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Edi Carlos critica o aumento no preço da energia elétrica

Os reajustes de 23,08% na conta da luz residencial e de 22,34% na industrial também motivaram queixas de outros parlamentares


O aumento na conta de luz que passará a valer a partir desta quinta-feira (19/06) na área da concessionária Rio Grande Energia (RGE) recebeu criticas do vereador Edi Carlos Pereira de Souza/PSB e de outros parlamentares, durante a sessão ordinária desta quarta-feira (18/06). Os reajustes de 23,08% na conta residencial e de 22,34% na industrial foram confirmados nesta semana pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O socialista lamentou principalmente por causa do impacto que o reajuste vai provocar na vida das famílias de renda baixa. "Essa notícia pegou todo mundo de surpresa aqui no município e na região. A situação está complicada e ainda chega para nós esse aumento. Quero falar das famílias que eu conheço e que recebem um salário mínimo. As empresas apresentam sérios problemas. Estão aproveitando os dias da Copa do Mundo para dar férias aos funcionários que tentam se manter no trabalho", frisou o parlamentar.

Edi Carlos lembrou que, em 2013, a presidenta Dilma Rousseff fez um pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, anunciando corte na tarifa de energia. "Em 23 de janeiro de 2013, a presidenta divulgou que a luz ficaria 18% mais barata para as residências e até 32% mais barata para as indústrias. Agora, vem esse novo aumento. É lamentável", classificou o parlamentar.

O vereador Ramundo Bampi/PSB complementou as críticas do colega de bancada, lastimando que esse tipo de medida interfere no cotidiano do consumidor. "O povo brasileiro está atento à Copa do Mundo, para que o país se saia bem, e aí vem esse aumento. Não sei onde foram buscar esses 23%. É só dar uma olhada nas discussões dos dissídios feitas pelas entidades de classe e de trabalhadores", sugeriu Bampi.

O parlamentar Pedro Incerti/PDT também lamentou e comentou que outros acréscimos estão aparecendo nesse período da Copa do Mundo no Brasil. "O que vemos é eficiência no repasse de aumento nos preços (ao consumidor)", pontuou.

Na mesma linha, o vereador Daniel Guerra/PRB afirmou que esse tema é "afrontoso". "Por isso, as pessoas estão decepcionadas com políticos. É um reajuste que atinge as famílias e a indústria, num processo em cadeia, que impacta negativamente", destacou o republicano.

Guila Sebben/PP contou que acompanha há uma década o tema da energia elétrica no país, por ser um assunto que influencia na vida da população e na área produtiva. Para ele, o reajuste não é bem-vindo. "As indústrias que mais empregam no país utilizam a energia elétrica como fonte e esse insumo é colocado no custo da produção, no preço final. Quando vemos um anúncio como esse da Aneel, não falamos somente de um reajuste, mais de interferência na condição de vida do país. E esse impacto de tarifa não é de hoje, é histórico. Faltam política clara e planejamento na parte de energia elétrica. Temos que ficar preocupados com esse aumento porque tira a capacidade produtiva e o poder de compra da população", entende o progressista.

O vereador Mauro Pereira/PMDB relatou que a RGE solicitou um aumento de 20,33% e a Aneel liberou 23,08%. Seria como se a Visate (Viação Santa Tereza) solicitasse que a tarifa de ônibus (transporte coletivo urbano) fosse  R$ 2,75 e o prefeito propusesse R$ 3", exemplificou o peemedebista, em tom de crítica.

Na análise de Rodrigo Beltrão/PT, é necessário avaliar a questão da energia elétrica no contexto. Mencionou que não dá para esquecer a redução da tarifa de luz anunciada pela presidenta Dilma Rousseff no ano passado como benefício às famílias e incentivo à produção.  "Temos que analisar a questão da luz no contexto. A energia hoje é privatizada. Precisamos lembrar disso. E luz cara é a que falta, assim como água cara é a que falta. Somos contrários a aumentos, mas que se faça justiça à redução apresentada em janeiro de 2013", destacou.

Henrique Silva/PCdoB disse que a população é refém da privatização. "A privatização da energia gera o que estamos sofrendo hoje", avaliou.

18/06/2014 - 22:27
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Vania Espeiorin - MTE 9.861

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