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Raimundo Bampi destaca os debates da 15ª Jornada da Viticultura Gaúcha, em Flores da Cunha

De acordo com o vereador, o encontro reforçou as dificuldades pelas quais passam os produtores de uva da região


A 15ª Jornada da Viticultura Gaúcha motivou a manifestação do vereador Raimundo Bampi/PSB, durante a sessão plenária desta terça-feira (15/07). De acordo com o parlamentar, as discussões que ocorreram durante o evento, realizado em 3 de julho, no Salão Paroquial de Flores da Cunha, abordaram as principais dificuldades enfrentadas pelos produtores de uva da região. Uma dessas dificuldades, conforme o parlamentar, seria a ausência de pagamento da safra por parcela dos empresários ligados ao vinho.

Segundo Bampi, o valor da uva e o mercado motivaram a participação de produtores de mais de 30 municípios na jornada. Tendo há anos agricultura como bandeira, o socialista conta que pôde ver a insatisfação, o desânimo e a revolta dos viticultores presentes no encontro. "Essa insatisfação decorre do tratamento dispensado a eles por parte dos empresários do setor vinícola e também por parte dos setores competentes do governo federal", desabafou o vereador.

O parlamentar explica que a uva está na política de garantia dos preços mínimos do governo federal. Entretanto, o valor mínimo não estaria sendo observado por quem compra a fruta do viticultor. Bampi também critica o Conselho Monetário Nacional por definir um preço mínimo para o quilo da uva abaixo do custo de produção, quando equipes técnicas ligadas ao Ministério da Agricultura e Pecuária indicariam preços maiores. Atualmente o valor mínimo do quilo da uva é de R$ 0,63 pago pela variedade isabel.

Bampi questiona a falta de fiscalização governamental. De acordo com ele, existe uma legislação que manda a empresa analisar o grau glucométrico da uva em no máximo duas horas após a carga chegar ao pátio das empresas, mas isso não estaria sendo fiscalizado.  "Além de não medir o grau na hora certa e não garantir o preço mínimo, parte das empresas não está sequer pagando a safra aos produtores. Muitos agricultores ainda não viram a cor do dinheiro. Tem quem não recebeu da colheita de 2013. Exploração maior do que vem ocorrendo nunca tínhamos visto", critica Bampi.

Na sua ótica, tal situação é uma das fortes causas do êxodo rural. Por isso, o vereador teme pela sobrevivência da viticultura na região.

15/07/2014 - 21:05
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Vania Espeiorin - MTE 9.861

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