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Guila e Nunes querem local fixo para o artesanato caxiense

Eles divergiram, porém, quanto às oportunidades aos artesãos


O artesanato caxiense foi discutido na sessão ordinária desta terça-feira (19/03), através de propostas de um local fixo para os artesãos e de uma semana do artesanato municipal. O assunto foi trazido pelos vereadores Guila Sebben/PP e Renato Nunes/PRB.

A partir da tribuna, Guila introduziu o tema. Lembrou que, no dia 19 de março, se comemora o chamado pai dos artesãos, São José. Citou que ele trabalhava manualmente, como carpinteiro, e que a história do artesanato é antiga, tendo começado através de pinturas nas cavernas, da confecção de armas, para caça, e de roupas, para os períodos de frio.

Segundo o progressista, Caxias do Sul conta com 23 grupos de artesanato e economia solidária. Lembrou a criação do CMARTES (Comitê Municipal do Artesanato e da Economia Solidária) em 2008, composto por diversas secretarias do Executivo, que, segundo ele, manteve contato direto e atendeu reivindicações dos grupos de artesãos. "Os artesãos fazem do seu trabalho a forma de transcender a cultura da cidade", comentou.

Apesar disso, Guila reconheceu que existem reivindicações não atendidas. Ele propôs a definição de um local fixo para os artesãos, a fim de que possam, neste ponto, colocar seus produtos à disposição da sociedade e contribuir como atração turística do município. Apresentou, também, um vídeo feito pelo poder público, em parceria com os grupos de artesanato de Caxias do Sul, ressaltando aspectos da manufatura.

Ao concordar com a ideia de lugar fixo, o vereador Rodrigo Beltrão/PT apontou a Casa do Pão e Vinho. Além disso, pediu que o CMARTES tivesse a participação das entidades organizadas. O apoio a Guila também partiu dos vereadores Jaison Barbosa/PDT, Henrique Silva/PCdoB, Arlindo Bandeira/PP, Zoraido da Silva/PTB, Daniel Guerra/PSDB e Edi Carlos/PSB.

Por outro lado, o vereador Renato Nunes/PRB contestou a situação do artesanato caxiense, exposta por Guila, baseando-se em relatos de artesãos próximos a ele. Segundo o republicano, as oportunidades aos artesãos têm se resumido na Feira Mãos da Terra e na Festa da Uva. Alegou que, na Festa da Uva, há dificuldade para se conseguir espaço e que, em Caxias, não há uma organização maior que oportunizasse aos artesãos representar a cidade em outros estados ou países, incluindo falta de transporte.

Para Nunes, a cidade pode e deve valorizar mais os seus artesãos. Quanto ao local fixo, ele sugeriu que ficasse situado na área central da cidade. Além disso, explanou sobre a criação de um projeto de lei, de sua autoria, a ser apresentado, instituindo um dia ou uma semana do artesanato municipal. Neste período, aconteceriam exposições de trabalhos, vendas, cursos, seminários e trocas de experiências que tivessem a parceria do poder público, detalhou.

Em resposta, Guila mencionou a Feira de Natal, realizadas em duas edições, com o custeio do poder público; a Feira Quebrando Muralhas e a Feira Mãos da Terra, com 140 expositores caxienses. Citou, ainda, a disponibilidade de transporte a grupos de artesãos locais que participaram de feiras, em São Paulo, Curitiba e Blumenau, também custeado pelo poder público. Na Festa da Uva, segundo ele, há um espaço que não é cobrado, destinado ao artesanato, mas que ainda não seria o ideal por estar localizado no pavilhão 2.

19/03/2013 - 20:56
Assessoria de Comunicação
Câmara de Vereadores de Caxias do Sul


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