O paralelo criado entre a redução de impostos sobre a compra de carros e os congestionamentos nas grandes cidades foi a tônica da manifestação do vereador Vinicius Ribeiro/PDT, na sessão ordinária desta terça-feira (22/05). Segundo o pedetista, as medidas que cortam o Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros (IOF) e reduzem o Impostos sobre Produto Industrializados (IPI) para a indústria automotiva, incentivam o crescimento das frotas nos municípios. Vinicius lamentou as medidas e acredita que o transporte público deveria receber incentivos das esferas governamentais.

O parlamentar relatou as ações realizadas pela Câmara Municipal para promover o transporte coletivo. Citou o novo projeto da Zona Azul, que destinará parte das receitas para reduzir o valor das passagens de ônibus, na cidade. Vinicius informou que a população brasileira duplicou nos últimos 30 anos, enquanto a frota de carros quintuplicou. Ele criticou a redução do IPI, por ser um imposto compartilhado, onde o município retém 22% da arrecadação. Para ele, o governo municipal é prejudicado com a redução das verbas e pressão popular por melhorias no trânsito.

O vereador Marcos Daneluz/PT discordou da posição de Vinicius, acerca da a redução do IPI. Segundo o petista, as iniciativas federais incrementam a indústria automotiva que gera empregos para os brasileiros. Ele acredita que o aumento de carros se dará ao longo prazo, podendo o governo voltar a cobrar os tributos. Seguindo a mesma linha, o vereador Mauro Pereira/PMDB relatou que os empresários serranos, que fornecem complementos para as fábricas de carros, teme a desindustrialização do setor.

O tucano Francisco Spiandorello acredita que o transporte público não tem proporcionado conforto ao cidadão, por isso o governo incentiva a compra de carros. Ele sugeriu que a esfera federal contribua no transporte público das cidades. Enquanto, o parlamentar Felipe Gremelmaier/PMDB reiterou que outros impostos deveriam ser retirados do mercado econômico brasileiro.