Os problemas decorrentes do uso de crack em Caxias do Sul foram pauta na sessão ordinária desta terça-feira (10). Inicialmente, o vereador Francisco Spiandorello/PSDB ocupou a tribuna, de onde lembrou que foram mapeados, na cidade, nos últimos dias, 14 pontos de venda e consumo da droga, chamados de cracolândias.

O tucano mostrou-se preocupado com o problema e atento às necessidades da comunidade que reside em locais próximos aos pontos. Lembrou, ainda, que houve uma reunião com as secretarias do município e que o Executivo está trabalhando para a solução do problema. A secretaria de Urbanismo, como exemplificou ele, é a responsável por notificar os proprietários dos imóveis ocupados pelos usuários. A pasta da Saúde e a Fundação de Assistência Social (FAS) se ocupam com o tratamento e reabilitação dos dependentes.

O vereador Gustavo Toigo/PDT destacou que mais de 400 pessoas já foram detidas portando ou fazendo uso do crack. Salientou que o trabalho deve se intensificar no sentido de prender os traficantes e dificultar a liberdade deles, para que não voltem a comercializar o entorpecente.

A vereadora Ana Corso/PT enfatizou que, segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem cerca de dois milhões de usuários de droga, número que, no Rio Grande do Sul, é de 50 mil. Para o vereador Mauro Pereira/PMDB, é preciso buscar sugestões para diminuir os problemas ocasionados pelo uso de entorpecentes. O vereador Renato Nunes/PRB lamentou que muitas famílias tenham sido destruídas em decorrência do uso de drogas.

Nunes aproveitou para anunciar que, na próxima sexta-feira (13/04), às 9h, na Faculdade da Serra Gaúcha (FSG), ocorrerá audiência pública para tratar do tema: A problemática do crack em Caxias do Sul. Disse que a iniciativa resulta de parceria entre as comissões de Direitos Humanos, Cidadania e Segurança, da qual é presidente, de Saúde e Meio Ambiente e de Educação, Ciência e Tecnologia, Cultura, Desporto e Turismo, em parceria com a FSG.