(Vereadora suplente convocada em lugar de Estela Balardin)
VEREADORA ROSELAINE FRIGERI (PT): Eu queria me posicionar da importância, realmente, de que os conselhos municipais, como importante órgão da comunidade, de representação da comunidade, sejam ouvidos em uma questão tão importante como essa, que é a preservação do patrimônio, mas não só do patrimônio, a preservação da história, a preservação da nossa cidade. Nós aqui vereadores e vereadoras somos eleitos representando o povo, e nada mais normal, e nada mais legítimo do que esse povo, nas suas diversas estâncias de representações, seja ouvido em tomadas de decisões tão importantes como essa. Se nós pensarmos que a história de Caxias é relativamente nova, Caxias é uma cidade jovem, pensada perto de outras cidades do país ou mesmo de outros lugares do mundo. Já me posicionando um pouco na questão de mérito – porque eu também sou historiadora e acho importante que a gente preserve a nossa história –, se for permitida sem uma análise mais criteriosa de um órgão a destruição, desmanche ou a derrubada de uma construção de menos de 75 anos, nós estamos destruindo praticamente toda a cidade. Nós não temos mais tantos prédios com tanta idade assim. Então, eu acho que, do ponto de vista da democracia, da necessidade de valorizar os conselhos, as pessoas que estão naqueles conselhos, as diversas entidades, que por sua vez representam o município, e nós aqui, que representamos todo cidadão e cidadã caxiense, nada mais justo que o Compahc, no caso, seja ouvido e nada mais correto também que a nossa história seja preservada. A gente sabe que preservar a história de um país não é só preservar o prédio e nós temos poucos instrumentos, em Caxias, para a preservação da nossa história. Ela não existe... não existe uma política de preservação de prédios, de conservação. A própria lei do tombamento ela precisa, na minha opinião, ser um pouco mais aprofundada. Então é muito importante que se faça essa discussão de forma democrática e coletiva com os verdadeiros envolvidos que somos nós, todos os munícipes de Caxias do Sul.