VEREADORA DAIANE MELLO (PL): Senhor presidente, senhores vereadores, pessoal que nos assiste aqui no plenário. Marina, presidente do Sinpré, que está aqui conosco. E o meu voto de congratulações vai para o seu Ari e para a dona Cleusa Hoffmann, do Bairro Fátima, que comemoraram, no último final de semana, 50 anos de uma união marcada por companheirismo, dedicação mútua. Cinquenta anos de casamento, eu participei das comemorações, no Gianella. E um abraço muito apertado a toda a família Hoffmann, em especial ao Ari e à dona Cleusa e todos os familiares, filhos e o neto, que comemoraram, então, 50 anos, bodas de ouro, desse casamento que, com toda certeza, é uma data muito especial a todos. Era isso, senhor presidente. Obrigada.
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VEREADOR SANDRO FANTINEL (PL): Bom dia, senhor presidente; nobres pares. Eu queria saudar todo o pessoal do Sinpré, todos que estão aqui presentes, se sintam muito bem-vindos nesta Casa. E queria também aproveitar o momento para parabenizar a nossa assessora da Comissão da Agricultura, que hoje está de aniversário, Talita Kowalski. Parabéns, então, à nossa assessora. Obrigado, senhor presidente.
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VEREADOR CLAUDIO LIBARDI (PCdoB): Bom dia, presidente. Meus cumprimentos ao senhor, aos demais vereadores, quem nos acompanha neste plenário, bom dia a todos e todas. Quem nos acompanha de casa também, quem nos acompanha pelas redes sociais, cumprimentar todos que nos acompanham em nome da presidente do Sinpré, Marina Dallegrave. Mas queria fazer um voto de congratulações à Daiane Torres. Ontem, tivemos a grata surpresa de receber os conselheiros tutelares nesta Casa Legislativa para trazer um convite a todos para amanhã. Mas na sexta-feira fomos acionados, tanto eu como a vereadora Andressa, em razão de quatro crianças no Bairro Fátima, vereadora Daiane, que se encontravam sem o pai, sem a mãe, sem alimentação, uma situação bem complexa. Eu liguei para o telefone do conselheiro tutelar no plantão, não me identifiquei, e requeri que fosse promovido o atendimento. Me disponibilizei para levar a conselheira tutelar. E de imediato ela me retornou, que tinha ido até a casa com um carro da Polícia Militar, e as quatro crianças foram acolhidas. Então, parabenizar essa conselheira tutelar, que com certeza faz a diferença no dia a dia das crianças da nossa cidade. Obrigado, presidente.
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VEREADOR CALEBE GARBIN (PP): Bom dia, senhor presidente; nobres pares; comunidade caxiense que nos assiste; acompanha aqui no plenário; também aqueles que nos veem pelas redes sociais. Quero deixar registrado, presidente, na Semana do Meio Ambiente, comemorada, celebrada no nosso município, neste período, que ontem nós tivemos na Zona Norte de Caxias, mais especificamente no Bairro Colina do Sol, em uma das descidas da RS-122, verificando com a Codeca, também com o secretário adjunto Toninho Feldmann, uma situação de um dos mais de 1.200 lixões irregulares que temos em Caxias. Certamente, os colegas vereadores aqui já receberam pedidos com relação a essa questão do lixo naquela região, na Jacob Susin, uma rua que ainda está tracejada em processo de regularização junto à Seplan e ao GeoCaxias. Graças a Deus, vereador Edson da Rosa, nós estamos conseguindo verificar a possibilidade de implementação de câmeras. De câmeras, melhor dizendo, de segurança lá, para monitorar e multar quem faz o descarte regular de lixo; especialmente lixos da construção civil, lixos domésticos, também, que são depositados lá. Então, acho que é importante, tendo em vista que, ontem, essa pauta ficou muito em voga aqui na nossa Câmara. Que a gente reverbere os anseios da sociedade. Então, parabéns à presidenta do bairro, a senhora Juliana, também ao vice Paulinho e a toda a comunidade que se articula e se mobiliza para a extinção do lixo nessa região da Zona Norte da cidade. Obrigado.
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VEREADOR ELÓI FRIZZO (PSB): Senhor presidente, senhoras e senhores vereadores. Apenas para saudar também a presença aqui de todos os profissionais do Sinpré, na pessoa da Marina Dallegrave. E também referir a presença do meu querido amigo Marcelo Bufon, nosso presidente da Associação Pró-Desenvolvimento de Vila Seca, acompanhado do amigo... Desculpe, pessoal. É a covid, tá? Do amigo Alfredo Oliveira e do amigo Paulo Pereira. Então, dizer que sejam muito bem-vindos a esta Casa, especialmente pela luta que travamos em Vila Seca, do ponto de vista de desenvolver aquela comunidade. Era isso, senhor presidente, senhoras e senhores vereadores.
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VEREADOR PEDRO RODRIGUES (PL): Senhor presidente, nobres pares. Quero dar as boas-vindas a todos os profissionais, aos professores, também à representante do Sinpré. Em especial à professora Evelyn, minha filhada de casamento. Sejam todos bem-vindos. Sintam-se abraçados por todos nós. Obrigado, presidente.
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VEREADORA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Obrigada, senhor presidente. Nobres colegas vereadores e vereadoras, às pessoas que nos acompanham daqui e de casa. Primeiramente, saudar o Sinpré. Novamente temos aqui o segmento da educação infantil presente, trazendo suas pautas, que é importantíssimo para a nossa cidade. Precisamos cada vez mais ser sensíveis e ouvir aquilo que vocês têm nos apresentado. Gostaria também de seguir o voto do vereador Claudio Libardi, que ontem nós tivemos aqui os conselheiros tutelares presentes. Já trouxeram algumas demandas e nos convidaram para uma reunião. Então, fazer um voto de congratulações pelo importante trabalho que cumprem na nossa cidade. Enquanto vereadores e vereadoras, precisamos olhar cada vez mais, porque nós estamos falando da proteção das nossas crianças e adolescentes. Também queria fazer um voto de congratulações ao Gustavo Colombo, que é o coordenador, o gerente das duas UPAs. Porque, ontem, nós, da Comissão de Saúde, eu, o vereador Ramon Teles, o vereador Rafael Bueno e representantes dos outros vereadores, estivemos presentes na UPA Zona Norte fiscalizando, acompanhando o trabalho. O gerente Gustavo sempre é muito prestativo nos trazendo informações. Então, gostaria de fazer um voto pelo trabalho que nós realizamos no dia de ontem. Obrigada, senhor presidente.
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VEREADOR EDSON DA ROSA (REPUBLICANOS): Senhor presidente, bom dia. Bom dia a todos que nos assistem pela TV Câmara, canal 16. Pela TV Câmara e pelas nossas redes sociais. Um final de semana é bem difícil; perdemos alguns conhecidos, literalmente, de morte súbita. Perdi duas pessoas conhecidas. Vou fazer o voto de pesar a elas. Uma saudação especial ao pessoal da Vila Seca: o Marcelo, o Paulo e o Alfredo. Mas também à Marina, ao Sinpré, por estarem aqui, hoje. Vejo a Janete, a Vivi; pessoas que nós conhecemos. Para ouvir as demandas aí. Vamos conversando. Como Comissão de Educação, também estamos sempre à disposição para ouvi-los e tratarmos do assunto. Sejam todos bem-vindos à nossa Casa. Obrigado.
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VEREADOR CAPITÃO RAMON (PL): Senhor Presidente, nobres colegas, a todos os senhores e senhoras que estão aqui presentes, bem-vindos à Casa do Povo, ao Legislativo Caxiense. Gostaria de fazer um voto de congratulações ao Instituto Ideas, que é o Instituto que vem administrando a UPA Central e a UPA Zona Norte. Apesar de todas as dificuldades, nós vemos esforços significativos para que a nossa população caxiense possa ser muito bem atendida. Sempre que faço as minhas indagações e solicitações, o senhor Gustavo me atende muito bem. Nós sabemos que as demandas são ilimitadas, as pessoas precisam de atendimento, um atendimento rápido e certeiro. Eu vejo o senhor Gustavo com a sua equipe, toda a equipe também, que eu não vou falar o nome de todos, mas esse voto de congratulações se estende à sua equipe, que vem desempenhando um trabalho muito significativo para o nosso município. Acredito que esse foi um ponto positivo da Prefeitura de Caxias do Sul, ter contratado esta instituição, sem fins lucrativos, e que vem desempenhando esse excelente trabalho. Muito obrigado, presidente.
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VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Obrigado, presidente, vereador Cristiano. Quero saudar a Márcia, aqui presente, o Jonathan, dois roqueiros, nós vamos protocolar um projeto em seguida, a tal solidário do rock, que eles arrecadam alimentos e estão aqui presentes agora. Mas presidente, colegas vereadores e vereadoras, comunidade que nos acompanha, eu vou ser isento aqui na minha fala, colegas vereadores. E aqui quem fala, institucionalmente, presidente, estou falando enquanto o presidente da Comissão de Saúde da Câmara, a qual, ao longo dos meus quatro mandatos, acho que seis, sete, oito vezes, eu acho, já presidi essa comissão em diversos momentos. Em momentos que nós tivemos pandemia, queda de cinco secretários da Saúde, lutas como ampliação de 110 leitos no Hospital Geral. Enfim, nós passamos por diversos momentos. Eu venho fazer um alerta aqui da tribuna. Por isso que eu falo com a maior isenção, porque eu sei que os senhores e as senhoras têm recebido diariamente nos gabinetes demandas da comunidade, seja lá da UBS ou até da alta complexidade nos hospitais, o caos que nós estamos vivendo na nossa saúde. Que não é somente aqui em Caxias esse cenário. Nós estamos observando em Porto Alegre, nós estamos observando em outros municípios. Olhando para o município de Vacaria, o prefeito, em estado de calamidade, fechou um ginásio e está botando leitos. Olhando para Porto Alegre, ele está em um cabo de guerra com o Eduardo Leite e disse: “Ou a gente interdita tudo, ou o governo nos ajuda.” Bom, mas eu não sou vereador nem de Vacaria, nem de Porto Alegre. Sou vereador de Caxias do Sul. Então, vamos olhar aqui para a nossa cidade. O que está sendo feito em Caxias do Sul? Eu gostaria, se alguém pudesse, em um aparte, me dizer o que está sendo feito em Caxias do Sul. Não sei.
VEREADOR HIAGO MORANDI (PL): Um aparte, vereador. Eu digo.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Já lhe concedo, vereador. Eu quero dizer o seguinte, colegas. Nós estamos em estado de calamidade, o prefeito decretou estado de calamidade.
VEREADORA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Um aparte, vereador.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Eu não quero profetizar e não quero agourar nada, mas nós estamos colapsando. Quando a gente estava na pandemia, tinham as bandeiras, vereador Elói Frizzo. O senhor vivia, enquanto vice-prefeito, mudando as bandeiras: vermelha, preta, enfim. Eu quero dizer que nós já estamos na bandeira preta. Passamos da bandeira preta. E eu, vereador Frizzo...
VEREADORA DAIANE MELLO (PL): Um aparte, vereador.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Durante a pandemia, a gente via diversas situações, mas eu vi o senhor e o prefeito Cassina, na época, estando presentes nos hospitais e presentes nas UPAs. Vocês estavam presentes! Não faltava leito para ninguém. Ontem, nas UPAs, colegas vereadores, e eu falo na UPA Zona Norte em especial, porque nós estivemos lá, a Comissão de Saúde. Agradeço à vereadora Andressa, ao vereador Capitão Ramon, à assessoria da vereadora Estela e à do Juliano, que estiveram presentes. Nós observamos um verdadeiro cenário de pânico, de guerra lá naquele espaço. Lugares onde os acompanhantes ficam, que deveriam ficar ao lado dos acamados, principalmente dos idosos, para prestar assistência àquelas pessoas deficientes, que precisam ter cuidado para não retirar uma sonda; não existem mais esses lugares.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Um aparte, vereador.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Por que não existem mais? Porque eles tentaram readaptar. Está a 130% a ocupação dos leitos. Eles montaram um espaço comum, uma mesa e umas cadeiras, e eles ficam espiando, assim, lá do fundo para ver como é que está o paciente. Eles não conseguem mais ficar ao lado do seu familiar. Então, colegas, nós chegamos a um estado que isso está chegando... Não sei onde vai parar. Nós estamos com cerca de 80% das UPAs sendo frequentadas hoje, tanto a Central e tanto a Zona Norte, de pessoas que poderiam e deveriam ocupar as UBSs lá nos seus bairros, e as orientações das UBSs, porque não tem profissionais médicos, é ir se dirigir até as UPAs.
VEREADOR CAPITÃO RAMON (PL): Se me permite um aparte, nobre colega.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): E não é que está faltando médico nas UPAs. As UPAs têm os médicos, eles chamam os médicos profissionais, só que não conseguem desafogar, porque as pessoas chegam às UBSs, não tem profissionais, vão à UPA Central e à UPA Zona Norte. Aí ficam quatro, cinco horas. Mas as UPAs são para urgência e emergência, não é para a pessoa que tem uma dor de barriga, que tem febre, que tem gripe. É para média e alta complexidade, para a pessoa se direcionar depois para o hospital se precisar, ou fazer um tratamento e depois buscar na rede o atendimento de exames. Nós estamos em um processo que as pessoas estão realmente querendo atendimento, não encontram nas UBSs e vão para as UPAs, aí ficam quatro, cinco horas. Porque tem as classificações de verde, azul, enfim. E a maioria é verde e azul. Então, colegas, nós chegamos a um momento caótico, bandeira preta da saúde em Caxias do Sul, e eu não estou vendo reação. Nós estamos em um estado de calamidade pública. Não sou eu que decretei, foi o prefeito. O que precisaria fazer, colegas vereadores, vereadoras e comunidade? Arma-se uma barraca ali em frente às UPAs e faz a triagem, não deixa nem as pessoas entrar. Pega o espaço lá da UCS, faz um hospital de campanha. Já deveria ter sido feito! Pega o exército, Capitão Ramon, ajuda com as barracas. Ninguém vai se negar. Façam um hospital de campanha e façam a triagem, não deixem entrar para as UPAs que estão superlotando. “Ah, mas é porque 70% das pessoas que estão buscando atendimento nas UPAs não fizeram vacina.” Mas o que estão fazendo? “Ah, vão fazer campanha.” Gente, se os profissionais estão nas UBSs, exaustos porque não tem mais profissionais, eu duvido que se ligar para a Randon, para a Marcopolo, para os Andreazzas, eles não vão abrir para vacinar os funcionários. Já desafoga. Não precisa, é só botar uma caixinha térmica ali. Vamos na frente das escolas, os pais vão levar as crianças, vamos vacinar. Na frente dos Andreazzas, na frente do Fort Atacadista, na frente do Via Atacadista, em uma semana já vacinam uns 40% da população. Mas tem que ter reação! Poxa vida! Ou vão ficar se lamentando, falando números na internet para a população? Eu estou de saco cheio disso aqui, gente. Sou da base, mas eu estou falando de forma isenta, mas eu sinto a dor da população. Ontem, uma senhora me ligou que o pai dela está com câncer na cabeça, a cirurgia marcada para ontem no Pompéia. Sabe qual foi a resposta do Pompéia? Qual foi a resposta: “De fato, estamos com superlotação em nossas áreas, e no momento estamos com nove pacientes aguardando leito de UTI. Por isso que a cirurgia foi cancelada.” Mas cirurgia de um câncer de tumor no cérebro. Nove pessoas aguardando leito de UTI. Sabe o que isso significa, comunidade? Que cirurgias serão represadas. Aquelas cirurgias eletivas que já estavam marcadas para tirar uma hérnia, uma cirurgia na vesícula, um pé quebrado, vão ficar represadas. Porque muitas dessas cirurgias, tu precisa ter um leito de UTI disponível para fazer as cirurgias. Só que esses nove leitos de UTI são para pessoas que tem acidentes, caiu de uma escada, idosos que estão fraturados e precisam para fazer uma cirurgia, precisam que esteja disponível um leito de UTI. Então já estamos desmarcando as cirurgias. Por quê? Porque só no Hospital Pompéia nove leitos de UTI estão faltando. Isso são dados. Ontem, tinham 57 pessoas aguardando leito nas UPAs, em Caxias do Sul. Nas duas, tanto na Central, tanto na da Zona Norte. Nós não estamos mais conseguindo reverter o quadro. Então assim, o que eu sugiro? Primeiro: a vacinação é o problema, que ninguém está se vacinando? Bota esse pessoal trabalhar na frente dos Andreazzas, nas escolas, já vacina um monte de gente, nas igrejas. Fala com o bispo, tenho certeza que os vovôs, vovós... O padre vai dizer. Fala com as igrejas evangélicas, tenho certeza que o pastor, os padres vão mandar todo mundo se vacinar, os pais de santo. Metade da cidade já iria estar vacinada. Segundo: nós temos o IDEAS, o IDEAS é que coordena as UPAs, eles são uma organização social. Então, eles estão aptos, inclusive para receber emendas. Nós estamos no estado de calamidade! Não fui eu, vereador Cristiano, que decretei. Foi o prefeito Adiló Didomenico que decretou. Enquanto a gente está em estado de calamidade, não precisa fazer licitação para nada. É só o prefeito contratar. É só o prefeito contratar. O IDEAS está disposto, e o Gustavo foi muito receptivo, e sempre é, um guri legal. E que bom que nós temos o IDEAS aqui em Caxias, viu? Porque nós nunca tivemos, na história, diálogo aproximado. Nem com a UCS, tanto diálogo como nós estamos tendo com eles, participando aqui da Câmara, atendendo os vereadores. Eles estão dispostos. Vamos fazer contratação de horas médicas nas UBSs para suprir a necessidade. Eles estão aptos a isso. Estão dispostos a isso. Estão, vereadora Andressa, vereador Ramon? A fazer isso? Então, nesse momento, estamos de calamidade, não precisa fazer licitação. Deu deserta a adesão dos médicos no concurso, tem justificativa para contratar. O senhor foi vice-prefeito, vereador Frizzo, o senhor sabe que pode isso. Bom, paralelo a isso, nós temos o Hospital Saúde que está disposto a abrir 90 leitos. Eles têm, hoje, 90 leitos. Todos equipados, com macas, com tudo, com luz, com água, tudo instalado. Esses 90 leitos, se não podem ser abertos de hoje para amanhã, nós temos o que? A deputada Denise, que é do PT, que é do governo Lula.
PRESIDENTE LUCAS CAREGNATO (PT): Declaração de Líder?
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Declaração de Líder.
PRESIDENTE LUCAS CAREGNATO (PT): Segue em Declaração de líder, da bancada do PDT, vereador Rafael Bueno.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Que é do governo Lula. Pega Denise pelo braço, e vai no Ministério da Saúde. “Ah, o Ministério da Saúde não quer liberar.” Compra uma barraquinha, um iglu e acampa lá na frente do Ministério da Saúde. Até o ministro não liberar os leitos, não sai de lá. É isso que tem que fazer, poxa vida! Mas tem que ter iniciativa. Se não consegue se vacinar, como é que nós vamos abrir os leitos? Então assim, olha, não adianta dizer, e aí eu concordo com os vereadores: “Ah, estão faltando 1.500 pessoas para consulta.” Faltam. Mas se tu não consegue se comunicar com a população, como é que as pessoas vão buscar auxílio? As pessoas estão que nem uma barata tonta perdida, não sabem quem mais procurar. Então, vamos contratar médicas nas UBSs, vamos tentar esses 90 leitos que pode... E o senhor viu, vereador Lucas, o hospital está saudável, pode abrir hoje 90 leitos e, dando uma reforma em alguns leitos, ampliar para mais 20 leitos; 110 leitos nós podemos abrir em Caxias do Sul. E eu entendo, né, que depois de aberto nunca mais fecha. Então, depois desse estado de calamidade, depois a gente consegue manter esses 110 leitos para a nossa cidade. “Ah, Rafael, tu acha que é fácil?” Não, eu acho que é fácil pegar os servidores e botar lá no Andreazza, botar nas escolas, botar lá no Saravá, botar lá na Universal, botar lá na Igreja Católica, e já vacina muita gente. E isso já resolve o problema, um pouquinho do problema já resolve.
VEREADOR CLAUDIO LIBARDI (PCdoB): Vou lhe pedir um aparte também.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Bota uma barraca em frente às UPAs, na UCS, na praça e faz essa triagem desse pessoal para não superlotar mais as UPAs. Já resolve outro problema. Mas, eu estou aqui enquanto presidente da Comissão de Saúde falando que nós estamos colapsados, na bandeira preta, pessoal. As pessoas estão morrendo, esperando leito de UTI. Muitos óbitos que vocês estão vendo, observem o obituário: às vezes tem 20 num dia. Está tendo 20 pessoas em um dia. Observem, não sou eu que estou falando. Pega o mês de fevereiro... E nós não entramos no estado mais caótico, e o vereador Frizzo sabe disso, que foi vice-prefeito, no mês de julho, até início de agosto, vai ser o pior mês que tem: vai morrer gente, vai morrer mais gente ainda por essa falta de leito. Vereador Hiago, seu aparte.
VEREADOR HIAGO MORANDI (PL): Parabéns. Sobrou pouca coisa para falar, porque o senhor foi muito bem na sua fala. Então, sobra pouca coisa aqui para a gente falar. O que eu queria ponderar ali: a questão do IDEAS, realmente está sendo muito bom. O IDEAS nos prova, quando a gente vai lá, por A e B, nos prova que está fazendo o possível, tudo o que dá ali, atende mais do que o contrato prevê. Então, a parte dele, ele vem fazendo. O que eu acho que seria uma solução, além do que o vereador Rafael falou aqui, a gente dar uma oxigenada, está na hora de mudar. A gente não tem como ter resultados diferentes com as mesmas pessoas lá. E aqui fazendo uma analogia para o futebol, que eu nem sou tão fã assim, mas o Carlo Ancelotti ali, que venceu a Liga dos Campeões por cinco vezes, está entre os 10 maiores treinadores da história, foi perguntado para ele o que ele faz para ter resultados positivos, porque ele veio agora para administrar o caos da seleção brasileira. Aí ele alega que ele não entende tanto de futebol, mas ele entende de pessoas, e pessoas qualificadas, e ele não abre mão de vir com uma comissão técnica atuante. E o que ele explica? Que ele conduz a comissão técnica e faz essa comissão técnica produzir resultados. É a frequência, a energia dele, entendeu? Então, se a gente não tiver uma pessoa com uma energia alta, com uma frequência alta, com uma ousadia para mudar alguma coisa, como foi a sua fala aqui, a ousadia, a gente só muda com a ousadia. Enquanto a gente tiver, por exemplo, a adjunta que a gente tem ou o secretário com pensamento antigo e pessoas com pensamento mais para trás, não vai mudar! Não adianta esperar resultados diferentes. E o senhor falou de outros municípios, também tem uma frase do Carlo Ancelotti: “Liderança pode ser aprendida, mas não imitada.” Realmente, a gente traz exemplos bons, mas a gente não pode imitar um ou outro ou ficar citando números nas redes sociais, como o prefeito vem fazendo, porque não vai mudar. Então, eu só queria dizer que aqui, mais uma vez, deixo registrado que precisa mudar a Secretaria de Saúde porque a gente chegou ao caos. Eu tenho alguns casos bem complicados, que eu vou deixar para a semana que vem e eu vou botar no telão para o pessoal ver se a gente está mentindo, está faltando com a verdade, quem está certo, quem está errado. Muito obrigado.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Obrigado, vereador. Capitão Ramon.
VEREADOR CAPITÃO RAMON (PL): Vereador Rafael Bueno, parabéns pelo seu pronunciamento.
VEREADORA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Um aparte, vereador.
VEREADOR CAPITÃO RAMON (PL): Parabéns pela condição dos trabalhos na presidência da Comissão de Saúde. Eu, como membro, fico muito feliz e satisfeito de ter o senhor lá e ver que, apesar do senhor ser da base do governo, a gente tem que melhorar a questão de Saúde. E ontem nós tivemos um dado do Instituto Ideas, que nós temos cerca de 29 mil atendimentos por mês nas UPAs. Vinte e nove mil atendimentos por mês. Destes, 80% poderiam ser atendidos nas UBSs. Então, olha que dado gritante que nós temos. Fiz um cálculo de padaria e cheguei à seguinte conclusão: se nós adicionássemos um médico, 40 horas, por UBS, nós conseguiríamos desafogar esse caos, que hoje está instaurado nas UPA’s. Por quê? O paciente procura UBS, normalmente não tem vaga, então, ele já se dirige para a UPA. E isso ficou como um modus operandi. As pessoas já nem procuram UBS, já vão para a UPA. A UPA fica sobrecarregada e, mesmo eles fazendo das tripas o coração, às vezes, não consegue atender na brevidade que a população precisa. Então, parabéns por ter trazido estes dados.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Obrigado, vereador. Vereadora Daiane.
VEREADORA DAIANE MELLO (PL): Vereador Rafael Bueno. Aqui não podemos analisar a questão de saúde como posição ou situação, não é? Base de governo ou não. A situação da saúde, em Caxias do Sul, está colapsada já há algum tempo, e a gente vem falando sobre isso repetidas vezes aqui na Câmara de Vereadores. O que a gente precisa são atitudes diferentes. Eu assinei uma indicação, no dia de ontem, pedindo exatamente isso, a instalação emergencial de um hospital de campanha para enfrentamento da síndrome respiratória aguda grave em Caxias do Sul. Não adianta a gente fazer vídeo para a rede social, dizer que estamos em situação de emergência e não termos atitudes para isso. Qual a pessoa em sã consciência em Caxias do Sul, qual o munícipe aqui que consegue estar ruim, vai 11 horas da manhã e consegue uma vaga em uma UBS em Caxias do Sul? Não se consegue. Isso é em todas as UBSs em Caxias do Sul. A partir do horário das nove horas não tem mais consulta. Vai fazer o quê? Vai desembocar na UPA. Daí não adianta a gente vir aqui dizer assim: “UPA é para urgências e emergências.” Porque as pessoas, mesmo nas UBSs, dizem: “Está ruim? Vai para a UPA.” As pessoas que estão lá na UBS, elas mesmas instruem a população a fazer isso. Então, a gente tem que ter atitudes diferentes. Com as mesmas atitudes e as mesmas pessoas a gente não vai conseguir, infelizmente, resultados diferentes para a nossa saúde. Era isso, muito obrigada.
VEREADOR ELÓI FRIZZO (PSB): Permite um aparte, vereador?
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Obrigado. Já lhe concedo.
VEREADOR JULIANO VALIM (PSD): Vereador Rafael, parabéns pela abordagem do tema. Eu também faço parte, como membro da Comissão de Saúde. De fato, é lamentável a situação que estamos passando em Caxias do Sul, estado de calamidade pública. Inclusive, hoje temos reunião do Conselho Local de Saúde lá no Bairro Serrano. O secretário Geraldo confirmou que estará lá presente. Mais um médico pediu demissão lá. Toda quarta-feira tem, em média, de 250 a 300 pessoas em lista de espera, na fila, com chuva, e não conseguem um médico. As enfermeiras e técnicas de enfermagem são humilhadas, esculachadas, porque chega lá: 30 vagas. Porque só tem uma médica. Isso não pode. Hoje estão esgotadas essas profissionais da saúde; e elas não têm culpa. Inclusive, o Geraldo estava me comentando, o secretário, que foram chamados 52 médicos e, infelizmente, 24 não aceitaram trabalhar. Inclusive, na semana passada, três médicos no CES pediram demissão. Então, olha ao ponto que nós estamos chegando. Hospital de campanha é para ontem, emergencial. Tem o pátio da prefeitura aqui, estacionamento enorme. Qualquer coisa, lá no Serrano tem campo de futebol; instala lá. A sua região aqui, vereador Rafael Bueno, tem espaço com certeza. A região norte, oeste, sul, oeste. Espaço tem, falta é atitude, que nem o senhor disse. Atitude. No meu gabinete, na minha assessoria, chega a ser humilhante. As pessoas desesperadas, na espera de um leito hospitalar. Inclusive, hoje é normal vocês verem carro fúnebre irem às UBSs buscarem corpo. Porque, se não tem leito no hospital, vai fazer o quê? Só milagre. Então, pelo amor de Deus! Atitude emergencial das pessoas competentes. Prefeito, infelizmente, temos que trabalhar urgente nessa causa. Hospital de campanha para ontem. Vereador Rafael, parabéns.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Vai lá, vereador Claudio.
VEREADOR CLAUDIO LIBARDI (PCdoB): Eu queria cumprimentar o senhor primeiro pela coragem, segundo pelo conhecimento que o senhor tem da área. Eu queria relatar que a gente vê índices de comprometimento de receita no município de Caxias em 120% do planejado. Posteriormente, foi fazendo cortes, cortes, cortes; nós chegamos a 100% do valor da execução. Só que nós temos o índice de comprometimento com empréstimos em 1%, vereador Rafael. O município precisa tomar um empréstimo e começar a promover investimento, porque senão a nossa capacidade de investimento está engessada em três, 4%. A gente vive na mesma estrutura administrativa que nós vivíamos há 10 anos e não encontramos saídas para isso. O município tem capacidade, precisa tomar um empréstimo e promover um investimento como bem tratou o senhor. Parabéns.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Vereadora Andressa.
VEREADORA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Só rapidamente, vereador. O que me preocupa é que todo mundo sabe, o senhor levantou aqui várias possibilidades, os nobres colegas também, o secretário sabe, o prefeito sabe, todo mundo sabe. O que está faltando para a secretaria tomar providências? É isso que a gente precisa perguntar. Se o senhor falou que já está na bandeira preta, o que mais precisa acontecer para alguma coisa ser feita na nossa cidade?
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Vereador Friszzo.
VEREADOR ELÓI FRIZZO (PSB): Eu resumiria... Parabéns, vereador Rafael. Para a atual situação, para momentos excepcionais, medidas excepcionais. Então, eu sei que o governo está preocupado com isso, essa questão do Hospital Saúde já vem sendo tratada há algum tempo. Isso incorporaria, de fato, um grande número de leitos, o que ajudaria a resolver o problema. Mas, neste momento, o prefeito tem que entender, não só o prefeito, o secretário, toda a equipe de governo do prefeito Adiló, que é um momento excepcional, como nós vivemos lá em 2020. Então, para um momento atípico como este, situações excepcionais também têm que ser tomadas. Então, vamos aguardando. Estamos na expectativa de que o prefeito se manifeste, a sua equipe, no sentido de dar um caminho para o enfrentamento desse momento grave que nós estamos vivendo. Obrigado, vereador.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Vereador Calebe.
VEREADOR ELÓI FRIZZO (PSB): Poderia falar mais coisas, mas você não iria fechar o tempo. Obrigado.
PRESIDENTE LUCAS CAREGNATO (PT): Para concluir, vereador Rafael.
VEREADOR CALEBE GARBIN (PP): Brevemente, vereador Rafael. Lhe parabenizar pela propriedade do assunto, como vários colegas já informaram. E lembrar que nós precisamos devolver a credibilidade das UBS’s. Por muito tempo a UBS era sinônimo de atendimento de saúde e hoje as pessoas, pela descredibilidade, vão direto ao UPA. Mais uma coisa importante: Caxias, de novo o senhor mencionou isso e eu quero deixar registrado, nós não estamos falando da saúde de Caxias, estamos falando da saúde de quase 50 cidades do nosso estado. Então, eu acho que o assunto é delicado. Parabéns pelo seu conhecimento e abordagem. A gente, de novo, espera, apesar de ser base do governo, que tenhamos boas ações e medidas.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Obrigado, vereador. Obrigado, presidente, pela tolerância. E eu volto a dizer, para concluir, não sou vereador de Vacaria, não sou vereador de Porto Alegre, mas essas cidades, uma pequena e uma maior, já tomaram providências e nós estamos no limbo. E assim, olha, presidente, meu líder do governo, eu peço desculpa até pela minha fala. Só que ontem na UPA, o próprio diretor do Ideas está aguardando a visita do secretário nas UPA’s e ele não frequenta as UPA’s. Ele está aguardando a visita dele na UPA Zona Norte para ver a situação que está. Não sou eu que estou falando, é o próprio diretor do Ideas. Então, às vezes, sair do ar condicionado, do cafezinho e ver a realidade da população vale muito a pena. Presidente, e eu peço ao senhor, se a gente puder, convocar a deputada Denise para uma agenda com o ministro, o quanto antes, do ministro da Saúde, e também o Geraldo e o prefeito, para que a gente possa viabilizar a abertura desses leitos no Hospital Saúde. Esse é o meu apelo para o senhor. Muito obrigado, presidente e colegas vereadores.
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VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Muito bom dia, colegas da Mesa Diretora; colegas vereadores; a comunidade que nos acompanha. Eu venho para a tribuna para falar sobre o nosso trabalho aqui na Câmara de Vereadores e contar um pouquinho de um projeto importante que nós... Dois, na verdade, dois projetos importantes que nós protocolamos nos últimos tempos e que tem referência com um tema muito importante que me foi trazido ano passado, ainda quando presidente desta Casa, eu recebi uma visita, aqui, que me trouxe um relato que me sensibilizou profundamente. Os colegas vereadores sabem que eu não sou mãe, não passei por nenhuma gestação, mas ouvir de uma mãe que passou por, praticamente, todo o período de gestação e acabou perdendo o seu bebê no finzinho da gestação, ela foi para o hospital, em algum momento, só para relatar aqui, ela foi para o hospital e na hora de fazer o exame, já avançados nos oito meses, ela recebeu a informação de que o bebê não tinha mais batimentos, ela precisou... Isso é uma determinação, é um protocolo, fazer a indução, fazer um parto normal para retirada do feto morto. E ela contou, naquele momento, não só pela situação, que não tinha o que fazer nesse sentido, mas da forma como ela se sentiu não acolhida pelo sistema de saúde, pelo hospital em que ela estava, quando ela passou por várias situações, como: ficar no mesmo quarto em que as mães que haviam tido seus bebês e que estavam celebrando a vida, ficar na mesma sala de recuperação; ou de, por não estar em um local isolado, receber uma enfermeira, vereadora Andressa, que perguntou para ela: “mãezinha, o teu bebê já veio para ti amamentar?” Ela tinha acabado de se despedir dele; e também falando sobre a dificuldade de se despedir, que ninguém ofereceu a ela, naquele momento, isso já faz alguns anos, a possibilidade de ela se despedir efetivamente, de, de repente, fazer um registro, uma foto, de levar alguma lembrança, enfim. Aquilo me afetou profundamente e nós começamos a buscar quais seriam as possibilidades da nossa movimentação, da minha movimentação, enquanto parlamentar, enquanto vereadora, para trabalhar essa questão. E nós vimos que existem alguns municípios que têm as suas leis determinando um acolhimento mais humanizado. O Estado tem uma lei, que é de 2022, que também tem algumas determinações nesse sentido. E aí, há poucos dias, acho que 10, 15 dias, o governo federal também trouxe algumas novidades em relação a isso, em relação ao luto parental, em relação à necessidade de acompanhamento psicológico via sistema público de saúde para quem enfrenta essas situações. E a gente vem trabalhando isso. O que nós decidimos? Protocolamos um Projeto de Lei que determina que as unidades de saúde, os hospitais, tanto públicos quanto da rede privada, ofereçam o acolhimento. Por exemplo, que ofereçam quartos separados para essas mães que passam por essa situação, enfim, do natimorto, do feto morto, enfim. E além disso, para além de um Projeto de Lei frio, a gente tem ido visitar alguns hospitais, para conversar com os hospitais, para entender o que já vem sendo feito. Porque a gente sabe, também, que essas equipes enfrentam isso no dia a dia. Elas vivem essa realidade diariamente. Então, elas sabem como acontece, elas têm os protocolos normais e precisam repensar. E aí, eu tenho até que compartilhar aqui com os senhores vereadores, e com quem nos acompanha também de casa, que a gente tem visto em vários. A gente já esteve em dois hospitais, ontem nós fomos ao Virvi Ramos, na semana passada no Hospital do Círculo, e a gente tem visto que algumas ações já estão acontecendo, nesse sentido. Já se percebe a necessidade de uma sensibilização maior, de um cuidado maior. A gente está vendo agora aqui, inclusive, a foto da nossa visita ao Hospital do Círculo. E no Hospital do Círculo, olha que bonito, eles já têm um projeto criado no ano passado, desenvolvido a partir do ano passado, que são as caixas de memória. Então, eles entregam para a família, na saída do hospital, uma caixa de memória com o carimbo do pezinho do bebê, se ficou alguns dias no hospital, com a pulseirinha do bebê, com o carimbo da placenta, muitas vezes, enfim. E aí, a gente que não viveu essa situação, talvez diga: “Poxa vida, mas será que é importante? Será que isso não aumenta a dor?” Muito pelo contrário, isso é uma forma de entender que é uma vida. Era uma vida durante todo esse tempo, que pode ter sido dois meses, três meses, oito meses, nove meses e alguns dias de vida. Mas foi vida. Então, para essas famílias, elas também precisam ter esse momento, esse ritual da despedida.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Um aparte, vereadora Marisol?
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): É um assunto duro. É um assunto que não vai tocar a todos, nem aos colegas vereadores aqui, durante a minha fala, eu tenho certeza, mas que em algum momento vai nos tocar, porque não tem como a gente não se sensibilizar. Então, nós estamos passando aqui alguns slides, eu sei que quem está em casa, principalmente, está acompanhando. Falando um pouco sobre o que é esse luto, que pode ser uma perda gestacional, pode ser uma perda durante o parto, pode ser pós-parto, nos primeiros dias de vida. E é sobre isso que a gente está tratando nesse Projeto de Lei. Buscando sempre mais respeito, mais acolhimento, mais atenção, mais empatia, mais sensibilidade, uma humanização do atendimento. Vocês imaginem para essa mãe. E não é um relato meu, é o relato de uma e depois de outras mães que passaram por essas situações. Relato dessa mãe, que está num momento mais, sem dúvida nenhuma, mais triste da vida dela, de despedida, e alguém passar por ela e dizer: “Eu já levei para a geladeira. Fica tranquila que já está na geladeira.” A gente precisa repensar, a gente precisa sair daquele automático e ter um olhar mais sensível. Então, no Hospital do Círculo, a gente teve já essas informações. Ontem, a gente esteve no Virvi Ramos, e a gente sabe que o Virvi ainda está com a estrutura temporária, está quase para inaugurar a sua estrutura definitiva, da unidade materno-infantil. Então, hoje, não existe um local para isolamento quando acontecem essas situações. Obviamente, que a equipe tem uma sensibilidade, que foi isso que nos foi relatado, para pelo menos deixar num espaço reservado com biombo, com cortina, com alguma coisa nesse sentido, mas ainda assim com aquela mãe ouvindo o choro do bebê, ou a alegria das outras mães. Imaginem, colegas vereadores, o relato dessa mãe de dizer: “Eu não podia ficar, eu não podia demonstrar minha tristeza porque as mães próximas de mim estavam felizes, e elas não conseguiam demonstrar alegria porque elas sabiam da minha tristeza.” Então, a gente precisa, obviamente, ter um olhar mais sensível para isso. Ontem, no Virvi Ramos, também a gente ouviu muito assim das profissionais, e nós estivemos com as responsáveis pela unidade, enfim, contando sobre como elas têm lidado com isso, como se faz. No Virvi, por exemplo, foram, desde o início, acho que cerca de mil partos. Elas não vivenciaram essa situação ainda, mas elas têm um cuidado. Quando eu postei, inclusive nas minhas redes sociais, para quem quiser saber mais e só nos acompanhar lá. Quando eu postei o vídeo falando sobre essa questão do luto parental, me chamou a atenção que uma pessoa fez um comentário dizendo: “É muito importante essa sensibilidade, eu passei por isso. Mas eu tive lá no hospital, uma enfermeira que tirou a minha cama do lugar e disse: Tu não pode ficar nesse lugar junto com as outras mães. Ela salvou a minha vida...” ou ela fez... Foi algo nesse sentido, assim, não literal, mas algo nesse sentido. Uma pessoa, naquele plantão, ela teve a sorte de encontrar, mas não pode ser uma. Tem que haver, e isso a gente fala no projeto de lei, uma capacitação permanente e de todas as equipes. Não é só de quem trabalha no centro de obstetrícia, não é só de quem trabalha na unidade materno-infantil, mas é de todo mundo. Porque quando essa mãe chega lá, quase, às vésperas de ter o seu bebê, e ela vai fazer a eco, vai fazer o exame, e o médico diz: “Ué, não estou ouvindo nada, parou, não tem mais batimento.” Não é desse jeito! É uma vida, uma expectativa. Então, todo mundo precisa ser preparado, porque as más notícias, elas existem e elas vão acontecer, mas eles têm que estar preparados para isso. Então, a gente protocolou esse projeto de lei, mas, para além dele, a gente tem feito essas visitas aos hospitais para já entender o que que estão fazendo, como é que estão olhando para isso e pra que a gente possa, inclusive lá no fim dessas visitas convocar aqui uma reunião pública para que os hospitais possam compartilhar as suas experiências, o que eles têm feito. Porque quando a gente vai nesses lugares, e ontem foi muito claro, a gente ouviu deles outras expectativas, deles outros pedidos... Por favor, uma Declaração.
PRESIDENTE LUCAS CAREGNATO (PT): Segue em Declaração de Líder, vereadora Marisol Santos, da bancada do PSDB.
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Desculpa, presidente, como o tempo não estava marcando aqui, e ele não está funcionando, eu me perdi, perdão. Mas eles já trouxeram outras necessidades. A necessidade de ter um plantão de cartório nos hospitais, por exemplo. Porque hoje, por essa nova determinação sancionada pelo Presidente da República, se a criança nasce, nasce viva, tem os seus momentos de vida, ela tem a possibilidade também de fazer o registro, tem algumas informações que mudam nesse sentido. Mas aí o pai vai ter que sair, ou o familiar vai ter que sair, deixar a mãe ali para poder fazer todo esse registro, para voltar, para pegar a documentação. Então, talvez estando ali fosse mais fácil. A cada conversa que a gente tem sobre o assunto, vão surgindo outras possibilidades. Então a gente conversou, por exemplo, durante o Maio Furta-Cor eu conversei com as voluntárias que fazem parte, fizeram parte da coordenação, porque nós estamos falando aqui, obviamente, sobre saúde mental. Nós estamos falando da dificuldade já de uma depressão pós-parto, que acontece com bastante frequência nas mães quando seus bebês nascem, são saudáveis, imagina quando isso não acontece. É uma expectativa de tanto tempo dela, da família, de todo mundo, e não acontece. Então, a gente precisa ter esse acompanhamento, e a gente sabe que os hospitais, muitos deles, já tem um olhar para a questão multidisciplinar, mas a gente precisa ampliar, multiprofissional a gente precisa ampliar. Aí, além desse projeto de lei, além das visitas e da reunião que a gente deve fazer ao fim dessas visitas, convocando a comunidade para falar do assunto, porque eu sei que é um assunto que se a gente não puxar, se eu não tivesse ouvido de alguém um primeiro relato sobre isso, muito provavelmente ele não me afetaria, a não ser quando alguma pessoa mais próxima de mim sentisse ou quando eu ouço um relato.
VEREADOR CLAUDIO LIBARDI (PCdoB): Um aparte, por gentileza.
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Então, a gente precisa falar, a gente precisa. Não é à toa que se usa a expressão do “dar à luz”, a gente precisa dar luz também para esse tema, colocar luz sobre ele para a gente pensar nele e de como, inclusive, a nossa Casa pode, eu falei isso ontem no hospital, como a nossa Casa pode contribuir, quem sabe, nesse sentido. Vamos pensar se o que falta é a capacitação, falta é a qualificação, falta é falar do assunto? Vamos fazer. E aí nós protocolamos outro Projeto de Lei, já propondo uma semana de conscientização sobre o luto gestacional, neonatal e infantil, para que a gente tenha em calendário a necessidade de tratar desse assunto. A necessidade de conversar com os hospitais, de entender como é que estão sendo capacitados, os seus profissionais, de conversar, de ouvir o relato de quem passou por isso e talvez não tenha se sentido acolhido como a gente acha que precisaria ser. Então, a nossa ideia é na semana do dia 15 de outubro, porque o dia 15 de outubro é o Dia Mundial da Conscientização da Perda Gestacional e Neonatal, que é uma realidade de muitas famílias, ainda é um tabu na sociedade e a gente precisa rever, discutir e falar do assunto.
VEREADOR HIAGO MORANDI (PL): Um aparte, vereadora?
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): É duro. As pessoas que estão em casa não estão ouvindo, mas é quase unânime. Alguns casos não, mas é quase unânime que a gente para em algum momento para ouvir sobre isso e se choca. A gente faz silêncio e choca, mas a gente precisa falar. Vereadora Estela, seu aparte.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Primeiro lugar, parabéns pelo tema, vereadora Marisol. Na audiência pública que nós tivemos para tratar da saúde mental materna, essa foi uma das coisas que surgiu: a necessidade de nós termos um olhar mais atencioso, mais empático, um olhar mais sensível para essas situações. Eu, infelizmente, passei lado a lado de uma mulher que perdeu seu filho, que o pai não pôde ficar ali, teve que sair, teve que ir no cartório. Então, toda a burocracia que envolve um momento de uma dor tão extrema, de uma dor incomensurável que a gente não consegue explicar, que talvez nem a própria pessoa, nem a própria mulher que passou por isso consiga explicar. Então elas saberem que tem alguém, e essa pessoa se materializa em você, mas com toda certeza com a nossa força, que olha para essa questão, que olha com sensibilidade para isso e que quer de fato trazer para o debate, trazer mais informações, trazer mais conscientização, trazer um tratamento mais especial nessa situação, é fundamental. Então, eu lhe parabenizo. Digo que sem sombra de dúvidas está estritamente ligado a pauta da saúde mental materna. Passamos pelo Maio Furta-Cor agora há pouco tempo, então ter esse Projeto de Lei para que aqui nós possamos apreciar é fundamental e muito importante. Parabéns, vereadora.
VEREADORA DAIANE MELLO (PL): Um aparte, vereadora.
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Obrigada, vereadora Estela. Obrigada. Vereador Claudio tinha solicitado na sequência. Por favor.
VEREADOR CLAUDIO LIBARDI (PCdoB): A senhora sabe que para mim é um tema complexo, extremamente difícil para toda a sociedade. E a senhora trata de forma tão digna que honra esta Casa, então eu vou iniciar parabenizando a senhora. Tenho certeza de que é um tema muito, muito difícil de ser tratado, então queria inicialmente falar que não emociona só a mim, mas emociona todos que nos acompanham, e também emociona a senhora, com certeza, a adição da Lei. Acredito que a gente teria que buscar, com rapidez, o diretor do fórum Juiz Darlan, para que nós pensemos na instalação de postos avançados do registro civil dentro dos hospitais. Tanto para registros de nascimentos, quanto para registros de óbitos. Hoje, o concurso mais disputado do Brasil é para ser registrador ou tabelião, porque é muito vantajoso economicamente. Então, com certeza há a possibilidade de instalação de postos avançados. Das grandes marcas que eu tenho na minha vida, uma foi registrar um óbito. Registrei um óbito, foi da minha avó, era um dia de chuva, ela tinha 87 anos e foi difícil. A senhora imagina registrar um óbito de uma criança de um dia, muitas vezes. O quão complexo deve ser. Eu acredito que é só o início da apresentação da senhora, tenho certeza que o Juiz Darlan será parceiro para isso. E nós temos que, sim, embora não seja uma competência nossa, conversar com deputados estaduais, conversar com o governador de Estado, que é aquele que preside as cedências de tabelionatos, para que a gente consiga fazer um registro civil em cada hospital. Tenho certeza que vai valer o mandato da senhora se a gente conseguir registrar um registro civil dentro de um hospital. Parabéns, vereadora Marisol.
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Obrigada. Difícil falar. Vereador Hiago, tinha solicitado?
VEREADOR HIAGO MORANDI (PL): Só parabenizando, também. Aqui o vereador Claudio falou que a senhora fez uma apresentação digna, e eu também digo, genuína. Então, queria parabenizar e dizer que muitos locais, muitos lugares no mundo mudam algumas coisas para melhor, mas às vezes não é nem com Projeto de Lei, mas é com a cultura, que é cultuar novos costumes, costumes bons.
VEREADOR EDSON DA ROSA (REPUBLICANOS): Um aparte, vereadora?
VEREADOR HIAGO MORANDI (PL): E aqui a senhora apresentou duas soluções. Além do Projeto de Lei que pode nascer, falando em nascimento, a senhora também apresentou a Semana Municipal da Conscientização. Então, através da cultura e através de, quem sabe, de um projeto de lei, melhor ainda, vai acabar a gente tendo um resultado positivo o quanto antes. Então, parabenizar por esse assunto, que eu também não domino, mas eu fico feliz de saber que tem uma vereadora aqui nesta Casa lutando por isso. Meus parabéns, que isso vai acabar influenciando na vida de todo mundo aqui de Caxias. Muito obrigado.
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Obrigada, vereador Hiago. E isso a gente tem falado muito nos hospitais. A gente pensou na questão do protocolo do projeto de lei, a gente vem acompanhando ONG’s que trabalham muito com esse tema, inclusive. Mas o de cima para baixo, nem sempre é o que funciona. Porque eu acabei de contar para vocês aqui, existe uma Lei Estadual que determina uma série de coisas. Enquanto a gente não entender que tem que ser assim, porque a saúde é feita também por pessoas. Então, enquanto as pessoas que estão ligadas diretamente a esse atendimento não tiverem essa sensibilidade, não vai ser efetivo. Então, essa é a nossa intenção com o debate, com a discussão e com trazer aqui para os colegas, que eu tinha certeza que seriam sensíveis, também, a isso. Vereadora Daiane, por favor.
VEREADORA DAIANE MELLO (PL): Vereadora Marisol, eu estou com a voz embargada porque eu passei por uma situação dessas também. E para mim foi muito triste. Antes de eu ganhar a Yasmin, um ano antes, com 12 semanas, eu descobri em uma ecografia que não tocava mais aquele coração. (Fala emocionada) Que não batia mais. E foi muito difícil, eu tive que passar pelo procedimento da curetagem. E foi horrível. Foi uma coisa que... Depois veio a Yasmin e aquela dor diminuiu muito. Mas falar sobre esse tema é muito importante, principalmente a gente falando em conscientização e capacitação dos profissionais. Aquele médico, que era do plano, ele me colocou uma medicação, ele não falou comigo. Ele fez o procedimento, não dava certo, teve que fazer outra medicação e não dava certo. E aquele médico, simplesmente, passou por ali. E eu estava passando por um momento muito sensível. E muitas mães passam por isso. Eu era com 12 semanas. Hoje, com os estudos avançados, diz que é muito comum isso. É mais comum do que a gente pensa. E eu penso nas pessoas, nas mães, que passam por isso quando elas estão com 6 meses, 8 meses de vida. Então, parabéns por ter trazido esse tema. Eu li sobre a Legislação Federal nas semanas que passou. E eu disse assim: “alguma luz está vindo sobre isso!” E que bom que a senhora trouxe isso também para Caxias do Sul. Lhe parabenizar. Eu acho que é isso que a gente precisa: uma saúde mais humanizada. Principalmente nessa hora, que é uma hora de dor das nossas mulheres. Muito obrigada.
VEREADORA MARISOL SANTOS (PSDB): Obrigada pelo seu relato. Realmente emociona. No hospital a gente falou, em uma das visitas a gente falou sobre isso. O trauma, ninguém vai tirar. Ele vai continuar existindo. E não é nem o tempo ser 12 semanas, 20 ou quase 40. Não é essa a questão. A questão é que a dor, é o sonho, é a expectativa, é o planejamento dessa vida, que de uma forma se perde, mas que a gente precisa ter atenção para ela. Então, se falou, o trauma não vai deixar de existir, mas a nossa obrigação é fazer com que ele seja o menor possível. Muito obrigada, gente, por todos. Perdão pela emoção do momento também.
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VEREADOR CAPITÃO RAMON (PL): Senhor presidente, nobres colegas, aos senhores e senhoras que nos acompanham aqui. Ficou até difícil iniciar o assunto após as palavras da vereadora Marisol Santos. Mas o motivo que me traz aqui, a tribuna, no dia de hoje, é para falar da saúde do nosso município. O vereador Rafael Bueno já falou a respeito de alguns assuntos. E eu trago, mais uma vez, para nós ratificarmos o tema. Hoje, a UPA Central e a UPA Zona Norte estão sendo administradas pelo Instituto Ideas. O dado que me foi passado que são 29 mil atendimentos por mês. Vinte e nove mil atendimentos por mês, quando deveriam ser cerca de 24 mil atendimentos por mês. Então, nós temos um salto a mais do contratado de cerca de 5 mil atendimentos por mês. Destes atendimentos, são 17 mil na UPA Central e 12 mil na UPA Zona Norte. Só que um dado que é importante que nós, como Poder Legislativo, aqui o líder de governo e toda a base do governo vejam com clareza é que 80% desses atendimentos que são realizados, tanto na UPA Zona Norte quanto na UPA Central, são de fichas azuis, que poderiam ser atendidas na UBS, e ficha verde, que pode ter o seu motivo agravado de ficha azul para verde pelo fato da demora na espera de atendimento. Ou seja, senhores e senhoras, nós temos cerca de 23.200 atendimentos por mês que poderiam ser realizados nas UBSs, nas 48 UBSs do nosso município. Fazendo um cálculo básico, um médico de 40 horas atende, em média, 480 pacientes por mês. Se eu pego esse dado de 23.200 pacientes que são atendidos nas UPAs e eu divido por 480, que é a quantidade que cada médico de 40 horas atende, eu chego a um cálculo base de cerca de 48 médicos. Quarenta e oito médicos, 48 UBSs. Ou seja, senhoras e senhores, se nós adicionarmos apenas um médico de 40 horas por UBS, nós poderemos chegar a uma solução para a saúde do nosso município, no que tange a atendimentos de ficha azul e ficha verde. Esse é um dado que nós temos que observar e buscar uma solução. Qual é o cálculo de impacto desses médicos, desses 48 médicos a mais no município? Cerca de R$ 1 milhão por mês. Nós estamos falando de R$ 12 milhões por ano para nós tentarmos buscar essa solução. E aqui, quando eu aponto esses valores, eu trago talvez uma solução. No dia de ontem, eu conheci a senhora Ana Maria, que trabalha no Instituto Ideas. Ela foi sete vezes secretária da Saúde dos municípios adjacentes. Aí eu perguntei para ela se ela já tinha ouvido falar de um consórcio de saúde. Ela disse: “Sim. Nos municípios onde eu trabalhei nós tínhamos esse consórcio, que é o CIS/CAÍ, que é o Consórcio Intermunicipal do Vale do CAI.” Eu falei: “Eu tenho interesse.” Já falei com a nossa Comissão de Saúde para nós elaborarmos o consórcio intermunicipal de saúde da Serra Gaúcha. Talvez isso possa ser a solução para a saúde. E eu perguntei para ela: “A senhora pode me passar um dado? Com quanto cada município contribui com a saúde?” Ela me passou: 22%. Caxias do Sul investe 26%, e os outros municípios 22%. Ou seja, se nós tivermos o consórcio, nós podemos equilibrar essa balança. Então, aqui, este vereador, como membro da Comissão de Saúde, irá elaborar um ofício para o presidente da Comissão de Saúde, vereador Rafael Bueno, para promover uma audiência pública em Caxias do Sul, chamando os 49 prefeitos e os 49 secretários da Saúde da região, para que Caxias do Sul, como uma cidade referência, possa liderar esse tema. Eu, sozinho, não tenho força para resolver esse problema. Mas contando com todos os meus colegas parlamentares e contando também com o prefeito do município de Caxias do Sul – para concluir, senhor presidente –, que certamente tem interesse em resolver o problema de saúde, talvez nós possamos iniciar um movimento para a criação do consórcio intermunicipal de saúde da Serra Gaúcha e, de uma vez por todas, nós possamos ver uma luz no fim do túnel para a saúde do nosso município. Muito obrigado, presidente.
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VEREADOR EDSON DA ROSA (REPUBLICANOS): Senhor presidente, nobres pares. Vereadora Marisol, eu queria parabenizar V. Exa., porque nós, infelizmente, somos reféns do tempo. Tem assuntos que nós gostaríamos de ouvir, aprofundar um pouquinho mais. Mas, quando se escuta a tecla ali da sineta, é limitado, e o orador que está na tribuna não consegue conceder os apartes. Mas parabenizar V. Exa. primeiro pela sensibilidade e sua capacidade de escuta, porque se a senhora não tivesse essa sensibilidade de escuta, esse tema, talvez, não viesse para a Câmera porque em uma visita, alguém vem falar com a senhora, pode ser que seja uma assunto vão, mas não. Como pai e como homem, eu assisti aos três partos das minhas filhas e vou lhe dizer: esse amor visceral que a senhora fala aqui, a sensibilidade de quem está lá, não é para qualquer um. Por isso se dá a necessidade de informação. Parabéns! Parabéns mesmo, porque é um assunto que não é fácil o trato, nem todos têm essa sensibilidade e como V. Exa. bem colocou, alguns vão no automático e vida humana não é automática. Vida humana não é automática. Parabéns! Senhor presidente, estive ausente, por dois dias, da sessão, e justificar à V. Exa., a todos que nos assistem pela TV Câmara. O Vereador por um Dia e nós fizemos uma parceria com a Justiça Eleitoral, com o Edson Borowski, que está indo em todas às escolas e, como presidente da Comissão de Educação, obrigatoriamente, me senti que teria que estar participando de algumas dessas visitas e estivemos na escola Ilda Barazzetti, Dario Granja Sant Anna, José de Alencar e Abramo Pezzi. Hoje à tarde continuaremos, porque também temos que estar presente aqui. Então, justificar ausência. E foi bem importante porque essa aula de cidadania que é dada a possibilidade dos alunos participarem e, daqui a pouco, aqui teremos a sessão simulada, porque o tempo passa tão rápido, não é? Que em outubro nós teremos os vinte e três vereadores. Eu tenho certeza que com essa movimentação que estamos fazendo teremos uma sessão simulada dos Vereadores por um Dia bem diferente das que tivemos. E a importância, nós temos aqui a vereadora Estela que já passou pelo Vereador por um Dia; o vereador João Uez, que hoje é do Samae. Então, da importância. O Bortola, olha só, como é importante! E a qualificação até para nós temos uma sociedade melhor. Motivar, incentivar. Vereadora Andressa Marques, V. Exa. que também é militante do movimento estudantil, como eu também o fui, despertar essa necessidade de participação dos nossos alunos, que amanhã estarão nos nossos locais, estarão comandando a nossa sociedade caxiense. Então, justificando a minha ausência na sessão de terça e de quarta-feira. Segunda-feira tivemos, também, agora por último, uma reunião, como já planejado e colocado aqui para todos os nobres pares, da Comissão que está discutindo o nosso Regimento Interno para nós darmos celeridade e agilidade aos processos da Câmara e o Regimento atual. E eu queria, e gostaria, de motivar os nobres pares, aqueles que também não fazem parte da Comissão, que, através de um requerimento, participem, dando as suas contribuições para que nós possamos dar agilidade. E aos que compõem a Comissão do Regimento gostaria que se fizesse presente porque nós temos que ter, para iniciar os trabalhos, no mínimo quatro vereadores e para votação, meia dúzia vereadores. Então, eu solicitaria, segunda-feira nós teremos, novamente, uma reunião e depois talvez nós vamos fazer de 15 em 15 dias porque aí nós já estamos pegando como é que está sendo a sistematização. Primeiro a gente vai devagarinho, que nem fogão a lenha, e depois a coisa flui. Então, precisaria que os nobres pares nos auxiliar. E agradecendo, aqui, o empenho de todos os servidores da Casa que participam com muito empenho e dedicação nesse trabalho que estamos fazendo. Era isso, senhor presidente. Muito obrigado.
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VEREADOR DANIEL SANTOS (REPUBLICANOS): Obrigado, presidente. Primeiro eu queria parabenizar a vereadora Marisol. Eu ia dizer que não ia... Falei antes porque eu não consigo, não consigo mesmo falar! Mas parabéns pelo tema muito importante. Referente ao que falou o vereador Ramon em relação ao consórcio, essa é uma luta, vereador, de muitos anos da prefeitura, dos hospitais, em relação a esse consórcio. Porque é inadmissível que diversos municípios - são 48, nós, 49 - usem estrutura do hospital e não contribuam com um centavo. Sendo que hoje, nós temos a UPA lotada aguardando leitos de pacientes de Caxias, mas a ocupação, grande parte dos hospitais, principalmente o Hospital Geral, é composta por cidades vizinhas. E esses municípios não contribuem, nada vem além da tabela do SUS que está defasada. Há muito tempo já se discute, inclusive quando foi inaugurado, ficou concluído o espaço novo do Hospital Geral, que ele estava pronto para ser utilizado. O Sandro Junqueira, que era diretor do Hospital, convocou os municípios para virem para Caxias para a inauguração. Não veio nenhum prefeito, justamente para não assumir a responsabilidade, onde ele ia convocar e intimar esses prefeitos a ajudarem. E eu digo para o senhor: se vai fazer uma audiência pública, aqui, com os prefeitos, não vai vir nenhum prefeito. Não vai vir nenhum prefeito, porque eles sabem que é isso, que é o seu propósito para a criação de um consórcio. Eu sugiro aqui, através da Comissão, que se crie então uma comitiva e solicite uma agenda com o governador ou secretário de saúde. Porque depende do governador, para que praticamente obrigue esses municípios a fazerem parte e contribuírem de acordo com os atendimentos que são feitos aqui em Caxias do Sul e a ocupação dos leitos. A sua ideia é muito boa, eu acho que nesta Casa nós temos que voltar a discutir isso, e fortalecer, vereador Rafael Bueno, junto com o Estado para que isso vire realidade. Porque senão a gente vai ficar sempre no debate, os municípios vão se esquivar, não vão participar de audiência pública nenhuma, e a gente vai ficar ainda na discussão e com os leitos ocupados com grande parte dos municípios. A saúde tem que ser para todos, independente, mas que todos também contribuam, e não fique só a cargo do Município arcar com essas despesas. Obrigado.
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VEREADORA DAIANE MELLO (PL): Senhor presidente, senhores vereadores. Então, eu vou trazer também a questão do meio ambiente, até o vereador Calebe falou no início da sessão, principalmente de um local que é muito conhecido por nós, já trouxe aqui na Câmara de Vereadores, que é a Rua Jacob Susin, lá no Colina do Sol, onde tem um descarte irregular há muito tempo, porque não tem residências lá próximas, e tudo mais. E mesmo que a Codeca se empenhe em fazer a limpeza, como fez duas vezes no ano passado, a nosso pedido, sem uma câmera naquele local, não será possível. Então, a Associação de Moradores fez uma solicitação na Secretaria do Meio Ambiente para a colocação de uma câmera naquele local, pois só assim nós teremos resultados diferentes. Pois muitas reciclagens irregulares, catadores irregulares fazem a coleta de material e pegam o material bom e descartam o ruim lá. E lá está indo a ribanceira abaixo, direto para a Rota do Sol. Então, essa é uma preocupação nossa, mas também dizer que estamos na Semana do Meio Ambiente, temos que falar sobre isso, e dizer para a população que nos assiste para descartar corretamente os materiais, principalmente nos ecopontos. Agora, temos dois ecopontos na nossa cidade, um junto à Codeca, que já é mais antigo, e outro agora junto à Maesa, com a SEMMA, que é importante na Região Central. Também fizemos indicações para que tenha um ecoponto em cada região da nossa cidade, pois as pessoas às vezes atravessam a cidade para poder fazer o descarte correto do lixo.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Um aparte, vereadora Daiane?
VEREADORA DAIANE MELLO (PL): E falar do telefone da Codeca, 3224-8000, para agendar as retiradas de materiais como sofá, móveis, madeiras, enfim, essa parte que a Codeca faz o recolhimento para não ficar nas nossas ruas e trazer aquele ambiente sujo para a nossa cidade. Seu aparte, vereador Rafael.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Vereadora Daiane, o secretário do meio ambiente do governo Adiló, o primeiro governo, o João Uez, que foi ali no final, e a Maria de Lourdes, na Codeca iniciaram uma ação de botar câmeras escondidas nos locais para multar justamente isso. Eu espero que continue esse processo de multar essas pessoas infratoras, porque é uma prova da situação. Vamos falar da Semana do Meio Ambiente, vereadora Daiane. O tempo dela não tinha sido contabilizado, presidente.
PRESIDENTE LUCAS CAREGNATO (PT): Segue, vereador Rafael.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Ontem, eu estava vendo as redes sociais, vereadora Daiane, e eu estava pensando: mas que mundo que era o que estava acontecendo? Eu vi um desfile que estava acontecendo, com umas pessoas com uns trompetes na Júlio de Castilhos. Eu: “Mas o que está acontecendo? Onde que é esse negócio, aqui?” E depois que eu fui entender que era da Semana do Meio Ambiente. Gente, imagina o povo, em uma Júlio de Castilhos, eu não sei que horas que foi, acho que era três da tarde, as pessoas com trompete passando, vereador Claudio, o senhor que é presidente da Comissão do Meio Ambiente, né. (Manifestação sem uso do microfone.) Ninguém entendeu nada, eu acho que iniciaram o negócio e terminou sem ninguém entender nada. Obrigado, vereador. Então, tem que ser mais bem articulado com a comunidade, com as escolas. Podia ter sido feita uma caminhada com as escolas, uma conscientização, né, porque foi um negócio, acho que... Obrigado.
VEREADORA DAIANE MELLO (PL): Eu também não entendi, vereador Rafael Bueno. Eu vi girando aí na rede social, mas também não entendi. Mas, falar da importância, então, do descarte correto do lixo, registrar que temos dois Ecopontos, são muito importantes, e agora um junto a Semma ali mais na parte central da nossa cidade, na Maesa, mas precisamos nas outras regiões da cidade também...
VEREADOR CAPITÃO RAMON (PL): Se me permite, um aparte, vereadora.
VEREADORA DAIANE MELLO (PL): De imediato, vereador.
VEREADOR CAPITÃO RAMON (PL): Eu acho que o Ecoponto é muito importante, muito importante mesmo e eu acho ainda que a gente podia ampliar para esse Ecoponto ele ser por bairro. Porque o que acontece? A realidade daquelas pessoas elas dificilmente vão telefonar, vão entrar em contato, ou vão levar até lá na RS ou até aqui no Centro. O ideal é a gente deixar regionalizado, tentar pelo menos iniciar por região né, leste, sul, norte, oeste, ou por bairro. Tá bom? Obrigado.
VEREADORA DAIANE MELLO (PL): Obrigada, vereador capitão Ramon. Isso, fizemos uma indicação para ser regionalizado, porque como ele é um espaço grande que se precisa, precisa fazer a parte de coleta, realmente, dos vidros dos espelhos, de material que dá para ser utilizado, e materiais que não, de forma regionalizada, já fizemos indicações sobre isso. Muito obrigada, senhor presidente, era isso, falar da importância do meio ambiente e da separação correta do lixo, mas também a colocação correta dos materiais nos locais apropriados. Era isso, senhor presidente.
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VEREADOR CALEBE GARBIN (PP): Presidente, eu ia entrar nesse assunto, mas que bom que a vereadora Daiane mencionou. Nós conversamos, inclusive durante a sessão aqui, via Whatsapp, sobre essa questão que, de fato, é um problema já antigo e recorrente lá na Zona Norte, no Bairro Colina do Sol, não é exclusivo daquela região, nós temos mais de 1300 lixões clandestinos em Caxias. Mas, vereadora Daiane, de fato, ontem nós estivemos lá com o secretário Toninho Feldmann, secretário adjunto; e também com o Ângelo, lá da Codeca; com o Fernando, diretor de operações, diretor de limpeza urbana; e verificamos com eles justamente esse encaminhamento que a Semma fará nos próximos dias para a compra de câmeras de segurança e de monitoramento. Tendo em vista que lá na Jacob Susin, onde está, essa rua está em processo inclusive na Ceplan de regularização, tendo em vista ter uma área ali que ainda é particular e está todo esse trâmite já ter os postos de iluminação pública. Então, isso facilitaria também a colocação das câmeras de monitoramento e vigilância, e integrando inclusive ao Ciop, ao Centro Integrado de Operações, justamente para que o menor sinal de alguém depositar lixo naquele lugar possa ser, de fato, então coibido, multado quem pratica o crime ambiental, e se ataque a sociedade como um todo. Então, de fato, já existe um encaminhamento previsto para que sejam compradas as câmeras de segurança. Inclusive, também, a gente teve ontem uma breve reunião com a CSG, que vieram nos atender ali no entroncamento com a ERS-122 em razão da saída, porque para sair do Bairro no sentido Flores da Cunha até é relativamente tranquilo. Agora, quando precisa voltar para Caxias, inclusive o tracejado ali é contínuo e tem tartarugas na via, na ERS-122, o que impede, mas os motoristas fizeram daquilo ali uma via de saída do bairro, e compreensível até certo ponto tendo em vista que o único acesso do bairro é lá pelo São Luiz, então imaginemos nós, dezenas de bairros da Zona Norte, saindo no alto fluxo de manhã ou a tarde, enfim, retornando para o bairro só por um acesso. Então, acho que é uma questão, está caindo de maduro o fato ali, a gente torce para que a prefeitura agilize para o quanto antes isso, tanto a questão do lixo como também a questão do acesso. Seu aparte... Vereadora.
VEREADORA DAIANE MELLO (PL): Vereador Calebe, como já falamos sobre isso, eu vou falar de uma outra situação que também fiz uma indicação para os Bota-Fora, a gente precisa retomar aquela política de Bota-Fora na nossa cidade de Caxias do Sul. A gente tem mais de 1300 lixões aí mapeados e muitas da população quer jogar o seu lixo corretamente fora, deixar. Então, existia o programa Luz, Cor e e Flor no início da administração com a vice-prefeita Paula Ioris e tudo mais, e existia um cronograma de bairros atendidos, principalmente na linha de ônibus. Porém, já desde o ano passado, isso não continuou e a população clama muito sobre isso. Tem um cronograma certinho sobre esse Bota-fora espalhado pela cidade de Caxias do Sul em determinados bairros, determinadas regiões. Eu acredito que é muito importante, como a gente está falando do meio ambiente, gostaria de deixar registrado isso, também.
VEREADOR CALEBE GARBIN (PP): Com certeza, vereadora Daiane. E não é um privilégio só das zonas periféricas da cidade. A gente precisa deixar claro que isso está generalizado na cidade como um todo. Engana-se quem pensa: Ah, porque é a Zona Norte ou a Zona Sul. Eu moro na Zona Sul, inclusive. Não, no Centro da cidade tem gente que não tem a cultura ainda de destinar de maneira correta pneus, restos de construção de obra, a própria questão da madeira, o próprio fator, também, que nós temos um grande problema e vimos isso lá ontem, o resto de gesso, alguém faz uma obra na sua casa envolvendo o gesso, deposita lá e isso é terrível para o meio ambiente. Então, a gente precisa trazer o assunto à tona de fato. Ontem, inclusive, eu estive lá e gravei um vídeo, e a partir daquele vídeo, que é lá no Colina do Sol, vieram umas quatro, cinco demandas de pessoas pedindo: “Qual é o contato para eu depositar colchão velho, pneus, etc?” Uma moradora me mandou, por exemplo, uma situação também de colchões na frente do seu prédio, que simplesmente empilharam ali dez, doze colchões na calçada, tipo assim, a luz do dia. Pasme os senhores, esses dias eu estava lá no bairro São Caetano, na minha região inclusive, gravando vídeo junto com o secretário Weber para comentar sobre a situação do lixo, e enquanto eu gravava a moradora vinha e estava depositando lixo. Então, tipo assim, as pessoas já não tem mais nenhum tipo de... É uma questão de cultura, vereador Libardi. Não tem mais nenhum escrúpulo. Enfim, então é uma conscientização coletiva, é uma questão de sociedade. É uma responsabilidade da Codeca sim, da SEMMA da mesma forma, mas a gente precisa restaurar a questão da cultura. A gente percebe crianças facilmente compreendendo a separação do lixo. Pega adulto de 30, 35, 40, 50, 60 anos que não aprendeu isso ainda. Eu não creio que a gente vai ter que esperar 30 anos, até essas crianças se tornarem adultas, para elas darem um exemplo para os idosos, que seremos nós no futuro. Então, fica aqui consignado, registrado, e os parabéns à Codeca que esteve com a gente lá ontem, e foram solícitos. Vamos encaminhar soluções para a região também do bairro Colina do Sol.
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VEREADOR CLAUDIO LIBARDI (PCdoB): Obrigado, presidente. Começar tratando da Semana do Meio Ambiente. Ontem eu tive a oportunidade de receber alguns representantes nacionais da pauta ambiental, e eles foram ao meu gabinete pedir se era verdade que a programação da Semana do Meio Ambiente era aquela, em razão da colocação daquele globo no centro. E, obviamente, eu separo aquilo que é feito com culpa e aquilo que é feito com dolo. Muitas vezes falta o entendimento do secretário do meio ambiente de qual é realmente a pauta ambiental, que ela não pode ser exclusivamente direcionada à quinta série, como a gente conversava anteriormente, mas ela tem que ser direcionada à alteração de cultura em toda a cidade com oportunidade de destinação de lixo. Eu fui na inauguração do ecoponto, que é efetivamente uma política interessante e defendida por todos aqui, e quando eu entrei na SEMMA, a primeira servidora que me procurou me falou: “Olha, Claudio, estão inaugurando o ecoponto, mas a gente não sabe ainda quem vai descarregar os caminhões do ecoponto”. Então, são questões que a gente precisa resolver. Aqui falta ordem, não falta, muitas vezes, vontade política. Então, a ordem é mais fácil do que a vontade política. Então eu espero que eles consigam resolver e regrar o ecoponto e que nós consigamos ampliar ainda mais aquela política. Mas presidente, hoje eu vou ser um pouco saudosista e vou tratar de um tema que para mim é fundamental e que garante que a humanidade seja conhecida como ela realmente é, que é o tema da vacinação. Pelo quinto ano seguido, nós tivemos uma redução na vacinação das crianças menores de 18 anos. Isso realmente altera os rumos da sociedade. Na nossa cidade, como bem tratou anteriormente o vereador Rafael Bueno, nós temos novamente uma epidemia respiratória que leva a cidade a um grau de risco significativo, e 70% das pessoas que estão internadas, infelizmente, não promoveram o encaminhamento à vacina. Mas por que não tomaram essa vacina? A gente tem que apresentar alternativas, como a vereadora Andressa Marques irá apresentar pela nossa bancada posteriormente. Mas eu queria tratar do tempo que a vacinação não era uma questão de política, ela era uma questão de bem comum. Do tempo que a vacinação era promovida pelo Lula ao lado do José Serra, então governador de São Paulo, e que também, anteriormente, havia sido candidato contra o próprio Lula à Presidência da República. Queria tratar de quando o Brasil era exemplo no combate à poliomielite, combate ao sarampo, combate à rubéola e combate à varíola. E hoje, presidente, o que nós somos nacionalmente? Relativos à saúde num cenário global, nós somos um país que 700 mil pessoas morreram de covid e que acabou com uma cultura vacinal para menores de idade, um país em que 90% das crianças internadas por covid não foram vacinadas. Um país que registrou um caso de poliomielite em 2025, depois de 33 anos. Um país que ampliou os seus casos de sarampo em 11 vezes, em razão da baixa adesão da cobertura vacinal. E aqui, seria delírio meu vir aqui e falar que a gente tem que mudar uma lei, porque infelizmente no último período nós mudamos uma cultura. E o que nós precisamos alterar é a cultura de vacinação no nosso país. Nós precisamos retomar essa cultura, com gente nas empresas, com gente nas escolas. Eu me lembro quando eu tomei as gotinhas, no antigo Super Cesa, essa era a política vacinal anteriormente, todo lugar que ia tinha alguém vacinando. E hoje em dia, a pessoa precisa ir na UBS e torcer para que haja vacina e para que haja horário, infelizmente. E nós somos modernos por dois fatos específicos: somos modernos porque criamos a penicilina e o antibiótico geral, e somos modernos porque criamos a vacina. Hoje, muita gente ataca a vacinação. Eu imagino o tempo que as pessoas vão começar a atacar o antibiótico. O que seremos no próximo período? Presidente, neste momento eu digo sim à vacina, digo sim à vacinação, e peço ao prefeito Adiló e ao secretário de saúde que adotem providências imediatas para que nós consigamos retomar uma cultura de vacinação em nosso Município. Muito obrigado, presidente.
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VEREADORA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Obrigada, senhor presidente. Sigo no tema proposto pelo vereador Claudio Libardi, tanto no sentido da vacinação quanto na questão da Semana do Meio Ambiente. Em relação à política de vacinação, nossa bancada fez uma indicação ao Executivo, tem a ver com aquilo que o vereador Rafael Bueno falou. Nosso debate hoje, nesta Casa, também teve muito presente esse tema, que é para que nós tenhamos, e o senhor presidente também apresentou, que nós teremos semana que vem, aqui, para quem quisesse vacinar, os vereadores, os servidores, os colegas, enfim, para a vacina da gripe. Então, nós apresentamos uma indicação que sugere ao Município ter pessoas vacinando nas EPIs, nas empresas, em locais de grande circulação da população caxiense. Tenho certeza que se nós fizermos isso, nós vamos prevenir que muita coisa aconteça no inverno. Ontem, o gerente da UPA Zona Norte, o Gustavo, comentou que o aumento de pessoas internadas se deu também, muito pelas pessoas que têm síndrome respiratória grave. Isso tem acontecido com as nossas crianças, vereador Libardi. Então, isso que o senhor apresentou tem tudo a ver com esse tema que nós estamos trazendo. Então nós protocolamos, sim, uma indicação, sugerimos ao Executivo que tenham pessoas vacinando em todos os lugares da nossa cidade. Por exemplo, as EPIs são espaço público, poderia ter muito bem equipes de saúde lá, durante o dia, para poder vacinar as pessoas que circulam lá e vão para o trabalho. E tem outros locais da nossa cidade que isso poderia acontecer também. Portanto, deixamos essa contribuição. Nós precisamos entender que a questão da vacina, o Brasil já foi referência, a nossa cidade pode, daqui a pouco, ser referência, mas nós precisamos de atitude, porque o que nós não temos visto da nossa Secretaria, infelizmente, são atitudes diferentes. Não tem como a gente ter um resultado diferente se as posturas são iguais. E desde o início do ano, a gente tem percebido que, infelizmente, a nossa Secretaria se encontra inerte frente a muitas coisas que vêm acontecendo. O vereador Rafael Bueno, que é da base, apresentou isso aqui. Então nós queremos soluções, nós queremos ações, nós queremos atitudes, porque nós não queremos ver a nossa população morrendo por questões básicas. Que daqui a pouco uma vacina pode salvar, como aconteceu, por exemplo, na covid, que a gente sabe que muita gente poderia ser salva, mas a gente ainda não tinha uma vacina, e quando a gente tinha, foi feita uma campanha contra a vacina. Isso é absurdo. Nós precisamos tratar a questão de saúde, a questão das políticas públicas com ciência acima de tudo. Então, nós podemos ter diferentes opiniões políticas, mas tem questões que não tem o que discutir. É a ciência que manda, e até que se aprofundem os temas, nós precisamos seguir aquilo que os nossos especialistas falam. E também queria falar sobre a questão da Semana do Meio Ambiente. As associações de reciclagem me procuraram novamente porque elas viram a programação da semana, e não se enxergaram na programação. Em todos os outros anos elas trouxeram, inclusive, o exemplo do governo Alceu, onde elas participaram ativamente do espaço onde falava sobre separação do lixo. Eu aprendi sobre a separação do lixo em dois momentos: quando eu era criança na minha escola, onde a Codeca esteve presente, e quando agora adulta conheci as associações e ali de fato vi como era a separação e conheci muito sobre reciclagem. E as associações me comentaram que apenas uma instituição foi convidada, que foi a Cooperativa Paz e Bem, claro que é uma cooperativa muito importante, mas é uma das doze. As outras onze não foram convidadas para participar, para dividir o seu conhecimento. Então é importante que o nosso Município olhe para essa pluralidade, porque daqui a pouco cria divisões ali no movimento das reciclagens, o que não precisava. Então, nós estaremos cobrando nos próximos dias, senhor presidente, a reunião que o secretário do Meio Ambiente comentou que teríamos pós-aprovação da lei do Ecofundo, para que a gente possa ver como fortalece as cadeias de reciclagem, de fato, na nossa cidade. Obrigada, senhor presidente.
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VEREADOR LUCAS CAREGNATO (PT): Então, obrigado, vereadora Andressa Marques. Mesmo com a voz não ajudando muito, mas acho importante me manifestar sobre dois temas. O primeiro é dizer aos colegas vereadores que, terça-feira, nós recebemos, aqui na Casa Legislativa, o Gilson Conzatti. Ele é o presidente da Associação Nacional dos Vereadores e Vereadoras do Brasil. Então, é uma associação já reconhecida, bastante antiga, que organiza a Marcha dos Vereadores. O Gilson esteve aqui, então, só dando também um feedback aos colegas vereadores. O nosso evento, o Congresso Regional de Agentes Públicos, de setembro, tem o apoio do Parlamento Regional e também da União Brasileira de Vereadores, a UBV. Nós estamos já contatando com os ministérios, com o governo do estado. Logo mais, teremos notícias importantes sobre esse evento, que vai atrair muitas pessoas para a nossa cidade. Também destacar a presença do Gilson, que é vereador de Iraí. Nós participaremos, sexta-feira, em Encantado, de um evento regional de vereadores e vereadoras. Enfim, essa articulação da nossa Câmara de Vereadores de Caxias do Sul com o estado e com o país. Mas sobre a situação da saúde. O Gustavo, do Ideas, responsável pelo Ideas, acabou de me enviar um dado. Neste momento, nós estamos com 100% de lotação no que se refere ao atendimento adulto. E por quê? Porque, casualmente... O Gustavo não consegue entender por que, vereador Daniel Santos. E graças a Deus, entre adultos e crianças – há de se convir que as crianças têm menos resistência –, então, nós temos uma baixa na procura de crianças nesta semana. Não se sabe por quê. Como temos uma baixa na procura de crianças, isso reduz a média do atendimento geral. Então, o atendimento de adulto está em 100% nas duas; mas, na média, a ocupação da UPA Central está em 82, e da UPA Zona Norte 78%. Eu ouço muitas mães, vereador Hiago Morandi, me dizerem que não estão levando as crianças para a UPA para não ficarem pior. Eu estou me arrepiando aqui quando eu falo isso. Porque vocês imaginem, uma mãe que não leva uma criança que está tossindo, que está com um pouquinho de febre. Ela segura um dia, segura dois, no chá, em um outro medicamento. Quando chegar à UPA, vai ter que baixar o hospital. Queira Deus e os orixás que não seja isso. Mas pode ser. Porque a mãe que vai ter que ficar com uma criança quatro, cinco horas no plantão, pode ser uma medida. Eu ouvi o vereador Rafael; já falamos várias vezes sobre isso. Eu sei da minha função aqui de presidente da Câmara de Vereadores. Sei que o prefeito Adiló e nenhum prefeito gostam de dormir sabendo que pessoas demoram horas para serem atendidas na UPA. Eu tenho certeza que o prefeito Adiló não dorme tranquilo em saber que pessoas não têm atendimento adequado. Mas nós precisamos de atitudes. Eu já falei isso várias vezes. A incompetência da gestão da Secretaria Municipal da Saúde resulta em pessoas morrendo. A incompetência da gestão da saúde de Caxias significa pessoas que têm os seus membros amputados pela falta de atendimento cardiovascular. A incompetência da gestão da Secretaria da Saúde significa que pessoas não estão se vacinando e que essas pessoas vão, quando procurarem o sistema, evoluírem para serem atendidas no hospital. A incompetência da gestão da Secretaria Municipal da Saúde resulta, como disse o vereador, no Pompéia, só para seguir o exemplo, são oito pessoas aguardando UTI, em UTI’s improvisadas. Nós precisamos de resposta, Prefeito Adiló. Sabemos das dificuldades, o senhor, a semana passada, decretou Situação de Emergência, porém as respostas são lentas. Esta Casa, eu mesmo, como vereador, já indicou ao senhor a troca de pessoas na gestão da Saúde, mas não precisa só trocar as pessoas, tem que trocar a mentalidade. Então, nós aguardamos. Quem sofre a população! O sistema privado de Caxias também está colapsado, que quando o SUS vai mal, o sistema privado também vai mal e vice-versa. Nós esperamos ações urgentes! E já me coloquei à disposição para semana que vem ou na outra fazermos a agenda em Brasília, mas não adianta só chegar recurso quando não se tem atitudes práticas e objetivas. Obrigado.
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