O assassinato do policial militar Luiz Carlos Gomes da Silva Filho, 29 anos, na última segunda-feira (04/07), durante uma abordagem a suspeitos em Porto Alegre, pautou a manifestação do vereador Adiló Didomenico/PTB, na sessão ordinária desta terça-feira (05/07), no Legislativo caxiense. Para o vereador, é inadmissível que o policial militar, durante a prática de seu exercício, não tenha voz de comando frente a criminosos.

Na tribuna, Adiló ressaltou que, em épocas passadas, a voz do policial tinha efeito sobre quaisquer bandidos. Em sua opinião, a impunidade e o descaso com a gestão dos presídios são fatores que levam os bandidos, hoje, a não respeitarem a figura do policial. “Se um desses marginais for preso, ele sequer irá para a cadeia e, caso vá, sairá em poucos dias. Essa é a dura realidade”, apontou o parlamentar, mencionando que o brigadiano estava sem colete à prova de balas.

Após a declaração de Adiló, os vereadores presentes exigiram mais atenção dos órgãos públicos de segurança. Pedro Incerti/PDT defendeu a permanência das ações da Brigada Militar contra a "bandidagem". Em sua opinião, a morte de Luiz Carlos foi o resultado de um ato de covardia. Gustavo Toigo/PDT se colocou favorável ao aumento do efetivo de policiais militares na região da Serra. “Novos policiais já estão sendo treinados e, em breve, deverão estar à disposição para auxiliar no combate ao crime organizado. Espero que venham se somar ao contingente serrano”, afirmou o pedetista.

Para o vereador Edio Elói Frizzo/PSB, é ultrajante um policial de atuação na rua não ter sequer colete à prova de balas. “Precisa ter o mínimo de segurança”, defendeu. Adiló foi além: citou que 10% dos homicídios do mundo inteiro estão concentrados no Brasil. “É triste demais chegarmos a esse ponto. Quando nos deslocamos para as comunidades, percebemos o abandono das pessoas no comércio, por terem medo de manter as portas abertas. Isso é decepcionante”, finalizou o parlamentar.