A demora para a unidade de alta complexidade em oncologia com radioterapia (Unacon) do Hospital Geral (HG) entrar em funcionamento levou o vereador Daniel Guerra/PRB a lançar novas críticas, durante a sessão ordinária desta quinta-feira (17/07). O republicano lembrou que o espaço foi inaugurado em 9 de maio de 2014, sem estar em plena capacidade de funcionamento. Essa inauguração, na ótica de Guerra, gerou "falsa expectativa não somente para as pessoas com câncer, mas também aos familiares que precisam, hoje, buscar o serviço de radioterapia em outros municípios".

O parlamentar observa que, na saúde pública, o grande desafio de Caxias atualmente é a ausência de radioterapia. Guerra voltou a pedir um posicionamento por parte do diretor-geral do HG, Sandro Junqueira, especialmente porque a unidade já absorveu cerca de R$ 5 milhões em recursos públicos e ainda não começou a atender à população. De acordo com o parlamentar, a direção do HG demorou para solicitar inspeções necessárias. Uma delas seria a vistoria técnica da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Segundo Guerra, essa solicitação só teria sido encaminhada após as cobranças que externou enquanto vereador tanto na Câmara quanto ao Ministério Público. "O que estamos vendo é a irresponsabilidade da gestão do HG que tem se omitido em fazer sua parte", frisou.

Conforme o republicano, os técnicos do CNEN já fizeram a vistoria e disseram que o equipamento da Unacon está apto a entrar em operação. Agora, no entanto, faltaria a checagem da Vigilância Sanitária do Rio Grande do Sul para o espaço ser liberado à utilização. Diante disso, Guerra pede aos vereadores que pressionem o Estado para providenciar o quanto antes essa vistoria sanitária.

Ainda sobre a direção do HG, o republicano entende que o diretor-geral, Sandro Junqueira, estaria desrespeitando a Câmara em não comparecer para dar explicações sobre os trâmites relacionados à Unacon. Conforme o vereador, Sandro Junqueira teria escolhido data e horário (na tarde desta quinta-feira, às 14h) para vir a uma reunião da Comissão de Saúde e Meio Ambiente do Legislativo, porém, não compareceu. "É um verdadeiro deboche à população de Caxias do Sul. Repudio esse ato irresponsável de quem ocupa uma função importante num hospital que atende 100% SUS", frisou. Guerra também disse que sugeriu convocar o diretor, entretanto os parlamentares entenderam melhor convidá-lo para, num prazo de 10 dias, vir até o Legislativo e prestar esclarecimentos sobre a unidade de radioterapia.