A situação atual das empresas caxienses tem preocupado o vereador Mauro Pereira/PMDB. Na sessão plenária desta quarta-feira (30/07), o parlamentar ressaltou que as indústrias passam por um momento econômico difícil. Na opinião do peemedebista, o cenário reflete a previsão de queda do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2014, que inicialmente era de 2,5% e, hoje, estaria na casa de 1%.

   Segundo Mauro, em entrevista, o secretário da Receita Municipal de Caxias do Sul, Paulo Dahmer, teria mencionado queda na arrecadação. Por outro lado, o parlamentar parabenizou algumas metalúrgicas que adotaram a flexibilização da jornada de trabalho de seus funcionários. "Temos que valorizar essa atitude porque a pior coisa do mundo é o desemprego", destacou Mauro.

O parlamentar comentou que diversas vezes encaminhou moções ao governo federal salientando a relevância de ações no sentido de evitar a recessão e de valorizar o setor produtivo. Desta vez, o vereador acredita que a Câmara Municipal poderia elaborar um documento, mostrando ao governo federal e ao Congresso Nacional o retrato do que ocorre na cidade, acrescentando ideias relacionadas a questões econômicas. "Dando sugestões, estaremos colaborando com o governo, sem ficarmos alheios. Devemos colocar no papel sugestões para somar, já que a economia afeta a todos", frisou Mauro.

O vereador Jaison Barbosa/PDT elogiou o peemedebista por tratar desse assunto em plenário. No entender do pedetista, temas ligados ao desenvolvimento econômico são sempre oportunos. Já o parlamentar Henrique Silva/PCdoB criticou as manifestações empresariais que classificam o atual momento como de crise. "É uma crise contraditória, pois o país reafirmou sua economia com pleno emprego e, de um instante para cá, surgiu uma crise", indignou-se, defendendo mais atenção à área produtiva e menos ao sistema bancário.

No entendimento do parlamentar, a indústria sempre demitiu e continuará demitindo trabalhadores, ofertando salários mais baixos aos novos funcionários. Henrique voltou a citar as recentes negociações do dissídio coletivo dos metalúrgicos. Comentou que, quando os trabalhadores começaram a pensar em sua carta de reivindicações, a indústria teria entrado em crise. "Se não podem aumentar (os salários), que ofereçam a estabilidade do emprego por tantos anos", indicou.

Também em defesa do trabalhador e referindo-se às causas dos produtores rurais, o parlamentar Raimundo Bampi/PSB lembrou que, quando se discute o preço mínimo da uva, as empresas vitivinícolas também dizem estar em condições ruins. Entretanto, quando lê matérias em jornais, o socialista observa que essas mesmas empresas divulgam acréscimo em seu faturamento.