A vereadora Denise Pessôa/PT, representando a Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo (CECTICDLT), participou na tarde de quinta-feira (16/06), de uma reunião com o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONEPE) da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) na sede da entidade, em Porto Alegre.

O encontro, que contou com a participação de representantes dos professores, estudantes e funcionários da UERGS Campus Caxias do Sul, teve como objetivo pedir ao Conselho para reconsiderar a votação que nega a abertura do curso de pedagogia em Caxias do Sul.

A discussão surgiu pelo fato que estava prevista a abertura de três cursos no Estado - Pedagogia em Caxias do Sul, Agronomia São Luiz Gonzaga e Administração em Tapes.

Contudo, a entidade emitiu um parecer apontando que nenhum desses cursos deveria ser ofertado devido a falta professores. Posteriormente o CONEPE decidiu que os cursos dos Campus de São Luiz Gonzaga e Tapes fossem abertos, deixando apenas Caxias de fora. Foram 17 votos, sendo oito a favor da manutenção do parecer e, portanto, pela não abertura do curso de Pedagogia.

Para Denise, a defesa da abertura do curso é de sentido estratégico para o desenvolvimento regional e também para fortalecer a presença da universidade estadual na comunidade. “Se a matéria prima da universidade é a educação, a promoção dela deve ser prioridade. O ensino gratuito tende a formar e capacitar mais professores, é uma melhoria que chega até a sala de aula das nossas escolas”, argumentou Denise. A respeito da reunião, a vereadora cobrou por critérios claros e considerou uma injustiça que eles sejam aplicados com rigor apenas para Caxias. “Se faltam professores para a abertura dos cursos nas três cidades, não faz sentido que apenas em Caxias não tenha sido aberto”, afirmou. Além de prejudicar o ensino público na cidade, a vereadora considerou que as decisões não estão sendo definidas por critérios de gestão, mas sim por questões políticas ou alheias ao objetivo da universidade.

A coordenadora do curso de Ciências e Tecnologia de alimentos, Fernanda Stalliviere, considerou a decisão lastimável. “É triste, mas pelo menos aponta que estamos no caminho certo, de que temos uma missão: rever a UERGS como um todo”, considerou Fernanda.

Participou também da reunião o representante dos estudantes, Alfredo Paim. Ele destacou que será realizada uma assembleia para avaliar quais serão os próximos passos.