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Mauro Pereira faz relato sobre reunião extraordinária da Comissão de Direitos Humanos

Parlamentar lamentou a ausência da secretária municipal da Educação, em encontro sobre a Escola Helen Keller


O vereador Mauro Pereira/PMDB fez um relato a respeito da reunião extraordinária da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Segurança, promovida na última sexta-feira (22/11), no plenário da Câmara, para tratar sobre o novo regimento interno da Escola Municipal Especial de Ensino Fundamental Helen Keller, que atende a alunos surdos na Educação Infantil, ações pedagógicas e Ensino Fundamental. Entre as modificações debatidas, está a inclusão da Educação de Jovens e Adultos (EJA) na instituição de ensino.  

Na sessão ordinária desta quarta-feira (27/11), o peemedebista informou que o encontro reuniu mais de 250 pessoas, entre autoridades, professores, pais e estudantes.  Lamentou a ausência da secretária municipal de Educação, Marléa Ramos Alves, e de representantes do Conselho Municipal de Educação.  Mauro comentou que a direção da instituição de ensino esteve no plenário e solicitou ajuda para que as mudanças não sejam efetivadas.

Relatou que as pessoas que estiveram no evento ouviram com atenção as dificuldades que a alteração vai trazer para a escola.  Disse que a situação está mobilizando a comunidade dos surdos e envolvendo também pais, alunos, professores e direção. Mauro pediu sensibilidade das autoridades para que seja revista a decisão. Informou que a Escola  Helen Keller é exemplo para o país, e os envolvidos pedem para que o regimento interno permaneça da forma como está.

O vereador afirmou que o regimento está sendo mudado para ser implantado o modelo de Educação de Jovens e Adultos (EJA), com menor tempo em sala de aula. "Eu me pergunto o que leva uma pessoa com um cargo público, com função politica, bater de frente com toda uma comunidade surda. Eles estão preocupados e tristes, isso vai interferir diretamente no trabalho dos alunos. Temos que nos colocar no lugar dessas pessoas. Se direção, pais e professores  pedem para não alterar o regimento,  como é que um conselho ou uma secretária pode deixar essas pessoas com todo esse estresse por causa de uma mudança? Eles são cidadãos que pagam impostos e  merecem respeito e carinho", frisou Mauro.

O peemedebista lembrou que já foi publicado o decreto com a alteração do regimento previsto para o próximo ano. "Por favor, pelo menos no regimento interno da Escola Helen Keller a secretária deveria olhar com mais carinho e atenção e procurar respeitar alunos e professores", argumentou.

Mauro também aproveitou para criticar a decisão da secretária de retirar o transporte público dos estudantes do Interior e de alguns alunos deficientes da área urbana. "Pelo que vejo, a secretária faz as coisas e todo mundo aplaude. Eu nunca vi isso. Não posso aceitar que um pai tenha que largar a lavoura para levar o filho até a escola. E, pelo que vi, a secretária tem o maior orgulho de tirar o transporte das crianças do Interior", completou.

Mauro comentou que foi retirado o transporte das crianças e o custo continua o mesmo. "Ela está errada e é um ato desumano a forma com que a secretária está tratando essas crianças, especialmente as do Interior", lamentou.

O vereador Rodrigo Beltrão/PT também questionou a ausência da secretária no encontro de sexta-feira. "A comunidade esperava um alento, uma posição, mas apenas um representante da secretaria ouviu as reivindicações. A atitude da secretária é autoritária, é o famoso 'cumpra-se sem diálogo'. A secretária fugiu do debate e não demonstra nenhum posicionamento em rever sua posição", observa o petista.

A vereadora Denise Pessoa/PT informou que a Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Segurança, da qual é presidente, foi procurada para fazer a reunião extraordinária. Afirmou que os integrantes da Escola Helen Keller solicitaram ajuda e disseram estar cansados de procurar a Comissão de Educação da Casa, sem obter uma resposta adequada. A vereadora lastimou que a secretária Marléa tivesse fugido das pessoas e não tivesse respondido aos questionamentos da comunidade surda, além de não apresentar um projeto alternativo. "O procedimento dela é sem dialogo", destacou a petista.

Já o vereador Jó Arse/PDT, que preside a Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia, Cultura, Desporto e Turismo da Câmara, rebateu as críticas por não ter sido realizada uma audiência pública para tratar do assunto, argumentando que não teria tempo hábil para promover um encontro dessa natureza. "Em nenhum momento, se quis prejudicar a Escola Helen Keller", sustentou Jó Arse.

27/11/2013 - 21:24
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a): Vania Espeiorin - MTE 9.861
Redator(a): Luiz Claudio Farias - MTE 7.859

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