A reforma da Previdência foi o tema da manifestação de Ernesto Erlo, vice-presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Caxias do Sul (Aapopecs). Ele ocupou a primeira Tribuna Livre do ano, no início da sessão ordinária desta quarta-feira (15/02), em espaço cedido por meio de requerimento do vereador Alberto Meneguzzi/PSB.

Ernesto criticou as alterações que podem ocorrer na Previdência Social e mostrou-se preocupado com o futuro dos jovens. “Se a reforma for aprovada, uma pessoa que começa a trabalhar com 16 anos, ela vai se aposentar com 65 anos. Se começar a trabalhar com 17 anos, vai se aposentar aos 66 anos. Eu quero saber como você vai trabalhar em uma única empresa por 49 anos. Isso não existe”, criticou.

Se o Congresso Nacional aprovar a reforma da Previdência, as alterações causarão impacto direto na vida dos brasileiros com menos 50 anos e das brasileiras com menos de 45 anos. Pela proposta, pessoas de ambos os sexos deverão ter, no mínimo, 65 anos para garantirem a sua aposentadoria, além de terem contribuído por, pelo menos, 25 anos com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Homens que estiveram com mais de 50 anos e mulheres com mais de 45 serão encaixados na regra de transição.

De acordo com o governo Federal, pessoas que se enquadrarem nesse caso, na prática, ficarão em uma situação semelhante às regras atuais. No entanto, para se aposentarem, terão acréscimo no seu tempo de serviço. Conheça todas as informações sobre a reforma em: http://www2.planalto.gov.br/acompanhe-planalto/noticias/2016/12/entenda-o-que-muda-com-a-reforma-da-previdencia-1.

O argumento de que a Previdência Social seria deficitária tem norteado o debate da reforma, justificativa que não faz sentido, para Ernesto. “Por que os governantes não falam que há uma lei que retém 30% do valor arrecadado com aposentadorias, no Brasil? Como grandes obras, como a ponte Rio-Niterói e a Usina de Itaipu, foram construídas? Ou seja, há dinheiro”, afirmou.