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Cuidados na exposição pelas redes sociais são enfatizados em palestra da Escola do Legislativo caxiense

O técnico em informática Alexandre Corso também pediu respeito aos direitos autorais


Maiores cuidados na exposição pessoal, por meio das redes sociais, foram enfatizados pelo técnico em informática Alexandre Corso, que palestrou na noite desta segunda-feira (14/09), no plenário da Câmara Municipal de Caxias do Sul. Uma iniciativa da Escola do Legislativo caxiense, dirigida pelo vereador Edson da Rosa/PMDB, a explanação se voltou a estudantes de turmas da modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA), dos colégios municipais Paulo Freire e Presidente Tancredo de Almeida Neves. Cerca de 80 pessoas prestigiaram a atividade. O vereador-presidente da Casa, Flavio Cassina, participou do encontro.

Diante de um cenário em que a utilização da internet é quase inevitável, o palestrante traçou estratégias para crianças, jovens e adultos melhor se portarem nesse contexto. "Filtros nas publicações podem auxiliar. Mas, o ideal é sempre se questionar se o conteúdo compartilhado no universo virtual seria viável no mundo real. Assim, torna-se possível evitar problemas pessoais nos relacionamentos, muitas vezes, decorrentes de publicações, nas redes", observou.

Corso alertou que, pelo Código Penal, cabe aos pais a responsabilidade por atos de filhos menores de idade. Pediu atenção às faixas etárias mínimas de alguns aplicativos. Mencionou recente pesquisa da Minor Monitor, pela qual 38% das crianças que estão no Facebook (www.facebook.com) têm idade abaixo da permitida pela rede social. Informou que o site só libera o cadastro de pessoas que informam possuírem mais de 13 anos de idade. No caso do YouTube (www.youtube.com), é preciso confirmar idade acima de 18 anos. Quanto ao WhatsApp, 16 anos.

Outra preocupação trazida pelo palestrante se referiu ao respeito aos direitos autorais. "As formas de anonimato, pelas redes, estimulam ofensas entre os internautas. Há quem se sinta à vontade, para utilizar dados, sem a identificação de fonte, e aproveitar fotos indevidamente", advertiu. Para ele, é vital solicitar autorizações por escrito, antes da apropriação, sobretudo, de imagens e vídeos.

O técnico em informática comentou que a chamada violência virtual já forçou pais a pagarem R$ 15 mil de indenização por cyberbullying, cometido por duas filhas adolescentes. Contou que a condenação, pela Justiça de Ponta Grossa, no Paraná, foi motivada pelos fatos de a vítima, depois de agredida moralmente, não mais querer ir à escola e chegar a ter síndrome do pânico. Esclareceu que o cyberbullying consiste no termo inglês, para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, no âmbito da rede mundial de computadores.

O especialista ainda aproveitou para divulgar o Movimento Família Mais Segura na Internet, do qual faz parte e que existe desde 2012. Distribuiu exemplares da cartilha de orientação, desenvolvida pelo grupo, sobre ética e segurança digital.

O evento de hoje marcou a primeira vez da Semana Municipal de Conscientização da Exploração Infantil e Combate aos Crimes de Internet. Ela está prevista na lei 7.925/2015, cuja proposição partiu dos vereadores Denise Pessôa/PT e Edson. A petista compareceu à palestra, da qual participaram o secretário de Governo Municipal, Felipe Gremelmaier, e a diretora-geral da Câmara, Grégora Fortuna dos Passos.

A Escola do Legislativo caxiense viabilizou-se pela resolução 228/A, de 15 de dezembro de 2010, pela iniciativa do ex-vereador Vinicius Ribeiro. Neste ano, pela resolução 245/A, de 16 de abril passado, por meio da Mesa Diretora da Casa, presidida pelo vereador Flavio Cassina, a escola recebeu o formato vigente.

14/09/2015 - 22:15
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Caxias do Sul

Editor(a) e Redator(a): Fábio Rausch - MTE 13.707

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