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Obra de Emilio Sessa ganha ênfase em palestra no Legislativo caxiense

Alusivo ao Dia do Patrimônio Histórico Municipal, o evento contou com Arnoldo W. Doberstein


A obra de Emilio Sessa esteve em evidência, no Legislativo caxiense, durante a palestra do escritor e historiador Arnoldo W. Doberstein. Alusivo ao Dia do Patrimônio Histórico Municipal, o evento foi realizado na tarde desta quinta-feira (17/10), na sala das comissões da Casa. Além de detalhar o livro Emilio Sessa, Pintor: Primeiros Tempos (editora Gastal&Gastal, 2012), do qual é organizador, Doberstein problematizou critérios de pesquisas sobre patrimônios arquitetônicos. O chefe do Centro de Memória da Câmara, documentalista Eduardo Reis, coordenou as discussões.

O historiador começou manifestando a preocupação de desmistificar qualquer chance de rivalidade entre o pintor decorativo Emilio Sessa e o pintor figurista Aldo Locatelli. "Os dois artistas se complementavam. As formas de Sessa remetiam ao medieval e as de Locatelli, ao barroco-realista", comparou. Natural de Bergamo, na Itália, Sessa se transferiu para Porto Alegre, em 1948. Coube a ele a obra dos anjos, na igreja de São Pelegrino, predominantemente, pintada por Locatelli.

Doberstein comentou sobre os esforços, para tornar a obra do biografado mais conhecida. Salientou que, em 2012, o Museu de Artes do Rio Grande do Sul (MARGS) passou a abrigar a primeira obra de Sessa. Trata-se do quadro de cavalete "Campagna". Segundo ele, a iniciativa do MARGS atendeu a novo critério da instituição que ganhou mais força desde os anos 1980, na aceitação de produções que não se restringissem às belas-artes.

O escritor ressaltou que, no livro, focalizou os trabalhos de Sessa, com ênfase ao período de 1948 a 1954, além de detalhes cronológicos, relativos à sua formação, em Bergamo, sobretudo, na Escola de Artes e Ofícios. Contou que, naquele intervalo, o artista produziu pinturas em Pelotas, Santa Maria e Santo Ângelo. Afirmou que mais dois volumes se seguirão àquela publicação, completando uma trilogia. Antecipou que, em 2014, sairá uma edição voltada às igrejas que Sessa pintou.

Do ponto de vista teórico, Doberstein explicou que, dentro da chamada separação de tendências da Arte, entre 1850 e 1900, posteriormente, Sessa se filiou à escola de artes industriais ou decorativas. Em paralelo, havia a de belas-artes. "Com o passar dos anos, o conceito de patrimônio arquitetônico se ampliou até incluir o bem cultural, ou seja, também abrange o imaterial", detalhou.

Entre outros, também prestigiaram a palestra o secretário municipal da Cultura, João Tonus, a coordenadora da Divisão de Proteção ao Patrimônio Histórico e Cultural, Liliana Henrichs.

17/10/2013 - 21:32
Assessoria de Comunicação
Câmara de Vereadores de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Fábio Rausch - MTE 13.707

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