa desses furtos que vem ocorrendo no centro porque está bem complicado, a gente espera que diminua isso e alguém traga uma solução porque não dá mais e coagindo as pessoas nas sinaleiras pedindo moeda, pedindo dinheiro, enchendo o saco de quem tem que sustentar eles e todo o sistema. Paga imposto para não se estressar com isso, mas tem que estar dando dinheiro em sinaleira ou entrada de supermercado para não ter o carro riscado, sendo coagido por essas pessoas. Então espero que o poder público dê uma atenção nesse caso. Só comentar sobre uma ação que acorreu ontem.
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Gostaria de um aparte, vereador.
VEREADOR HIAGO MORANDI (PATRIOTA): Na sequência. Só elogiar uma ação de alguns policiais militares que fizeram na zona norte... até essa semana estava conversando com um caveira do Bope do Rio de Janeiro e fui elogiar o Bope e ele falou que ele elogiou a brigada militar, ele falou: Cara, uma das melhores polícias do país é a brigada militar. Que o boné branco, a brigada militar, entra em qualquer lugar no Rio Grande do Sul. Então ele elogiou. Então a brigada é conhecida por essa bravura, por ações, enfrentamento ao crime e também por ações boas como a de ontem, onde envolveu alguns soldados. O soldado Pedro, o Silva Peres, o Lira, o Krindges, Robson Letiere, o dos Santos, a soldada Isis e o soldado Henrique, na zona norte, onde fizeram a entrega de brinquedos para crianças carentes lá. Foi o último dia de serviço deles ali, onde estavam com uma patrulha dando muito resultado positivo para a cidade, fazendo muitas apreensões, que é assim que a gente quer ver a polícia militar atuando. E, além disso, além do enfrentamento ao crime, vem utilizando o tempo também para fazer boas ações e fazer um policiamento comunitário se aproximando do cidadão de bem. Essa é a polícia que a gente espera, que traga resultado efetivo. Então vai o meu elogio e por hoje seria isso. Vereadora, de imediato.
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Obrigada, vereador. Eu queria colocar um pouco essa questão da violência da cidade e do problema das sinaleiras que foi colocado aqui. Apenas para reforçar, há poucos minutos, nós ouvimos os conselheiros tutelares de duas regiões da cidade, sul e norte, e se vê que realmente o poder público tem muito a fazer ainda nessa questão, tanto da violência, como da situação dos menores, das crianças, dos adolescentes. Porque esses adultos, vereadores, passaram por uma infância nem sempre muito tranquila como a maioria de nós aqui. Os próprios conselheiros colocaram, e isso é um fato, Caxias está há mais de ano necessitando de mais conselheiros tutelares. Nós temos habitantes para ter cinco Conselhos, e nós temos dois. Eu, como professora e também como advogada, eu sinto muito a falta, não só dos conselhos tutelares, mas, como eles mesmos colocaram, a necessidade da ampliação da rede de assistência. Então nós não podemos achar que as pessoas se tornam moradores de rua ou usuários de crack por uma simples opção pessoal e individual de cada um e de cada uma – não é? Isso é todo um sistema que a nossa sociedade precisa resolver, porque não adianta depois... Eu lembro há alguns meses com a morte daquela moradora de rua, a Viviane, todo mundo foi para as redes sociais falar que a nossa cidade falhou, uma série de problemas. Depois que a pessoa morre, se reconhece o erro e fica por isso. Passam dois, três dias e a notícia vira velha. Então acho importante levantar essa questão, mas colocar que ela é responsabilidade nossa sim, da sociedade como um todo e do poder público, resolver essas questões, porque senão todos nós estaremos condicionados a essa questão de violência urbana que qualquer cidade grande, infelizmente, hoje está sujeita, mas que o poder público tem todo o dever de ajudar a colaborar com isso. Desde o início, desde a primeira infância essa rede de proteção é necessária. Muito obrigada.
VEREADOR HIAGO MORANDI (PATRIOTA): Muito obrigado, vereadora. Só isso, presidente. Muito obrigado.
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VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): (Manifestação sem o uso do microfone) Presidenta, bom dia. Que bacana que nós tivemos o Conselho Tutelar agora, vereadora Rose, falando no início da sessão. Nós temos tantos problemas na nossa cidade, como disse o vereador Uez esses dias, eu sou vereador de Caxias, não sou vereador de Guaporé, de Bento. Então a gente olha para a nossa cidade, a gente vê tantos problemas e as pessoas se encarnam com uma cesta de vime. Mas vamos falar dos coitados dos agricultores que não têm água para molhar a sua produção; os animais não têm água para tomar no interior de Caxias – não é lá na fronteira. Estou falando aqui de Caxias. Esses dias eu fui visitar a presidenta Denise... Presidenta, acho que tu manipulou a tua sala, a tua sala é a número 13. Acho que tu mandou trocar a porta, foi coincidência do destino. Então são coisas que as pessoas ficam... Vão pensar nas pessoas que estão empobrecendo a cada dia. Eu não falo em religião... Vereador Marcon, eu sou católico também, vou quase todos os domingos à missa, faço leituras, minha família toda faz. Agora, a gente não pode – e a gente também tem que falar – dizer: “Ai, porque a esquerda, porque o PT, o PCdoB, pensam, querem acabar com a igreja”. Olha, eu nunca vi vereadora mais papa-hóstia que a vereadora Denise. Tinha até o Padre Roque que apoiava ela, que foi deputado estadual. O vereador Lucas foi seminarista, hoje bate cabeça em centro de umbanda, mas foi seminarista e continua falando com os padres, com os pais de santo, com os pastores. Respeita todas as religiões. Hoje teve o Conselho Tutelar aqui, vereador Dambrós. Caxias do Sul é uma cidade – o senhor sabe, vereador Fiuza, porque o senhor já levantou este tema –, uma das cidades que tem mais crianças vítimas de abuso sexual, a nossa cidade, do Estado do Rio Grande do Sul. E o que é feito? Quantas pessoas são presas? Esses abusadores – padrasto, vizinho, talvez o pai, o avô, o professor –, e nada é feito. “Ah, daí os caras invadiram a igreja.” Sou totalmente contra isso também. Mas eu também posso falar do papa, que tem meu total desprezo esse papa, o Bento XVI, passado. Ontem foi divulgada uma nota que agora ele está esperando o juízo final, agora ele quer morrer. Sabe por que ele quer morrer? Esse sim, vereador Marcon, é um canalha. Esse papa é um canalha, porque ele sabia, quando ele foi arcebispo de Munique, na Alemanha, ele sabia de padres abusadores, de quatro casos, e acobertou os abusadores, continuaram na igreja. Quantas pessoas foram abusadas para esses padres, e ele acobertou? Mas foi papa. Imagina quantas pessoas sofreram na mão desses padres e continuaram sendo abusadas? Talvez futuros abusadores, porque pesquisas comprovam também isso, que pessoas que foram abusadas possivelmente repetirão o ciclo. Aí está aqui: Bento XVI pede perdão por abusos e erros de clero e diz que está pronto para enfrentar o juízo final. Imagina essas pessoas que sofreram e estão sofrendo sua vida inteira consequências psicológicas de padres abusadores, lá de Munique, que ele acobertou. Quatro casos de pedofilia na Alemanha mais de vinte anos antes de se tornar o líder da igreja católica. Os abusos aconteceram quando Bento XVI ainda era arcebispo de Munique, e o documento diz que padres pedófilos continuaram na Igreja e Ratzinger não impôs nenhuma restrição explícita às atividades deles nem iniciou qualquer processo interno de investigação. O relatório também afirma que Ratzinger não teve interesse em falar com as vítimas ou cuidar delas e o máximo que fez foi transferir um dos pedófilos, mas o padre abusador continuou trabalhando na pastoral, com visitas a pessoas da comunidade. Só botar no Google. Agora o papa diz, o ex-papa, que espera a morte para o juízo final. Se Deus existe mesmo, e eu acredito que ele existe, tomara que esse vá para outro lugar e não para o céu. E aí a gente tem que falar aqui também, vereador Fiuza, de pastores, de pais de santo, de todas as religiões que usam da fé, de espíritas, de alguns poucos que utilizam da fé e abusam sexualmente de crianças e nada é feito. Por quê? Porque não tem na base o conselho tutelar, não tem guarda municipal, não tem polícias que conseguem prender essas pessoas, não tem a justiça. A menina Naiara, que foi um caso no Brasil inteiro, todo mundo falou, mas talvez ao lado da nossa porta... E o pior de tudo: as pessoas sabem e não denunciam. Se denunciam, o conselho tutelar não consegue ter perna, porque tem pouca estrutura. Esses assuntos a gente tem que debater, vereadora Denise. Sabe? “Ah, a esquerda, vocês, o PT, o PCdoB querem acabar com a família, com a fé.” Mas volto a dizer: a senhora é uma papa-hóstia, com todo o respeito. E eu conheço a maioria... Eu não conheço até hoje, não conheci e não tenho conhecimento de padres que são desse perfil. Conheço padres. Tem o padre Mateus, da minha comunidade, que é um baita cara, uma pessoa que vai visitar as casas, um gente boa. O nosso papa Francisco, que é uma pessoa exemplo, que é uma pessoa do bem, uma pessoa que janta e almoça com os padres, com as pessoas pobres, renunciou todo o luxo, a luxúria. Mas a gente tem que debater também essas coisas, vereadora Rose, só mostra uma coisa e o outro lado não mostra. Seu aparte.
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Eu só ia complementar, te dar os parabéns, vereador Rafael, porque eu acho bem importante. Eu acho que qualquer generalização é complicada, então não dá para falar: “A esquerda toda é baderneira” ou isso... Eu acho difícil. Eu também condeno esse tipo de atitude porque, independente de qualquer espaço, ele deve ser respeitado, qualquer culto, qualquer... Mas também, acho que o vereador Hiago deve se indignar também com a questão da morte que foi feita brutalmente com uma pessoa lá no Rio de Janeiro, até mais do que... Eu acho que choca mais do que essa invasão na igreja. Mas eu queria complementar que essa questão dos abusadores, nós como professoras muitas vezes – se tivermos a sensibilidade, algumas têm, outras não –, as próprias direções, de perceber alunos e alunas que passam por essa situação dentro de casa. Muitas vezes, já aconteceu isso comigo, de levar até o último grau, a ponto de a pessoa ser presa e da família ser levada para a Casa Viva Rachel, há muitos anos, e, no fim, sobrou perseguição para mim. Eu estava sendo ameaçada naquela comunidade por algumas pessoas ligadas ao abusador. Então muitas pessoas da própria comunidade escolar acabam não assumindo esse papel porque se sentem inseguras. A gente não tem proteção a quem é testemunha. Então é toda uma rede muito grave que falta na nossa cidade. Como mesmo os conselheiros falaram, nós precisamos ampliar essa rede de assistência para que esses abusadores não sejam crianças que daqui a pouco não têm futuro algum, ou pelo menos acham que não têm futuro algum, e acabam se jogando no crack, na marginalidade, ou, muitas vezes, se suicidando. Porque tem suicídio de crianças de 10, 11, 12 anos, relatados por casos de abusos dentro da família. Então essas coisas são graves e em Caxias do Sul. Posso citar casos de escolas que tiveram isso, de certa forma, não divulgado, porque suicídio é uma coisa que não se divulga, ainda mais de criança, mas que já aconteceu por essas questões. Então é muito grave, é muito relevante esse assunto. Agradeço por ter trazido nesta Casa.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Obrigado, vereadora. Esse seu relato é fiel ao dia a dia da nossa cidade. Volto a dizer, não é de municípios vizinhos, nós estamos falando de Caxias. É uma rede que tenta funcionar, mas não consegue. Também conheço relatos similares ao da senhora que os professores sabem e acabam não indo adiante por medo de perseguição porque a rede não funciona. Então nós precisamos estruturar melhor. Esses assuntos, a gente deveria debater aqui. Eu acho que são essas pautas. A gente está confabulando coisas, perdendo um tempo necessário e aí não se fala no fortalecimento da rede. É culpa do Adiló? Não, não é culpa do Adiló. É culpa do Cassina? Não, não é. Não é culpa do Alceu. Não é culpa... São coisas que não são vistas por governos, mas a gente tem que discutir, o fortalecimento da Rede de Proteção da Criança e do Adolescente. Depois não adianta botar nome de criança que morreu em ruas, fazer monumentos de criança. Se um bispo que foi, que era arcebispo, depois virou papa, sabia e não fez nada. Se a gente não tiver uma rede fortalecida em nossa cidade. O que nós teremos aí no futuro? É o relato que a profe falou aqui, a vereadora Rose. (Esgotado o tempo regimental.) Vou pedir uma Declaração de Líder.
PRESIDENTA DENISE PESSÔA (PT): Uma Declaração de Líder à bancada do PDT.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Futuros suicidas, usuários de droga, pessoas que cometerão as mesmas violências que foram acometidas. Então nós temos que discutir nesse espaço aqui esse fortalecimento dessa rede, o Conselho Tutelar falando nisso. Seu aparte, vereador Fiuza.
VEREADOR ELISANDRO FIUZA (REPUBLICANOS): Obrigado, vereador. Parabenizo pela fala a respeito do Conselho Tutelar. A gente sabe que é preciso, não políticas públicas, mas políticas de estado, para que realmente haja garantias, vereadora Rose, dos direitos das nossas crianças e adolescentes. Mas uma coisa, vereador, não justifica outra. Cada ser humano deve responder pelos seus atos – seja bispo, seja pastor, seja padre... Entendeu? Uma coisa não justifica outra. A situação que aconteceu com o congolês no Rio de Janeiro é injustificável, a brutalidade que aconteceu com aquela criatura... A mesma coisa também é o que aconteceu no Paraná e o que tem acontecido em todo o Brasil. A minha fala é uma e bem clara: eu sou contra os extremos. Quando tem os extremos, independente da ideologia partidária, independente de religião, independente de qualquer pensamento acontece esse tipo de incoerência, e isso faz com que a sociedade se mantenha refém de situações como essa de violência e de brutalidade. Então cada pessoa, cada ser humano tem que responder pelos seus atos, seja católico, seja espírita, seja evangélico, seja o que for, mas uma coisa não pode justificar a outra. Obrigado.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Obrigado, vereador Fiuza. Perfeita a sua análise, a gente não pode alimentar os extremos, porque quando a gente vai insuflando mais, mais ódio vai criando. Olha a cabeça, invadir uma igreja. Independente se são católicos ou não, a religião, mas invadir uma igreja, a mesma coisa que invadir um ritual de Umbanda. O pessoal budista lá tudo concentrado, invadem uns gritando. Então tem que ter o respeito pela fé. Mas agora a gente também não pode só falar parte da história e não falar a história inteira. Esse nem era o meu assunto, mas já que veio o Conselho Tutelar e falaram na sequência sobre igreja, fé, esquerda, sei lá o que, eu só dei uma pincelada. Mas eu peço à TV Câmara que mostre, por favor, umas fotos aqui que eu quero compartilhar. Isso. Primeiro, eu quero parabenizar e agradecer o trabalho que o secretário Osório tem feito na Secretaria do Meio Ambiente. Apesar da pouca falta de estrutura que tem, assumindo tarefas, por exemplo, de fiscalização, de ruas e tal, as denúncias que são feitas no Alô, Caxias, eles assumem essa tarefa também dos animais. E aqui eu quero também parabenizar o Henrique, que é o diretor da Secretaria do Meio Ambiente, um cara sensacional, o Departamento de Proteção Animal e toda a equipe. Esse cachorro estava ali no Bairro Cristo Redentor nesse final de semana. Ele estava há uma semana, mas eu não tinha visto, e aí eu fui acionado por moradores, e esse cachorro não caminhava, ele estava na chuva que deu, ele ficou na chuva tremendo com algum tipo de doença. O que eu falo para vocês? Pode voltar aqui. Apesar de a gente ter um Departamento de Proteção Animal muito bom que funciona até mesmo com todas as dificuldades, vereador Xuxa, nós não conseguimos acionar o Departamento de Proteção Animal no final de semana. Cachorros que são atropelados, cachorros que são vítimas de maus tratos, as denúncias que a gente faz ou são na sexta ou na segunda. A gente faz na sexta, eles só vão ver na segunda. Ou na segunda para eles verem durante a semana. Mas cachorros que nem esse em situação vulnerável não tem recolhimento para a clínica conveniada com a Prefeitura. As castrações também a gente não sabe a quantas andam. Nós precisamos da agilidade, porque um mês parado das castrações é um mês perdido e que crias estão sendo geradas aí nas ruas de gatos e cachorros que vão ser mortos, atropelados, vão gerar brigas entre vizinhos. Ali na minha rua, está uma situação assim, por exemplo, de um cachorro que fica ali na rua. Então eu só faço esse apelo, vereador Velocino Uez e vereadora Marisol. Eu não tenho reclamação do secretário Osório e nem do Henrique, que são pessoas fantásticas, mas nós precisamos fazer um convênio com essa clínica nos finais de semana. Quando a gente fala em animais silvestres, aves e tal somente a UCS faz esses atendimentos. E vários vereadores e a comunidade, por eu estar à frente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente me procuram, e a UCS não trabalha nos sábados e domingos. E também nos feriados, nas férias ali das aulas, o pessoal da Biologia que atende os animais na Medicina Veterinária também não fazem atendimento. Então se tu achas, por exemplo, uma coruja, que aconteceu um caso, não tem quem cuidar da coruja. Daí diz assim: “Olha, tem que dar papinha, tem que dar não sei o que lá, e deixa ela por conta.” Morreu! Então nós precisamos ter um atendimento veterinário em Caxias do Sul 24 horas durante os sete dias da semana durante todo o ano. Porque senão acontecem casos que nem esse do cachorro. Para concluir meu tempo, Daniel, eu peço, por favor, que coloque as outras fotos aqui também. Esse é um problema conhecido de muitos vereadores aqui do muro do Colégio Imigrante. Isso aqui já está praticamente... dá para fazer uma homenagem aqui na Câmara de Vereadores, já está há quase quatro anos esse problema. Já está uma mata atlântica ali, já está criando mato, já tem árvores. Nesse mesmo espaço, é a quadra do colégio e também o espaço onde os escoteiros fazem as suas atividades. Mas não somente para a escola, a gente observa que está obstruído parte do passeio público, é uma rua com bastante fluxo de veículos, de pedestres, porque tem mercado grande ali, o Andreazza próximo, e as pessoas têm que caminhar pela calçada, os idosos, deficientes. Sei que o deputado Neri já fez vídeo no Face, inclusive, acho que ainda a senhora era assessora, que ele anunciou que até março de 2021 estariam concluídas as obras. A gente não viu ainda o início das obras. Ele fez um novo chamamento agora que, no início do ano de 2022, essa obra estaria sendo feita, já teria o empenho do Governo do Estado, mas também a gente não viu nada. Em breve teremos o reinício das aulas. Se o deputado Neri continuar cobrando é de grande valia, nós precisamos que esse muro seja concluído, já que ele é próximo ao governador Eduardo Leite. Mas, já quase quatro anos que essa obra está ali e nada é feito, um simples muro. Imagina o teu quartel lá, Dambrós, de Bombeiros. Se um muro não conseguem concluir, imagina um quartel. Vocês vão ter que roçar bastante lá, fazer bastante mutirão. Então, eu faço esse apelo aqui porque os moradores ali do entorno do Bela Vista, do Cruzeiro, que são pais de alunos, professores, os escoteiros, estão me procurando e eu espero que esse problema seja resolvido. Não quero, vereadora Marisol, constranger aqui em nenhum momento o deputado Neri, porque ele fez vídeos fez coisas prometendo e a comunidade está circulando esses vídeos. Então, se a gente puder dar o início dessas obras para garantir já a sensação de que vai ser feita essa obra para comunidade, é de grande valia. Presidenta, era isso. Meu muito obrigado.
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VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Bom dia, senhora presidenta. Bom dia, nobres colegas. Vou usar a tribuna porque aí o microfone o nosso colega Xuxa pode utilizar se precisar de um aparte. Obrigado, nobre colega, Camillis. No dia 16, no meu dia, o senhor vem falar do Quero Brincar Também, uma inclusão para os adaptados para quem tem deficiência. Quero utilizar este espaço para um tema muito, muito presente nas nossas vidas que eu acho bem importante – e vem Festa da Uva –, e nós precisamos pensar juntos uma saída. Quero falar e mostrar no telão os lixões da nossa Caxias do Sul. (Explanação com auxílio de material visual.) Depois que passar as fotos, nós vamos juntos construir uma saída. Então eu quero mostrar, tem muitos lugares particulares, muitos lugares públicos. Vai passando, por favor. O trabalho da assessoria, o Robinho esteve circulando pela cidade. Então aí é na saída, no Nossa Senhora da Saúde. Vai passando. Mais. Vejam que os contêineres, claro que muitos estão sem rodas, estão quebrados, mas as pessoas estão colocando e também colocando do lado, e aí, muitas vezes, a Codeca não consegue recolher e vai acumulando. Aqui na Travessão Victor Manuel é crucial. Vai passando. Olha na Rio Branco, móveis. Anteriormente o nobre colega Rafael falou sobre cachorros, a Codeca tem um trabalho de recolhimento de cachorros também. Claro que tem um custo. A Semma paga. Está aí um cachorro. Eu quero dizer o seguinte – vai passando –, perto da represa ali, perto da nossa represa da Maestra. Vai passando. Restos de animais, restos de açougue. Na Cristiano Ramos de Oliveira tem nove lixões, que dão acesso ali na Pedreira do Guerra até o Rizzo, até o Charqueadas. Nós contamos, na semana passada, nove lixões. Vai passando. No Petrópolis, no Vila Ipê, com uma baita placa de proibido colocar o lixo. Mercados, têm mercados. Nós temos, depois eu vou falar aqui sobre a quantidade de... Essa aí na frente dos padres, na verdade na descida para o Santa Fé, isso nós já fizemos várias tentativas. Então eu tive pensando, nas minhas férias, uma saída e eu quero construir junto com os nobres colegas. Belo Horizonte vai, tem mais? A estação férrea.
VEREADOR CLOVIS XUXA (PTB): Quando for possível um aparte, vereador.
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Ali inclusive, segundo informações da Codeca, tem uma empresa que paga para a Codeca coletar, mas não dá tempo porque além do lixo dela as pessoas que circulam também deixam o lixo. Era isso. Eu quero dizer o seguinte, estou fazendo uma indicação “A Cidade é Nossa, o Lixo é Meu” e nós vamos... a primeira escola piloto que nós vamos trabalhar, dia 5 de março, num sábado, será a Tancredo Neves. Depois nós vamos entender para as outras escolas, inclusive gostaria muito que, por exemplo, o Seu Camillis, que tem uma relação boa na Arnaldo Balvê, a Marisol que é professora, a Rose, enfim, que levasse nas escolas também da sua atuação, por quê? Qual é a ideia? Conversei com a Helen e a Codeca vai ceder os pneus, nós vamos conseguir as flores com a Semma e nesses locais nós vamos fazer um mutirão de limpeza, um sábado por mês, mapeado já com o presidente do bairro, mapeado o CPM os lixões nós vamos substituir, vamos colocar pneus com terra e plantar flores. Então nós já sabemos os lixões da zona norte e aí com apoio do CPM as crianças vão cantar musiquinha, vai ter uma música que vão decorar na sala de aula. Eu solicitei também para a Helen que tenha, durante a semana do projeto, um servidor da Codeca com educação ambiental. Então vai ter uma musiquinha, eles vão cantar na sala de aula e na verdade a ideia é que o filho puxe a orelha do pai. E as escolas todas terão panfletos nos dias certos que a Codeca vai passar a recolher porque hoje é impressionante. Além da Codeca falhar, que muitas vezes não consegue, ontem, por exemplo, na região do Esplanada quatro bairros não saíram os caminhões porque estão com problemas, todos nós sabemos. Nós precisamos construir juntos. Hoje, por exemplo, não saiu o seletivo em vários bairros, nós também sabemos. Então com isso, tendo dia certo da coleta, as pessoas nos bairros, como teve também muitas alterações, não sabem os dias certos da coleta. Então o panfleto o filho vai levar para o pai: Olha, terça de noite seletivo. Então coloca o mais tarde possível na rua. Então nós precisamos envolver o OC, nós precisamos envolver todos os presidentes de bairros, agentes de saúde. Nós vamos fazer uma tentativa muito forte na região norte, nas principais três primeiras escolas, que é a Tancredo, depois no outro sábado o Rubem e depois o Angelina. Eu tenho muita impressão que com o apoio da comunidade... Por exemplo, no Vila Ipê três lixões foram eliminados.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Um aparte, Zé, se possível.
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Com o apoio da Amob firme, com carro de som, nós íamos fazendo de som na frente e aí umas 15 pessoas recolhendo: a Codeca não passa mais se vocês continuarem colocando lixo fora dos dias e acumulando os lixões. Então eu acho que “A Cidade é Nossa, o Lixo é Meu” traz a responsabilidade para cada um de nós. Os alunos têm que saber separar o lixo, precisa voltar a educação ambiental. E nós temos aqui, depois eu quero falar, vou ceder os apartes e depois eu quero falar das leis, da quantidade de fiscais que a Semma tem. Se tiver que pagar hora extra para os onze fiscais no sábado de noite irem multar esses caminhões que estão descartando, tem que fazer isso. Nós precisamos... Olha, a nossa cidade não tem mais condições. Então, o primeiro que pediu aparte, Clovis Xuxa, por favor.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Um aparte, vereador.
VEREADOR CLOVIS XUXA (PTB): Obrigado, Zé Dambrós. Quando eu assumi como vereador, eu trouxe essa preocupação para a Câmara de Vereadores de nós eliminarmos os lixões em torno de nossa cidade. Eu solicitei junto ao poder público um mutirão envolvendo Codeca, Samae, Semma e até a Secretária de Obras para nos ajudar, e eu tinha convicção de que os lixões iam acabar. E eu tive uma decepção que nós estávamos terminando de fazer uma limpeza e já tinha um carro, uma camionete descarregando novamente. E eu quis conversar com essa pessoa, essa pessoa me ignorou até, não gostou de eu tomar aquela atitude de pedir para ele, enfim. Mas esse projeto de envolver a sociedade é o melhor projeto que se pode ter. A gente envolver o CPM, envolver os pais, envolver as crianças, envolver toda a comunidade, trazer junto para que eles possam ajudar nesse processo desses lixões é muito importante, muito importante. O senhor está no caminho certo, e conte comigo que estarei junto com o senhor ajudando nesse projeto onde vamos envolver a comunidade. Ontem, eu falei sobre pavimentação comunitária e fui um pouco criticado pela pavimentação, pela maneira que eu me expressei. Mas se o prefeito municipal chamar a comunidade para participar das pavimentações comunitárias, tenho certeza que o povo vem e vai ajudar. Obrigado, Zé.
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Uma Declaração de Líder. (Esgotado o tempo regimental.)
PRESIDENTA DENISE PESSÔA (PT): Segue o vereador Zé Dambrós, em Declaração de Líder à bancada do PSB.
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): É muito importante a sua fala, até porque o Protásio Alves tem mais de 900 alunos e, com certeza, não precisa levar nome de vereador “A” ou “B”. O mais importante é nós diminuirmos essa quantidade de lixões. O próximo que pediu foi o Rafael Bueno? Depois o Cadore.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Vereador Dambrós, essa questão que o senhor levantou é um tema recorrente aqui no Legislativo. Mas 70% das fotos que o senhor mostrou aqui – e aí eu não quero que distorçam a minha fala, o vereador Fantinel fez uma fala que até tem parte de razão nela que sofreu um monte de críticas e tal – mas o povo é porco. Porque jogam o lixo no chão tendo a lixeira do lado. O vereador Marcon trouxe as lixeiras aqui dos Macaquinhos, aí tem razão. Não tem como jogar, porque está furada a lixeira. Daí como tu vais ensinar a criança a jogar o lixo na lixeira se não tem a lixeira, se está furada embaixo? Agora, em locais irregulares, vereador... Que nem, por exemplo, quem jogou esses lixos aí que o senhor está mostrando, de copos, de...
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Multa. Tem que ter multa.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Tem que multar. Tem que identificar quais são as pessoas que fazem esse tipo de lixo. Ali, no antigo frigorífico Peteffi, jogam lixo com frequência, e são sempre os mesmos tipos de resíduos. Porque não identificam quem faz esse descarte e não multam? Tem que começar a multar. Primeiro, cadê a equipe de fiscalização de lixo irregular? Se não tem, tem que montar. A equipe de educação ambiental que tinha até tempos atrás. Sei que a secretária Sandra fez uma reunião com a Comissão de Educação, pedi a presença da Comissão de Meio Ambiente junto, mas precisamos levar às crianças, vereador, essa equipe nas escolas, e as crainaças conhecerem os aterros de Caxias. Oitenta por cento dos vereadores aqui não tiveram na escola aula, o senhor não teve aula de reciclar lixo; eu já tive. Eu ensinei minha mãe, ensinei meu avô. Nós precisamos disso nas salas de aula, senão esse ciclo vai se repetir, vereador. E outro problema, só para concluir, o que acontece, por exemplo, aqui no meu bairro, no Cristo Redentor, nós temos o sistema de container, então, nós pagamos mais cara a taxa de lixo, passam todos os dias, de segunda a sábado, seletivo e orgânico. Outros bairros, por exemplo, o bairro vizinho, o Bela Vista e o Cruzeiro não passa todos os dias. Passam três vezes por semana, três ou quatro vezes. Algumas pessoas de condomínios saem desses bairros e descarregam seus resíduos, seus lixos seletivo e orgânico nas lixeiras, nos containers. Sabe o que acontece? Superlota. Aí sábado e domingo, quem mora nos bairros onde tem containers, ficam os lixos todos esparramados. Então a gente tem que cuidar o que a fala – não estou falando do senhor – porque às vezes a gente culpa demais a Codeca, e é irresponsabilidade também da nossa parte. Obrigado, vereador.
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Por favor, nobre colega Marcon.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Vereador Zé, primeiro lhe parabenizar pelo tema. Eu acho que a gente tem que sempre pensar em plantar uma sementinha. Como o vereador Rafael falou, eu me lembro que eu tive a educação de separar o lixo na escola. Lá em casa, quem introduziu isso foi eu, quando era criança. Então, o que acontece? Ano passado, o vereador Scalco trouxe aqui uma indicação, enfim, para a prefeitura colocar aquelas máquinas de reciclagem para as crianças, para trocar por material, por brindezinho, enfim, que incentive, que eduque as crianças. O prefeito ficou de, no próximo ano, ver isso. Não sei se tu lembra, vereador Cadore? Então eu acho que também é uma alternativa que a gente pode ter, vereador Zé. Porque daí nós educando as crianças; daqui 20 anos, não vai ter vereador mostrando essas fotos absurdas que o senhor está mostrando.
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Um aparte, vereador .
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Porque as crianças vão ter consciência do que é colocar lixo no chão ou fazer esse tipo de coisa. Hoje em dia a gente tem, infelizmente... Eu vejo às vezes na minha loja, Zé, às vezes a gente tem umas balinhas lá, eu já vi crianças de oito, 10 anos, pegar, abrir a bala e botar no chão. Sabe? Então assim, passa um pouco pela educação também. Não existe uma força pública que resolva 200 mil pessoas em Caxias do Sul, vamos lá que não são todas, mas vamos botar 200 mil, que sejam 50 mil pessoas passando no centro e jogando papel de bala no chão. Às vezes a gente vê lata, garrafa plástica. É uma coisa que não faz sentido. Então eu acho que passa muito pela educação, senão a gente vai continuar enxugando gelo. Parabéns pela sua ação no colégio. Eu acho bastante... Nossa! Parabéns. Vai certamente educar essas criança. Obrigado.
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Obrigado. A escola Tancredo Neves é referência em tudo, inclusive na pintura dos muros. Então vai ser bem interessante começarmos lá, com o CPM ativo, com a Amob. Já tem mapeados seis lixões da volta, no Alto Maestra, na cabeceira do Canyon. Já tem, a comunidade já sabe. Com isso, tenho certeza que nós vamos colocar pneus e flores. E aí, em casa, sabendo o dia certo que vai passar o caminhão, nós vamos conseguir melhorar muito. O próximo que pediu foi o Felipe ou o Cadore? Cadore. Depois o Felipe, então. A Marissol também.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Vereador Zé Dambrós, é um assunto recorrente, é um assunto importantíssimo. O senhor definiu bem, acho que é uma forma de chamar a atenção. Esse lixo é meu, a cidade é nossa.
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): A cidade é nossa, o lixo é meu. Se a natureza chora, o culpado sou eu.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Então, eu sou da ideia, e todos nós sabemos, existe o apoio praticamente unânime aqui, que parte muito pela conscientização, pela informação. Eu dizia, no encontro que nós tivemos com o Simplás, naquele momento eles tiveram a ideia de que tivesse uma disciplina nas escolas que tratasse do meio ambiente, e nós apoiamos naquele momento, porque passa pela informação para os filhos, os filhos levam aos pais, à sociedade como um todo. Elas têm que participar sim, elas têm que se conscientizar que a Codeca apresenta dificuldades, que o Executivo apresenta dificuldades, mas está sendo recuperado, estão sendo apresentadas condições físicas melhores, mas as pessoas têm que fazer a parte delas: separar o lixo corretamente em casa e, no momento de colocar o lixo nos contêineres, que coloquem nos contêineres adequadamente. O que se viu aí, que o senhor mostrou, é um décimo, um centésimo do que ocorre em Caxias. Tem muitos lixões clandestinos que complicam a vida do meio ambiente. Então é bom chamar atenção. Precisamos, sim, envolver filhos, escola, sociedade, vereadores, poder público. O conjunto, nós juntos poderemos fazer mais. Então, parabéns pelo tema. Conta com o meu apoio como vereador.
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Felipe Gremelmaier.
VEREADOR FELIPE GREMELMAIER (MDB): Vereador Zé, eu quero te cumprir. Falei hoje, na chegada aqui à Câmara, que o senhor fez uma das principais falas no dia de ontem, aqui. Não tenho dúvida disso. Eu quero ir um pouquinho além daquilo que o senhor está propondo aqui, hoje. Nós temos, no centro da cidade de Caxias do Sul, algo que talvez nenhuma cidade tenha, que é o Mato Sartori. Em que condições está o Mato Sartori hoje? Quantas escolas visitaram o Mato Sartori para tratar da questão ambiental nos últimos anos? Eu me lembro muito do esforço que foi feito para recuperar o Mato Sartori. Quantos caminhões de lixo foram retirados antes de ser cercado o Mato Sartori e virar uma escola ambiental para que as crianças fossem até lá? O Mato Sartori, além de toda essa questão de preservação, de ensinar as crianças com relação ao lixo, ele apresenta muitas opções, inclusive opção turística durante a Festa da Uva que começará logo ali na frente. Eu acho que a gente pode ir além daquilo que o senhor está propondo. A sua ideia é fantástica e acho que lixões devem ser combatidos de forma urgente em Caxias do Sul, mas o Mato Sartori é um local de aprendizado, de formação das novas gerações, e a gente não está utilizando. Inclusive precisam de reformas lá que a gente sabe. Eu acho que é um tema que a gente pode levantar logo ali na frente, saber como é que está o Mato Sartori, porque ele não está servindo para aquilo que ele foi preparado, que é educar ambientalmente as nossas crianças. Então, vereador Dambrós, temos uma grande oportunidade dentro da cidade, no centro da cidade, de trazer as escolas para cá e fazer mostrar tudo o que o senhor quer fazer em nossas escolas. Obrigado.
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Marisol, por favor.
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Obrigada, vereador Dambrós. Eu acho importantíssimo esse tema, eu acho importantíssimo assim de ouvir de cada um, algumas coisas eu concordo plenamente, outras também discordo obviamente, mas o fato de trazer essa discussão e a gente colocar muito nas nossas mãos essa responsabilidade é importantíssimo. Eu acho que é de conhecimento de todos as dificuldades pelas quais a Codeca passa neste momento, mas por mais que ela estivesse absolutamente bem e sanada, os lixões continuarem desta forma porque é uma questão de irresponsabilidade muitas vezes das pessoas ou dos estabelecimentos, das empresas, como a gente pôde perceber em algumas situações aí. Então eu acredito que a importância da participação da comunidade, do entendimento é essencial. Qualquer ação neste sentido é muito bem vinda sempre. Eu queria só fazer uma referência, que aí também é uma defesa dos professores, Rose, Lucas, Estela, Rafael, que aqui a gente já ouviu vereadores falando, a questão da educação ambiental. A gente pode sim, em campanhas, aprimorar, mas nas escolas, eu fui profe, é algo que faz parte do nosso trabalho. Sem dúvida nenhuma, os professores fazem isso. Eu tenho que entrar em defesa dos professores, tenho certeza que sem exceção, porque é algo importantíssimo que é trabalhado, mas sim campanhas assim reforçam e são importantes. Até vou lhe dizer que nós da Escola do Legislativo, desde o ano passado, estamos tentando trabalhar em um projeto em que esse assunto também seja levado a partir daqui. Quem sabe até no Vereador Por Um Dia, junto com o Petrini, nosso vereador-presidente da Comissão de Educação.
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Obrigado. Só para finalizar o meu raciocínio então. Junto da escola também a ideia é levar um tambor para que as crianças recolham o óleo de cozinha o mês inteiro e coloquem lá e depois recebam. Já teve lá no passado isso, já teve. E eu deixo uma pergunta aqui. O que é mais barato? Pagar hora extra para os fiscais da Semma, ou pagar para a Codeca recolher? Então é um trabalho conjunto. Vamos iniciar com a Tancredo Neves, com o diretor Wagner, dia 5 de março, um mutirão com o CPM e, se Deus quiser, nós vamos amenizar grande parte dos lixões da nossa cidade. Obrigado, senhora presidente; obrigado, nobres colegas.
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VEREADORA TATIANE FRIZZO (PSDB): Bom dia a todos os colegas, a nossa presidenta, aos demais vereadores, a todos aqueles que nos acompanham através das rede sociais, do canal da TV Câmara. Bom, eu ocupo esse espaço hoje para fazer uma fala a respeito das visitas que realizei na comunidade de Forqueta na sexta-feira à tarde, onde a gente visualizou diversas demandas e daqui a pouquinho eu vou pedir para a minha assessoria colocar algumas imagens das ações que nós fizemos e nós fomos convidados, então por moradores e também pelo presidente do bairro para verificar algumas situações na comunidade de Forqueta. A primeira delas, eu acho que todos se lembram daquela situação infeliz, enfim, que acabou acontecendo onde uma criança acabou quebrando o braço em razão de um balanço que quebrou. Então nós fomos até Pracinha do Tirol verificar como estão as condições daquela pracinha e já encaminhamos um pedido de roçada e de reposição dos balanços e das estruturas que foram retiradas, e ainda não foram recolocadas, para a comunidade. Após essa visita, então, na Pracinha do Tirol, estive na Unidade Básica de Saúde de Forqueta, onde a principal demanda, vereadores, é realmente pela revitalização do espaço, uma vez que a Unidade Básica de Saúde de lá está com diversos problemas elétricos, problemas de goteiras, de infiltração, piso também está quebrado. Então nós fizemos uma vistoria, já levamos uma pessoa da Secretaria de Saúde, o Júnior Larrat, que vem fazendo um levantamento, isso é importante se dizer, de todas as 48 Unidades Básicas de Saúde do Município, para verificar como estão as condições das UBSs de Caxias do Sul, justamente para fazer uma licitação que englobe várias Unidades Básicas de Saúde. Mas Forqueta, realmente, precisa de uma atenção, é uma situação que necessita de um olhar especial. E também, a pedido de moradores, estive na escolinha de educação infantil Aurora Milesi, uma escolinha que está fechada aguardando a licitação do mobiliário para que possa ser aberta, para que possa contemplar a comunidade. Conversei com a secretária Sandra, de Educação, já para ter alguns retornos a respeito. A licitação do mobiliário já está sendo feita, ela acredita que ainda no primeiro semestre a gente consiga dar um retorno dessa situação. E também temos uma pracinha para quem é de Forqueta que tem uma pista de skate, vereadores. A gente sabe que essa pista de skate popularizou muito, especialmente após as Olimpíadas, mas ela está numa situação que necessita de revitalização, do contrário, fica realmente difícil. Vou pedir para o pessoal mostrar na tela a imagem. Porque ela, hoje, representa risco. As crianças não estão mais utilizando esse espaço de lazer em razão de ele estar comprometido, a estrutura dele está comprometida. Também fui demandada a respeito da situação da Escola José Generosi, onde a gente teve o fechamento do turno noturno. Eu já tinha uma agenda marcada com a secretária Viviane, da 4ª CRE, para quinta-feira. Nós faríamos uma agenda, então, na 4ª CRE, mas em razão de, ontem, também a vereadora Gladis ter trazido esse assunto, o vereador Wagner Petrini, em razão de termos mais pessoas, eu liguei para a secretária, porque, enfim, o espaço que ela tem é pequeno e sugeri a mudança de local para a Câmara de Vereadores. Então, amanhã, essa reunião que está sendo puxada pelo meu gabinete, por mim. Convido todos os vereadores desta Casa que queiram se fazer presentes para entender o que está acontecendo nessa situação da Escola José Generosi, no fechamento do turno noturno. Convidei também o deputado, a assessoria dele se fará presente, o deputado estadual Neri, o Carteiro, porque nós, vereadores, a gente tem mais gerência sobre o que é municipal. Quando é estadual, é importante a gente ter esse apoio, e o Neri tem sido um grande parceiro, levando sempre as demandas de Caxias do Sul para o governo do Estado, trabalhando. Então teremos a participação também da assessoria do deputado, para que nos ajude a fazer os melhores encaminhamentos. Temos uma situação que é bem antiga, todos devem recordar, com relação ao asfaltamento da Rua Luiz Franciosi Sério, que é aquela via principal onde nós temos a famosa padaria de Forqueta. Aquela rua foi utilizada durante muitos anos como desvio do pedágio entre Caxias, e Farroupilha e a situação do asfalto está bem deteriorada. Em razão disso, nosso gabinete já fez contato com o pessoal do trânsito para ver o que é possível fazer, uma revitalização, alguma coisa nesse sentido para melhorar as condições de trafegabilidade ali na região.
VEREADOR RICARDO ZANCHIN (NOVO): Declaração de Líder, senhora presidente.
VEREADORA TATIANE FRIZZO (PSDB): Também a pedido dos moradores, eu conversei com a nossa vice-prefeita, Paula Ioris, para levar o Luz, Cor e Flor, um programa extremamente bacana da Prefeitura Municipal de Caxias do Sul que faz um mutirão junto com todas as secretarias. Vai o pessoal do Trânsito, Meio Ambiente, enfim, a ideia é realmente revitalizar esses espaços e entregar para a comunidade, e a comunidade também abraçar o Luz, Cor e Flor e manter esses espaços de forma adequada.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Declaração de Líder à bancada do PTB.
VEREADORA TATIANE FRIZZO (PSDB): Então a gente... eu liguei para a nossa vice-prefeita, também fiz uma indicação para que o Luz, Cor e Flor vá para o interior, vá para a nossa comunidade de Forqueta. A gente sabe que a prioridade agora é a Festa da Uva, por isso está se trabalhando mais a região central, mas Forqueta é uma região, é uma localidade que tem em torno de 14 vinícolas que são pontos turísticos, tem o Museu da Uva, do Vinho, tem uma série de atrativos que podem fazer com que as pessoas saiam da Festa da Uva e descubram um pouco mais o nosso interior. Por isso que é tão importante a gente revitalizar, melhorar. Isso devolve a autoestima para a comunidade, é uma comunidade que se sente abandonada por outras administrações e a gente quer corrigir isso; e tenha certeza de que o Luz, Cor e Flor vai fazer uma ação muito bacana em Forqueta. Também não posso deixar de falar e agradecer ao deputado estadual Neri, o Carteiro, um grande parceiro, porque tivemos uma situação bem grave na entrada de Forqueta, na ERS-122 onde diversos buracos se abriram em razão das chuvaradas que foram intensas, e prontamente conversei com o deputado Neri, liguei também para o engenheiro do Daer, o Valdren, que me atendeu muito bem, e ele realmente explicou que a situação ali é crônica, é uma situação bem problemática, porque é necessário fazer uma drenagem. Então, tem que parar o trânsito, fazer a drenagem e depois fazer toda a recuperação daquele trecho, até fazer o tapa-buraco, como eles vêm fazendo, é uma questão... É um reparo emergencial, mas que não tem a durabilidade que deveria em razão da água estar infiltrando realmente por não ter a correta drenagem. Esses foram alguns tópicos que eu fui verificar junto à comunidade. O nosso gabinete está sempre à disposição. Reitero o convite: nessa quinta-feira, às 15 horas, aqui na Sala Geni Peteffi estaremos fazendo uma reunião para tratar desse assunto da Escola José Generosi. Fica o convite, então, para que os vereadores também participem conosco. Essas foram algumas ações: uma tarde de visitas bem interessantes, onde a gente foi verificar in loco os problemas, conversando com as pessoas, fazendo os encaminhamentos necessários, e, sem dúvida, isso também é uma parte importante do trabalho do vereador. A gente é o elo com a comunidade. Então a gente acabou fazendo todas essas... Encaminhando todas essas reivindicações. Reforçar que o gabinete desta vereadora está sempre à disposição de toda a comunidade. Entrem em contato conosco através das nossas redes sociais, também pelo nosso WhatsApp, 99103-4510, que isso também é uma parte importante do trabalho do vereador: estar sempre em contato com a comunidade. Era isso, senhora presidente. Muito obrigada.
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VEREADOR RICARDO ZANCHIN (NOVO): Bom dia, colegas. Bom dia, senhora presidente. Hoje, um pouquinho mais calmo, depois de uma sessão muito emocionante para mim ontem. O meu tema aqui é um tema bastante debatido há muito tempo: mercado público. Nós precisamos unir todas as forças: Executivo, Legislativo, empresarial. Eu não consigo admitir uma cidade do tamanho de Caxias do Sul não ter um mercado público. Esse assunto já se tornou quase que uma novela, sempre há um capítulo, há um capítulo. E a gente tem acompanhado os esforços de todas as forças, com o perdão da redundância, de Caxias do Sul, porém existem cidades em que é mais ou menos assim: eu trabalho na cidade, mas, final de semana, eu caio fora. Existe uma cidade no Rio Grande do Sul, entre outras, não vou citar aqui, em que as pessoas trabalham lá, mas, no final de semana, somem, não querem ficar naquela cidade. Nós precisamos reter os caxienses em Caxias do Sul nos finais de semana. O comércio precisa disso, os negócios precisam disso, as clínicas precisam disso. Caxias do Sul não pode ser só terra do trabalho, tem que ser a terra do lazer também. Eu tenho percebido quantas pessoas chegam no final de semana e fogem de Caxias, vão para qualquer outro lugar ter o seu lazer e nada é melhor que um mercado público onde, eu lembro muito bem, quando criança o meu pai me levava lá no mercado público, ali na Marechal com a 20, onde temos o posto de saúde, o Postão, e nós íamos lá comer um pastel, três ou quatro, sete ou oito, enfim, comíamos pastel, bastante pastel, na verdade. Eu vejo Porto Alegre, Curitiba... Quantas cidades têm mercado público. Nós aqui, nesta Casa precisamos ter uma tenacidade cada vez maior para que esse tal mercado público saia.
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Um aparte, senhor vereador.
VERADOR RICARDO ZANCHIN (NOVO): Então nós temos ideias, temos projetos, temos debates e sei que agora a ponta do iceberg está aparecendo, mas é um diferencial para Caxias do Sul.
VEREADOR CLOVIS XUXA (PTB): Se possível um aparte, vereador.
VERADOR RICARDO ZANCHIN (NOVO): Nós precisamos do mercado público. Essa foi uma das minhas bandeiras quando candidato a vereador. Eu sou economista, sou professor de Economia. O que as pessoas querem é emprego, é trabalho, renda. Muito do que eu vi aqui debatido são consequências, nós estamos trabalhando com consequências. Uma cidade, para diminuir criminalidade, para diminuir lixão, para diminuir banditismo, para reduzir moradores de rua, para reduzir pedintes precisa de renda, precisa de emprego. Essas ações todas são boas, são importantes, mas a economia manda, a economia. Nós procuramos a economia. Segundo Ayn Rand, a grande escritora da A Revolta de Atlas, a menor minoria do mundo é o indivíduo. Se nós não respeitarmos a liberdade do indivíduo não existe nenhuma liberdade de qualquer minoria. Quando nós estivermos falando de minoria a menor minoria do mundo é o indivíduo. Eu estou muito preocupado com os jovens, a retenção de jovens talentos. Os jovens estão indo embora, nós temos que reter os jovens talentos na nossa cidade. E sabe o que o jovem quer hoje? Ele não quer posse, ele quer acesso. A geração antiga dava muito valor a propriedade, a posse, a escritura. Hoje o jovem quer acesso, ele quer ter acesso a serviços, acesso ao lazer, acesso as coisas e eu vejo muitos jovens saindo da nossa cidade. Então se nós tornarmos a nossa cidade mais aprazível para ficarmos aqui sábado e domingo não só para assistir o jogo do Juventude ou do Caxias também, enfim, mas mercado público é algo que atrai, que retém. O jovem quer andar de bike, o jovem quer acesso ao wi-fi em todas as áreas. Eu tenho estudado algumas cidades, agora não tenho os dados pontuais para poder falar, assim que eu tiver os dados... Hoje as cidades têm que ser atrativas e no final de semana eu vejo muitos comerciantes preocupados porque as pessoas somem, as pessoas não ficam em Caxias do Sul no final de semana, e o mercado público é uma das primeiras situações e você, no sábado, assim como eu fazia com o meu pai, ainda de mão dada com ele, ir lá, no nosso caso comer pastel, enfim, ou comprar um peixe fresco, ou fazer a feira. Eu não consigo admitir, da minha infância até hoje, com 54 anos, eu cobro isso forte de todas as forças de Caxias do Sul, não me importa qual, que esse mercado público saia, mas não daqui 15 anos, logo, logo, porque os jovens não querem ficar em Caxias. Essa é a minha declaração, essa foi a minha bandeira durante a campanha: O mercado público precisa sair já. Nós temos que agilizar. Esta força aqui, esta Casa tem que agilizar esse processo. Seu aparte.
VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Nobre colega é muito bom ouvir um professor com conhecimento e que traz uma bandeira importantíssima numa cidade que manda para a Ceasa de Porto Alegre, São Paulo, enfim. Mas, olha, interessante que o jovem não queira mais posse e sim acessos, ter atrativos. A Maesa nós defendemos, além da ida da Semma, que já está quase finalizada a reforma, o Trânsito, a Guarda Municipal, que já tem um posto ali, e a Agricultura. A Secretaria de Agricultura ninguém sabe onde é em Caxias, o agricultor não consegue chegar à Secretaria de Agricultura. Então, mercado público na Maesa é uma maneira muito louvável, merece todo o empenho. Que tenhamos ali o mercado público na Maesa. Eu muitas vezes fui a Porto Alegre, no mercado público, para tomar um chope. Então muito interessante a sua fala, nobre colega, e conte comigo nessa luta aí porque acho interessante que tenhamos ali, além das secretarias, que vão dar uma economia de, no mínimo, 500 mil por ano, com essas secretárias, o mercado público recebendo e acolhendo os munícipes. Obrigado, Zanchin.
VEREADOR RICARDO ZANCHIN (NOVO): Mais algum aparte? Xuxa. Vereador Xuxa.
VEREADOR CLOVIS XUXA (PTB): Professor Zanchin, ontem, o senhor, com a sua explanação, me fez chorar.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Um aparte.
VEREADOR CLOVIS XUXA (PTB): E hoje o senhor traz um tema mais lindo ainda, esse tema que é atrair o nosso caxiense. Dias atrás eu subi para Gramado e eu estava indo para Gramado e olhei para trás, uma fila imensa de carros, e para frente, outra imensa de carros. Meu filho disse: “mas será que estão todos indo para Gramado?”
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Declaração de Líder, bancada do PTB, senhora presidente.
VEREADOR CLOVIS XUXA (PTB): E eu constatei que o caxiense não fica na cidade no final de semana. Ele sai, ele vai a Porto Alegre, ele vai a Gramado, ele vai para outra cidade, Cambará do Sul, Flores da Cunha. Falta lazer em nossa cidade. Ótimo tema que o senhor trouxe para a Câmara de Vereadores para nós discutirmos, buscar ampliar o lazer em nossa cidade, usar os pavilhões da Festa da Uva para outros eventos para nós atrairmos o pessoal, usarmos as praças, aqui que nós temos as áreas verdes, para nós atrairmos esse povo, usarmos nossos bares que estão aí e precisam trabalhar. Parabéns, conte comigo. Com certeza, iremos juntos defender essa bandeira, uma bandeira muito linda. Parabéns pelo tema.
VEREADOR RICARDO ZANCHIN (NOVO): Obrigado, vereador Xuxa. Vereador Marcon.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Professor, o senhor me fez ter saudade das aulas de Economia com a sua explanação sempre muito inteligente, baseada em fatos, argumentos plausíveis. Como é bom Caxias do Sul ter um vereador, infelizmente de forma transitória, mas espero em um futuro próximo de forma permanente aqui, trazendo temas tão relevantes e baseados em fatos. Uma coisa que é importante dizer, que realmente não faz sentido Caxias do Sul, uma cidade de meio milhão, com uma região aqui de um milhão, não ter um mercado público. Mas é bom que ele seja de administração privada, professor. Porque o senhor sabe, se a gente não consegue, como o vereador Rafael Bueno falou, arrumar um murinho ali, imagine administrar um mercado público. Então que seja concedido para a iniciativa privada o quanto antes... (Esgotado o tempo regimental) e que a gente possa ter essa geração de renda e emprego que o senhor falou. Obrigado.
VEREADOR RICARDO ZANCHIN (NOVO): Minha conclusão é acelerar o estudo de viabilidade econômica. Números provam, o resto trova, seja no balanço, seja na balança. Não esqueçam disso: números provam, o resto trova, seja no balanço, seja na balança. Vai pesar na balança para ver, ela não nega. Vai olhar um balanço de uma empresa, não nega, está lá: ativo, passivo, demonstrativo. Esse estudo de viabilidade econômica precisa sair logo para que a gente possa dar um retorno a nossa sociedade. Como o vereador Xuxa falou, as pessoas somem de Caxias do Sul no final de semana. Vão para todos esses lugares que ele falou, entre tantos outros, mas não ficam em Caxias e o comércio sofre, o vendedor sofre, a livraria sofre. Eles ficam só olhando os carros saindo. Quantas cidades são só para trabalhar? Só trabalhar?
PRESIDENTE TATIANE FRIZZO (PSDB): Para concluir, vereador.
VEREADOR RICARDO ZANCHIN (NOVO): E o lazer? Ou vão ver o pôr-do-sol lá na capital? Pensem nisso.
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VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Vamos lá. Bom dia, senhora presidente, bom dia, senhores vereadores. Bom, pessoal, hoje eu subo nesta tribuna para colocar três, quatro itens aqui que eu acho de extrema importância, mas uma das pautas, eu nem pedi aparte para o professor Zanchin, porque já estava até terminando ali, mas já pego o gancho, professor, o que o senhor falou estava até escrita uma parte aqui no meu papel, que eu sou uma pessoa que decidi concorrer a vereador e ser vereador por esta cidade realmente para ajudar o empreendedor, que a gente sabe que está no sangue. Trabalhei por quatro anos na Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Trabalhei no Corede/Serra, em 2016, 2017, onde eu pedia uma verbazinha, uma pequena partezinha. Lutei tanto e não consegui, para fazer um simples filme, era um filmezinho. Eu não sei se ia custar R$ 50, R$ 60, R$ 20 mil. Enfim, mas lutei tanto e não consegui. E por que isso? Expliquei aqui e vou explicar novamente. No tempo que tiveram as Olimpíadas aqui, o vereador Felipe que faz parte e aí foi do handebol e daí naquele tempo era dos surdos, o mundial dos surdos, eu acho que era. Desculpe que eu não lembro porque eu não sou muito ligado a essa situação, mas eu fui contratado, porque eu tenho uma empresa de turismo, para ficar com a delegação da Dinamarca, até foi campeã. A seleção da Dinamarca foi campeã. Aí o que aconteceu? Eles queriam conhecer, mas eles querem ver para conhecer. Então a gente tem tantos atrativos aqui em Caxias do Sul, diversos atrativos aqui em Caxias do Sul, só que nós não temos como mostrar. Aí é difícil para nós que somos transportadores, que somos do Turismo, demostrar como é um parreiral, de que forma faz o vinho, como são as cantinas, enfim. Todo esse processo, se nós tivéssemos um filmezinho e praticamente 90% dos ônibus de turismo e das vans de turismo têm um telão, têm televisão. Então simplesmente fornecer esse filme para nós e nós podemos colocar para as pessoas, enquanto estão indo a Gramado, poder ver o que tem em Caxias, para pedir: “Não, eu quero ir lá também”. Então são ações simples que eu tenho certeza absoluta que vão nos ajudar muito. Temos aqui os Caminhos da Colônia. A gastronomia em Caxias do Sul é a melhor que tem, eu tenho certeza absoluta que é uma das melhores que tem no Rio Grande do Sul, e a gente acaba saindo ao redor de Caxias. A vereadora Marisol, quantas vezes eu e a vereadora Marisol conversamos que fomos até Flores, que fomos até Bento. Quantas fotos a gente vê no Facebook, nosso e da comunidade, da população caxiense, que vai logo ali, mas deixa lá R$ 300,00, R$ 400,00, é assim! Então movimenta a economia de lá onde aqui a gente teria as mesmas condições só que a gente não faz porque falta às vezes um filme, uma proposta. “Olha, vamos fazer isso daqui”. As cantinas que temos aqui. Então nós temos muita coisa em Caxias do Sul que não é explorado. O que o senhor falou parecia que, sinceramente, sem pegar essa pauta do senhor, que o senhor foi muito bem. Parabéns pelo que o senhor falou aqui, mas ontem de manhã no meu gabinete nós estávamos falando isso. Em Caxias do Sul, quando a gente quer fazer um projeto, professor Zanchin, ou quando a gente quer trazer um show, professor Zanchin, que nós estamos lá com uma arena lá em cima, que é uma das melhores que existe aqui no Rio Grande do Sul, fechada, coberta, multishows, se trouxer tu sabe o que acontece, vereador Zanchin, acontece o quê? Acontece a crítica. “Ah, mas trouxeram o show e vão gastar.” “Ah, mas vão fazer o projeto e vão gastar.” Caxias do Sul é dessa forma, tudo que se faz, o poder público tenta fazer é criticado. Então tem que parar de criticar, e as pessoas têm que parar que Caxias do Sul só serve para ganhar dinheiro. Tem que servir para o lazer, porque quando serve para o lazer tem alguma família que vive disso. Seu aparte, vereador Felipe.
VEREADOR FELIPE GREMELMAIER (MDB): Vereador Bressan, eu fico muito feliz quando as pessoas trazem o turismo para o debate. O senhor sabe o quanto eu defendo isso. O professor Zanchin foi numa linha parecida com o que eu penso, o senhor também. Vereador Bressan, o turismo é a certeza do retorno, é a certeza do retorno para a cidade. A gente percebe tanta coisa acontecendo. O senhor falou das vinícolas, mas eu quero chegar a um ponto aqui que muitas pessoas não sabem. Uma das cinco cidades que mais tem cervejaria artesanal no país é Caxias.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Exatamente.
VEREADOR FELIPE GREMELMAIER (MDB): Nós estamos no centro da Serra Gaúcha, professor Zanchin, nós estamos no centro da Serra Gaúcha, no meio da Região dos Vinhedos, ao lado das Hortênsias e próximo ao Campos de Cima da Serra, que é Cambará, que está mudando tudo por causa da privatização dos parques. Nós estamos no coração da Serra Gaúcha. Caxias do Sul tem que entender a importância de se utilizar disso. E 2022 eu acredito que seja um ano que está se desenhando para a gente conseguir se vender, com vários eventos que vão acontecer. Primeiro nós temos a Festa da Uva, agora, logo nesta semana. Logo na sequência, nós temos a Surdolimpíadas, que virão mais de 100 países para Caxias do Sul. Se nós não aproveitarmos essa oportunidade, me desculpem, mas aí nós vamos jogar fora uma das maiores oportunidades da história de Caxias do Sul para se vender e ter uma geração de marketing espontâneo, que é a vinda desses mais de 100 países para cá, com 6.500 atletas já confirmados em Caxias do Sul. Nós vamos receber novamente o Intermed aqui, que é a competição entre os cursos de Medicina do Sul do Brasil, que foi confirmado também. A gente conseguiu, graças a Deus, participar em cima disso. Então, vereador Bressan, nós temos sim condições, mas nós temos que desenvolver Caxias do Sul, nós temos que auxiliar Caxias do Sul nisso. Eu, por diversas vezes, divulgo pontos turísticos da cidade, e muitas pessoas me retornam dizendo que não sabiam que era aqui, que não conheciam que era em Caxias do Sul, que não sabiam que tinha essa oportunidade aqui na cidade. Então, vereador Bressan, fico muito feliz quando esse tema volta para o debate, porque nós temos várias formas de turismo em Caxias do Sul. Nós temos é que acreditar na cidade. Como o senhor disse, quando Caxias do Sul fizer investimento na área, que parem as críticas. Porque, muitas vezes, é lindo ir para um show em Porto Alegre, e é feio trazer para Caxias.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): É verdade.
VEREADOR FELIPE GREMELMAIER (MDB): É feio fazer um investimento para a cidade, e é lindo ir para outra cidade para fazer o mesmo ato. Então nós temos é que valorizar aqui, nós temos que valorizar aqui e entender que, para ter retorno no turismo, tem que ter investimento. Sem investimento não vai acontecer nada.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): É verdade. O que eu falo aqui, vereador, tenho mais três temas aqui, mas o que eu quero aqui é que esta Casa seja parceira. Nós temos que ajudar. Não estou aqui para criticar o Executivo. E temos que parar de só criticar o Executivo e nós tomarmos para nós esses temas e começar a ajudar. Então aqui eu, como vereador, quero ajudar. Peço que o Executivo, junto com o Legislativo, ajudem a Secretaria de Turismo o quanto antes, que é uma secretaria pequena, uma secretaria que nós temos que dar mais atenção e ajudar a secretaria, que nós vamos ter muito mais retorno. Quero também falar que nós temos... Infelizmente, vêm alguns debates para a Casa aqui que eu também não concordo. Acho que nós temos que focar em Caxias. Vamos focar em Caxias, vereadores. Nós temos aqui... Toda essa estrutura custa muito dinheiro. Vamos focar aqui. Nós temos ainda muitos problemas, como o comércio ambulante, e vamos resolver. Só que tem que ter aqui a ajuda dos vereadores. Vamos nos ajudar. Não vamos jogar a culpa para o Executivo. Vamos ajudar. Vereador tem que ter solução. Crítica é muito fácil. Vir aqui criticar a cidade é um espetáculo, mas vamos solucionar. Então, comércio ambulante, está chegando parece que agora as barraquinhas ali para nós conseguirmos resolver esse problema temporariamente. Depois, eu tenho certeza que... É um local fixo que eles têm que ficar? Sim, é. Mas temporário, tem que ser dessa forma. Transporte público, que a gente sabe que vai vir à pauta. Codeca, que nós estávamos falando aqui, vereador Dambrós, temos que aumentar essa multa aí urgente. Já estou mandando pesquisar. Não é admissível o cara soltar o lixo ali ou ser multado... Eu não sei o valor hoje, mas eu estou buscando já esse valor. O senhor tem o valor? Quanto é o valor? São 5 VRMs? Mas tem que ser mil, não cinco. Então vamos ter que mudar. E eu gostaria de fazer aqui um apelo, não é crítica. Como eu digo, o vereador sobe aqui a esta tribuna, pelo menos eu, para pedir um apelo e ajudar. Eu estou aqui para ajudar a solucionar. Eu faço parte do problema. Pessoal, estou recebendo algumas denúncias, vamos dizer assim, que as crianças que estão frequentando a aula, se testar positivo, toda a turma está sendo, vamos supor, mandada para casa para ficar em isolamento. Errado! Errado! O que nós temos que fazer é o seguinte. Testou positivo a criança... O ano letivo vai começar logo ali, dia 18. Se testou positivo a criança, vamos isolar a criança, obviamente. Mas não vamos fazer esse erro, esse erro, vereador Cadore...
VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Declaração de Líder à bancada do PT.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): ...que é mandar toda a turma embora para poder se isolar a turma toda. Se a criança não tem covid... (Esgotado o tempo regimental.) Só para concluir, senhora presidente. Se a criança não testou positivo, se ela não tem, vamos deixar eles estudarem. Não vamos começar desse jeito, porque nós vamos acabar com a educação novamente. Então é um apelo aqui que eu faço, estou aqui para ajudar, estou aqui para compartilhar que nós não podemos entrar nesse erro “ah, testou um positivo...” que nem está acontecendo, infelizmente, nas empresas: testa positivo, às vezes, um parente, todo o resto da família não pode trabalhar.
PRESIDENTE TATIANE FRIZZO (PSDB): Para concluir, vereador.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Está errado, está errado. Só para concluir, está errado. Nós sabemos muito bem que nós temos que fazer o isolamento da pessoa que está positivada e não de toda a família, que assim a gente acaba com a educação e com a economia do nosso município. Obrigado, senhora presidente, senhoras e senhores vereadores.
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VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Bom dia, oficialmente, a todos os que estão nos assistindo e aos nobres colegas aqui. Eu queria, primeiro, aproveitar, eu ia falar de outro assunto, mas já quero pegar o final agora da fala do vereador Bressan. Nós passamos o ano passado inteiro com muitas dificuldades em sala de aula, e talvez isso as discussões com as direções dos protocolos para o próximo período deste ano, elas estão sendo feitas agora. Nós começaremos as aulas no dia 18 de fevereiro, então, nós, professores e professoras, porque para os alunos será só dia 21. Neste momento, quem está tendo aula é a educação infantil, e a gente sabe a dificuldade que é, primeiro, de uma criança testar positivo é depois de um longo período muitas vezes que ela é assintomática; segundo, os próprios especialistas falam do alto grau viral de transmissibilidade das crianças numa situação dessas. Então, vereador Bressan, primeiro, temos que esclarecer esse procedimento de a criança testar positivo está sendo para a educação infantil, para os pequenos que têm começado a aula agora. Os demais não têm esse protocolo.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Só um aparte, vereadora?
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): De qualquer maneira, eu quero dizer que o ano passado foi um ano muito difícil para quem esteve em sala de aula, a gente passou o ano inteiro pedindo para os alunos: “Coloquem a máscara!” “A máscara é no nariz!” “Não fiquem perto!” “Não fechem a janela!” “ Não dá para fechar a porta!” As professoras quatro horas direto sem recreio, porque não tinha recreio, falando em sala de aula com máscaras. Então nós temos feito nas escolas os melhores protocolos possíveis. E eu quero já aproveitar este momento para pedir para a secretária de Educação que sejam preservados todos os protocolos do ano passado, quiçá reforçados, porque nós estamos num momento muito grave. Só não está acompanhando quem não quer. A gente sabe que o grau, as pessoas que não se vacinaram são as pessoas que têm ficado com uma gravidade maior, mas, de qualquer maneira, nós estamos batendo o recorde. Eu ouvi outro dia, dia 7 de maio, tinha sido o maior número de mortes no Brasil, e agora, esta semana, nós alcançamos novamente o recorde de mortes. Então não dá para achar que nós estamos bem, que a solução está aí próxima. Outro grau que eu vi, outro dado que o Rio Grande do Sul está muito bem vacinado com a primeira e com a segunda dose. No entanto, 26% da população apenas fez a terceira dose, que se chama dose de reforço, eu prefiro dizer terceira dose, porque têm dados também que dizem que a segunda, depois de quatro meses, ela perde a sua garantia. Então nós precisamos aumentar as campanhas, precisamos garantir os protocolos e não flexibilizar neste momento. Seu aparte, vereador.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Obrigado, vereadora Rose. Acho que foi claro ali, vereadora Rose, desculpa se eu... e todo mundo sabe que não começaram as aulas ainda no fundamental. Então eu falei foi da escola infantil que está acontecendo. Tenho já denúncia dessa situação, acho errado, e eu não sei onde a senhora buscou esses dados, mas aqui em Caxias esses dados não têm de recorde em número de mortes. Me desculpe, mas eu acompanho todos os dias. Ficaram 22 dias, graças a Deus, sem um único falecimento aqui em Caxias. Então, acho que esses dados não estão para Caxias. Graças a Deus, Caxias está com mais de 82% de vacinados. Nós temos 82% de vacinados, acima de 82 na dose única; na segunda, nós temos acima de 76; na terceira, mais de 25%. Então, assim, Caxias do Sul está dando exemplo. Então, se está dando exemplo, vamos fazer o que eu estou pedindo, que eu acho que é coerente: quem testar positivo, a gente isola, trata, sem problema nenhum e com certeza com todos os protocolos de segurança; agora, os demais, a gente tem que deixar, sim, que tenha aula, que vá para a aula e que fique bem, senão nós vamos aterrorizar novamente a questão da educação e não podemos cair nisso. Os protocolos, eu tenho certeza de que tem que ser seguidos, sim. Obrigado.
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Obrigada, vereador.
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Um aparte, vereadora?
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Esses dados são do país. E a gente sabe que uma pandemia reflete no mundo, inclusive não vai acabar essa pandemia enquanto metade da população mundial não estiver vacinada, porque pandemia já diz, ela reflete. Nós temos muitos estudantes, alunos que estão em outras cidades, que foram à praia, que estão... Circula, não é, o vírus. Então nós não podemos nos apegar só a situação de Caxias, como se a gente estivessem numa ilha num momento de pandemia. Vereadora Marisol, o aparte.
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Obrigada, vereadora Rose. Seja bem-vinda de volta, não tinha lhe falado isso antes. Em relação a essa questão da educação e do seu pedido para os protocolos, para que sejam mantidos os protocolos sem flexibilização nesse momento, eles já foram anunciados até pela Smed, já foram encaminhadas para as escolas e publicados também de maneira geral para toda a comunidade, que as escolas devem seguir os mesmos planos de contingência que tinham sido aprovados no ano passado: uso de máscara, aquela questão do refeitório por turma de forma separada, distanciamento, uso da máscara a gente já falou, escalonamento de horário de entrada e saída. Então, todas aquelas regras que vocês, nas escolas, cumpriam no ano passado, vão ser mantidas, porque nós entendemos, claro, que esse ainda não é o momento da flexibilização, ainda mais quando a gente fala das nossas crianças.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Uma Declaração de Líder do Podemos.
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Temos que ter todos os cuidados, mas temos que ter as crianças na escola. Também há tantos relatos do que nós perdemos no ano passado, infelizmente, motivo, culpa não tem, não é, que não seja a pandemia, mas está sim. Fica esse alerta e até o esclarecimento de que a Secretaria Municipal de Educação já contou, já esclareceu, já divulgou que todos os protocolos serão mantidos, aqueles do ano passado.
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Muito obrigada, vereadora. Então, para concluir este assunto. Realmente a gente precisa, nós precisamos nos cuidar, os protocolos, se forem os mesmos, infelizmente, as nossas escolas municipais não têm estrutura para receber todos os alunos juntos, porque têm turmas com 30 alunos. Tu não tem a metragem necessária. Então vai começar aquele, entre aspas, "inferno" de novo, porque para nós, professores da educação, foi muito difícil o ano, mas, enfim, para todo mundo, não é. Eu quero colocar uma questão polêmica, mas eu ouso dizer que tem alguns prefeitos exigindo vacinação dos profissionais da educação, da comunidade escolar e de estudantes. Eu vou trazer melhor os dados, mas têm professores exigindo isso. Eu acho que, pelo menos, quem está numa escola tem o direito de saber quais são as pessoas vacinadas ou não, porque é uma garantia para todos os colegas, tanto os alunos, como os professores. A comunidade escolar tem esse direito de saber. Eu queria também colocar um outro assunto que eu ia falar antes, nos cinco minutos, mas talvez... Já está terminando? Depois eu falo então. Que era em relação à questão ambiental do vereador Zé Dambrós. Então, depois eu coloco. Muito obrigada.
Parla Vox Taquigrafia
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (NOVO): Senhora presidente, senhores e senhoras vereadores. Hoje eu não ia me manifestar, mas ouvindo a colocação da vereadora Rose não tenho como não me manifestar, vereador Bressan. Vereadora Rose, mantenha sua coerência, e eu lhe parabenizo por isso, vereadora Rose, porque a senhora defende as restrições com o aumento da pandemia, enfim.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Declaração de Líder do PSDB.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Eu acho importante isso porque a gente viu há pouco tempo, vereador Bressan, a sua colega, vereadora Estela, defendendo o carnaval. Então a gente tem que ter... eu não consigo entender, será que as crianças não podem ir para a escola? Tem que ter protocolos duríssimos, mas o carnaval tinha que estar liberado inclusive com dinheiro. Tu deve lembrar, vereador Bressan, que a Estela subiu aqui e disse que o poder público tinha que colocar dinheiro no carnaval a qual nós fomos contra e ainda bem o prefeito não fez isso. Hoje o Jornal Pioneiro, e é uma notícia divulgada nacionalmente, o aumento do analfabetismo das crianças, vereador Cadore. Isso que o senhor ia falar? Peço-lhe desculpa então. 2.39 milhões de crianças analfabetas no Brasil. Essa é o política do fica em casa, das crianças que fiquem em casa com a vó, com o tio, com sobrinho, na rua. Essa é a política que vai condenar nosso país e nós dizíamos aqui ano passado, vereador Bressan, ela ia condenar o nosso país ali na frente e vai condenar. Números que o Pioneiro traz, nos dois últimos anos aumentou em 66.3% o número de crianças, entre seis e sete anos, que não foram alfabetizadas no Brasil. Veja bem, durante a pandemia passou de 1.43 milhão, conforme dados de 2019, para 2.39 milhões em 2021. Entre as crianças com menores condições o percentual das que não sabem ler e escrever aumentou 33%. Ou seja, o que nós dizíamos aqui por reiteradas vezes que manter criança em casa, ao contrário de todo planeta Terra... Trouxe números aqui que mostraram que na Europa, por exemplo, vereador Cadore, a média de dias perdidos de aula foi de 63 ou 64 dias, não me lembro agora. O Rio Grande do Sul ficou mais de ano sem aula porque nós tínhamos que ser precursores, vereador Hiago. Aqui a gente cuida das nossas crianças e do futuro delas. A Europa não cuida, mas nós cuidamos, isso era o que eles diziam. Agora se aguarda um plano do que nós vamos fazer com esses analfabetos porque uma criança que não sabe ler e escrever com sete anos vai para a segunda, terceira série... Vai aprender o quê? Nada, não aprende nada. E muito me surpreende que ainda existam setores que querem que as crianças fiquem em casa. A gente teve agora, recém, o prefeito de Belo Horizonte querendo postergar o começo das aulas novamente. Mas gente, com todo respeito, se a pessoa não sente segura com a primeira, segunda, terceira, quarta e quinquagésima dose para dar aula que mude de profissão, que vá fazer tricô em casa. Vai fazer o quê sozinha? O que a gente não pode é continuar aplaudindo e escutando defensores de quem está sacrificando o futuro das nossas crianças porque o analfabetismo sim acaba com o futuro das nossas crianças e os responsáveis não são as crianças de seis, sete anos, os responsáveis são quem proibiu elas de irem para a escola.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Um aparte, vereador.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Então acho que esse papo de tipo: Ah, vamos ver que vai ser difícil dar aula. Pelo amor de Deus, gente, pelo amor de Deus, vereador Bressan. Ou é fácil na minha loja trabalhar? Ou é fácil tu na tua van trabalhar? Acordar, às vezes, como tu me falou, quatro da manhã para ir a Porto Alegre buscar... Não cai do céu o dinheiro, as coisas não acontecem... Ontem mesmo eu falei se acredita muito que, professor, vereador Zanchin, eles acreditam que rodar a maquininha de imprimir dinheiro resolve os problemas, professor Zanchin. O senhor muito melhor que eu, aliás, o senhor me ensinou o que eu sei, pode vir aqui e tentar explicar que só produzir dinheiro não funciona. A vida é feita de esforços, desafios, a gente tem que arriscar, a gente tem que se expor e a gente não pode, de maneira mais nenhuma e nem educada, admitir que pessoas defendam que as aulas não sejam retomadas. Deu, a gente já está sacrificando mais de 2 milhões de crianças. São essas crianças que quando nós ficarmos idosos, vereador Bressan, vão cuidar de nós, vão nos transportar, vão ser nossos médicos. Se não sabem ler, quem vai ter essas responsabilidades agora? Eu me lembro, vereador Bressan, vereador Bortola, nós atrás para tentar liberar as aulas das crianças. Vocês se lembram nós ali fora? E o governador proibindo mesmo que lá na Europa já estava liberado, mas aqui no Rio Grande do Sul ele queria ser precursor. Agora a gente tem que dar nome aos bois, se sabia que isso ia acontecer. Então agora que assuma a responsabilidade e que apresente soluções. Seu aparte, vereador Bressan.
VEREADOR ADRIANO BRESSAN (PTB): Obrigado pelo aparte, vereador Marcon. Eu, mais uma vez aqui, venho repetir e gostaria de pedir esse apelo aos nossos secretários, ao nosso prefeito. Mas ainda bem que o nosso prefeito, tenho certeza absoluta, sempre foi um apoiador da volta às aulas, sempre foi um apoiador da economia e a saúde, andarem lado a lado. E a educação não vai parar, não vai parar. Mas tenho certeza aqui, que as nossas autoridades aqui... A gente é bom botar esse tema, debater. Que não façam esse erro. Se existir algum aluno, alguma criança que teste positivo, vamos isolar ela com todo o cuidado. Óbvio, com todo o cuidado necessário. Vamos cuidar dessa criança, mas que os demais não paguem por esse erro, por essa situação. Os demais deixem estudar, bola para frente, vida que segue. A educação é como o senhor falou. Infelizmente, nós vamos ter o reflexo ali na frente, em uma faculdade, quando a criança não passa em um vestibular. Infelizmente, vai ser lá na frente que nós vamos pagar esse preço. A educação tem que, juntamente com a saúde e a economia, andar juntos. E junto vai dar certo, nós vamos sair dessa. Então, como os números baixaram, a gente sabe muito bem, graças a Deus, nós somos aqui apoiadores da vacina. Mas também, quem não quer se vacinar, para nós também não tem esse problema, a gente nunca quis exigir nada de ninguém. Mas que não façam esse erro de condenar uma turma inteira talvez por causa de um aluno que testou e vai ficar às vezes dois ou três dias somente e vai se recuperar, com certeza, e vai retornar. Aí fica 10, 15 dias aquela turma inteira sem aula. Não vamos repetir esses erros do passado. Obrigado, vereador.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Vereador Bressan, tu imagina uma turma de 20, se 10 pegarem e cada um tiver 15 dias, fechar a turma, a gente vai perder quanto, 150 dias? Metade do ano vai para o lixo de novo. Seu aparte, vereador Cadore.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Vereador Marcon, eu sempre defendi a vacina e sempre me preocupei com as crianças. O fato de a criança ficar em casa, além do aprendizado, a dificuldade para as famílias financeiramente e tal. Então eu sempre defendi a saúde, mas defendi a atividade da vida das pessoas. E me surpreendeu ontem, e eu até disse em off que eu ia falar sobre esse assunto, me preocupou realmente tantas crianças analfabetas. Muito expressivo esse número, crianças de seis a sete anos. E eu sou contra, ratificando a posição, de que não... Sou contra a obrigatoriedade da testagem de alunos e professores, e que as aulas têm que voltar ao normal, as crianças têm que estar na aula. Aula presencial é diferente, porque especialmente as crianças mais vulneráveis têm mais dificuldades com as aulas online. Então, quer dizer, eu defendo a criança com a participação na aula presencial.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Perfeito, vereador Cadore. Eu acho que esses números são a prova de que alfabetizar uma criança de seis a sete anos de forma online, pelo amor de Deus, eu acho que... Sinceramente, todo mundo sabe, não é? Talvez, vereador Bressan, seria interessante, até para a gente não dar mais margem para ter esse tipo de pedido aqui, que daqui a pouco a gente fale com a Secretaria da Saúde e traga os números, se alguma criança em Caxias do Sul morreu por covid. Porque senão a gente tem que proibir as vans. Não foi ano passado também que houve infelizmente um acidente? Uma criança morreu. A gente fica triste, claro, mas assim, a gente não pode parar todos os serviços de transporte porque infelizmente aconteceu um acidente.
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Vereador, um aparte de 10 segundos.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Até 20. Pode falar, vereadora.
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): A luta de todo o setor da educação para não abrir as aulas sempre foi antes da vacina, depois que teve a vacina... Mesmo a gente começou as aulas sem vacina. Mas não tem nenhum movimento para fechamento de aulas ou não retorno presencial. Então só para deixar isso claro.
VEREADOR MAURÍCIO MARCON (PODEMOS): Obrigado, vereadora Rose. Fico feliz em ouvir isso de forma clara da senhora, até para que depois, amanhã ou depois, não se tenha esse movimento, porque eu acho lugar de criança, agora já devia ser consenso, é na escola. Na escola! Vamos copiar lá a Europa, 60 dias. Nós ficamos mais de ano, as consequências estão aqui. O que se planta, o que se colhe. Lá eles vão ter uma renda seis, sete vezes maior, depois a gente não sabe por quê. Claro, eles têm muito mais... (Esgotado o tempo regimental.).
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VEREADORA TATIANE FRIZZO (PSDB): Nobres colegas vereadores, subo à tribuna novamente para falar de um tema que eu gosto muito. Todos sabem do meu envolvimento com a pauta da bicicleta, que vem muito antes de eu pensar em algum dia estar fazendo parte de um partido político, me engajar, ser candidata a vereadora. É algo que eu sempre fiz como um hobby. Eu quero compartilhar com vocês as boas notícias que estão surgindo no governo do estado, mas também aqui no município tem coisa boa. Vou pedir para a assessoria mostrar um vídeo, por gentileza. (Pausa) Acho que vamos segurar o tempo, por gentileza, só para verificar problemas técnicos. (Pausa) Tivemos um problema. Vamos lá, então. Vou falar um pouquinho a respeito de um projeto de lei da deputada Zilá Breitenbach, Projeto de Lei nº 34/2021, que busca incentivar o cicloturismo no Rio Grande do Sul, visando promover turismo sustentável, mobilidade, valorização do meio ambiente, além de fomentar a economia. Um projeto de lei, então, que passou ontem na Assembleia, votado e aprovado por unanimidade. Então, com a aprovação desse projeto de lei, vereador Felipe, é possível a formação de consórcios, agregando a sociedade civil, o poder público e também a iniciativa privada. Então a gente fica feliz de ver pautas como essas, que são verdadeiros fomentos à economia, que valorizam a bicicleta ganhando cada vez mais forma. Em 2020, um dado interessante, a Aliança Bike apontou um crescimento de 118% nas vendas de bicicletas. Ou seja, com a pandemia as pessoas tiveram mais receio e procuraram esportes que pudessem praticar ao ar livre, e o crescimento de vendas de bicicleta aumentou bastante. O vereador Velocino Uez, que também aluga uma sala comercial para um ciclista, também pode falar um pouquinho a respeito disso. Essas rotas têm passagem por pontos de interesse cultural, urbano, rural. Exige mapeamento técnico dos locais, altimetria, distância, a dificuldade de percurso e também a sinalização. E nós, em Caxias do Sul, eu, juntamente com o vereador Felipe Gremelmaier, sugerimos, fizemos, através de uma indicação ao Poder Executivo, análise para criação de roteiros cicloturísticos aqui em Caxias do Sul. A gente sabe que o nosso interior é muito bonito, nós temos diversos locais que podem e devem ser explorados. Aos finais de semana, eu acredito que seja a coisa mais comum a gente ver grandes grupos de ciclistas pedalando juntos pelo interior de Caxias do Sul. Então foi uma necessidade que a gente levou para a chefe de gabinete, para a Grégora, conversamos com ela, chefe de governo. Conversamos com ela. Levamos também o Luís, que trabalha na empresa Nomas, que apresentou uma proposta de criação de três roteiros turísticos, de cicloturismo em Caxias do Sul. Ele, que tem toda a formação de normas da ABNT, vai fazer um trabalho muito bacana e concreto. E já atuou inclusive em outras cidades, como Gramado, Canela, que já tem experiência nisso. Então, com essa criação desses roteiros cicloturísticos, a gente tem a certeza de que vai fomentar a economia, vai fomentar o turismo e também, professor Zanchin, essa sensação de pertencimento. Que as pessoas cheguem ao final de semana, “ah o que eu posso fazer em Caxias do Sul?”. Peguem a sua bicicleta e possam ir a um roteiro sinalizado, um roteiro seguro, fazer o seu pedal e conhecer um pouco mais da Serra Gaúcha que é tão linda. Hoje, vereador Felipe, essa indicação que a gente fez é para o município de Caxias do Sul, mas, no futuro, eu não tenho dúvida de que a gente pode interligar as rotas, agregando outros municípios, Farroupilha, Bento Garibaldi, e, como foi dito, criar talvez até um consórcio com várias rotas de cicloturismo no Estado do Rio Grande do Sul. Então, para concluir, fico muito feliz em anunciar hoje, o secretário Alfonso, do Trânsito, me falou que foi feita a dispensa de licitação. O valor ficou abaixo do exigido para esse processo e nós pretendemos, se tudo der certo, entregar ainda, até o final de março, entregar esse projeto que vai ser uma ação concreta que vem ao encontro do plano de governo do Adiló, da Paula, e que reforça a necessidade de a gente trabalhar essa pauta. Seu aparte, vereador Xuxa.
VEREADOR CLOVIS XUXA (PTB): Vereadora Tati, eu, andando pelo interior, quanto aumentou as bicicletas, as bicis no interior. Teria sim que ter um olhar especial, uma rota alternativa para eles poderem fazer por causa da segurança. Eu, quando vejo uma pessoa de bicicleta nessas rotas do interior, eu vou mais devagar, freio. Mas tem pessoas que ainda aceleram para não deixar a pessoa ter, andar. Eu quero também frisar a atenção à saúde que essas pessoas têm. Essas pessoas prezam pela saúde. Eles levam água para ir tomando. Então parabéns a todos os ciclistas e, com certeza, estaremos todos juntos trazendo essa alternativa para que possa ter um roteiro turístico para os nossos ciclistas. Muito obrigado.
VEREADORA TATIANE FRIZZO (PSDB): Seu aparte, vereador Felipe.
VEREADOR FELIPE GREMELMAIER (MDB): Vereadora Tati, eu fico muito feliz em ter participado junto com a senhora deste momento que Caxias começa a ganhar os três primeiros roteiros cicloturísticos oficiais da cidade com as normas técnicas exigidas para que isso aconteça. A gente sabe o quanto é importante que ele tenha toda a questão da altimetria, da localização, para que os ciclistas tenham segurança e tranquilidade em fazer o seu pedal. Então hoje é um momento muito importante, muito gratificante, para mim e para a senhora, eu tenho certeza, porque é uma ativista da bicicleta, do quanto isso vai representar, não só na questão física e de saúde, mas na questão turística de Caxias do Sul. Vamos começar a virar referência nesta área. Existem vários municípios que já têm rotas interligadas. A região do Vale do Taquari é um grande exemplo disso. Eu estive lá visitando, no ano passado, algumas cidades e existe esse processo em andamento e roteiros consolidados com relação a isso. A mesma coisa na região das Hortênsias. Gramado tem uma referência muito grande também e agora com essa definição, através do secretário Alfonso, a gente começa a ver Caxias do Sul também entrar neste roteiro, até por que é uma das cidades que mais têm ciclistas e que mais têm pessoas que pedalam no interior nos finais de semana e durante a semana também, a gente sabe disso. Então fico feliz em participar deste momento. Eu tenho certeza que a cidade, o estado, e principalmente o ciclismo ganha muito juntamente com o turismo. Muito obrigado.
VEREADORA TATIANE FRIZZO (PSDB): Obrigada, vereador Felipe. Quero fazer aqui de público um agradecimento ao nosso prefeito, vice, ao secretário Enio, de Turismo, que participou, foi parceiro; também, do Esporte e Lazer, o Gabriel Citton; ao Alfonso, que tem sido, foi parceiro, foi incansável na busca de concretizar esse esforço e, com certeza, Caxias do Sul então ganha com essa novidade. Vereador Cadore, o seu aparte.
VEREADOR OLMIR CADORE (PSDB): Vereadora Tatiane, o esporte tem incentivo de todos os vereadores e eu particularmente. Eu sempre brinco, sem modéstia, que eu sou artilheiro, sou goleador e sou muito bom no pingue-pongue, entre outros esportes. Mas, no ciclismo, eu tenho grande dificuldade. Eu tenho grande dificuldade no ciclismo. Então é importante essa abordagem para o Turismo, para o lazer, para a saúde, mas me preocupa muito a segurança do ciclista. Eu tenho andado pelo interior e o número de ciclistas tem aumentado muito, então essa tua luta é importante para o turismo, para o lazer e para a saúde, mas muito mais pela segurança dos ciclistas, que é um fator extremamente importante.
VEREADORA TATIANE FRIZZO (PSDB): Muito obrigada, vereador Cadore. Salientando, então, que, a partir do momento que a gente tem todo o regramento das normas da ABNT para a construção desses roteiros, as pessoas podem vir de outras cidades e fazer seu cicloturismo sozinhas, porque elas terão placas, painéis, orientação, percurso de nível fácil, percurso de nível intermediário, difícil. Então isso nos deixa muito felizes, muito alegres. É uma conquista importante para Caxias do Sul que vai fomentar o turismo, cultura, lazer e com certeza a economia da nossa cidade. Muito obrigada.
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VEREADOR RENATO OLIVEIRA (PCdoB): Gostaria de ser bem breve, vereadora. Minha saudação a todos os colegas. Vereadora, com certeza, vou ser bem breve. Mas eu só quero, hoje, agradecer à Codeca, em especial o Lima, porque estava com lixão lá na nossa região e lá no Charqueadas também e ele me disse que, ontem, iriam lá, vereador Dambrós, eles iriam lá recolher. Só que passei lá às 20 horas, e eles não tinham recolhido. Mas não falei nada com ele. Quando eram 23 horas e pouco, estava lá o caminhão, toda a equipe recolhendo, e era bastante. O caminhão, o ônibus da concessionária da Visate estava dizendo que não ia passar mais na rua, porque o lixo das pessoas estava sendo posto na rua. Eu sei a dificuldade que está acontecendo com a Codeca, mas aqueles peões estavam lá, não sei ser era extra ou não era, mas estavam trabalhando. E quero mais uma vez, tinha falado pessoalmente com ele, ontem, aqui na Casa, mas agradecer pessoalmente o Lima, a equipe, porque, quando eram 20 horas passei lá na rua, a rua estava intransitável, não tinham passado. Então só para fazer esse agradecimento a todo o pessoal da Codeca que esteve lá recolhendo, em especial ao Lima que fez, e também lá no Charqueadas que tinham meio que acumulado lá, e inclusive não era só lá na rua, inclusive, de uma empresa fazendo três, quatro dias que não estavam recolhendo. Então um agradecimento, em nome do Lima, a todo o pessoal que esteve trabalhando. Sei as dificuldades que estão, mas quero fazer esse agradecimento aí. Obrigado. Menos de dois minutos, vereadora.
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VEREADOR GILFREDO DE CAMILLIS (PSB): Presidente, desculpa, eu falo pouco, mas vou precisar falar. Ontem, não tive tempo, gostaria de citar alguns detalhes e algumas preocupações minhas: uma é com a Festa da Uva que vai ser realizada e a Surdolimpíadas. Mas, antes da Surdolimpíadas, temos a Trilha de Aparecida, dia 19 de março, está tudo praticamente pronto, e a gente gostaria que toda a Casa prestigiasse esse evento. A minha preocupação também é sobre o policiamento comunitário, que ontem o colega Bortola falou, a gente precisaria de algumas informações de como está o policiamento comunitário na nossa cidade. Tenho muitas preocupações, mas vou citar três no momento: uma é sobre as árvores que estão em Caxias, muitas árvores mal podadas, muitas árvores com os galhos muito grandes, grossos, e é uma tragédia anunciada. Gostaria que a Semma fizesse uma fiscalização em algumas ruas, principalmente na Avenida Rossetti e na Rua Flores da Cunha. Tem árvores muito grandes com os galhos mal cortados e vai cair em cima de alguém, é uma tragédia anunciada. Uma outra coisa é sobre os fios, fizemos uma audiência pública e uma audiência no gabinete do prefeito, e parece que não foi resolvido nada. Acho que temos que agir com mais celeridade. Vamos apelar para a Secretaria Municipal do Urbanismo que as empresas de telefonia resolvam esse problema, porque está uma vergonha andar pela cidade com fio solto, não sabendo que tipo de fiação é. A terceira, que até hoje eu não tive uma resposta, é sobre as tampas de telefonias, grelhas na nossa cidade. Estão roubando e até agora a gente denunciou isso no ano passado. Sabemos quem é o receptador, mas não temos nenhum retorno, e continuam roubando e vão ter pessoas caindo dentro desses buracos. Obrigado.
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VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Em relação ao descuido da cidade, que já foi colocado aqui por vários colegas, vários vereadores, há a questão do lixo, que foi mostrada muito bem, parabenizo o vereador Dambrós por ter apresentado, há a questão do lixo, há a questão do mato crescendo na cidade, do abandono das nossas praças, acho que a vereadora Tati também apresentou um pouco isso. É realmente uma necessidade que o poder público resolva isso. Nós estamos aí, como foi colocado, no turismo, a véspera de várias atividades que Caxias será o palco, e ela precisa estar cuidada e embelezada em relação a isso. Eu também quero dizer ao vereador Dambrós que esse projeto com a Escola Tancredo, que vai iniciar, mas que seguirá para outras, as escolas sempre estarão abertas para esse tipo de atividades. Inclusive a questão ambiental, a educação ambiental ela faz parte dos temas transversais da LDB. Então nós trabalhamos em várias disciplinas, em várias matérias a educação infantil, de adolescentes, com o cuidado com a cidade, com a nossa cidade, que uma das questões é a questão do lixo, mas a gente trabalha o cuidado com o patrimônio público, não só não sujar a cidade, mas cuidar da cidade. A gente também tem como uma preocupação que as crianças levem isso para casa. Muitos de nós aqui aprenderam e ensinaram o pai, dependendo da geração, e a mãe. Eu, muitas coisas também aprendi com meu filho, mas eu quero dizer que não é só o cidadão comum que precisa ter essa consciência. É necessário que haja um trabalho, e aí o poder público tem um papel muito mais importante, sobre as grandes empresas, sobre o lixo hospitalar, sobre o lixo dos comércios, porque muitas vezes a gente vê que a maior parte da poluição das cidades, e aqui nós temos vários arroios, que empresas jogam direto os seus lixos. Então não adianta nós, de novo a escola, a comunidade escolar se sobrecarregar, fazer projetos, que a gente faz de boa, mas trabalhando, aumentando as horas de trabalho, se as empresas, o comércio, não cuida, se os grandes empresários, os médios, os pequenos empresários, que seja, não têm esse cuidado ambiental. Aí acho que o vereador Rafael Bueno, também não está mais presente, não sei onde ele está, mas a questão dos animais abandonados é uma questão de saúde pública, é uma questão ambiental. Então nós precisamos, enquanto poder público, cuidar da cidade, fiscalizar, colocar lixeiras, mas multar também. Por fim, quero só colocar aqui. Eu fiz um pedido ainda no ano passado, faz um ano, na Rua dos Jardineiros, são duas quadras sem calçamento, com britas por cima, sem pavimentação, não tem escoamento de água, não tem boca de lobo, no Belo Horizonte. Inclusive mesmo não estando vereadora, mais no final do ano eu fui em uma reunião com o secretário de Obras cobrando isso, que é um lugar da cidade, quem conhece a zona norte, é um lugar onde já caiu carro, as crianças escorregam nos morros, mais de metros, pode acontecer inclusive alguma questão, algum acidente grave se não for resolvido o encostamento, toda aquela situação dessas ruas. Então mais uma vez de público agora eu cobro do secretário de Obras um retorno a essa indicação que eu havia feito na outra vez que assumi. Muito obrigada.
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VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Obrigado, presidenta Denise... (falha no microfone) Bom dia presidenta Denise, colegas vereadoras, colegas vereadores. Achei importante que o tema da educação voltou para a cena aqui das nossas discussões e eu tinha me organizado para fazer um breve comentário sobre as manifestações que a imprensa divulgou ontem referentes a uma avaliação externa que traz esse número de 2,39 milhões de crianças analfabetas. E aí colega Rose Frigeri, professora Rose Frigeri, colega Marisol Santos, professora Marisol Santos, colega Denise Pessôa, professora Denise, estou citando essas porque são as que estou enxergando, são professoras e os colegas professores aqui, e me parece que essa não é uma realidade nova do nosso país. Vejo uma preocupação aqui das pessoas falando do analfabetismo, da situação difícil da educação e nós temos problemas que são antigos e confesso que assistindo a CNN ontem, quando divulgava essa informação, ouvindo relatos de pessoas que falam muito pela ou sobre a educação, mas que não são professores, que não conhecem o sistema me preocupa porque parece que a gente deposita mais uma vez uma responsabilidade exclusiva para a escola. É lógico que o fazer pedagógico, que o processo de alfabetização ele se dá dentro do ambiente escolar, na educação formal, mas aí fico me questionando de como grande parte dessas crianças, colocadas aqui como analfabetas, tem problemas relacionados a falta de emprego dos pais, tem problemas relacionados a situação econômica, de vulnerabilidade social, da falta de políticas sociais, da questão de habitação. Então é importante, quando nós falamos de educação, entender que os problemas do sistema educacional brasileiro e os problemas que parecem ser exclusivos da escola eles estão relacionados a uma série de outras políticas. Eu quero dizer o seguinte, certamente a pandemia... não me traz espanto algum saber desses números porque a gente sabia que a pandemia ia nos deixar com questões muito complexas e problemáticas relacionadas a construção de conhecimento. É lógico que para alfabetizar uma criança, na rede pública, que não tem acesso a internet, que não tem celular de qualidade é praticamente impossível alfabetizar. Eu não sou alfabetizador, mas tenho um filho que estuda na rede privada, que tem todas as condições e que o processo também é muito mais difícil e o ano passado praticamente todo foi de estudos, de atividades não presenciais. Então acho importante nós termos cuidado quando tratamos do tema da educação citando esses dados aqui do analfabetismo. Nós que estivemos na Comissão de Educação ano passado, vereador Bressan, o senhor que era presidente, sempre tratando do tema, muito preocupado, eu sei que os governos – aqui estou falando do governo estadual, do governo municipal e do governo federal – vão ter que se esmerar, mas vão ter que se esmerar não investindo só na educação, mas em todas as outras políticas porque quando a gente pensa que uma criança vai para a escola e já tem uma defasagem educacional relacionada a todos os outros problemas, a todas as outras faltas que essas famílias têm, nós vamos conseguir alcançar e resolver esse problema muito mais lentamente. E, por fim, eu só quero trazer um dado dessa pesquisa do PNAD, porque eu acho que é bem emblemático, que é a diferença e a forma como a pandemia impactou o sistema educacional entre as crianças brancas e as crianças negras e pardas, que são as mais pobres. Então mais uma vez a importância de nós pensarmos nas políticas de ações afirmativas, seja na educação ou em qualquer outra área, no sentido de a gente avançar nesses problemas decorrentes não só da pandemia, mas problemas que são bem antigos (Esgotado o tempo regimental.) no sistema educacional brasileiro. Era isso e obrigado, presidenta.
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VEREADOR ZÉ DAMBRÓS (PSB): Senhora presidente, nobres colegas. Eu quero falar da obra tão esperada por aquela comunidade da zona norte, a alça da RS-122 que liga à RS-453. Eu conheço bem ali, vou caminhar com meu cachorro quase todos os dias, e eu lembro que, em 2015, eu fui representar o prefeito Alceu no Corede Serra em Bento Gonçalves e o Adamoli já comentava dessa obra. E a comunidade nunca acreditou que um dia poderia sair. Pois bem, então, é uma luta também do deputado Carlos Búrigo. A EGR já fez o anúncio, são quase 700 metros ali. Quem vem de Flores da Cunha, Antônio Prado, para ligar a Farroupilha, Porto Alegre não precisa mais passar por debaixo do viaduto. É uma importantíssima, é uma obra que desafoga, uma obra interessante para aquela comunidade. Mais de 1,5 milhão. Então eu quero parabenizar o estado, a EGR, quero parabenizar, porque demorou bastante. Barbaridade! Então aquela comunidade com certeza vai se beneficiar muito porque evita toda aquela tranqueira na saída logo após o viaduto. Então parabéns. Parabéns à EGR, parabéns aos envolvidos. A comunidade agradece, é uma obra interessantíssima para aquela comunidade. Então, quando a gente fala em demora de pautas, quando a gente fala em demora de prioridades, falta de critérios, falta de urgências, aí sim é incompetência. Mas este governo do estado mostrou que muitas coisas que estavam há tempo no papel estão se tornando realidade. Um milhão e meio, mas com certeza vai beneficiar muitas, mas muitas famílias que precisam acessar Farroupilha, Porto Alegre, e que vem de Flores da Cunha, Antônio Prado, Vacaria. Então era isso, senhora presidenta. Registrar que em quatro meses a obra estará executada. Um milhão e meio, a alça que liga a RS-122 até a RS-453. Que bom! Uma demanda, reuniões, cobranças, demoraram muitos anos, mas que logo, logo estará realizada. Obrigado, senhora presidenta.
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