A vereadora Ana Corso/PT aproveitou seu espaço nesta terça-feira (29/08) na Câmara Municipal para recordar dos 38 anos da Lei da Anistia, do Golpe Militar de 64 e da forma como ocorreram o impeachment de Dilma Rousseff/PT e a chegada de Michel Temer/PMDB ao poder.

Pela avaliação da petista, as derrubadas de João Goulart, em 1964, e Dilma Rousseff, em 2016, têm similaridades: ambos foram eleitos democraticamente e retirados do posto de mandatário da Nação por meio de golpe militar.

A parlamentar lembrou que no lugar de Jango se instalou uma ditadura que perdurou 21 anos, perseguindo, torturando e fazendo desaparecer pessoas que lutavam pela democracia. Para Ana Corso, atualmente há uma contradição: os que no passado defenderam golpe militar, hoje exigem democracia.

A vereadora pediu respeito à história, lembrando que graças a comitês de mobilização, como aqueles formados por familiares de presos políticos, que se conquistou a anistia. Lamentou que, apesar de o general João Figueiredo ter criado a lei, acabou beneficiando torturadores além dos exilados. Declarou que por isso o Brasil é uma vergonha mundial, por não julgar os algozes dos torturados.

A petista pediu que a sociedade não cometa os mesmos erros e destacou que a democracia hoje não existe de fato. Citou como exemplo a deposição de Dilma, “injustamente, sem crime de responsabilidade”, apesar de ter sido eleita com 54 milhões de votos. A parlamentar afirmou que agora se instalaram no poder corruptos com malas de dinheiro, que saqueiam o Brasil, acabam com direitos trabalhistas, entregam a Amazônia para atender a interesses externos, além de cometer outros atos contra o país.

Ana Corso também citou a cassação do vereador caxiense Percy Vargas de Abreu e Lima, advogado trabalhista e comunista que ajudava a comunidade pobre. Lembrou que felizmente, na legislatura passada, o parlamentar Henrique Dias anulou a cassação de Percy. A vereadora discursou que fez suas explanações para que as pessoas reflitam sobre o que está ocorrendo no Brasil. Por fim, declarou ser a favor ao adiamento da análise do pedido de impeachment do prefeito Daniel Guerra/PRB.