O avanço da criminalidade, em Caxias do Sul, gerou debates na sessão desta quarta-feira (16). O vereador Gustavo Toigo/PDT criticou, sobretudo, as quadrilhas de roubos de carros que cobram suborno de vítimas, para reaver os veículos. Porém, comemorou o fato de, recentemente, o Ministério Público de Caxias ter oferecido ao Judiciário a denúncia de nove de 21 suspeitos de integrarem redes de crimes dessa natureza, com o pedido de prisão preventiva. Agora, eles estão enquadrados como réus, no processo, observou.

Junto com com outras 12 pessoas, os réus chegaram a ficar 30 dias presos, como resultado de ação da Polícia Civil, em novembro do ano passado. Segundo Toigo, a polícia detectou o crime organizado por meio de análises em escutas de grampeamento telefônico. Destacou que outros 30 inquéritos policiais estão em fase de análise.

Ele também apontou para a necessidade de reavaliação das legislações criminal e penal, bem como, de reestruturação do sistema penitenciário.

Toigo sugeriu, ainda, que o policiamento ostensivo da Brigada Militar passe a contar com casas funcionais, nos distritos da cidade, para que serviam de moradia a policiais. De acordo com o parlamentar, a medida auxiliaria na cobertura territorial de Caxias.

Os vereadores Arlindo Bandeira/PP e Mauro Pereira/PMDB concordaram com as ponderações do pedetista e também relataram casos sobre furtos de carros.

Por outro lado, o vereador Guiovane Maria/PT mostrou-se cético, quanto à eficiência dos chamados módulos funcionais para policiais. Relatou que experiência do gênero foi realizada na região do Desvio Rizzo e que, segundo ele, não obteve sucesso. A comunidade continuou desassistida, porque as casas acabaram sendo utilizadas, apenas, como moradia, e, não, para trabalho de policiamento, observou. O petista lamentou, ainda, a frequência dos casos de roubos de veículos.