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Mudanças de zoneamento do Colina Sorriso irão para análise do Executivo

O projeto foi discutido em audiência pública, na noite desta terça-feira


Nas próximas semanas, o Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Ambiental da prefeitura deverá receber o projeto de lei complementar que altera faixas de zoneamento do bairro Colina Sorriso. De autoria do presidente da Comissão de Desenvolvimento Urbano, Transporte e Habitação, Vinicius Ribeiro/PDT, a proposta foi discutida em audiência pública da noite desta terça-feira (24/07), realizada no plenário da Câmara.

Na oportunidade, o presidente da associação de moradores do bairro, Tadeu Cerbaro, criticou a conduta de construtoras que têm erguido prédios altos na localidade, mesmo sem condições ideais de infraestrutura. Contou que os próprios moradores que idealizaram o loteamento inicial previam, sobretudo, casas e áreas verdes. Por outro lado, pessoas presentes à reunião consideraram que as edificações não podem ser evitadas, dentro do que entendem como parte integrante do desenvolvimento do município.

Enquanto isso, o secretário municipal do Planejamento, Jorge Dutra, prometeu que a equipe técnica da secretaria analisará as reivindicações. Advertiu, contudo, que, pelo Plano Diretor, todas as regiões da cidade contemplam a possibilidade de edificações.

Dutra comentou que a exceção vale para conjuntos residenciais horizontais. Diferentemente dos anos 1970, outros 19 bairros surgiram para além do Colina Sorriso. Acrescente-se a isso que, nesse bairro, tem prevalecido o zoneamento residencial (ZR-2), de dez metros de altura, o que equivale a um prédio de três ou quatro andares, observou. Entretanto, alguns moradores retrucaram ressaltando para torres de até 40 metros de altura, no Colina.

Um público superior a 150 pessoas reagiu de diversas formas às manifestações dos vereadores presentes à reunião: Daniel Guerra/PSDB, Denise Pessôa/PT, Edson da Rosa/PMDB, Guiovane Maria/PT, Gustavo Toigo/PDT, Mauro Pereira/PMDB, Pedro Incerti/PDT. No centro do debate, estiveram alterações do Plano Diretor, feitas em 1996, e que permitiram aumentos de altura, em determinados pontos do bairro. Guerra chegou a criticar o que chamou de prevalência para interesses de incorporadores. Guiovane atentou que, em 2007, quando da última alteração no Plano, essas reivindicações não haviam sido feitas.

Pelo texto do projeto de lei complementar de Vinicius, a intenção é diminuir a altura de algumas edificações, a fim de combater problemas de densidade demográfica e de fluxo de trânsito. Entre outros pontos, prevê que a área ao longo da via Rua Dr. Emílio Ataliba Finger, a partir da confluência com a Rua Ivo Remo Comandulli, até a Rua Rosalimbo Antonio Guerra, passe a se designar ZR-2. No caso da via Travessão Thompson Flores, através da confluência com a Rua Cesare Cambruzzi, até a rodovia RSC-453, a designação seria de zona industrial.

Além do presidente Vinicius, integram a Comissão de Desenvolvimento Urbano, Transporte e Habitação os vereadores Francisco Spiandorello/PSDB, Gustavo Toigo/PDT, Marcos Daneluz/PT e Mauro Pereira/PMDB.

24/07/2012 - 22:13
Assessoria de Comunicação
Câmara de Vereadores de Caxias do Sul


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