VEREADORA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Obrigada, senhor presidente. Nobres colegas vereadores e vereadoras, hoje eu venho falar sobre um tema que foi o tema da nossa reunião pública na noite de ontem, nesta Casa. Nós tivemos a oportunidade de, a partir da Comissão de Desenvolvimento Urbano e Habitação, conversar sobre o problema habitacional do Loteamento Campos da Serra. Então, primeiramente queria agradecer, em nome do presidente Wagner Petrini, que iniciou a nossa reunião pública; a presença também do vereador Calebe, que faz parte da comissão. Ontem, nós conseguimos ter um debate com todos os órgãos interessados nesse tema, de forma qualitativa. Então, nós tivemos a presença, aqui, do Executivo, representado pelo secretário da Habitação, o José de Abreu; nós tivemos a presença do Judiciário; tinham representantes da defensoria pública, tanto de Caxias quanto do Estado; nós também tínhamos a presença da Caixa; tivemos a presença dos moradores; dos serviços que atendem o Campos da Serra. Então, o serviço de convivência e fortalecimento de vínculos; assistência social, a partir do Cras Centro, que é quem atende o Campos; nós tivemos a UBS. Então, ontem, a reunião pública de ontem, na minha concepção, demonstrou que esse tema é um tema de interesse de todas as pessoas que residem no Campos, mas que também têm alguma relação com aquela comunidade. E por quê... Acho que é importante dizer, nobres colegas. Eu já ouvi esta pergunta: “Andressa, por que tu fala tanto do Campos da Serra? Por que tu insiste nesse debate, enfim, levanta tanto essas questões?” Dois anos atrás, quando eu nem era vereadora ainda, eu me deparei com denúncias de moradores que lá residiam, dizendo, e na época acredito que vários vereadores aqui acompanharam, enfim, a própria prefeitura, da possibilidade de despejo, na época, de mais de 150 famílias. Aquela informação me causou uma certa curiosidade de compreender o que levava aquelas famílias, então, a terem a possibilidade de despejo do Campos da Serra. E aí, a partir de algumas lideranças comunitárias, passei a ter conhecimento da situação que estava acontecendo lá. E aí, me aproximando mais, conhecendo, ouvindo a comunidade, percebi que tinham coisas graves acontecendo no Campos. Então, o que, de fato, objetivamente, hoje, vem acontecendo no Campos da Serra? Por conta das dívidas de condomínio e da falta de flexibilidade nos acordos, na possibilidade de renegociação dos pagamentos das dívidas, os apartamentos dos moradores estão indo para leilão. Estão indo para leilão. Ontem, a Dra. Aline, representando a Defensoria Pública, manifestou que ela estava preocupada, porque esse processo, agora, estava acontecendo de forma muito rápida, já que dez anos se passaram daquela política e, agora, não há mais impeditivos legais para que as pessoas... Porque o imóvel já está no nome da pessoa. Então, o imóvel pode ser revendido. Isso facilita, inclusive, essa passagem para leilão. Mas o que preocupa ainda mais é que o Minha Casa, Minha Vida, o programa habitacional, o loteamento Campos da Serra foi construído pensando nas pessoas em situação de vulnerabilidade social. Então, a maioria das famílias que residem lá são famílias vulneráveis, são famílias de baixa renda. Aí elas tiveram acesso a um apartamento, pensando no seu problema habitacional; muitas moravam em área de ocupação, muitas foram desapropriadas do seu local por conta de obras da prefeitura, foram retiradas de vários locais da cidade e colocadas lá. E aí, a princípio, em um primeiro olhar, o valor é baixo, porque o valor da Caixa é R$ 80. Mas o que esqueceram de avisar a essas famílias é que tinha valor de condomínio. Hoje, o valor do condomínio que as famílias do Campos da Serra pagam é, muitas vezes, mais caro do que pessoas que residem até mesmo no centro da cidade. Então, a gente vê boletos de mais de R$ 200, R$ 300, R$ 400, de pessoas que residem em um apartamento do Campos da Serra. Nós vemos também o valor do IPTU, que é uma demanda que nós já apresentamos para a prefeitura, mais de R$ 600 os moradores do Campos da Serra pagam, cada apartamento. Aí a gente vai olhar para o valor que as pessoas do São Luiz, por exemplo, pagam, que residem em casas. Eu conheço, tenho familiares que residem no Bairro São Luiz, e pagam menos do que um apartamento no Campos da Serra. Então, é uma soma de custos que faz com que o salário daquelas famílias de baixa renda fique comprometido. Ai, ontem, nós tínhamos, aqui, a presença de muitas mães solos. Então, são mulheres que cuidam das suas crianças, dos seus filhos, sozinhas, de um, dois, três filhos. Enfim, essa não é a questão. Mas o trabalho a que elas, muitas vezes, têm acesso é um trabalho que paga um salário mínimo. E aí, se tu vai olhar as contas, somente com a habitação já dá, praticamente, mais da metade do salário. Então, é uma conta que não fecha. Aí é óbvio que essas famílias vão acabar devendo o valor do condomínio. Elas têm que pagar o parcelamento, o condomínio. É uma bola de neve. E não conseguindo pagar o parcelamento, essas famílias acabam indo para leilão. Mas o que nós, inclusive aqui, ontem, nós apresentamos e vamos protocolar essa denúncia no Ministério Público. Já avisamos, ontem, os órgãos. Também vamos mandar para a imprensa, enfim, certinho, com todas as informações, com esse documento do que vem acontecendo no Campos da Serra. Aqui nesse documento, em parceria com o Coletivo Meio, o nosso mandato e o mandato da deputada estadual Bruna Rodrigues, nós elencamos documentos de denúncias dos moradores que residem lá, que demonstram que existe uma articulação entre as empresas de condomínio e os síndicos, para dificultar o parcelamento das dívidas dos moradores e para possibilitar que esses apartamentos vão para leilão. Então, existe uma articulação entre os entes que estão lá, para que as pessoas não consigam pagar suas dívidas e para que os apartamentos vão a leilão. Assim eles conseguem comprar e revender. Ou seja, o Campos da Serra está virando um local que serve ao mercado imobiliário. Isso é grave, porque o local foi pensado justamente para as famílias que não tinham condição. Agora, essas famílias estão sendo vítimas de uma articulação de pessoas que têm interesse próprio. E aí síndicos fazem parte dessa articulação, os advogados, as empresas de condomínio. E aí acaba que essas pessoas ficam à mercê da lei, que muitas vezes é uma lei, assim, que é genérica e acaba não impedindo que essas coisas aconteçam. Então, ontem ficou evidente que existe uma grande preocupação dos órgãos que estavam presentes, inclusive do Judiciário, em relação a isso. Existem, inclusive, articulações nacionais para poder propor lei e mudar a lei, porque isso não acontece, não está acontecendo somente no Campos da Serra. Há relatos de que está acontecendo no Brasil inteiro. Mas aí, por exemplo, em Santa Catarina, nós já tivemos algumas experiências que conseguiram impedir que essas empresas de condomínio fizessem isso com as famílias. Mas, pasmem, as empresas que logravam as famílias em Santa Catarina, algumas delas vieram para cá. E algumas delas estão no Campos da Serra trabalhando para poder lucrar em cima das famílias.
VEREADOR ELÓI FRIZZO (PSB): Permite um aparte, vereadora?
VEREADORA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Seu aparte, vereador.
VEREADOR ELÓI FRIZZO (PSB): Vereadora Andressa, cumprimentos por abordar essa temática, que é uma temática complicada.
VEREADORA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Exatamente.
VEREADOR ELÓI FRIZZO (PSB): Complicadíssima. Enquanto diretor do Samae, também participei de dezenas de reuniões no Campos da Serra, por conta de que, normalmente, as taxas de condomínio superam o valor da prestação do apartamento.
VEREADORA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Exatamente.
VEREADOR ELÓI FRIZZO (PSB): E são pessoas que simplesmente não têm a mínima condição. Então, tu tem lá...
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Um aparte, vereadora.
VEREADOR ELÓI FRIZZO (PSB): Tanto que o Samae já mudou a própria orientação do ponto de vista da ligação, de não fazer um hidrômetro só para todas as famílias de um mesmo prédio, mas passar a exigir a colocação de hidrômetros individuais. Porque, de fato, inviabilizava. Inviabilizava, por exemplo, em um condomínio, em um prédio que tu tem lá 20 famílias, cinco pagavam e 15 não pagavam. Então, as cinco que estavam pagando ficavam prejudicadas. Então, é uma temática complicada. Isso só remete, vereadora... Me perdoe não ter participado da audiência ontem à noite, por conta de que nós estamos participando da comissão eleitoral da UAB.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Um aparte, vereadora.
VEREADOR ELÓI FRIZZO (PSB): Mas, originalmente, o Campos da Serra tinha sido concebido como um loteamento popular, um grande loteamento popular. E aí, com o Minha Casa, Minha Vida, se fez aquela loucura da construção de todos aqueles apartamentos, concentrados em um local. Até aproveitando a presença do Coronel Márcio, o Campos da Serra é um problema grave, também, do ponto de vista do tráfico, das facções. Eu sei que a Brigada e a Polícia Civil têm dado uma atenção muito grande lá. E todo o esforço da associação do bairro, presidida pela Simone, é praticamente inócuo, inócuo. Agora, V. Sa. tem razão. Se montou ali, eu não vou dizer uma quadrilha, mas um grupo de interesses vinculados às administrações de condomínio e advogados.
VEREADORA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Declaração de Líder para bancada do PCdoB, senhor presidente.
VEREADOR ELÓI FRIZZO (PSB): Com o interesse muito claro de se apropriar dos apartamentos e virar um negócio imobiliário. Eu acho que V. Sa. tem toda a razão. Essa denúncia é gravíssima. Eu acho que a Caixa Federal e o governo federal têm que dar uma atenção muito grande para isso. Obrigado.
PRESIDENTE LUCAS CAREGNATO (PT): Segue em Declaração de Líder, pela bancada do PCdoB, vereadora Andressa Marques. Só destaco a presença, aqui, dos estudantes da Escola Mansueto Serafini, do Bairro Pôr do Sol. Bem-vindos e bom dia.
VEREADORA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Bem-vindos. (Palmas) Vereador Rafael, seu aparte.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): Obrigado, vereadora. Esse é um tema recorrente aqui na Câmara. Inclusive, a vereadora Estela eu lembro que, na legislatura passada, esteve inclusive em Brasília tratando sobre esse tema. E foi preocupante, porque a gente viu, realmente, que tem mães que acabam tendo que comprar em leilão ou pagar aluguel na sua própria residência. Bom, mas o que eu trago é um problema urbano que a gente está vivendo na cidade. Não é só o Campos da Serra, são em vários lugares que eles vendem, essas empresas aí, que fazem uma propaganda. Aí acabam iludindo a população. Eu vou dar um exemplo de 250 apartamentos que foram vendidos lá no Parque das Rosas, no Desvio Rizzo. Eles entregaram os apartamentos para as pessoas com essa promessa da MRV, vou falar a empresa, porque é isso.
VEREADORA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Sim.
VEREADOR RAFAEL BUENO (PDT): E eles tiveram o Habite-se, só que eles entregaram sem cerâmica, sem instalações, sem nada. Eles tiveram que montar um banheiro coletivo para as pessoas tomarem banho, porque não tinha nem espera para chuveiro, nada. E as pessoas entraram para o apartamento, desesperadas. Porque, ou pagava aluguel, ou morava no que é seu. Só que, hoje, as pessoas estão fazendo vaquinha. Um dá um saco de farinha, o outro de polenta, o outro um arroz, para eles poderem ter o que comer durante o dia. Porque, ou eles pagam o condomínio e a parcela, que era para ser de 200, R$ 300 reais, hoje é um salário mínimo, quase, a parcela, ou eles se alimentam. Então, a esses condomínios ditos populares tem que ter uma fiscalização por parte da prefeitura. Naquele momento, a vereadora Estela fez uma fala aqui, eu acho que a prefeitura não fez a sua parte. Hoje, nós temos o José de Abreu enquanto secretário da Habitação. Eu acho que a prefeitura não pode passar despercebida desse assunto. “Ah, porque é uma questão da Caixa, é uma questão legal.” Então assim, olha, então por que a prefeitura faz todo esse enlace junto com a comunidade, com a universidade, com a assistência social, entrega os apartamentos e joga para as pessoas sem condições nenhuma? E não é só a questão do apartamento e da moradia, porque moradia por moradia é uma coisa. Agora, constroem esses programas habitacionais, eu sei que estão sendo planejadas mais algumas, sem uma UBS, sem uma escola, sem infraestrutura urbana, sem um parquinho. Tu já tira as pessoas das periferias, em extrema vulnerabilidade, e tu joga as pessoas lá no fim do mundo, que não tem nem ônibus para as pessoas irem, para poder ir a um hospital, a um serviço de assistência. Então, a gente tem que pensar melhor. E é por essa questão urbana que muitas vezes as pessoas acabam permanecendo na pobreza e, às vezes, até mais, em uma vulnerabilidade maior, porque as pessoas ficam lá em uma periferia que ninguém sabe que existe. Obrigado, vereadora, pelo aparte.
VEREADORA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Exatamente, vereador. A senhora, vereadora Estela.
VEREADORA ESTELA BALARDIN (PT): Muito obrigada, vereador Andressa. Quero também pedir desculpa por não estar presente ontem. Dizer da importância desse assunto, um assunto que nós já trouxemos para esta Casa. Na legislatura passada, fomos até a Caixa Econômica Federal em Brasília juntamente com o deputado Pepe Vargas e a deputada Denise Pessôa, onde a gente teve a informação de que esses problemas das cotas condominiais nos conjuntos habitacionais do Minha Casa Minha Vida Tipo 1 é uma realidade infelizmente em todo o Brasil. O Brasil inteiro nas moradias verticais enfrenta esse problema e é um problema muito grave, de fato, porque os condomínios não são responsabilizados por prestar os serviços, eles não conseguem entrar na realidade das pessoas e cobrar uma cota condominal condizente à realidade daquelas pessoas e ao que é oferecido dentro daquele conjunto habitacional, e isso, no meu entender, tem que ser mediado também pela prefeitura. Quando foi para organizar e colocar os moradores lá, a prefeitura fez reuniões na UCS, na Universidade de Caxias, mas depois que os moradores foram para lá eles ficaram abandonados, e como disse o vereador Rafael, abandonados sem estrutura de... A UBS era uma das poucas estruturas, agora a gente tem uma escola de educação infantil que não atende nenhum terço da necessidade do Campos da Serra. Então, é importantíssimo a gente olhar qual que é o papel da prefeitura para ser mediador dos conflitos do Campos da Serra, porque não adianta culpabilizar a população e esquecer que o poder público tem a sua parcela de responsabilidade. Muito obrigada.
VEREADOR WAGNER PETRINI (PSB): Um aparte, vereadora.
VEREADORA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Obrigada. Já lhe concedo, vereador Wagner. É importante dizer, a partir das contribuições da vereadora Estela, do vereador Elói e do vereador Rafael, que ontem mesmo ficou evidente, obviamente que não é somente a questão habitacional, nós temos lá um problema que, por exemplo, ontem as famílias falaram da escola, né, que por mais que esteja prevista a construção para o ano que vem, a escola ainda não começou. E aí existe uma angústia porque disseram que começaria ano que vem, já faz mais de uma década que eles estão no aguardo. Então é importante, é urgente que o nosso município olhe com prioridade para aquela população. Outra questão é sobre assistência social. Ontem o pessoal do serviço de convivência de lá do Campos fez uma apresentação aqui maravilhosa que foi uma construção com os adolescentes, com as crianças, da visão que eles têm como que é ser morador do Campos da Serra. Mas é o único serviço que nós temos lá e é um serviço que não atende toda a capacidade do Campos, não consegue atender todas as crianças e adolescentes. E aí hoje tem uma reivindicação para que tenha um CRAS específico naquela comunidade, porque já tem mais de 10 mil pessoas que moram lá. Então, é suficiente para ter um CRAS e teria que ter para que tivesse um olhar específico para aquela população, porque se nós não pensarmos nas políticas públicas para lá, a gente não vai conseguir dar dignidade e, de fato, possibilitar que aquele local seja um local seguro e de paz para que as famílias vivam. Seu aparte, vereador Wagner.
VEREADOR WAGNER PETRINI (PSB): Obrigado, vereadora Andressa. Quero te parabenizar pelo assunto. Você como membro da Comissão de Desenvolvimento Urbano e Habitação, na qual eu sou presidente, provocou esse assunto. Eu enquanto era secretário da Habitação do município, a gente teve esse assunto em pauta, bem desgastante, envolveu diversos vereadores, a própria V. Exa. na época, com membros do Conselho Municipal da Habitação. Mas quero falar mais aqui como prefeitura, parte da prefeitura, e eu quanto secretário da Habitação, senti na pele isso, vereadora Estela, na questão de até onde o município pode se envolver nesse caso. Porque, por exemplo, com aquela portaria do Ministério das Cidades agora, ninguém mais ali dessa parte do Campos da Serra deve para Caixa, porque a Caixa quitou todos os apartamentos. E a prefeitura em si, ela só pode fazer uma fiscalização lá ou se manifestar se ela for provocada, ou pela Justiça ou pelo Ministério Público. Justiça, no caso, eu quero dizer. Se não, a prefeitura não tem como: “Ah, hoje o secretário municipal quer fazer uma ação lá no Campos da Serra para averiguar se o apartamento é invadido, se não está o dono do apartamento que foi o beneficiário”, mas sim se ela tiver uma provocação, senão ela estará fora da lei, essa contribuição.
VEREADORA ANDRESSA MARQUES (PCdoB): Obrigada, vereador Wagner. E para finalizar, antes de passar um vídeo, que foi o vídeo construído pelo Serviço de Convivência do local, nós ontem tiramos encaminhamentos da nossa reunião pública. Como eu falei, participo também dessa construção há um tempo, muito antes de ser vereadora. E claro que são questões complexas, como vocês trouxeram, mas a gente precisa buscar alternativas para que as coisas, elas... Porque é isso, foi um programa feito, uma política pública feita, que precisa de ser aprimorada. A gente precisa buscar os órgãos federais, estaduais e municipais. Inclusive, vereador Wagner, ontem a defensora nos comunicou, aqui, que a defensoria agora provocou o Município. Ela disse que provocou o Município para justamente ver o que o Município vai dizer. E nós estamos propondo aqui, dentro dessas proposições que nós construímos juntos, aqui, com a Caixa, com a defensoria, com o próprio secretário da Habitação, que o Município intermedeie a situação através do Funcap. Então, por exemplo, o Município pode adquirir esses apartamentos, sim, e repassar para as famílias, e financiar para as famílias. Outra coisa que a gente está propondo é que haja um trabalho para serem construídas cooperativas habitacionais; porque, se continuar no modelo que está, não vai mudar. A gente pode fazer várias proposições, mas não vai mudar. Então, a gente propõe que sejam construídas lá cooperativas habitacionais. E tem diversas outras coisas aqui, até projeto de lei, que inclusive o deputado Pepe está ajudando a articular em nível nacional. Aí a gente vai repassar para todos os vereadores e colegas tanto a denúncia que nós fizemos, quanto o documento com proposição de encaminhamentos, porque a gente vai estar trabalhando, a partir de hoje, para que eles sejam feitos. Peço que o pessoal coloque o vídeo rapidinho, para que os colegas possam... É o Serviço de Convivência Irmão Sol. (Exibição de vídeo.) Uma parte do vídeo, colegas, eu não precisaria nem ter falado, né? Era só ter colocado o vídeo, porque eu acho que as crianças e os adolescentes podem falar melhor do que a gente. Mas acho que é urgente a gente olhar para o Campos da Serra. Esta vereadora fará isso, porque tenho compromisso com essa pauta. E tenho certeza que outros colegas também tem disposição para a gente poder buscar alternativas. Obrigada.