Motivado pelas manifestações dos parlamentares sobre o excesso de som em lugares públicos, promovidas em plenário na semana passada, o vereador Jaison Barbosa/PDT propôs a criação de uma Comissão Temporária Especial para Tratar sobre a Poluição Ambiental Sonora. Na sessão ordinária desta terça-feira (15/04), o vereador ressaltou que tais manifestações demostram que muitos vereadores estão atentos para o problema e, juntos, poderiam unir forças para combater os infratores. O requerimento, entretanto, acabou não entrando na pauta porque a maioria, em plenário, rejeitou o pedido de urgência. Agora, o texto segue o trâmite normal pelas comissões da Casa. 

Jaison contou que recebeu o apoio de um profissional da área de acústica, para sugerir a criação da comissão. Ouviu do especialista que existem leis para atacar a questão, mas percebeu uma dificuldade de fiscalizar. Lembrou que em Caxias do Sul não existe apenas um problema isolado de ruídos. Citou outros casos, como o das indústrias, especialmente no turno da noite, e o barulho excessivo dos canos de descarga de automóveis.

O parlamentar acredita que o som automotivo é motivo de encontros e lazer. Dessa forma, defende a construção de uma alternativa positiva e unificada por meio do Parlamento. "Essa Casa precisa se permitir e trazer grandes debates para solucionar problemas crônicos como esse", defende Jaison. 

O vereador Mauro Pereira/PMDB disse que a falta de sossego por causa do barulho é um problema tão estressante que se justifica a criação de um grupo de vereadores trabalhando nessa área específica. "Poderemos ajudar a Secretaria Municipal de Urbanismo, dando subsídios para essa questão", avalia. O peemedebista disse que não repudia o uso do som desde que sejam respeitados os limites impostos pela lei.   Mauro acredita que a criação de uma comissão poderá inibir as pessoas que abusam do som alto, além de moralizar e auxiliar os órgãos públicos para trabalhar, tendo respaldo da população. O vereador Daniel Guerra/PRB disse que falar em poluição sonora é falar em saúde publica. "É falar em respeito aos cidadãos da sociedade", complementou.

Já Washington Stecanela Cerqueira/PDT afirma ser oportuno criar uma comissão para controlar os excessos. Ele também defende o direito de lazer do cidadão. "Com essa comissão, podemos procurar soluções e um lugar adequado para que as pessoas tenham seu espaço de lazer. É importante não tirar o direito de lazer e buscar o entendimento com essas pessoas, mas também o entendimento com quem se sente prejudicado com o barulho", sugere o pedetista. O vereador Flavio Cassina/PTB lembrou que, quando o ouvido humano recebe um som em excesso, células são mortas e não se regeneram, o que resulta na perda da audição.