Uma força-tarefa para corrigir problemas mais emergenciais da Rota do Sol (RSC-453) foi reivindicada na reunião da Comissão de Desenvolvimento Urbano, da Câmara Municipal de Caxias do Sul. Na manhã desta quarta-feira (24/04), na sala das comissões da Casa, o líder do governo na Casa, vereador Gustavo Toigo/PDT, apresentou a ideia aos representantes do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER/RS). Em seguida, o presidente da comissão, vereador Mauro Pereira/PMDB, agendou outro encontro, para o próximo dia 2 de maio, às 9h, no Legislativo caxiense, incluindo membros do Executivo Municipal.

O diretor de gestão e projetos do DAER/RS, Luiz Carlos Karnikowiski de Oliveira, contou que, nas últimas semanas, os técnicos do órgão percorreram 14 pontos da rodovia que se ligam a Caxias do Sul. O relatório, contendo providências para curto, médio e longo prazos, foi apresentado, em detalhes, pelo engenheiro Luis Fernando Finamor. Depois, Oliveira admitiu dificuldades para dar sequência a demandas de maior complexidade.

Segundo o diretor, será necessária uma parceria entre o DAER/RS e a prefeitura, para resolver a defasagem de sinalizações horizontais e verticais. Também garantiu que o órgão não dispõe de rubrica, para despesas com a instalação de semáforos. Ou seja, só poderia fazer autorizações técnicas, com o custeio cabendo à administração municipal.

Oliveira afirmou que, por enquanto, o comprometimento do DAER/RS só se daria no sentido de licitar empresas para corrigir sinalizações e desenvolver estudos sobre a viabilidade de se instalarem passarelas. Lamentou que os pontos analisados estivessem passando por intenso processo de urbanização, com trânsito complexo.

Depois que o inspetor-chefe da 5ª delegacia da Polícia Rodoviária Federal, Leandro Baía, cobrou redutores de velocidade, ao longo da RSC-453, como quebra-molas (ondulação transversal), Mauro complementou. O peemedebista lembrou que três lombadas físicas contribuíram para a diminuição de acidentes, em Galópolis. Disse que o recurso tem sido utilizado em rodovias paulistas.

Oliveira advertiu, porém, que a norma 39/98, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), impede os aparelhos de redução, em estradas com as características da Rota do Sol. Cogitou que, se houver condições técnicas, poderão ocorrer exceções em alguns trechos.

Pelo diagnóstico, apresentado pelo DAER/RS, no longo prazo, diversos trechos necessitariam de duplicação e ampliação de interseções. As medidas incluiriam, por exemplo, o acesso à Randon e o do bairro Santa Fé, onde se situa o quarto ponto com maior número de acidentes da rodovia. Foram 122 episódios entre 2010 e 2012, conforme balanço da Brigada Militar.

A atuação dos engenheiros do DAER/RS se baseou em relatório anterior, produzido pela Comissão de Desenvolvimento Urbano, e entregue ao secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Caleb de Oliveira. De acordo com o texto, os principais problemas das localidades que desembocam na rodovia estão concentrados no começo da manhã, por volta das 7h30, e no final da tarde, após as 17h. São 13 pontos: entrada do trevo do distrito industrial; acesso do bairro Cidade Nova; bairro Monte Bérico; pavilhões da Festa da Uva; zona Norte; Rua Atílio Andreazza; travessão Leopoldina; bairro Jardim da Hortências; bairro São Ciro II; localidades de Santo Homobom e de São Bráz de Beviláqua; e distritos de Fazenda Souza e Vila Seca.

Prestigiaram a reunião os vereadores Arlindo Bandeira/PP, Edi Carlos/PSB, Flávio Dias/PTB, Gustavo Toigo/PDT, Jó Arse/PDT, Kiko Girardi/PT, Mauro Pereira/PMDB, Neri Pereira/DEM (Neri, O Carteiro), Pedro Incerti/PDT, Rafael Bueno/PC do B, Raimundo Bampi/PSB.

Além do presidente Mauro Pereira/PMDB, integram a Comissão de Desenvolvimento Urbano, Transporte e Habitação os vereadores Edi Carlos/PSB, Felipe Gremelmaier/PMDB, Gustavo Toigo/PDT e Neri Andrade/DEM (Neri, O Carteiro).