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Mães do Mariani querem 70% das vagas de creche do Cidade Nova

A proposta partiu de reunião extraordinária da Comissão de Legislação Participativa


Setenta por cento das vagas da creche que será construída no bairro Cidade Nova é a vontade das chamadas Mães do Mariani. Elas apresentaram a ideia aos vereadores, na tarde desta quinta-feira (21/07), durante a reunião extraordinária da Comissão de Legislação Participativa e Comunitária (CLPC), na sala das comissões da Câmara Municipal de Caxias do Sul. À proposta, foi acrescida a necessidade de transporte escolar gratuito.

Outro ponto tratou da previsão de uma creche própria para o Mariani, no orçamento comunitário (OC) de 2012. O vereador-presidente da comissão, Rodrigo Beltrão/PT, garantiu que encaminhará a indicação ao Executivo.

O fato de nenhum dos representantes da prefeitura convidados terem comparecido à reunião gerou fortes críticas por parte dos membros da CLPC e dos moradores presentes. Além do coordenador do OC, Gelson Marcon, do secretário municipal do Meio Ambiente, Adelino Teles, e do titular da pasta de Educação, Edson da Rosa, representantes da Associação de Moradores do Mariani faltaram à reunião.

Desde março passado, a empreiteira contratada para a construção de uma área de lazer vem sendo impedida de dar continuidade às obras, pelo grupo Mães do Mariani, que reivindica prioridade para creche, no bairro. Para isso, as mulheres bloqueiam as máquinas que trabalham no terreno. A área de lazer, segundo a prefeitura e Associação de Moradores (AMOB), teve aprovação em assembleia do OC, informação contestada pelo grupo de mães.

Enquanto isso, liminar emitida ontem, pelo procurador-geral-adjunto do município, Victório Giordano da Costa, determinou a retirada das pessoas que impedem a construção da área de lazer, com a utilização de força policial, se necessário.

A intervenção judicial, solicitada pela prefeitura, também foi lamentada pelos presentes, em especial pelo grupo de mães. Algumas mulheres disseram sofrer discriminação de outros moradores e da própria diretoria da AMOB, por manterem a mobilização. Atestaram que o Mariani já conta com estrutura de lazer e que a prioridade de investimentos precisa contemplar a educação.

A vereadora Denise Pessôa/PT comentou sobre a busca por medidas judiciais, o que ocorre no caso da greve dos médicos do SUS. Para ela, trata-se de sinal forte do enfraquecimento da participação popular, na atual administração. Considerou, ainda, que os critérios adotados pelo município, na definição dos locais para as creches, seriam, no mínimo, confusos.

Sobre isso, a vereadora Ana Corso/PT denunciou que o distrito de Forqueta receberá uma creche de grande porte, mesmo sem demanda reprimida. A prefeitura investirá R$ 1.060.755,73 de contrapartida na obra, que atenderá 120 crianças, de 0 a 5 anos de idade, em turno integral. O valor total da obra é de R$ 1.760.755,73, dos quais R$ 700 mil provêm do Programa ProInfância, do governo federal.

Ana observou, no entanto, que, em resposta ao pedido de informações, apresentado pela bancada petista e aprovado em plenário, no dia 16 de junho, o Executivo informou que Forqueta não possui demanda, nem lista de espera para vagas em escola infantil. Para ela, essa decisão está ocorrendo em detrimento de outras regiões da cidade que justificam a instalação de creches públicas.

Como a licitação para a creche no Cidade Nova ainda não foi lançada, Ana sugeriu que o Executivo possa reconsiderar o local da construção, transferindo para o bairro Mariani.

O vereador Daniel Guerra/PSDB, que também lamentou a ausência do Executivo. Destacou que a prefeitura deveria se empanhar para levar a sério as demandas da população. Citou, ainda, a falta de ações práticas para a diminuição do déficit de escolas infantis, em Caxias do Sul.

Além do presidente Beltrão, Ana e Guerra, integram a CLPC os vereadores Guiovane Maria/PT e Renato Nunes/PRB.

21/07/2011 - 17:52
Assessoria de Comunicação
Câmara de Vereadores de Caxias do Sul


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