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Rafael Bueno faz denúncias e cobra explicações sobre a UPA Central

Vereador diz que município estaria pagando horas-extras para servidores em vez de o InSaúde fazer contratações de funcionários


O vereador Rafael Bueno/PDT se manifestou na sessão desta terça-feira (9/05) do Legislativo caxiense e demonstrou preocupação com a situação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central a partir de informações recebidas nos últimos dias e que, segundo ele, tornaram-se uma verdadeira "bola de neve". Para ele, a UPA Central já foi aberta de maneira atravessada, sem credenciamento no governo federal, o que impacta em um valor milionário para Caxias do Sul todo ano para custear as despesas.

"O que mais me preocupa foi a precarização do serviço público durante o período da terceirização (o InSaúde assumiu a gestão compartilhada da UPA ainda no governo do prefeito cassado Daniel Guerra). No antigo Postão 24 Horas, com serviço exclusivamente mantido pelo município, com todas suas dificuldades e erros, o atendimento funcionava muito melhor", relatou.

Segundo Bueno, os profissionais à època do Postão eram altamente treinados, especializavam-se para permanecer na função, não havia rotatividade e a população era canalizadas para o atendimento, às Unidades Básicas e à rede de saúde. Ele lamentou ainda o fato de o contrato de terceirização com o município estar vencendo e essa situação não está encaminhada.

"O que está acontecendo hoje na UPA Central? Teve um edital novo de chamamento, de novos profissionais médicos, enfermeiros, técnicos, enfim, e o InSaúde estaria chamando quem quer, de forma incorreta. Além do mais, estariam faltando 30 profissionais (18 enfermeiros e 12 técnicos)", comentou.

O pedetista explicou que o InSaúde tem um contrato médio mensal de R$ 2 milhões para folha de pessoal, estrutura e serviços, mas, com os aditivos, reajustes, hoje somam R$ 600 mil a mais, sem contar passivos trabalhistas que a maioria dos profissionais acabam ganhando. Se seguisse sob controle do município, esse gasto seria de R$ 3,6 milhões ao mês.

"Mas o InSaúde não está chamando pessoal para suprir o déficit que existe e isso precisa ser investigado. Sem contar que estariam sendo pagas horas-extras para os profissionais da enfermagem. O que acontece é que, pelo contrato vigente com o município, quem paga horas-extras é a prefeitura e não a terceirizada. Ou seja, pagamos duas vezes (salário e horas-extras) o atendimento de pelo menos 30 profissionais", denunciou.

Diante desse cenário, o parlamentar quer saber se realmente a prefeitura tem feito fiscalizações diante desse quadro, de pagar horas extras para servidores tendo um contrato de chamamento de profissionais em aberto e quem deveria pagar pelas contratações é o InSaúde.

"Podemos estar despendendo um valor milionário em face dessa situação e que se tornará uma bola de neve, ampliando os problemas que já enfrentamos na saúde. Não podemos fechar os olhos para essa situação", destacou Bueno.                     

09/05/2023 - 14:44
Gabinete do Vereador Rafael Bueno/PDT
Câmara Municipal de Caxias do Sul

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